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sábado, 26 de agosto de 2023

A hipocrisia sobre as pedaladas, o crime que não houve, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: A absolvição de Dilma Rousseff, Guido Mantega e Luciano Coutinho só serve para duas coisas. A primeira, para desnudar ainda mais o caráter institucional - o sistema que se articula em torno do Supremo Tribunal Federal, Congresso, órgãos de mídia. A segunda para mostrar  por quê é impossível uma justiça de transição no país: não se viu nenhum pedido de desculpas dos principais culpados pelo golpe. A Folha ainda tentou justificar a absolvição sob o argumento de que houve uma amenização nos princípios da lei de improbidade.

www.seuguara.com.br/Dilma Rousseff/pedaladas fiscais/Luís Nassif/

Um exemplo nítido da hipocrisia nacional. Ontem [22/08] a colunista Miriam Leitão escreveu excelente artigo criticando a condescendência de Lula com os militares, fruto de uma justiça de transição jamais aplicada no país. Um dos pilares da justiça de transição é expor todos os crimes cometidos no período, para que não se esqueça, não se repita. Mas nenhum pio sobre o gole das pedaladas, do qual ela foi uma das principais defensoras.


Nem se venha com o álibi da mudança da lei de improbidade, como colocou a folha, para explicar a absolvição. Não houve o golpe das pedaladas. O Estado tinha uma conta corrente com bancos públicos. Quando estava superavitário, recebia juros; deficitário, pagava. Houve excesso de endividamento sim, para suprir as necessidades do Bolsa Família. Mas a pedalada só ocorre quando não se respeita o princípio da anuidade fiscal - isto é, quando se deixa uma dívida para o ano seguinte. E isso não ocorreu.

Sabiam disso os Ministros do Supremo Tribunal Federal que aprovaram a abertura do processo de impeachment pela Câmara.


Toda a trama teve como acusador principal o procurador do Tribunal de Contas da União, Júlio Marcel de Oliveira que, dias antes do depoimento na Comissão Processante do Impeachment, testemunhei almoçando com Marcos Lisboa em um restaurante de Brasília. Lisboa foi um dos principais articuladores da operação, que resultou na fatídica Lei do Teto, uma excrecência que pretendia amarrar o orçamento público por 20 anos.

Foi um período tão maluco, que Júlio Marcelo, até então um procurador inexpressivo foi alçado à condição de herói e se chegou ao ápice do ridículo com o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Contas o indicando para o Supremo Tribunal Federal. 

Durante as sessões do Senado, soube-se que Júlio Marcelo participava do movimento "Vem pra Rampa", que visava incentivar ministros do TCU a rejeitarem as contas da gestão de Dilma. Terminado o show, voltou a ser o procurador inexpressivo.


A desmoralização na Justiça não ficou nisso. Para o Ministro Luís Roberto Barroso, o impeachment não ocorreu por conta das pedaladas, mas por falta de apoio político. Esqueceu-se de uma das responsabilidades centrais das constituições, presente desde o advento do nazismo, para impedir a repetição desses abusos, é impedir que maiorias eventuais empalmem o poder. Assim como é papel do Supremo ser contra majoritário - isto é, se opor aos movimentos de inchamento criados nas ruas. Para Barroso, ao contrário, o Supremo tinha que se abrir às vozes das ruas. 

A rigor, o único Ministro a declarar claramente ser contra o impeachment, por não ver crime de responsabilidade, foi Marco Aurélio de Mello.


Não é preciso detalhar o mundo de negócios escusos que se seguiu ao impeachment, o desmonte de políticas sociais, a desmoralização da democracia, a eleição de um alucinado defensor da tortura. E, nesse período, uma pandemia que vitimou 700 mil pessoas porque, à frente do governo, estava a consequência maior dos atos avalizados pela mídia, pelo Congresso, pelo Supremo, por juristas tido como liberais, como Oscar Vilhena. E com o orçamento público arrebentado pelos exageros de Paulo Guedes, pelo tombo nos precatórios, sem que se ouvisse um pio do herói Júlio Marcelo.

Definitivamente, é um país sem caráter.

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sábado, 1 de abril de 2023

Papa Francisco diz que Lula foi vítima de perseguição e condena golpe contra Dilma

Por Gabriel Barbosa, em O Cafezinho: Nesta sexta-feira, 31, o papa Francisco declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vítima de perseguição política e que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi injusto. Em entrevista a rede argentina C5N, Francisco afirmou que "o lawfare abre caminho nos meios de comunicação" e que com isso "deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo".
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quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

O fim de um dia que durou seis anos e meio, por Francisco Fernandes Ladeira

Por Francisco Fernandes Ladeira, no GGN: A posse de um presidente da República, por si só, já é um acontecimento histórico. Entretanto, no dia 1º de janeiro, quando Luiz Inácio Lula da Silva iniciou seu terceiro mandato, houve algo além da posse presidencial.
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sexta-feira, 23 de setembro de 2022

MPF arquiva inquérito sobre pedaladas que levaram ao impeachment de Dilma

Por Eduardo Reina, no Conjur: O inquérito civil movido contra o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega na investigação sobre supostas irregularidades em operações de crédito entre o Tesouro Nacional e bancos públicos como o BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal no ano de 2015, caso mais conhecido por "pedalada fiscal", foi arquivado por deliberação do Ministério Público Federal (MPF). As alegadas pedaladas basearam e culminaram no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.

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quarta-feira, 20 de abril de 2022

Bolsonaro fala em "participação" militar no impeachment de Dilma

Publicado por Naian Lopes, no DCM: Jair Bolsonaro (PL) falou nesta terça-feira (19) que Eduardo Villas Bôas teve participação no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2016, quando ocorreu o golpe contra a petista, o general da reserva era o comandante do Exército. A afirmação ocorreu em solenidade alusiva ao Dia do Exército.
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

"Foi golpe", repercutem internautas após artigo de Barroso

Por Júlia Schiaffarino, no Congresso em Foco: O artigo publicado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso tem repercutido nas redes sociais nesta quinta-feira (03). À revista do Centro Brasileiro de Relações Internacionais Barroso afirmou que "o motivo real" para o impeachment da presidente Dilma Rousseff foi a falta de apoio político e não as pedaladas fiscais.
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Sem rumo, Bolsonaro inventa que Dilma será ministra da Defesa e José Dirceu chefe da Casa Civil [vídeo]

www.seuguara.com.br/Bolsonaro/Lula/
Sem perspectivas de melhora nas pesquisas eleitorais, Jair Bolsonaro (PL) tenta já voltar sua artilharia contra o ex-presidente Lula (PT), favorito para vencer a eleição presidencial neste ano. Sem qualquer base, Bolsonaro afirmou que caso Lula volte à Presidência da República, nomeará a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ministra da Defesa e o ex-ministro José Dirceu (PT) chefe da Casa Civil.

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domingo, 2 de maio de 2021

Globo quebra boicote e exibe falas de Lula e Dilma no Primeiro de maio

www.seuguara.com.brt/Lula/Jornal Nacional/1º de maio/dia do trabalho/
O jornal Nacional, da Globo, quebrou neste sábado (1º) a campanha de notícias negativas que promove contra o PT e exibiu declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-presidente Dilma Rousseff sobre o Dia dos Trabalhadores.
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Política - Eduardo Cunha concluiu livro sobre o golpe de 2016 e revela: Temer foi o grande conspirador

www.seuguara.com.br/Cunha/Temer/livro/impeachment/

O ex-presidente das Câmara dos deputados, Eduardo Cunha, preso pela Lava Jato, concluiu o livro-bomba "Tchau Querida, O Diário do Impeachment", e aponta Michel Temer como "o grande conspirador" do golpe que resultou no impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff, em 2016.
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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Nem mesmo a bofetadas. Por Fernando Brito

www.seuguara.com.br/Bolsonaro/tortura/Dilam Rousseff/
Originalmente publicado no Tijolaço, por Fernando Brito - Não , não precisa ser com tanta força que o senhor presidente tenha de trazer a radiografia para mostrar o "calo ósseo" para provar os danos. Mas o caso de Jair Bolsonaro debochar das torturas sofridas pela ex-presidente Dilma Roussef quando esteve nas mãos de seu "herói" Brilhante Ustra não merece argumentos, parece merecer uma bofetada, daquelas bem estaladas, que faça ficar vermelha a face que não enrubesce de vergonha e não impede sua boca de ser uma cloaca de imbecilidade.
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Política: Dados vazados da Saúde tinham ofensas a Lula, Dilma e outros

www.seuguara.com.br/Dilma/Lula/Ministério da Saúde/

A base de dados com informações pessoais de mais de 200 milhões de brasileiros e que ficou exposta por uma falha de segurança em um sistema do Ministério da Saúde sofreu adulterações para a inclusão de termos ofensivos nos registros de políticos e artistas.
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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Máquina de mentiras de Bolsonaro quer enganar seus próprios apoiadores

Por Bruno Boghossian - A turma do governo se emplumou na virada do ano para fazer uma comparação que parecia impressionante. Auxiliares de Jair Bolsonaro divulgaram que o custo das viagens do presidente sem seu primeiro ano havia sido de R$ 8 milhões, ao passo que Dilma Rousseff havia gastado R$ 483 milhões em 2014.
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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Política: Cunha admite ter financiado 60 deputados antes de presidir a Câmara e derrubar a Dilma


Folha de S. Paulo e Intercept Brasil publicaram nesta quinta (26) uma reportagem sobre a delação premiada de Eduardo Cunha, que foi rejeitada por um grupo de procuradores da Lava Jato em mais de um Estado. Segundo a matéria, Cunha admitiu em sua proposta de delação que financiou, em 2014, a campanha de 60 deputados federais.
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sábado, 5 de outubro de 2019

Dilma, que foi oficialmente "corrupta" para Janot, deixou de ser. Agora, espera as provas do Palocci

Viomundo - Não tenho nenhuma dúvida de que a Dilma não é corrupta. Ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, em setembro de 2019. Dilma Rouseff integrou a presente organização criminosa desde 2003, quando assumiu a convite de Lula o Ministério de Minas e Energia. Desde ali contribuiu decisivamente para que os interesses privados negociados em troca de propina pudessem ser atendidos, especialmente no âmbito da Petrobras, da qual fi presidente do Conselho de Administração entre 2003 e 2010.
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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Em entrevista ao Roda Viva, Michel Temer admite que impeachment de Dilma Rousseff foi golpe

O ex-presidente Michel Temer (MDB), em entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura, nesta segunda-feira (16), admitiu que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi um golpe. "Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe", afirmou Temer, que assumiu a presidência da República depois de consumado o processo de impedimento de Dilma, em 2016.
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quinta-feira, 20 de junho de 2019

Senado Federal: 'Ao contrário do que disse Moro, grampo de Dilma não tinha mais autorização quando foi feito'

Da coluna de Guilherme Amado na Época: Ao contrário do que disse Sergio Moro nesta quarta-feira na audiência do Senado, o grampo nos diálogos telefônicos entre Dilam Rousseff e Lula, em 2016, não tinham autorização legal. As gravações foram feitas após o próprio Moro pedir a interrupção dos grampos, ou seja, fora do período permitido.
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quinta-feira, 9 de maio de 2019

Justiça determina que Michel Temer e Coronel Lima voltem à prisão

A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiu nesta quarta-feira (08) pela revogação do habeas corpus do ex-presidente Michel Temer e do seu amigo, João Baptista Lima Filho, o Coronel Lima. Os dois terão que voltar à prisão, e a pedido das defesas poderão se apresentar em locais a serem determinados.
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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Política: Dilma Rousseff desmente fake news sobre ela dita por Bolsonaro em entrevista à TV italiana

A ex-presidente Dilma Rousseff divulgou, na noite desta segunda-feira (21), nota desmentindo uma fake news de Jair Bolsonaro dita em uma entrevista à TV estatal italiana, a RAI. Como de praxe, seus apoiadores vêm disseminando a fake news há bastante tempo, desde a campanha eleitoral de 2010. Bolsonaro concedeu a entrevista na última quarta-feira (16), e mais uma vez insistiu com a notícia falsa. 
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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Política: Políticos com 'telhado de vidro' votaram pelo impeachment de Dilma Rousseff [vídeo]

Boa parte dos atores que atuaram naquele verdadeiro show de picadeiro, em que se transformou a Câmara dos deputados no dia da votação do impeachment da presidente Dilma Roussef, tiveram postura política incoerente e se viram envolvidos em escândalos de corrupção, logo depois. Dez dias após ser autorizado a abertura do processo de seu afastamento, a ex-presidente da República em entrevista à rede de TV americana CNN declarou, "todos que fizeram o impeachment estão envolvidos em corrupção".
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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Politica: delator afirma que Temer e Cunha tramavam "diariamente" a queda de Dilma Rousseff

Há muita gente que ainda acredita, que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff não foi um golpe político. Porém, os fatos envolvendo o governo interino do vice Michel Temer vindos à tona recentemente, provam que a ex-presidente foi vítima de um plano ardilosamente preparado para afastá-la da presidência da República.
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