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sábado, 15 de dezembro de 2018

Política: Funcionários de Flávio Bolsonaro na Alerj repassaram até 99% de seus salários

Congresso em Foco - Dados da movimentação financeira de Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), indica que ao menos uma assessora depositou quase todo o salário recebido na Alerj, em determinado período sob investigação no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), no esquema que engrossou o caixa do filho de Jair Bolsonaro (PSL).
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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Polícia Federal: Delação da JBS diz que Aécio Neves comprou apoio de 12 partidos em 2014

Congresso em Foco -  Deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (11), a operação Ross, que faz buscas em endereços de políticos em 8 estados e no Distrito Federal, tem como principal alvo o senador Aécio Neves (PSDB). Não há pedidos de prisão. As investigações partiram de um dos termos da delação do grupo J&F (controlador do frigorífico JBS), que teria feito pagamentos de R$ 110 milhões por interesse do tucano.
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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Política: Ministério Público denuncia Beto Richa por corrupção passiva e fraude à licitação

O Ministério Público Estadual apresentou hoje denúncia contra treze pessoas acusadas de envolvimento no esquema investigado na Operação Rádio Patrulha, que apura suspeitas de fraude em obras de estradas rurais no Paraná. A lista dos indiciados inclui o ex-governador e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB), seu irmão, o ex-secretário da Infraestrutura, José Pepe Richa (PSDB), e o ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo, acusados de corrupção passiva e fraude à licitação.
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quarta-feira, 6 de junho de 2018

Porque Moro soltou o homem-chave da Operação da Petrobras em contratos internacionais?

Por Carlos Henrique Machado, em seu blog - Mario Miranda, solto por Moro nesta última sexta, é homem chave do MDB. Miranda é operador de propina do partido de Temer, Jucá, Eduardo Cunha e outros bichos soltos da corrupção nacional. Mas o que envolve o universo de propinas de Sergio Miranda segue para uma linha perigosíssima.
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sábado, 10 de março de 2018

'Todos falam de Delfim, mas "o cara" dessa operação da Lava Jato é Malucelli, amigo de Moro'

Por Joaquim de Carvalho, no DCM - A 49ª Fase da Operação Lava Jato jogou os holofotes da Policia Federal para Delfim Netto, poderoso no passado, hoje quase um zumbi. Não significa que não deva responder por crimes que tenha praticado. Mas esta investigação não será justa se não apresentar em todos os seus contornos o papel do empresário Joel Malucelli, dono de uma empreiteira que participou do esquema de corrupção que, segundo a Lava Jato, superfaturou a construção da usina de Belo Monte.
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quinta-feira, 8 de março de 2018

Corrupção: Promotor que mirava tucanos é afastado do MP do Paraná

FalandoVerdades - O Ministério Público do Paraná afastou o promotor Carlos Alberto Choinski um dos responsáveis por inquéritos da Operação Quadro Negro, que investigava um esquema de fraude e desvios de dinheiro de construção de escolas públicas no Paraná. Segundo as investigações, o prejuízo aos cofres públicos é de cerca de R$ 20 milhões. Delatores afirmaram ao Ministério Público Federal (MFP), que parte desse dinheiro abasteceu campanhas políticas do PSDB e partidos aliados.
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quinta-feira, 1 de março de 2018

Corrupção: 10 delatores e nenhuma sentença para Paulo Preto, "mala" do PSDB. Por Fernando Brito

Publicado no blog Tijolaço, por Fernando Brito - Benedicto Junior, Roberto Cumplido, Carlos Armando Paschoal, Luiz Eduardo Soares e Arnando Cumplido de Souza e Silva, da Obebrecht; o lobista Adir Assad; Flávio Barra, da Andrade Gutierrez; Léo Pinheiro e Carlos Henrique Barbosa Lemos, da AOS, e Carlos Alberto Mendes dos Santos, da Queiroz Galvão Engenharia.
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domingo, 11 de fevereiro de 2018

Os donos da mídia no Brasil atuam nos partidos mais corruptos do país

A partir da reeleição de Dilma Rousseff para o exercício da presidência da República criou-se um paradigma na política brasileira. Toda a corrupção no país teria origem em um só partido político, o PT, Partido dos Trabalhadores. Tão logo iniciou-se o segundo mandato de Dilma, inconformados com a derrota, os adversários políticos da ex-presidente começaram a trabalhar o processo do seu impeachment. Qual o instrumento poderoso que utilizaram para convencer o público e tentar legitimar o golpe político e a derrocada da ex-presidente e de seu partido? Quem são os principais comandantes desse processo e a qual partido estão filiados? 
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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Política: Políticos com 'telhado de vidro' votaram pelo impeachment de Dilma Rousseff [vídeo]

Boa parte dos atores que atuaram naquele verdadeiro show de picadeiro, em que se transformou a Câmara dos deputados no dia da votação do impeachment da presidente Dilma Roussef, tiveram postura política incoerente e se viram envolvidos em escândalos de corrupção, logo depois. Dez dias após ser autorizado a abertura do processo de seu afastamento, a ex-presidente da República em entrevista à rede de TV americana CNN declarou, "todos que fizeram o impeachment estão envolvidos em corrupção".
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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Este Brasil, por Janio de Freitas

Janio de Freitas (*) - "Ninguém, parece mesmo que ninguém, tenta pensar o Brasil em pleno sentido e em seus possíveis amanhãs. É um país sem estratégia, sem ideia do que é e conviria vir a ser no mundo. Na grande tecitura internacional, não vive do que faça para uma inserção desejada, mas do que cada dia lhe traz. Segue adiante porque os dias se sucedem. Condicionado integralmente pelo mundo exterior, perplexo, lerdo, segue.
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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Política: Senadores demonstraram desdém ao repúdio dos brasileiros contra a corrupção

Por Maiá Menezes, em o Globo, Via Tribuna da Internet - O Planalto, os aliados e os pares se uniram na hora H. Prevaleceu o jabuti chancelado pelo Supremo Tribunal Federal, e o Senado deu a palavra final sobre o destino do senador Aécio Neves. Na semana passada, os ministros tinham julgado que cabe ao Supremo arbitrar sobre medidas cautelares aos parlamentares, mas ao Congresso decidir se elas serão colocadas em prática.
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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O maior problema do Brasil não é a corrupção, mas a desigualdade social

"Na semana em que a ong Oxfam Brasil divulgou o relatório "A distância que nos une: um retrato das desigualdades brasileiras", revelando que seis bilionários ganham o mesmo que os 100 milhões de brasileiros mais pobres, a agência Saiba Mais publicou um levantamento de cortes em programas sociais previstos na Lei Orçamentária Anual 2018 enviada ao Congresso pelo governo Temer. Há cortes em programas que chegam a 97%, como gastos na pasta de desenvolvimento social. 

É importante destacar que esse é o primeiro orçamento após a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 95, a popular PEC do Teto dos Gastos, que congelou investimentos em gastos sociais por 20 anos. 

Nesta entrevista, o sociólogo e pró-reitor de Planejamento da UFRN, João Emanuel Evangelista, analisa alguns pontos do relatório da Oxfam Brasil e as origens e desdobramentos da desigualdade social no país."

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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Politica: delator afirma que Temer e Cunha tramavam "diariamente" a queda de Dilma Rousseff

Há muita gente que ainda acredita, que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff não foi um golpe político. Porém, os fatos envolvendo o governo interino do vice Michel Temer vindos à tona recentemente, provam que a ex-presidente foi vítima de um plano ardilosamente preparado para afastá-la da presidência da República.
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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Política: A íntegra da denúncia por organização criminosa contra a cúpula do PT

"O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresento na terça-feira 5 ao Supremo Tribunal Federal uma denúncia por organização criminosa contra o núcleo político do PT, incluindo os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Além deles, podem responder pelo crime os ex-ministros Antonio Palocci, Guido Mantega, Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo da Silva, Edinho da Silva e o ex-secretário do PT João Vaccari Neto.
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sábado, 29 de julho de 2017

Bob Fernandes: "Fingir" e fingimentos - indignação com corrupção, saúde, festa em "Palácio" [vídeo]

Por Bob Fernandes, via Facebook - Ricardo Barros, Ministro da Saúde, conclamou: “Vamos parar de fingir que pagamos o médico e o médico tem que parar de fingir que trabalha”.Isso no país em que a chegada de médicos cubanos foi motivo para escândalo e gritaria. De médicos, associações e manifestantes.



Passados três anos os médicos cubanos continuam no Brasil. E... fez-se o silêncio de associações, médicos e manifestantes.

Talvez porque os médicos cubanos já tenham atendido mais de 60 milhões de pessoas.

Revelador o silêncio em relação aos médicos cubanos. Certos silêncios revelam, assim como certos barulhos.

Na quarta, 12, com a condenação de Lula, foguetório nos chamados “bairros nobres” de São Paulo. Panelas voltaram a retinir.

Na quinta, um dia depois, Temer e seus 40 tiveram vitória na Câmara: rejeitada denúncia contra Temer. Que para vencer trocou 12 deputados na CCJ. E não apenas...

...Em dois meses Temer liberou R$ 1 bilhão para emendas de deputados e senadores. E o que se viu e ouviu no dia em que os 40 de Temer rejeitaram a primeira das denúncias?

Silêncio profundamente revelador. Da hipocrisia que embalou e embala discursos sobre corrupção no Brasil. Do moralismo caolho, aquele que só enxerga a corrupção dos adversários.

Barulho se ouviu foi em Curitiba. Ricardo Barros fingiu não ser ministro da Saúde de Temer. E de um país com 14 milhões de desempregados.

A filha do ministro, a deputada estadual Maria Victória (PP), casou no sábado. A mãe, Cida Borghetti, é vice-governadora e pré-candidata ao governo.

Festa para mil convidados... Protestos entre a igreja do Rosário e a recepção, no Palácio Garibaldi. Com chuva de ovos, garrafas, cuspe, lixo... e Polícia.



VIA

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sábado, 17 de junho de 2017

Temer é o chefe de uma organização criminosa, diz Joesley Batista


O empresário Joesley Batista, sócio do frupo J&F, delator da Lava Jato, afirmou em entrevista à revista Época, que " O presidente atual Michel Temer, é o chefe da Organização Criminosa da Câmara." "Temer, Eduardo, Geddel, Henrique [Alves], [Eliseu] Padilha e Moreira [Franco]. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muito perigosa. Não pode brigar com eles", disse o empresário.
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terça-feira, 13 de junho de 2017

"Brasil ainda faz política com afeto, não com a cabeça"

"Em entrevista à DW Brasil, historiador diz que é preciso combater uma sociabilidade que se baseia em tratar o público como o privado: "Há uma elite que se considera realmente superior ao restante da população." 
Há pouco mais de 80 anos do lançamento do clássico Raízes do Brasil, o "homem cordial" de Sérgio Buarque de Holanda, que não distingue o público do privado, parece ainda presente na sociedade brasileira, apesar das previsões do intelectual que a cordialidade desapareceria com a industrialização.

Em 1936, Sérgio Buarque de Holanda apresentou pela primeira vez o conceito, resultado de uma sociedade rural autoritária caracterizada pela família patriarcal. Segundo o intelectual, esse homem cordial dominou as estruturas públicas do país, usando-as em benefício próprio.

No entanto, não foi exatamente isso o que ocorreu. Para o historiador João Cezar de Castro Rocha, a cordialidade é uma característica de sociedades hierárquicas e desiguais. Em entrevista à DW Brasil, o autor dos livros Literatura e cordialidade: O público e o privado na cultura brasileira e Cordialidade à brasileira: mito ou realidade? debate o conceito de homem cordial e sua ligação com a corrupção.

 "O problema da corrupção endêmica no Brasil só terá solução quando efetivamente constituirmos uma nação, quando em lugar de homem cordiais e elites que se consideram superior aos outros, nós formos de fato todos cidadãos", destaca Castro Rocha.

DW Brasil: O conceito de "homem cordial" parece mais atual do nunca. Mas Sérgio Buarque de Holanda previa que ele desapareceria com a industrialização e o fim da sociedade rural. Na sua opinião, por que ele não desapareceu?

João Cezar de Castro Rocha: Eu proponho que, na verdade, o homem cordial não é apenas fruto de uma sociedade agrária, mas característico de uma sociedade hierárquica e desigual, como a sociedade brasileira, que foi fundada sobre o trabalho escravo e que ainda hoje mantém a consequência do longo período de escravidão. Então, o homem e a mulher cordiais não apenas permaneceram, como pelo contrário, cresceram e estão muito fortes.

E isso é visível também na política?

A atual política brasileira, marcada por uma polaridade radical, por intransigência inédita e por uma intolerância completa é absolutamente cordial no sentido próprio do termo, ou seja, é uma política que se faz com afetos, com estômago e não com a cabeça.

A corrupção seria característica própria do "homem cordial"?

Seria ingenuidade imaginar que o homem cordial é por vocação mais corrupto do que a seriedade alemã ou puritanismo anglo-saxão. A corrupção faz parte de toda e qualquer estrutura de poder, mas a questão central de uma corrupção que pode ser caracterizada como cordial é a sua associação com a ideia da hierarquia e da desigualdade.

No Brasil, historicamente, há uma elite que se considera realmente superior ao restante da população e que, por isso, considera ter direito a saquear a coisa pública. Nós não temos um Estado no sentido próprio do termo, temos é um aparato estatal apropriado pelas elites.

O senhor fala da corrupção nas elites, mas é possível afirmar que ela ocorre também nas camadas mais baixas, que é algo generalizado?

É preciso diferenciar a corrupção de uma sociedade que tem um cotidiano esquizofrênico. Em 1808, quando a família real veio para o Brasil, não havia casas suficientes, e o rei mandou pintar nas portas de algumas a inscrição "Propriedade Real”, PR, obrigando os donos a deixá-las para os nobres portugueses. O povo traduziu PR como "ponha-se na rua”. A história da cultura brasileira é uma oscilação constante entre propriedade real e ponha-se na rua.

Existe uma lei e sabemos que ela não é cumprida porque não há as condições práticas para cumpri-la, ao mesmo tempo, não podemos verbalizar o caráter vazio da lei, então, desenvolvemos uma sociedade profundamente esquizofrênica no sentido próprio do termo. Dizemos A sabendo que precisamos fazer B. Eu faria uma diferença entre o princípio esquizofrênico e a corrupção.

Qual seria essa diferença?

Há um princípio de maleabilidade que pode levar a uma corrupção, mas eu diria que corrupção hoje no Brasil é a apropriação privada dos recursos públicos. Não dá para comparar o senhor Emilio Odebrecht, roubando bilhões de dólares, com o pobrezinho do brasileiro que no serviço público oferece um cafezinho para o atendente. Se dissermos que tudo é a mesma corrupção é mais um meio que a elite tem de se desculpar.

Mas o jeitinho, esse desvio do cotidiano, não legitimaria de alguma forma a corrupção nas grandes esferas?

Acho isso é um equívoco, pois o que está à disposição da elite brasileira, das empreiteiras, dos partidos políticos e de políticos não é um jeitinho, é um tremendo jeitão, não tem comparação. Além disso, a sociedade foi organizada de uma forma esquizofrênica, o Estado sempre impôs ao povo inúmeros PR e o jeitinho é uma estratégia, em alguns casos, para driblar a impossibilidade de cumprir o PR.

Mas se simplesmente legitimarmos o jeitinho, nós estaremos favorecendo a corrupção. Acho importante que, no cotidiano, o brasileiro comece, por exemplo, a apenas atravessar o sinal quando ele estiver aberto para pedestres. É muito importante uma mudança de cultura.

Como seria possível acabar com esse ciclo desta corrupção generalizada?

Do ponto de vista do Estado brasileiro é preciso acabar com esse discurso tolo de que tem muito Estado no Brasil, pois não tem. O Brasil tem Estado de menos para o que de fato importa. É preciso ainda implementar mecanismos eficientes de controle que tenham como base a transparência. Do ponto de vista da sociedade é começar uma discussão a longo prazo que necessariamente deve passar pela educação e, sobretudo, por uma consciência crescente para mudarmos nossa forma de agir no trato diário. Por exemplo, não posso defender a universidade pública e não dar minhas aulas.

O problema da corrupção endêmica no Brasil só terá solução quando efetivamente constituirmos uma nação, quando em lugar de homem cordiais e elites que se consideram superior aos outros, nós formos de fato todos cidadãos.

O que é preciso combater?

É preciso combater uma sociabilidade que se baseia em tratar o público como o privado, e isso são o homem ou a mulher cordial. A sociabilidade cordial é movida pelo coração, tanto ama quanto odeia, tanto pode ser autoritária quanto afetiva, mas impõe fundamentalmente a ordem pública a lógica do privado.

Sem dúvida para superar esse tipo de corrupção precisamos fazer que o Estado brasileiro finalmente seja público e deixe de ser um parque de diversões para que as elites econômicas, políticas e financeiras deste país continuem tirando os recursos públicos como se fossem privados."

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terça-feira, 9 de maio de 2017

Lula “tinha conhecimento de tudo”. Mais que um bom título, por Armando Coelho Neto


Por Armando Coelho Neto(*) - Neste GGN, sob o título “Inquérito de gaveta e inquérito engavetado", foi relatado como provas eram escondidas temporariamente nos inquéritos dentro da Polícia Federal. Era uma forma de dificultar o acesso de advogados na fase preliminar. Essa tal prática, que não se sabe se sobrevive, é improvável que ocorra na fase judicial. Nela, o acompanhamento da defesa é constante. Mesmo assim, tempos atrás os advogados de Lula, Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, chegaram a insinuar que o juiz Sérgio Moro estaria “fazendo tramitar expedientes ocultos e ‘de gaveta’ – que sequer têm registro no sistema eletrônico do Tribunal Regional Federal da 4ª Região”.


O tema expediente de gaveta é retomado hoje, em flash, devido à aproximação da data do interrogatório do ex-presidente Lula. Vem com o propósito de dizer que, exceto “expedientes de gaveta”, as ditas provas dos autos já estão demonstradas no processo. Assim sendo, a oitiva daquele réu cumpre apenas uma exigência processual. O que existe de prova, se é que existe já deve estar lá e, pela lógica, a tudo deve ter tido acesso seus defensores. São ou seriam fatos tão conhecidos, a ponto de encorajar o investigado, numa típica demonstração de que “a jararaca está viva”, haver proposto que seu depoimento tenha cobertura televisiva. Mas, ao que consta, a pretensão teria sido ironicamente negada em nome da “proteção de Lula”.

É oportuno lembrar que certos tipos de crime deixam vestígio, como por exemplo, o de enriquecimento ilícito. Dinheiro não evapora, apenas muda de bolso, já diziam os antigos. Eis uma implacável verdade num mundo virtual de privacidade relativa, na qual movimentações de grandes somas são rastreáveis e não se fazem necessariamente em carros fortes. Mais grotescamente, não são guardados em botijas, transportados em malas ou cuecas. Aliás, nem mesmo em colchões, mesmo que, segundo a mídia oficial, agentes da Farsa Jato tenham chafurdado os colchões da casa do ex-presidente.

Desse modo, seja por incompetência, má sorte, crime perfeito ou mesmo por não ter existido o fato que dá suporte às acusações, a Farsa Jato não achou a suposta riqueza do Lula. Talvez nisso resida o desespero daqueles que o acusaram em cadeira nacional de televisão, em palestras com ou sem PowerPoint. É o que se pode concluir ou deduzir nessa onda de presunções, deduções e convicções.

Em paralelo, correm notícias de que prisões são usadas para forçar confissões. As instâncias superiores não definiram se são ou não uma espécie de coação. Mas, é sabido que depoimentos obtidos sob coação geram nulidade processual. Tecnicamente, porém, aquelas instâncias têm estado mais atentas a aparente legalidade das prisões, considerando, em tese, a presença dos requisitos descritos em lei. Na prática, todavia, não deixa de ser uma espécie de coação. Como bem lembrou Renato Duque, “sou o investigado que está preso há mais tempo”.

Segue a Farsa Jato. As colaborações premiadas mais produzem manchetes do que apontam o caminho da prova material da qual os acusadores de Lula tanto precisam. O “arrependimento premiado” de Renato Duque traz o quê genérico de “todos sabiam” e “sempre se soube”. É um depoimento a mais a reforçar que não existe capitalismo samaritano, nunca existiu doação de campanha, o mundo corporativo não dá nada - investe. Caixa dois sempre foi tratado de forma cínica pela mídia e políticos, além de tolerada pelos Tribunais Eleitorais. Caixa dois sempre teve o mesmo tratamento dado ao jogo de bicho e a divulgação do preço do dólar no câmbio paralelo.

Ainda na linha das generalidades, Duque fala de crime institucionalizado que não começou em sua gestão, da criação de dificuldades para vender facilidades, de pessoas que pediram dinheiro em nome de outras sem que os supostos beneficiários nunca tenham visto a cor do dinheiro. Sócio roubando sócios, diretor roubando sua própria empresa, empresas tirando vantagens sobre outras. No rol de generalidades, interesses de Estado se confundem com interesses pessoais ou partidários, sem suporte factual objetivo - campo aberto para subjetividades e convicções.

Mesmo réu confesso, nunca é demais lembrar estar escrito na lei que até mesmo a confissão precisa estar coerente com a prova dos autos. No caso de Duque, é provável que a Farsa Jato tenha descoberto onde ele guardou o dinheiro surrupiado ou ele próprio tenha dado tal informação. A confissão em si não se basta e a indicação de coautores também precisa de provas.

Nas referências ao ex-presidente Lula, nenhuma ação especificamente criminosa é a ele atribuída. Suposições e deduções, e ao indicar que se encontrou com Lula num hangar do aeroporto de Congonhas, diz que pode haver indicadores de que lá tenham se encontrado. Isso também por si não se basta, pois será preciso provar o objeto desse colóquio, não apenas o simples encontro.

Mas, Duque conseguiu oferecer mais que um belo título para a grande mídia. Numa conclusão dedutiva, foi capaz de atiçar mais ainda a ira insana contra Lula e ao mesmo tempo mobilizar petistas. Tentando apagar o fogo, em vídeo veiculado na internet, o juiz Sérgio Moro declinou provisoriamente do apoio que tem recebido e explicou ser o interrogatório um mero ato processual. De qualquer forma, deixou nas entrelinhas um “Lula não vai ser preso pelo menos agora” ou “com ou sem vocês Lula vai ser preso”, pois golpe é golpe.

(*)Armando Rodrigues Coelho Neto é jornalista e advogado, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo

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terça-feira, 2 de maio de 2017

Delatores da Lava Jato relatam casos de propinas que acabaram sendo roubadas


De Letícia Casado, na Folha – Via: Tribuna da Internet - Ao menos três delatores da Lava Jato relataram histórias de roubo de dinheiro de propina. No total, os ladrões levaram cerca de R$ 9 milhões. André Santana, que trabalhava com os marqueteiros João Santana e Mônica Moura, disse em depoimento que foi assaltado dentro de um táxi no fim de 2014 quando levava dinheiro relacionado à campanha da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.

charge do Denny

Era de manhã. Santana pegou entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão com dois homens ligados à Odebrecht em um quarto de um “grande hotel próximo a um shopping em São Paulo”. Ele saiu do local carregando uma mala grande, entrou em um táxi e, 15 minutos depois, dois carros abordaram o veículo em que estava. Pegaram seu celular, a bagagem e lhe obrigaram a entrar em um carro. Cerca de 20 minutos depois, deixaram-no em uma rua residencial.

Santana voltou ao hotel e telefonou para Mônica, que lhe disse para se acalmar e voltar para Salvador.

OUTRO CASO – Hilberto Mascarenhas, ex-executivo da Odebrecht, contou que o doleiro Álvaro Novis perdeu entre R$ 7 milhões e R$ 8 milhões que estavam escondidos em uma mala na baia de um cavalo no Jockey Club do Rio.

Novis foi vítima exatamente quando tentava proteger a propina: tinha montado esquema de entrega em um imóvel, mas nem todo mundo passava para recolher na data marcada. Como era arriscado guardar milhões no escritório, pensou no esconderijo. “Ele disse que o dinheiro estava no Jockey. Que tinha uma cela lá. Ele tem cavalo e tinha escondido o dinheiro. E tinha tido o assalto”, disse Mascarenhas.

Ele afirmou que o doleiro se responsabilizou por cobrir o prejuízo: “Cobrei dele metade de todas as comissões até ele conseguir pagar. Demorou dois ou três anos isso”.

“ASSALTO” NO RIO – Além deles, João Antônio Bernardi Filho, representante da empresa Saipem, do setor de petróleo, disse que na manhã de 5 de outubro de 2011 foi assaltado no Largo da Carioca, no Rio, quase em frente à sede da Petrobras.
Carregava R$ 100 mil que seriam destinados ao então diretor Renato Duque como pagamento pela celebração de um contrato.

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NOTA DA REDAÇÃO DO TRIBUNA DA INTERNET – É aquela velha história do ladrão que rouba ladrão… No meio de tantas quadrilhas, isso tinha mesmo de acontecer. (C.N.)

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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Vícios, vilania e corrupção


Artigo de Renê Garcia Jr. (*) - “Muitas vezes, uma grande virtude some na companhia de múltiplos vícios.” Ao longo do mês de abril, a população brasileira constatou a existência de uma profunda deterioração no sistema de representação política.


A democracia pressupõe que o regime una o exercício do poder - estabelecer diretrizes e formular prioridades -, com a prática da efetiva política - escolha de caminhos para alcançar tais objetivos.
Dessa combinação, surge a projeção para a certeza de que a vontade da maioria será a luz que projeta e ilumina as ações dos partidos e de seus representantes, logicamente  respeitados os direitos das minorias.

O que acreditávamos que fosse uma realidade de divisão entre visões alternativas e escolhas divergentes revelou-se uma grande farsa.

Com efeito, partidos, representantes eleitos e líderes de governo, em verdade, escondiam um elo comum, qual seja, a prática da corrupção e a venda de privilégios e favores, tudo de forma audaciosa.

Aqueles que pregavam louvores aos pobres e fragilizados, em uma relação promíscua e torpe, escondiam a leviandade de seus atos e costumes, e, quando desmascarados, revelaram a face da submissão na forma de vassalagem e a indignidade de um comportamento rasteiro e bem permeado pelo culto aos vícios.

Outros, que se apresentavam como “senhores da moral” puritana, conspurcavam as mesmas práticas.

No todo, esquerda e direita chafurdavam na lama por milhões em propinas.

Corruptores em estado de êxtase e gozo, sem qualquer espécie de cerimônia, agora anunciam seus atos levianos de forma grotesca e cínica. Alguns, em jubilo, não escondem o prazer na constatação de que, todos, em sua visão tosca, tem um preço e uma alma sempre à venda.

O ato de corromper - “comprar e/ou perverter pessoas” - passou a ser um fim em si mesmo, em uma lógica desfiada de custo/benefício.

Alguns políticos são para casar e outros para uma aventura passageira - em comum a prática da prostituição livre, leve e solta.

No final disso tudo, deparamo-nos com um País destruído, uma realidade pútrida, um presente inglório e um futuro em chamas. 

(*) economista

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