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sábado, 6 de janeiro de 2024

Moraes diz que bolsonaristas receberam palestras sobre invasão de Poderes e plano de golpe nos acampamentos

Por Iurick Luz, no DCM: O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que apurações conduzidas pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) identificaram que bolsonaristas acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília passaram por uma espécie de treinamento sobre a invasão das sedes dos Três Poderes e sobre o plano de golpe.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/CNN/bolsonaristas/acampamentos/palestras/plano de golpe/

"As investigações mostraram - e várias testemunhas e réus disseram isso - que nos acampamentos, inclusive no quartel de Brasília, aconteceram palestras [para os acampados], em que se dizia que eles deveriam invadir os prédios [dos Três Poderes] e ficar, principalmente no Congresso Nacional, até que fosse convocada uma GLO [Garantia da Lei e da Ordem] e o Exército chegasse. A partir daí, o movimento seria o de fazer com que as Forças Armadas aderissem àquele golpe", afirmou à CNN Brasil.

O ministro enfatizou ainda que, apesar desses planos, as Forças Armadas como instituição não "flertaram com essa possibilidade".


Vale destacar que no 8 de janeiro, membros do governo federal discutiram a possibilidade de usar a GLO em Brasília, mas a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi limitada à intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, sem acionar a GLO. 

www.seuguara.com.br/bolsonaristas/acampamento/atos terroristas/atos antidemocráticos/

Na última quinta-feira (4), o magistrado também revelou, em entrevista ao jornal O Globo, que simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) planejavam prendê-lo e, posteriormente, enforcá-lo na Praça dos Três Poderes no dia dos ataques.

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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Se não suporta política, vá para para o bar, diz Roger Waters em show

Poder360: O show do ex-Pink Floyd Roger Waters em Brasília começou nesta terça-feira (24) com uma mensagem no telão. Era voltada aos fãs que dizem "amar" o Pink Floyd, mas não "suportam" o ativismo do artista: "Você pode muito bem se retirar para o bar agora". Eis a íntegra da mensagem veiculada no estádio Mané Garrincha: 

www.seuguara.com.br/Roger Waters/show/Brasília/

"Senhoras e senhores, por favor, ocupem seus lugares. O espetáculo está prestes a começar. Antes de começar, duas mensagens públicas. Primeiramente, em consideração aos demais espectadores, desliguem seus celulares. E em 2º lugar , se você é daqueles que diz 'eu amo o Pink Floyd, mas não suporto a política do Roger", você pode muito bem se retirar para o bar agora. Obrigado."


Em sua vinda ao Brasil, Waters, de 80 anos, encontrou-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seus perfis nas redes sociais, o petista afirmou que o cantor é uma "voz na defesa dos direitos humanos".

www.seuguara.com.br/Roger Waters/Lula/

O cantor também concedeu uma entrevista ao programa Dando a Real, da TV Brasil. Afirmou que está ocorrendo um "genocídio" na Faixa de Gaza, em referência à reação de Israel depois dos ataques do grupo extremista Hamas. Falou que o governo israelense mata palestinos com a "permissão" de líderes dos Estados Unidos e da Europa.

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terça-feira, 12 de setembro de 2023

"Bolsonaristas estavam dispostos a tudo", diz PM agredida no 8 de janeiro

Por Augusto de Sousa, no DCM: A cabo Marcela da Silva Morais Pinno, policial militar do Distrito Federal, que atuou na linha de frente durante as manifestações de 8 de janeiro, prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) que apura os atos golpistas daquele dia e relatou a violência e a organização dos manifestantes bolsonaristas.
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Análise de material genético faz PGR denunciar mais 31 pelos atos de 8 e janeiro

Por Yurick Luz, no DCM: Restos de materiais genéticos encontrados nas sedes dos três Poderes, em Brasília, possibilitaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) acusar mais 31 pessoas por participação nos atos terroristas promovidos por bolsonaristas no dia 8 de janeiro.

www.seuguara.com.br/manifestantes/8 de janeiro/Brasília/atos terroristas/denúncia/PGR/

Os fragmentos foram encontrados com amostras recolhidas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presos no acampamento em frente ao QG do Exército na manhã do dia seguinte. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.

A lista de objetos recolhidos por agentes de segurança inclui itens como meia, batom, camisas, toalha de rosto, máscaras de proteção facial, bandeiras, barras de metal, garrafas de água, latas de refrigerantes, bitucas de cigarro e restos de sangue.


www.seuguara.com.br/bolsonaristas/invasão/Brasília/8 de janeiro/

Vale destacar que esse grupo de 31 pessoas já havia sido denunciado pela PGR e respondia a ações penais por dois crimes: associação criminosa e por incitar as Forças Armadas contra os Poderes constituídos.

As análises foram feitas pelo Serviço de Perícias em Genética Forense, que recebeu quase 1.400 amostras biológicas dos bolsonaristas presos. 


Caso o Tribunal acate os pedidos, os simpatizantes do ex-mandatário poderão ser condenados a penas que somadas chegam a 30 anos de reclusão. Além disso, eles também perderão o direito a firmar acordo de não persecução penal com o Ministério Público Federal (MPF).

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sábado, 19 de agosto de 2023

Por contaminação ideológica e omissão no 8 de janeiro, PF prende cúpula da PM-DF

Por Renato Santana, no GGN: O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Klepter Rosa Gonçalves, foi levado pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (18) como parte do cumprimento de sete mandados de prisão preventiva contra a cúpula da PM/DF por omissões nos atos golpistas de 8 de janeiro.

www.seuguara.com.br/PF/mandados de prisão/PM-DF/

A informação foi divulgada pelo jornalista e colunista do UOL, Aguirre Talento. Além do atual comandante-geral da PM, que era subcomandante da corporação na invasão às sedes dos Três Poderes, foi preso o ex-comandante Fábio Augusto Vieira, que chefiava a PM na ocasião.

Foram levados à carceragem da PF também o coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, que em janeiro estava no Departamento de Operações da PM, o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues e o tenente Rafael Pereira Martins.


Os presos nesta manhã são acusados de crimes contra o estado democrático, dano qualificado e também acusados da violação dos deveres funcionais estabelecidos na Constituição e nas normas da PM do DF. Já se encontravam detidos o coronel Jorge Naime e o tenente Flávio Silvestre Alencar.


Prisões solicitadas pela PGR

As prisões haviam sido solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), após apresentar denúncia contra eles dentro da investigação que apura a omissão de autoridades nos atos golpistas do 8 de janeiro. Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes.


À imprensa, a PGR afirmou que apresentou provas da omissão dos envolvidos e constatou que havia "profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF", como a concordância com "teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas".

A PGR também apontou que os policiais que ocupavam cargos de comando da corporação "receberam, antes de 8 de janeiro de 2023, diversas informações de inteligência que indicavam as intenções golpistas do movimento e o risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes".

"Os denunciados conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir", diz a PGR.


Ibaneis Rocha e Anderson Torres

O ministro Moraes chegou a afastar do cargo, neste mesmo caso, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), durante dois meses. O ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres ficou três meses preso, mas posteriormente liberado por Moraes.

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quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Atos golpistas: nova fase da "Operação Lesa Pátria" cumpre mandados em 6 estados

Por Victor Nunes, no DCM: Nesta quinta-feira (17), a Polícia Federal (PF) deflagra mais uma fase da "Operação Lesa Pátria". Ao todo, serão cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva em diferentes estados brasileiros. Segundo informações preliminares, há mandados em Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia e no Distrito Federal. As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

www.seuguara.com.br/Brasília/8 de janeiro/atos golpistas/mandados/Operação Lesa Pátria/

De acordo com a PF, o grupo alvo dos mandados desta quinta é suspeito de ter fomentado o movimento chamado "Festa da Selma", um codinome usado pelos golpistas para se referir aos atos terroristas. 

"O termo 'Festa da Selma' utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos", disse a PF. "Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído".


Ainda segundo a PF, por volta das 7h10, 5 dos 10 alvos de prisão preventiva já tinham sido detidos. Os nomes dos alvos de prisão preventiva já tinham sido detidos. Os nomes dos alvos, no entanto ainda não foram divulgados.

www.seuguara.com.br/Pastor Dirlei Paiz/ Operação Lesa Pátria/mandado/busca e apreensão/

A Operação Lesa Pátria tem o objetivo de identificar os suspeitos que participaram dos atos terroristas promovidos por bolsonaristas extremistas nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no i de janeiro.

Os indivíduos serão investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

www.seuguara.com.br/Fernanda Oliver/cantora Gospel/Operação Lesa Pátria/busca e apreensão/

Dois dos presos hoje são o pastor evangélico Dirlei Paiz, conhecido por suas várias postagens nas redes sociais criticando o presidente Lula, e a cantora gospel Fernanda Oliver, que realizou uma transmissão ao vivo nas redes sociais durante a invasão ocorrida em 8 de janeiro.

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quarta-feira, 7 de junho de 2023

"Kids pretos": Forças especiais do Exército participaram dos ataques em 8 de janeiro

Publicado por Jessica Alexandrino, no DCM: No dia 8 de janeiro, data em que manifestantes golpistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, um Kid preto que dirigiu o setor de Logística do Ministério da Saúde no governo de Jair Bolsonaro, gravou um vídeo em que aparece festejando enrolado em uma bandeira do Brasil. "Quero dizer que eu tô arrepiado aqui", disse, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

www.seuguara.com.br/Kis Pretos/atos anti-democráticos/terroristas/golpistas/Brasília/8 de janeiro/
Golpistas durante atos de 8 de janeiro (Reprodução/Foto: Edison Bueno)

"Kids Pretos" é o apelido dado a especialistas em operações especiais do Exército, que são altamente treinados em, por exemplo, ações de sabotagem e incentivo à insurgência popular, as chamadas "operações de guerra irregular. Também intitulados "forças especiais", eles compõe a elite de combate do Exército. 


Além de Fernandes, que mesmo com os olhos irritados pelo efeito do gás lacrimogêneo da Polícia Militar elogiou a corporação, outros dois Kids pretos da reserva comentaram o que acontecia na capital do Brasil. "O Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra o seu dever de não se submeter `s ordens do maior ladrão da história da humanidade. O senhor sempre teve e tem o meu respeito. Força", disse o coronel José Plácido Matias dos Santos, se dirigindo ao então general Júlio Cesar de Arruda, no Twitter.


"Patriotas brasileiros, ignorem a grande imprensa nacional e internacional. Qualquer manifestação contra o establishment será sempre apresentada como atos antidemocráticos. Façam o que deve ser feito", incentivou o coronel Fernando de Galvão e Albuquerque Montenegro, outro Kid preto, de Portugal, onde vive.


Procurados pela revista Piauí, que fez uma reportagem sobre os indícios da participação dos Kids pretos nos ataques de 8 de janeiro, os três apresentaram posturas diferentes. O general Ridauto Fernandes não quis comentar sua presença no meio dos bolsonaristas e limitou-se a dizer que sempre pautou sua conduta "pela legalidade, que está embutida no conceito da disciplina".


O coronel Plácido negou que tenha publicado as postagens golpistas no Twitter: "Eu não incentivei [o golpe]. Ao contrário, repudio veementemente as depredações que ocorreram naquele dia. Eu não estava em Brasília e soube do ocorrido pelas notícias. Além disso, havia várias postagens na minha conta [do Twitter] que definitivamente não foram de minha autoria". Já o coronel Montenegro não retornou o contato da reportagem.


Os vídeos da tentativa de golpe mostram ações de quem teve treinamento militar. Os bolsonaristas, que ao chegar na Praça dos Três Poderes se depararam com grades que os impediam de avançar, se coordenaram e se organizaram para empurrar a barreira ao mesmo tempo. "É pura tática militar", disse um oficial do Exército ligado aos FE que preferiu não ser identificado.


Os baderneiros também se dividiram entre quem cuidava do enfrentamento direto com a polícia e quem distribuía água mineral para ajudar na diminuição dos efeitos do gás lacrimogêneo e do gás de pimenta no rosto. "Assim que invadiram o Senado, percebemos que eles logo procuravam as mangueiras anti-incêndio para espalhar pelo ambiente e minimizar os efeitos do gás", contou um policial do Senado.


"Enquanto expele o gás, esse dispositivo fica muito aquecido e só pode ser recolhido com luvas. Um civil sem treinamento dificilmente se prepararia para isso", completou, sobre o fato de que alguns dos vândalos utilizaram luvas de couro para atirar as bombas de volta. A dica do uso do acessório não constava nas postagens golpistas que faziam convocação para a manifestação. 


No senado, aconteceu o caso mais grave. Golpistas atiraram uma granada do tipo GL-310, apelidada de "Bailarina" por saltitar no chão enquanto  dispara o gás lacrimogêneo, o que evita que o alvo a capture e lance de volta: "O estranho é que as polícias do Senado e da Câmara não têm esse tipo de granada. Então isso veio de fora". 

A GL-310 é utilizada pelo Exército em larga escala, para treinamentos militares e cursos dados aos Kids pretos. Porém, os investigadores da Polícia Federal ainda não estão apurando o aparecimento dessa arma nos ataques de 8 de janeiro.


Os investigadores suspeitam que a ação dos Kids pretos podem ter relação com os ataques ocorridos depois daquela data. Nos dias subsequentes, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrou uma série de sabotagens, quando quatro torres foram derrubadas (3 em Rondônia e 1 no Paraná) e dezesseis, danificadas (6 no Paraná, 3 em São Paulo, 6 em Rondônia, 1 em Mato Grosso). Os ataques a instalações de infraestrutura integram o treinamento das forças especiais, mas não é um ensinamento exclusivo deles.


No curso do Bope, inspirado no treinamento dos Kids pretos do Exército, sargentos e oficiais precisam provar que possuem resistência física e psicológica extrema ao longo de um ano. Após a aprovação, passam a fazer parte de um dos quatro batalhões do Comando de Operações Especiais (COpEsp), todos eles instalados em Goiânia, ou a 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus.

www.seuguara.com.br/Jair Bolsonaro/general Mario Fernandes/Kids pretos/

É por conta disso que as "brigadas de operações especiais em Goiânia" apareceram duas vezes nos áudios que se tornaram públicos depois que o celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) foi apreendido. Em um diálogo, Ailton Barros, ex-paraquedista expulso do Exército nos anos 2000, defende que o golpe é tarefa para os Kids pretos.


"Tem que ser dada a missão às Brigadas de Operações Especiais de Goiânia pra prender o Alexandre de Moraes no domingo na casa dele, como ele faz com todo mundo. E na segunda-feira ser lido o decreto de GLO [Garantia da Lei e da Ordem] e botar o Exército pra agir", disse ele.

"Esse Alto Comando de merda que não quer fazer as porras! É preciso convencer o comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia a prender o Alexandre de Moraes. Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1,5 mil homens", completou, dessa vez em diálogo com Elcio Franco Filho, militar envolvido no caso das vacinas da Covid-19.


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quinta-feira, 6 de abril de 2023

PGR denuncia mais 203 acusados de incitar ataques terroristas ao STF

Publicado por Caíque Lima, no DCM: A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 203 denúncias contra acusados de incitar os ataques terroristas de 8 de janeiro em Brasília. Segundo o órgão, as denúncias se referem a bolsonaristas que foram presos em flagrante em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília um dia após os ataques. A informação é da Folha de S.Paulo.

www.seuguara.com.br/golpistas/terroristas/denúncia/PGR/

Elas vão responder pelos crimes de incitação equipara pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes e associação criminosa.

"A PGR se manifestou pela liberdade provisória dessas pessoas, com a adoção de medidas cautelares como proibição de uso de redes sociais, de contato com outros réus, além do comparecimento periódico em juízo, entre outras. Esse tem sido o padrão adotado para crimes leves", diz o órgão.


No total, 1.390 forma denunciados no âmbito dos inquéritos que tratam do ataque, sendo 239 executores, 1.150 incitadores e um pessoa no núcleo que investiga omissão de agentes públicos. Com as novas denúncias, o grupo estratégico da PGR que trata do episódio esgotou os trabalhos. A procuradoria diz que eventuais casos pendentes ainda serão analisados e pode apresentar novas denúncias.


"A análise desses casos foi priorizada porque a maior parte das pessoas está ou esteve detida, e existem prazos legais para o oferecimento de denúncia em casos com prisão cautelar. O objetivo foi evitar qualquer conjectura relativa ao excesso de prazo", afirmou Carlos Frederico Santos, subprocurador-geral da República e coordenador do grupo.

Ele afirma que a conclusão dessa etapa faz com que as buscas pelos financiadores dos atos e agentes públicos que se omitiram avancem.

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sexta-feira, 17 de março de 2023

Naime diz que havia "máfia do Pix" e tráfico no acampamento em frente ao QG

Reportagem de Alan Rios, no Metrópoles: Em depoimento nesta quinta-feira (16) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa, o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), disse que houve uma "máfia do Pix" durante o acampamento golpista de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. Ela ainda relatou registros de tráfico de drogas, comércio ilegal, prostituição e até denúncia de estupro no QG.

www.seuguara.com.br/ex-comandante da PMDF/coronel Jorge Eduardo Naime/depoimento/CPI/

Questionado sobre as ações da PMDF naquela mobilização bolsonarista, Naime lembrou de tentativas da corporação para evitar problemas no local, como a operação que tentava retirar o comércio ilegal.

"A gente já tinha informações sobre o comércio de tendas, em que a pessoa alugava até por R$ 600 para o ambulante vender ali. Tínhamos conhecimento da 'máfia do Pix', de lideranças que ficavam ali. Não temos nomes, mas elas ficavam no acampamento pedindo para que as pessoas fizessem Pix para manter o acampamento." 

Naime relembrou ainda das brigas internas entre bolsonaristas dentro do QG. "uma das grandes discussões era de um grupo querendo descer para Esplanada [no dia 8] e outro grupo ficar. A discussão entre quem queria descer e quem qeuria ficar era relacionada a essa questão do Pix".


O Metrópoles já mostrou provas desse lucro de lideranças no acampamento golpista. Em novembro de 2022, a reportagem flagrou a arrecadação em dinheiro vivo. Durante cerca de 10 minutos, uma vaquinha para "contratar um trio elétrico" recebeu R$ 3.670 em espécie. Notas de R$ 100 e de R$ 50 saíam facilmente do bolso dos presentes.



Em janeiro de 2023, houve outro flagrante. Após uma das lideranças subir ao carro de som para tentar levantar o ânimo dos "patriotas" e pedir doações para manutenção do acampamento, uma parcela discordou e promoveu insultos. "Covarde, só quer saber de Pix", disse um deles.




Mais crimes

Naime chamou o acampamento de "epicentro do que aconteceu no DF, do dia 12 e do dia 8". "Eu estive várias vezes naquele acampamento, ele viviam em uma bolha, não viam o que estava acontecendo fora dali. Parecia uma seita. Idosos em situação de abandono acharam ali um lugar para jogar um dominó, ter companhia. Ali foi o epicentro."


Ele ainda culpou o Exército pela não desmobilização do ato. "Ali tinha tráfico de droga, ambulante, prostituição, denúncia de estupro. Coloquei 553 homens à disposição do Exército no dia 29 de dezembro de 2022, para retirar o acampamento. O GDF colocou DF Legal, SLU, estrutura completa, mas a operação foi cancelada. Foi planejada a tarde inteira do dia anterior. Exército disse como ia atuar, qual seria a atuação de cada órgão. Chegou na hora, nada aconteceu."


Lembrando ainda da tentativa de invasão à sede da PF em 12 de dezembro, ele disse que havia gente de alto poder econômico nos QGs. "No dia seguinte, Fábio Augusto tinha reunião com rede hoteleira e um dos hoteleiros dizia que os caras estavam hospedados no hotel. Eles fizeram a confusão e subiram para o hotel. Quem ficava no acampamento era gente paga. Quem orquestrava estava nos hotéis."


Adiamento

O depoimento do coronel Casimiro [Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento regional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)], previsto para esta quinta-feira (16/03), precisou ser adiado para a próxima semana, dia 23, devido aos detalhes da oitiva de Naime, que acabou se alongando.

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sábado, 25 de fevereiro de 2023

Mourão tenta livrar terroristas e diz que vai pedir ao STF para "separar joio do trigo"

Publicado por Beatriz Castro, no DCM: O senador Hamilton Mourão (Republicanos) disse que terá uma reunião com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, para pedir que sejam acelerados os processos contra os presos por participação nos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro, que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes. As declarações foram feitas ao UOL Entrevista, nesta sexta-feira (24).

www.seuguara.com.br/Hamilton Mourão/STF/

Mourão afirmou estar "preocupado" e disse que é preciso "separar o joio do trigo", porque, de acordo com ele, muitos dos que estão detidos não teriam depredado o patrimônio público.

"Consideramos que tem muita gente que está ali que cometeu, vamos dizer assim, não é nem crime, cometeu ilegalidade, por exemplo, participou da marcha, entrou no Palácio [do Planalto], mas não quebrou nada", declarou.

"Vamos pedir para agilizar os processos dessas pessoas, separar o joio do trigo, e essas pessoas que paguem multa, cestas básicas, paguem serviços comunitários, para pessoas que invadiram o patrimônio público, mas não quebraram", acrescentou.


O senador afirmou ainda que a participação em um ato inconstitucional não "se configura crime", e comparou a situação como a de uma pessoa que pula o muro de um clube porque não tem carteirinha. "O fato de está presente não configura crime, mas uma ilegalidade, igual pular o clube sem carteirinha", disse. 

Morão também destacou que, caso o Exército tivesse permitido a entrada da Polícia Militar no acampamento golpista na noite de 8 de janeiro, teria ocorrido um "banho de sangue".


Após os atos terroristas praticados por bolsonaristas em Brasília, a Polícia Militar do Distrito Federal tentou dar fim ao acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército na capital, mas os soldados do Exército fizeram uma barreira para impedir a ação dos policiais. Os golpistas foram retirados na segunda (9/1).


"Em relação a impedir a entrada naquela noite, em 8 de janeiro, seria um banho de sangue, por uma razão muito simples: As forças da segurança pública estavam com os olhos injetados. Por quê? Porque durante a arruaça que aconteceu, houveram (sic) agressões a policiais militares, então a turma queria revidar", afirmou Mourão. 


Na entrevista, o ex-vice-presidente ainda revelou que não mantém mais contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que a última vez que se comunicaram foi no final de 2022, por mensagens no WhatsApp.

"Não falamos mais. Último contato foi quando ele estava indo para o aeroporto, me mandou uma mensagem por WhatsApp, me pedindo para assinar uns decretos. Depois fui execrado, mas assinei dentro da lealdade que caracteriza o cargo", declarou. 


Para o senador, é possível que Bolsonaro seja preso por possíveis crimes que tenha cometido durante o seu governo, mas ressaltou que isso seja "pouco provável" de acontecer.


Veja a entrevista:



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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

General Augusto Heleno foi um dos mentores intelectuais dos atos golpistas, denuncia revista

O general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), deve ser investigado por seu papel como um dos mentores intelectuais dos atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Fontes ligadas à Segurança Pública disseram que Heleno teria usado o aparato técnico do órgão que comandava e a influência nas Forças Armadas para evitar a posse do presidente Lula, o que facilitou o acesso de radicais ao Planalto em 8 de janeiro.
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

General ameaçou PMs que desmontariam acampamento golpista: "Banho de sangue"

Por Victor Gaspodini, no DCM: O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, então comandante militar do Planalto, ameaçou policiais que tentavam desmontar o acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército no dia 8 de janeiro. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

AGU pede condenação de 54 extremistas e 3 empresas por financiar atos golpistas

Por Deborah Hana Cardoso, no Metrópoles: A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou um pedido de condenação definitiva de pessoas e empresas acusadas de financiar o fretamento de ônibus para os atos antidemocráticos que culminaram na depredação dos órgãos públicos federais na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O órgão quer que os envolvidos sejam condenados, em definitivo, a ressarcir R$ 20,7 milhões ao erário.
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domingo, 5 de fevereiro de 2023

PGR denuncia mais 152 bolsonaristas por envolvimento em atos golpistas

DW/Brasil: A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou mais 152 pessoas, elevando para 653 os suspeitos de envolvimento nos atos golpistas que resultaram na invasão das sedes dos três poderes no dia 8 de janeiro. A informação foi divulgada neste sábado (04/02).
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Rosa Weber detona terroristas de Brasília e promete punição rigorosa a "turma movida pelo ódio"

Por Victor Nunes, no DCM: Foi iniciada nesta quarta-feira (01) às 10h, a sessão solene de abertura do ano judiciário de 2023 pelo Supremo Tribunal Federal. Durante a abertura, a atual ministra e presidente do STF, Rosa Weber, realizou um discurso de repúdio aos atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro.

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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Generais do clube militar convocaram bolsonaristas aos quartéis antes da invasão no DF

Reportagem de Bruno Fonseca, para Agência Pública: “O país está maduro e as Forças Armadas sabem do seu papel. Cabe ao Congresso, detentor de todos os poderes outorgados pelo voto – e às demais lideranças políticas – encontrarem uma saída constitucional para esse impasse, antes que a tentativa de mudar o significado das palavras de ordem ouvidas na voz das ruas desague na democrática violência das massas injustiçadas”. Assim termina um dos muitos artigos publicados na última edição da Revista do Clube Militar que defendem e elogiam os movimentos bolsonaristas que não aceitaram o resultado das eleições de 2022.
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domingo, 29 de janeiro de 2023

Alexandre de Moraes mantém posse de deputados bolsonaristas suspeitos de envolvimento com ataques de 8 de janeiro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido para a suspensão da posse de 11 deputados federais eleitos suspeitos de estarem envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Segundo informações do portal UOL, para Moraes, caberá ao Conselho de Ética da Câmara decidir sobre a questão.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/STF/posse/deputados/

Dessa forma, "por ausência de justa causa", conforme disse o ministro todos poderão tomar posse de seus mandatos na próxima quarta-feira (1º/02), data do início das atividades no Congresso Nacional.

O pedido para suspensão da posse [diplomação] dos parlamentares foi feito pelo grupo de advogados Prerrogativas. Os juristas argumentam que os congressistas eleitos e reeleitos endossaram os atos terroristas realizados em 8 de janeiro, em Brasília. 


Há exceção para as condutas dos deputados André Fernandes (PL-CE) e Silvia Waiãpi (PL-AP), que já são alvos de inquéritos abertos pelo STF à pedido da PGR.

Abaixo, os deputados incluídos no requerimento do Grupo Prerrogativas

  1. Nikolas Ferreira (PL-MG);
  2. Sargento Rodrigues (PL-MG);
  3. Rodolfo Nogueira (PL-MS);
  4. Marcos Pollon (PL-MS);
  5. João Henrique Catan (PL-MS);
  6. Dr. LuizOvando (PP-MS);
  7. Carlos Jordy (PL-RJ);
  8. André Fernandes (PL-CE);
  9. Silvia Waiãpi (PL-AP);
  10. Wallber Virgolino (PL-PB); e
  11. Rafael Tavares (PRTB-MS).     


Informa o site Poder360:  "Desde o resultado das eleições, extremistas de direita acamparam em frente a quartéis em diferentes Estados brasileiros. Eles também realizaram protestos em rodovias federais e, depois da diplomação de Lula, promoveram atos violentos no centro de Brasília. Além disso, a polícia achou materiais explosivos em 2 locais da capital federal". (Leia mais aqui).

Imagem: reprodução/Foto: Carlos Moura/STF


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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Polícia Federal busca mais 11 golpistas para prisão e faz 27 buscas e apreensões

Reportagem de Patrícia Faermann, no GGN: A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (27), a terceira fase da Operação Lesa Pátria, para prender e investigar golpistas dos atos do dia 8 de janeiro. Ao todo, forma determinados11 mandados de prisão preventiva e mais 27 de busca e apreensão em 6 estados e Distrito Federal. Ainda nas primeiras horas do dia de hoje, 5 dos 11 alvos já tinham sido presos. Eles deverão prestar depoimento ainda nesta sexta.

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Em Minas Gerais, os dois presos, Carlos Antunes Barcelos e Marcelo Eberle Motta, participaram dos atos e Motta é o coordenador do movimento "Direita vive!", em Juiz de Fora, onde o acusado é conhecido por atacar jornalistas.

Em Santa Catarina, foi presa Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, que parece em vídeos depredando os prédios públicos.


Para identificar os novos alvos, a PF usou imagens das câmeras dos circuitos internos dos Três Poderes e imagens de drones da PF, gravadas no dia 8. Os investigadores também rastrearam os acusados por trocas de mensagens em plataformas digitais, chegando-se a toda a cadeia do ato golpista, incluindo financiadores e mentores.


Logo pela manhã, o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou da Operação: "Hoje estão sendo cumpridos, pela Polícia Federal, mais 11 mandados de prisões preventivas e 27 de busca e apreensão contra golpistas e terroristas. A autoridade da lei é maior do que os extremistas".

A mensagem foi compartilhada também pelo interventor da Segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappelli: " A lei será cumprida", escreveu no Twitter.

Em nota, a Polícia Federal informou que os alvos na manhã desta sexta são investigados de: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.


Confira quantos mandados de prisão e de busca e apreensão foram feitos em cada um dos estados e no Distrito Federal:

Distrito Federal: 2 prisão e 4 de busca e apreensão

Espírito Santo: 4 de prisão, 8 de busca e apreensão

Minas Gerais: 2 de prisão, 4 de busca e apreensão

Paraná: 1 de prisão, 1 de busca e apreensão

Rio de Janeiro: 1 de prisão, 9 de busca e apreensão

Santa Catarina: 1 mandado de prisão, 1 de busca e apreensão

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Ministério Público aponta 71 do Paraná suspeitos por atos golpistas

Redação/Bem Paraná: O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP/PR) encaminhou ao Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, do Ministério Público Federal, informações sobre 71 pessoas com origem no Paraná que são suspeitas da participação em atos golpistas e antidemocráticos.
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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

O tio do Pix não pode assumir tudo sozinho. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: O vapor e o avião, quando presos, denunciados e julgados por crimes como traficantes de drogas, nunca serão equiparados aos chefes e gerentes da quadrilha. Serão sempre ajudantes que fazem alertas (o vapor), à vezes como figurantes que fecham negócios (o avião), talvez como coadjuvantes, mas não como criminosos protagonistas.

www.seuguara.com.br/golpistas/terrorismo/Brasília/

O tio do PIX, exposto como financiador de ônibus, comida e hotel para os terroristas de 8 de janeiro, pode ser o avião com alguma graduação na hierarquia do fascismo. Mas não deixará de ser o tio do PIX.


Os donos da churrascaria, da fazendola, da transportadora com meia dúzia de caminhões, da farmácia ou da ferragem são os tios do PIX.

Junto com advogados, dentistas, engenheiros e até professores, eles encaminhavam dinheiro aos manés. Polícia Federal e Ministério Público estão chegando aos nomes deles.

Os tios do PIX serão presos. Seus negócios e seus espaços profissionais nas cidades onde vivem serão assumidos por concorrentes. Porque eles não saberão tão cedo quando sairão da cadeia. 


Dois dos sete novos inquéritos abertos pelo ministro Alexandre de Moraes, sobre as ações de 8 de janeiro, vão fazer com que alguns personagens desses grupos se entrecruzem.

Tratam das investigações sobre os financiadores do golpe e os autores intelectuais.

Os personagens vão se encontrar e definir para qual inquérito irão quando o cerco aos financiadores sair dos limites do tio do PIX e se estender aos que pensavam e sustentavam o golpe com dinheiro grosso. 


O ministro Alexandre de Moraes tem experiência com esse tipo de gente. Participou no TSE do julgamento das ações contra a chapa Bolsonaro-Mourão e vem coordenando no STF os inquéritos sobre fake news e milícias digitais desde março de 2019.

Nas ações eleitorais, a chapa foi acusada de se beneficiar dos disparos de mensagens em massa contra os adversários, em 2018, caracterizadas como ações ilegais e sob o patrocínio de empresários. 


É o que está configurado como o primeiro ilícito eleitoral na área das fake news, com difamações e ataques de toda ordem com o uso da internet.

Bolsonaro e Mourão foram poupados, em outubro 2021, quando as ações pedindo investigações judiciais foram julgadas improcedentes.

O TSE entendeu que os delitos não chegaram a influir no resultado da eleição. Mas o relator da ação dos disparos, ministro Luís Felipe Salomão, deixou claro: os ilícitos aconteceram.


O ministro Alexandre de Moraes disse, quando do arquivamento das ações: 

"A Justiça é cega, mas não é tola. Não podemos aqui criar o precedente avestruz. Todo mundo sabe que ocorreu. Todo mundo sabe o mecanismo utilizado nas eleições e depois das eleições".

E repetiu, como se desenhasse:

"Uma coisa é se há a prova específica da imputação. Outra é dizer que não ocorreu nada. É fato mais do que notório que ocorreu".


Os crimes ocorreram. A eleição teve disparos ilegais produzidos por uma estrutura mafiosa financiada por empresários, que sustentavam o Gabinete do Ódio, assim definido pela delegada Denise Ribeiro em relatório enviado ao STF.

O relatório da delegada com as investigações preliminares completa um ano agora, em fevereiro. O inquérito da fake news, com relatoria de Moraes, completa quatro anos em março.


Os financiadores dos disparos em massa de 2018, que viabilizaram o que foi enquadrado como ilegalidade, nunca tiveram os nomes divulgados oficialmente.

Alexandre de Moraes sabe que alguns deles vieram de lá até aqui, como financiadores e idealizadores de todo tipo de ação fascista.


Sempre impunes, acintosos, debochados, agredindo o Supremo, o próprio Moraes, a Constituição e a eleição.

E livres e soltos porque o TSE decidiu que não havia como conter Bolsonaro por crime eleitoral naquele momento. Pouparam Bolsonaro e acabaram poupando os financiadores.


Moraes sabe bem, assim como os procuradores eleitorais e os demais juízes do TSE e do Supremo também sabem, que essas figuras são os tios do PIX, que atuaram no varejo. 

Eles são do atacado e são bem mais importantes do que donos de biroscas de Corumbá ou de Sorocaba que empurraram os manezinhos para as ações em Brasília.


A pergunta incômoda que se repete é esta: podem estar fora do alcance de Moraes, de novo, os manezões do esquema bolsonarista, do entorno de Bolsonaro, que andavam ao lado do sujeito e que passaram quatro anos impunes? 


Sem os chefes do tráfico, não há vapor nem avião. Sem os manezões, não há manezinhos.

Os manezões não usam PIX. Mas os tios do PIX podem finalmente levar aos manezões e às suas inconsistências contábeis.

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