Acabou! A Copa 2010 realizada na África do Sul como todas até aqui, também foi emocionante. Surpreendente até certo ponto. Quem disputou a finalíssima foram duas seleções que não possuíam o título de campeã mundial. Grandes favoritas ficaram pelo caminho. No fundo já prevíamos os resultados, porém, não com a mesma precisão do que Paul, o Polvo "oráculo", um das personagens marcantes desta copa.
Dois lances importantes que aconteceram na partida entre as seleções do Brasil e Costa do Marfim, neste domingo, poderiam determinar um resultado diferente. Não fosse a benevolência ou a "vista grossa" do trio de arbitragem o golaço de Luís Fabiano seria anulado. Assim como a expulsão de Kaká não teria acontecido. Kaká, não merecia o cartão vermelho. Apanhou muito durante a partida, e já tinha levado cartão amarelo. Diante da pressão dos jogadores da Costa do Marfim, o arbitro mandou outro amarelo, e por conseguinte o vermelho. A retrospectiva da atuação do craque demonstra não ser ele um jogador violento, pois com esta é apenas a terceira vez que é expulso em toda sua carreira.
Pode-se observar claramente que o lance que provocou sua expulsão teve o exagero da encenação provocada pelo jogador adversário.
Todo mundo viu que o jogador da Costa do Marfim corre olhando para outro lado, sem perceber a presença do Kaká, que levantando o ombro para evitar o choque, atingiu o lado esquerdo do seu rosto. Um gesto espontâneo e involuntário que foi punido com um certo exagero por parte do árbitro.
No lance do espetaculargol do Luís Fabiano, dá pra ver que o artilheiro ajeitou duas vezes a bola com o braço. Irregular ou não, o gol foi validado. Para a alegria da torcida brasileira e muito mais do jogador que não marcava há muito tempo.
Mas, o que muita gente não observou foi um rápido diálogo do juiz com Luís Fabiano. Logo após a conclusão do lance, sorrindo, mostrou-lhe o ombro, insinuando a irregularidade. O que a galera notou e o comentarista da Rádio gaúcha Francisco Garcia também, foi a vaia da torcida logo após o replay do lance no telão. Muito longe de qualquer dúvida o gol foi validado, uma vez que a Fifa não aceita decisões da arbitragem baseadas em imagens do telão.
A torcida brasileira certamente opta pela involuntariedade dos dois toques. Ou, como se referiu ao lance, o atual técnico da Argentina, que insiste em afirmar que foi melhor do que o Rei do futebol, Pelé. - Foi "La mano de Dios".
A premiação destinada às seleções que irão competir na Copa 2010 bateu o recorde. Uma bolada destinada ao campeão e outra ao vice. Até os eliminados na primeira fase receberão uma fatia. Ser convocado já é um prêmio. Mas qual jogador não sonha em levar o troféu de melhor na competição?
Considerando alguns aspectos, a Copa do Mundo de futebol 2010 poderá nos reservar uma grande surpresa. Além de fatos inusitados que sempre ocorrem em uma copa, existe a possibilidade de acontecerem resultados considerados como "Zebra". Como dizem, futebol é uma "caixinha de surpresas". Me desculpando pelo trocadilho infame, no entanto sem desconsiderar seu fundo de verdade, quero dizer que pelo menos dois elementos poderão contribuir para que a Copa da África do Sul seja realmente diferente.
Apesar da goleada achei que a seleção brasileira se apresentou com deficiência no meio campo. Durante o primeiro tempo do último jogo treino, contra a Tanzânia, o Brasil mostrou-se como um time sem entrosamento. Com as alterações feitas por Dunga para o segundo tempo, o time melhorou. Sobretudo nas assistências muito bem executas pelos laterais, e que resultaram em gol.
Quando o assunto é Seleção Brasileira todos nós se transformamos em técnico de futebol. Nem tanto por conhecimento mas por paixão, afinal é o primeiro esporte que faz parte da nossa cultura. Passamos a infância e a juventude ouvindo e vendo e muitas vezes até praticando. E continuamos vida a fora debatendo quando a convocação dos jogadores para disputar a Copa do mundo não atende nossas expectativas. Dunga diz que priorizou a coerência. Não quero lhe tirar o mérito, mas ele decepcionou muitos. E surpreendeu grande parte da imensa Nação Brasileira de torcedores.
Vendo os jogos amistosos de outras seleções a gente percebe um entusiasmo diferente com relação à seleção convocada por Dunga. Antes do último jogo contra a Irlanda, o repórter Flavio Prado, em seu programa esportivo pela Jovem Pan Online, simula uma conversa com o técnico da seleção brasileira e cobra uma postura mais agressiva.
Também tenho achado a seleção meio sem graça. Até parece que vamos à Africa por pura obrigação. Não vejo nos convocados aquela ansia de sermos de novo campeões mundiais. Espero que até junho as coisas mudem. Desse jeito, não vai dar. Tem tempo ainda. Quem sabe quando chegar a hora a gente volte a se emocionar como antes.
Eis aqui uma imagem que deveria ser mostrada uma vez, duas vêzes, três vezes para os convocados. Até que eles possam gravar na memória, e lembrar no momento exato. Talvez até esquecessem de pensar um pouco, só em fama e dinheiro. Seguir o exemplo da garra e amor à arte do futebol que demonstraram os craques da seleção brasileira de 70. Sem saudosismo. Essa seleção brasileira, sim, jogou bola. Inesquecível.
Siga no Twitter
Postagens
