segunda-feira, 1 de setembro de 2025
domingo, 31 de agosto de 2025
Botafogo vence o Bragantino de goleada e se aproxima do G-4 do Brasileirão
sábado, 30 de agosto de 2025
Morre Luis Fernando Veríssimo, o escritor que ensinou o Brasil a rir de si mesmo
sexta-feira, 29 de agosto de 2025
Tarifaço de Trump: Lula autoriza processo para aplicar lei de reciprocidade contra os EUA
Do Congresso em Foco: O presidente Lula autorizou oficialmente, nessa quinta-feira (28), o início do processo para a aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica contra os Estados Unidos. A medida é uma resposta à imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para o mercado americano, determinada por Donald Trump. A decisão foi formalizada pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), que enviou uma notificação à Câmara de Comércio Exterior (Camex), que agora tem 30 dias para avaliar se as condições da lei são atendidas.
A Lei da Reciprocidade Econômica, sancionada por Lula em abril deste ano, permite ao Brasil adotar contramedidas contra países ou blocos econômicos que impõem barreiras unilaterais prejudiciais à competividade do país. Entre as possíveis respostas, estão a imposição de novas tarifas, restrições ao comércio ou até a suspensão de concessões comerciais e direitos de propriedade intelectual.
O chanceler Mauro Vieira afirmou que a aplicação da Lei tem caráter técnico e não visa criar um clima de guerra comercial. "Essa medida é uma resposta legítima, seguindo um rito formal e prazos bem definidos, tal como a Seção 301 dos Estados Unidos", explicou. Vieira reforçou, no entanto, que o Brasil ainda está disposto a dialogar com os EUA para evitar uma escalada do conflito comercial, apesar da resistência do governo de Trump em abrir negociações.
O tarifaço de Trump e seus impactos
O tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump entrou em vigor no início de agosto e afetou produtos-chave da economia brasileira, como o café, que é uma das maiores exportações do Brasil para os EUA. A medida foi vinculada às investigações em curso sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Trump, na ocasião, condicionou a imposição das tarifas à situação política interna brasileira, o que gerou uma forte reação do governo de Lula.
A medida foi vista como uma ação unilateral e punitiva, sem considerar as implicações para a economia brasileira, que é deficitária em relação ao comércio com os Estados Unidos. Além do impacto sobre o setor agrícola, o tarifaço afeta também áreas como o farmacêutico e o de óleo e gás, aumentando a pressão sobre o governo para buscar alternativas.
Alternativas de resposta
O governo de Lula tomou diversas frentes para lidar com o tarifaço. Além da ativação da Lei da Reciprocidade, o Brasil iniciou uma série de consultas formais na Organização Mundial do Comércio (OMC), com a possibilidade de abrir um painel para cobrar explicações de Washington. Também foi contratado um escritório de advocacia nos Estados Unidos para representar os interesses brasileiros.
A decisão de ativar a Lei da Reciprocidade é vista como uma alternativa de abrir um canal de diálogo com os EUA. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comercio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, foi um dos articuladores da medida e defendeu a importância de iniciar a aplicação da lei como forma de pressionar os americanos a reconsiderarem sua posição.
Embora o governo brasileiro tenha negado qualquer ligação entre a decisão de aplicar a Lei da Reciprocidade e o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), que começará na próxima terça-feira (2), o "timing" da medida gerou especulações. Trump, em suas declarações, chegou a sugerir que os dois processos poderiam estar interligados, o que foi prontamente mengado pelo Itamaraty.
***
Política: Filhos de Bolsonaro atacam aliados por se aproximar de Tarcísio: "Maior Teatro do Brasil"
Os filhos de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificaram os ataques a aliados políticos depois de novos sinais de aproximação do Centrão em trono da candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência da República. A reação é vista como uma tentativa de manter o espólio eleitoral e preservar relevância própria, já que todos devem disputar cargos em 2026.
Carluxo e Eduardo atacam aliados
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) criticou a movimentação em prol de Tarcísio e afirmou que o gesto ocorre em um momento de fragilidade do pai, às vésperas do julgamento da trama golpista no STF.
"O problema é a completa falta de humanidade diante do que está ocorrendo com quem os possibilitou alçar voos, numa imposta situação vexatória junto de outro milhares e milhões de brasileiros, enquanto fingem normalidade exatamente no momento em que o STF prepara o maior teatro já visto na história do Brasil", escreveu nas redes sociais.
- Que sejam estes os governadores unidos candidatos da “chamada direita”, não é esse o ponto. O problema é a completa falta de humanidade diante do que está ocorrendo com quem os possibilitou alçar voos, numa imposta situação vexatória junto de outros milhares e milhões de…
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) August 26, 2025
Já Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, atacou os que falam em substituição de Jair Bolsonaro na disputa eleitoral.
"Se houver necessidade de substituir JB, isso não será feito pela força nem com base em chantagem. Acho que já deixei claro que não me submeto a chantagens. Qualquer decisão política será tomada por nós. Não adianta vir com o papo de 'única salvação', porque não iremos nos submeter. Não há ganho estratégico em fazer esse anúncio agora, a poucos dias do seu injusto julgamento", declarou.
Há uma curiosidade no ar: quanto mais próximo do julgamento do meu pai, mais pessoas têm falado sobre substituí-lo na corrida presidencial.
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 26, 2025
E, de maneira descarada, essas mesmas pessoas ainda dizem que é para o bem de Bolsonaro, porque o apoiam.
Se houver necessidade de… pic.twitter.com/qAcagef4yv
Não colocar o @BolsonaroSP nas pesquisas é manipulação clara!
— Jair Renan Bolsonaro (@bolsonaro__jr) August 25, 2025
Depois do Presidente Bolsonaro, ele é a opção natural da direita e o nome mais forte do nosso campo.
Por que será que o sistema tenta escondê-lo? 🤔 https://t.co/wtOYrbmuD7
Bahia vence o Fluminense no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil
quinta-feira, 28 de agosto de 2025
Copa do Brasil 2025: confira o resumo dos três jogos de ida pelas quartas de final
quarta-feira, 27 de agosto de 2025
CPMI do INSS: Paulo Pimenta defende foco em "quem roubou o dinheiro"
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu, nesta quarta-feira (27/8), que o foco da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS seja a responsabilização dos envolvidos no esquema bilionário de descontos indevidos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
"Nós não vamos passar a mão na cabeça de ninguém. Se for servidor de carreira, do INSS, da CGU, da Dataprev, do Ministério da Previdência, cargo de chefia, não importa. Quem meteu a mão nos direitos dos aposentados e das aposentadas vai responder por esse crime", disse Pimenta, em entrevista exclusiva ao Acorda, Metrópoles.
Veja a entrevista na íntegra:
O deputado foi escalado para coordenar a base governista na CPMI. De acordo com ele, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teme as investigações.
- A comissão foi instalada em 20 de agosto. O prazo final para a entrega e votação do relatório é em 28 de março de 2026.
- A definição do presidente e do relator representou uma vitória para a ala mais ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
- O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), havia indicado o senador Omar Aziz (MDB-AM) para comandar o colegiado, mas o escolhido foi o senador Carlos Viana (Podemos-MG).
- Para relatar o assunto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) propôs o nome de Ricardo Ayres (Republicanos-TO), mas o designado para a função acabou sendo o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).