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segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Xadrez dos desafios de Lula e a maldição do Brasil de Dunga, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: Peça 1 - O entendimento sobre desenvolvimento - Duas coisas chamaram a atenção em Lula, na nova inauguração da refinaria Abreu e Lima (RNEST). A primeira, o seu discurso. A presença da multidão, as imagens de mocinhas e rapazes humildes, chorando enquanto cantavam o Hino Nacional, inspirou um discurso de Lula, como não se ouvia há tempos.

www.seuguara.com.br/Dunga/Xadrez/desafios de Lula/Brasil/

Teve espaço para desabafos, em relação à campanha ignominiosa que sofreu, mas na maior pare do tempo foi recheado de princípios políticos, econômicos e sociais da mais alta relevância - embora dito com a linguagem simples de um homem do povo. Essa é a mistura imbatível: princípios que parecem ser de um senso comum mas que, somados, definem um projeto de país como nenhum outro governante ousou fazer. 

Mostra a profunda empatia como o povo, com a geração de empregos, com a mudança na vida das pessoas, com o meio ambiente, com os princípios fundamentais da neoindustrialização. Depois, uma defesa enfática do desenvolvimento - visto como um processo de construção do país, com espaço para o social, par o setor privado e para o Estado.

Segundo: o discurso contrasta com a política do seu primeiro ano de governo, absolutamente submissa aos 3 emes - mídia-mercado-militares - e amarrada ao Centrão.


Peça 2 - a herança da lava jato


Hoje em dia, apenas pessoas ignorantes ou de má fé - como Demétrio Magnolli -, para tratarem as informações sobre a influência dos Estados Unidos na Lava Jato como teoria conspiratória.

Na série "Lava Jato Lado B" detalhamos como se deu essa influência. 



Aliás, em 27 de fevereiro de 2021 enviei o documentário a Gaspar Estrada. No dia 10 de abril ele publicou reportagem no Le Monde com as mesmas conclusões do documentário. Mas me garantiu, via mensagem do Twitter, que não teve tempo de assistir o documentário. Que seja! Mas a coincidência mostra os fatos disponíveis, pra quem se dispuser a ir atrás.

Orientada pelo Departamento de Estado, o tiro da Lava Jato foi certeiro, ao mirar os seguintes alvos: 


1. Liquidando com as empreiteiras nacionais, não apenas matou a competição com empreiteiras americanas no exterior mas, principalmente, desequilibrou totalmente o jogo político, especialmente no Congresso. As empreiteiras eram o único setor que se contrapunha ao lobby do mercado.

2. Tentou liquidar com os instrumentos de financiamento interno, como o BNDES. 

3. Atirou de modo fulminante na parceria da Marinha com a França, para a construção do submarino nuclear, ao atingir simultaneamente o Almirante Othon, o governo francês - através das denúncias contra o presidente Nicolas Sarkozy - e a Itaguaí Construções Navais (ICN), parceria entre o grupo Novonor e a empresa francesa Naval Group. Othon foi atingido por denúncias que eo então Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, recebeu diretamente de Leslie Caldwell, procuradora adjunta da Divisão Criminal do Departamento de Justiça.

E Sarkozys por denúncias colhidas no Brasil pelo procurador suíço Stefan Lenz. Em 2016, Lenz foi demitido do Ministério Público da Suíça. As razões para sua demissão não foram divulgadas oficialmente, mas especula-se que tenha sido devido a reuniões informais que ele teve com autoridades brasileiras envolvidas na Operação lava jato. O inacreditável PGR Janot tentou até contratá-lo como assessor da Lava Jato. Após sua demissão, Lenz fundou um escritório de advocacia em Zurque e ofereceu seus serviços para clientes brasileiros.

www.seuguara.com.br/Lava Jato/PGR/encontro/EUA/
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4. Por orientações de procuradores norte-americanos, a Lava Jato poupou o sistema financeiro, mesmo sabendo que a lavagem de dinheiro ocorria através dos bancos. Poupou, inclusive o banco BTG, tão influente no governo Lula quanto a Odebrecht. A alegação era de que denúncias contra bancos poderiam desestabilizar a economia. As investigações da lava jato revelaram que o sistema financeiro brasileiro era amplamente utilizado para lavar dinheiro de corrupção. A única punição foi a um banco de São Paulo, de baixíssima penetração.             


O golpe do impeachment completou o ciclo, ao quebrar as pernas do BNDES, dar autonomia completa ao Banco Central e amarrar os gastos públicos com metas de gastos, que só não estipulava limites ao pagamento de jutos da dívida pública.

Em cima de tudo, surge o Centrão, como força política maior., e as bancadas do agro, do tiro e das religiões.


Peça 3 - o desequilíbrio político

Se Lula tem certeza sobre os fundamentos básicos de funcionamento do Estado e da iniciativa privada, por outro lado tem uma cautela ampla em relação aos setores com potencial de desestabilizar a política.

A cautela já se manifesta no Lula 1 e 2, mas ampliou-se agudamente no Lula 3 - justamente em função do enfraquecimento substancial do poder político do Executivo.


O dilema de Lula é claro. Há pouco espaço no orçamento, e na política, para as políticas públicas. Ele optou, então, por ceder a todos os setores com algum poder político ou armado - Igrejas, PMs, Forças Armadas, Polícia Federal, empresas com isenção na folha de pagamentos, mercado etc -, e tirar o espaço de todos os setores alinhados com ele. 

Os setores beneficiados jamais apoiarão seu governo; os prejudicados são da sua base de apoio, eis a questão.


Cada concessão política mina sua imagem junto aos setores que o apoiam. O caso mais ostensivo de temor reverencial é a não retomada da Comissão de Mortos e Desaparecidos, deixando dezenas de mães morrendo sem saber o destino dos filhos. E também a recuperação dos salários da Polícia Federal e de outras forças de controle, em contraposição ao congelamento das verbas das universidades e do salário dos professores.

Lula tentará compensar esse desgaste avançando nas brechas. Do mesmo modo que fez no primeiro e segundo governo. Mas lá, o boom das commodities abriu espaço para os gastos atenderem a todos os setores.


A reinauguração da Refinaria, no entanto, mostrou que nem o desastre Jair Bolsonaro foi suficiente para conferir um mínimo de bom senso à imprensa. Uma medida totalmente racional - o aumento da capacidade de refino do país, para economizar divisas e aumentar a segurança energética -, e a ampliação da refinaria para produzir, também, energia verde, foi tratada como crime de lesa-pátria. Todas as besteiras foram levantadas, de argumentos ambientais - como se os refinados importados não afetassem a natureza - à lembrança da Lava jato. 


O discurso único dos comentaristas da Globonews foi a prova cabal da ordem unida - ou seja, ordem de cima, acatada por quem tem juízo. O restante da mídia veio atrás, em cima de slogans tão superficiais e preconceituosos como o artigo do Joel Pinheiro da Fonseca. Começou um ensaio de "delenda Lula", mostrando que Lula desenvolvimentista ainda é tratado como risco maior do que o bolsonarismo trescloucado.


Peça 4 - Lula 3, ano 2

Agora, Lula 3 viverá seu grande desafio. Promete sair pelo país, defendendo seu legado. Suas armas são as seguintes:

-Tentará obter apoio do setor industrial como o lançamento da política industrial nesta semana. 

- Tem um conjunto de medidas de estímulo fiscais a novos investimentos e linhas do BNDES que estão sendo organizadas, com juros abaixo da Selic.

- A Petrobras voltou a ser um centro importante de investimentos públicos, permitindo a reconstrução da cadeia do petróleo - incluindo portos e estaleiros - sem as restrições fiscais impostas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. 

- Tem a parceria com a rota da seda, da China, e com o banco dos Brics, para financiar as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

- O papel do Supremo Tribunal Federal e da procuradoria Geral da República, que, através do levantamento das irregularidades das emendas parlamentares poderão coibir um pouco o apetite estrondoso do Centrão.


Na contramão, há os seguintes fatores negativos:

- A manutenção de taxas de juros proibitivas para a economia, com a maior parte do orçamento sendo consumida para pagamento de juros da dívida interna.

- A invasão dos produtos chineses, cada vez mais presentes na economia.

- As restrições orçamentárias, que o obrigarão a encarar, ainda no primeiro trimestre, a necessidade de cortes orçamentários.

- Um Congresso totalmente subordinado a interesses setoriais e corporativos.

- A impaciência cada vez maior de seus apoiadores históricos.

E, no final da linha, as eleições municipais.


O final do jogo é imprevisível, assim como é imprevisível o comportamento do nosso Ronaldinho da política - Lula. Em 2010, Dunga não levou Ronaldinho, alegando que ele não tinha comportamento adequado para um jogador de seleção. A razão era mais banal. No final dos anos 90, em um Grenal, Ronaldinho humilhou Dunga. No final, o Brasil foi eliminado nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010. Dunga foi demitido após  torneio e Ronaldinho nunca mais foi convocado para a seleção brasileira.

Idiossincrasias e falta de foco na vitória continuam sendo os principais fatores de atraso do país. Resta saber se, em 2024, Lula conseguirá superar a maldição de Dunga e voltará a marcar gols.




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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Bolsonarista Dunga é cotado para técnico do Corinthians, clube que defendeu na era da Democracia

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De Breiller Pires no El País Brasil - Antes de se tornar "capitão do tetra", o gaúcho Carlos Caetano Bledorn Verri, mais conhecido pelo apelido de Dunga, iniciou a carreira como jogador no Internacional e, pelo destaque na seleção de juniores, foi contratado em 1984 para jogar no time mais popular de São Paulo.
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quinta-feira, 5 de março de 2015

Dunga convoca seleção brasileira para dois amistosos neste mês

Depois de longa ausência, o lateral esquerdo Marcelo do Real Madrid e o veterano Robinho, do Santos, retornam à seleção brasileira. Além de Robinho, o técnico Dunga chamou mais dois atletas que atual no futebol paulista: Elias, do Corinthians, e Souza, do São Paulo. A convocação foi anunciada na manhã desta quinta-feira (05) para os amistosos contra França e Chile. Confira a lista.
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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dunga convoca seleção brasileira pela primeira vez

São várias as novidades na primeira convocação do técnico Dunga no retorno ao comando da seleção brasileira de futebol. Na lista aparecem nomes como, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, do Cruzeiro, Elias e Gil do Corinthians. Além de Phillipe Coutinho e Miranda, atletas lembrados pela torcida para a disputa da Copa do Mundo de 2014.
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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dunga revive um dia de fúria em entrevista coletiva.

Após a vitória do Brasil sobre a seleção da Costa do Marfim, Dunga xingou o comentarista da Globo, Alex Escobar, durante a entrevista coletiva. O sistema de som captou alguns palavrões ditos em voz baixa por Dunga ao perceber que o repórter balançou a cabeça enquanto ele respondia a segunda pergunta. Algum problema?

- Perguntou o técnico. Em seguida balbuciou algumas palavras que depois foram identificadas como ofensivas ao repórter. A polêmica virou tragicomédia na grande rede. Veja abaixo como ilustrou o canal de HelterStardust , o dia de fúria do técnico brasileiro. Perdoem o linguajar da dublagem, mas algumas das palavras que se ouvem na verdade são as mesmas que foram ditas por Dunga.



O editorial lido por Tadeu Schmidt, no programa fantástico da "Vênus Platinada", foi o assunto mais comentado na rede social Twitter, sob o título "Cala boca, Tadeu Schmidt".



Desde segunda feira, Internautas iniciaram uma campanha a favor de Dunga contra a Globo. Está circulando um e-mail com a imagem abaixo convocando apoio ao técnico.


Desde que Dunga reassumiu a seleção brasileira, após a conquista da copa das confederações, suas relações com a imprensa não são das mais amistosas. Quando decidiu não mexer no elenco para disputar a Copa 2010, Dunga deu uma de Zangado, contrariando a opinião pública e a Mídia. Não convocou Ronaldinho gaúcho que a imprensa contava como certo. E ignorou novos expoentes do futebol brasileiro como Ganso e Neymar. O fato é que mais uma vez ele mostrou não possuir muito a tal inteligência emocional, nem jogo de cintura para driblar a ousadia e a soberba da rede Globo que se acha a dona da exclusividade em tudo. A equipe de repórteres globais que cobrem a Copa me parecem "fuçantes" demais. Com suas perguntas intrigantes sempre a buscar o contratitório, criando polêmicas para produzir matérias que não informam nada. Isso não é forma de torcer pelo sucesso da seleção. Ser técnico da seleção brasileira não é fácil. A pressão é muito grande e ela não vem só da imprensa. Temos que trabalhar no sentido de minimizar as deficiências do grupo e de quem no momento é responsável em conduzi-lo ao resultado positivo. Afinal, até nosso melhor atleta, Kaká, disse em recente entrevista que a Mídia se intromete demais nas ações, tanto dos jogadores em particular quanto da comissão técnica. A ética pessoal nos impede de abonar atitudes como a que teve o Técnico da seleção brasileira. Mas certamente ele não é o bode expiatório de toda a polêmica. Se for derrotado será rechaçado como é costume da maior parte da imprensa desportiva. Se for vitorioso, ouviremos de novo a frase - "Vocês vão ter que me engolir", dita por um outro técnico não menos polêmico.


Imagens: Folha.com
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terça-feira, 15 de junho de 2010

O que os astros revelam para Dunga?

A seleção brasileira estréia hoje na Copa 2010. O técnico Dunga mostra-se confiante e com muita coerência não apresentou novidades na lista final dos convocados. Contrariou grande parte da torcida brasileira e da mídia esportiva, que esperavam ver outros nomes inclusos no plantel. Mas segundo a astrologia, Dunga deve redobrar a atenção. As previsões para seu signo revelam que é hora de olhar para a frente.

Para a grande maioria das pessoas, horóscopo é como as bruxas, não acreditam. Porém sabe que existe. A verdade é que a astrologia está cada vez mais presente na vida das pessoas. Quase ninguém acredita, mas não resistem a dar uma "olhadinha" incrédula só pra ver se as previsões lhe são favoráveis. Se são promissoras até que lhes dão algum crédito. Porém se contrariam suas expectativas e esperança não lhe dão muito crédito. Acho que é mais ou menos isso.
No caso, o técnico da seleção brasileira, Sr. Carlos Caetano Bledorn Verri, mais conhecido como Dunga que nasceu em Ijuí(RS) no dia 31 de outubro de 1963, portanto sob o signo de Escorpião, há previsões intrigantes. Talvez só quem entende da ciência da astrologia possa melhor explicar.  Reuni a opinião de três grandes astrólogas sobre o que é previsto e o que se recomenda para este signo, no decorrer dos próximos dias. Clik no nome de cada uma delas e deduza se Dunga será um técnico vitorioso.


- Bárbara Abramo.

- Eunice Ferrari.

- Monica Horta
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Imagem: Wikipédia.
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quarta-feira, 10 de março de 2010

A Seleçao brasileira não tá meio sem graça?

Vendo os jogos amistosos de outras seleções a gente percebe um entusiasmo diferente com relação à seleção convocada por Dunga. Antes do último jogo contra a Irlanda, o repórter Flavio Prado, em seu programa esportivo pela Jovem Pan Online, simula uma conversa com o técnico da seleção brasileira e cobra uma postura mais agressiva.

Também tenho achado a seleção meio sem graça. Até parece que vamos à Africa por pura obrigação. Não vejo nos convocados aquela ansia de sermos de novo campeões mundiais. Espero que até junho as coisas mudem. Desse jeito, não vai dar. Tem tempo ainda. Quem sabe quando chegar a hora a gente volte a se emocionar como antes.



Eis aqui uma imagem que deveria ser mostrada uma vez, duas vêzes, três vezes para os convocados. Até que eles possam gravar na memória, e lembrar no momento exato. Talvez até esquecessem de pensar um pouco,  só em fama e dinheiro. Seguir o exemplo da garra e amor à arte do futebol que demonstraram os craques da seleção brasileira de 70. Sem saudosismo. Essa seleção brasileira, sim, jogou bola. Inesquecível.



E você? Acha que seremos compeões na Africa?

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