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sábado, 30 de março de 2024

Exército investigou 46 oficiais por carta que pressionava comandante por golpe

Por Guilherme Arandas Domingos, no DCM: As Forças Armadas deram início a um procedimento disciplinar contra 46 oficiais que assinaram uma carta a favor de um golpe de Estado encabeçado por Jair Bolsonaro, revela o G1. Contudo, os detalhes das punições, incluindo a quantidade de oficiais sancionados, permanecem indefinidos. A investigação revelou que a carta foi utilizada como ferramenta de pressão contra o então Comandante do Exército, General Freire Gomes.

www.seuguara.com.br/Exército brasileiro/investigações/

Em seu depoimento à Polícia Federal, Freire Gomes afirmou que alguns militares foram punidos proporcionalmente à sua participação no episódio. Além disso, enfatizou a ilegitimidade de manifestações políticas por parte de oficiais das Forças Armadas.

www.seuguara.com.br/General Freire Gomes/investigações/oficiais/

O atual Comandante do Exército, General Tomás Paiva, solicitou uma análise minuciosa para determinar se houve punições efetivas aos envolvidos.

O documento em questão foi encontrado no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. A suspeita recai sobre uma reunião de militares realizada em novembro de 2022 como o possível momento de sua elaboração.


Em seus depoimentos à Polícia Federal, alguns dos investigados negaram envolvimento direto com o documento, como o coronel Bernardo Romão Correa Neto, que afirmou desconhecer sua autoria e discordar de seu conteúdo.


Outro interrogado, o tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, admitiu ter assinado a carta, mas posteriormente retirou sua assinatura e incentivou outros a fazerem o mesmo. Ele também alegou ter sido informado por Cid de que o presidente Bolsonaro estava ciente da existência da carta. 

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segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Exército afasta Mauro Cid de suas funções após pedido de Alexandre de Moraes

Redação Brasil de Fato: O Exército brasileiro afastou neste domingo (10) o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid de suas funções nas Forças Armadas. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) ficará no Departamento-Geral de Pessoa (DGP) sem ocupar cargo e recebendo remuneração de oficial superior.

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sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Moraes decidirá em breve se aceita delação de Cid e generais veem "método Lava Jato"

Diário do Centro do Mundo: O tenente-coronel Mauro Cid tornou-se um protagonista no cenário de investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele compareceu ao Supremo Tribunal Federal na quarta-feira, confirmando seu interesse em colaborar com a Polícia Federal por meio de um acordo de delação premiada.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/STF/delação premiada/Mauro Cid/Exército/

Esse processo está sob comando do ministro Alexandre de Moraes, que também é responsável por decidir se o acordo prosseguirá. A PF já aceitou a proposta de colaboração, mas a validade das informações fornecidas por Cid em inquéritos dependerá da homologação do STF.


Dentro do Exército, a situação gera ecos da Operação Lava Jato, despertando diversas questões. Uma delação de Cid poderia ter implicações significativas, especialmente porque ele está preso desde maio e é uma peça-chave em investigações que implicam Bolsonaro.

O teor das informações ainda é confidencial, mas há especulação sobre quais provas adicionais ele poderia fornecer. Questionamentos também surgem sobre se um acordo de delação poderia salvaguardar o posto e patente de Cid, e se tal acordo seria obrigatoriamente cumprido pelo Superior Tribunal Militar.


A colaboração premiada é um mecanismo jurídico previsto em lei, que permite a redução ou até o perdão da pena do colaborador em troca de informações que auxiliem em investigações. Cid é citado em inquéritos que incluem a investigação sobre fraudes na carteira de vacinação de Bolsonaro, o suposto esquema de venda de presentes recebidos por ele enquanto chefe de Estado, e outros.


O cenário virou um clima de desconforto e incertezas entre os militares, que, além de preocupados com o impacto institucional, consideram que o caso é mais um marco na complexa relação entre os poderes da República. A decisão sobre a delação está pendente e é aguardada tanto por juristas quanto por membros do Exército, intensificando as discussões sobre o equilíbrio dos poderes e os métodos investigativos empregados pelo STF. 


De acordo com Marcelo Godoy, do Estadão, "era sentimento corrente entre os chefes do Exército que a prisão de Cid por mais de cem dias apontava para uma prática supostamente usada pela Lava Jato para obter provas contra políticos: forçar a delação de empresários. Cid - suspeitavam os generais - era mantido preso para confessar e envolver Bolsonaro como o mandante dos malfeitos".

A questão, diz ele, também reaviva debates sobre o papel do STF e a necessidade de revisão de seus métodos e decisões, um tema que tem sido contínuo desde a obstrução da nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro em 2016 até decisões mais recentes, como a que impediu a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor da PF em 2020.

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Militares não são intocáveis, nem estão acima da lei. Por Jeferson Miola

Por Jeferson Miola, para o 247: Ao incluir militares das Forças Armadas no inquérito do STF sobre o 8 de janeiro, o ministro Alexandre de Moraes decidiu da única maneira que poderia ter decidido. Os militares não são intocáveis, nem estão acima da lei. É dever constitucional das instituições e poderes civis processar e julgar os crimes cometidos por todos cidadãos brasileiros, sejam eles paisanos ou fardados.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/STF/militares/julgamento/8 de janeiro/

A justiça militar, que inclusive precisa ser extinta, "não julga crimes de militares, mas sim crimes militares", como diz a jurisprudência do STF.

É fundamental se distinguir o crime cometido por militar, ou seja, pelo cidadão fardado, do crime propriamente militar, cometido no exercício da atividade militar, como motim, insubordinação e outros.


Caso contrário, sem esta distinção, qualquer militar que cometesse feminicídio, para usar este exemplo, poderia não ser julgado pela justiça civil, mas sim pela justiça militar; a qual, não raramente, atua com espírito de camaradagem e cumplicidade corporativa.

Por isso, os militares envolvidos na insurgência terrorista de 8 de janeiro devem ser investigados no inquérito do STF. Todos eles, de todas as patentes e das três Forças - de sargentos e coronéis a generais e comandantes. 


Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes esclareceu que:

"inexiste, portanto, competência da Justiça Militar da União para processar e julgar militares das Forças Armadas ou dos Estados pela prática dos crimes ocorridos em 8/1/2023, notadamente os crimes previstos nos arts. 2º, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei 13.260/16, e nos arts. 147 (ameaça), 147-A, § 1º, III (perseguição), 163 (dano), art. 286 (incitação ao crime), art. 250, § 1º, inciso I, alínea "b" (incêndio majorado), 288, parágrafo único (*associação criminosa armada), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito), 359-M (golpe de Estado), todos do Código Penal, cujos inquéritos tramitam nesse SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL a pedido da Procuradoria Geral da República" [íntegra do despacho]. 


Com base neste entendimento, o ministro Moraes fixou "A COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA PROCESSAR E JULGAR OS CRIMES OCORRIDOS EM 08/1/2003, INDEPENDENTEMENTE DOS INVESTIGADOS SEREM CIVIS OU MILITARES" [caixa alta no original]. 

E autorizou "A INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO [pela Polícia Federal] para apuração de autoria e materialidade de eventuais crimes cometidos por integrantes das Forças Armadas e Polícias Militares relacionados aos atentados contra a Democracia que culminaram com os atos criminosos e terroristas do dia 8 de janeiro de 2023". 


Atentar contra a Constituição e o Estado de Direito com o objetivo de impor um governo de força, não eleito pela soberania popular, é um crime de extrema gravidade. E cuja gravidade aumenta ainda mais quando perpetrado pela imposição das armas.

Os criminosos do 8 de janeiro precisam ser julgados e punidos na forma plena da lei, com a aplicação das consequências cíveis, criminas e, inclusive, funcionais, com a demissão do serviço público, se for o caso.

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domingo, 26 de fevereiro de 2023

Sigilo do general Pazuello encobria farsa vergonhosa do Exército. Por Jeferson Miola

Por Jeferson Miola, em seu blog: "E aí, galera [...] eu não podia perder este passeio de moto de jeito nenhum. Tamo junto, hein. [...] Parabéns pra galera que está aí, prestigiando o Presidente". General da ativa Eduardo Pazuello em discurso aos "moto-fascistas" no Rio de Janeiro em 23/05/2021.
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Meia volta volver: general do Exército condena "condutas em desacordo com a ética militar" nas redes

O comandante militar do Nordeste, general Richard Fernandez Nunes, publicou um artigo no eblog (blog do Exército Brasileiro) afirmando que a instituição vem passando por um "inconformismo com a tradicional postura legalista e de neutralidade do Exército", o que resulta em "ataques a reputações típicos de regimes totalitários" e "insultos a camaradas de longa data". Para ele, "quando um militar extrapola a esfera de suas atribuições, e passa a opinar publicamente sobre o que não é de sua competência, contribui para o descrédito na cadeia de comando e no cumprimento da missão".
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O presentinho do general Villas Bôas para Bolsonaro: o diploma do Exército

Reportagem de Natalia Viana e Matheus Santino, Agência Pública: Bolsonaro havia acabado de ser eleito presidente da República – tomaria posse em um mês. Era 29 de novembro de 2018, e ele estava de pé, em uma pequena sala na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), de terno preto e gravata cinza listrada, visivelmente emocionado. Bolsonaro não recebeu seu diploma em 1987 porque foi acusado e condenado por um plano para plantar bombas em quartéis do Exército para protestar contra os baixos salários. Agora, receberia finalmente o documento que o consagraria como capitão do Exército.

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Ao seu lado, em meio a 11 oficiais-generais, estava o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, sentado em uma cadeira de rodas e com aparelhos que o ajudavam a respirar por conta de uma doença degenerativa. Ao lado dele estava a sua esposa, Maria Aparecida, vestida elegantemente. Estava presente, ainda, o general Mauro Cesar Lourena Cid, que foi colega de Bolsonaro na academia e é pai de Mauro Cid, acusado de participar de um esquema de Caixa Dois no Planalto


O comandante da EsAO, general Marcos de Sá Affonso da Costa, abriu a cerimônia, que disse ser “singela” mas revestida de significado, “porque pretendemos aqui reconhecer o esforço de um ilustre aluno da escola, que em breve estará assumindo o comando do país”. 

Quem fez a entrega do diploma – colocado educadamente no seu colo – foi o próprio general Villas Bôas, que disse: “muita honra, presidente”.


Bolsonaro respondeu com uma promessa ao então comandante: “O senhor pode ter certeza, muita coisa que nós aprendemos na vida militar, levaremos para o Planalto. Nós temos uma chance ímpar de mudar o destino do Brasil. E não será eu sozinho, será com mais pessoas, em grande parte militares das Forças Armadas que estão ao nosso lado.”  


“Juntos, prezado comandante, o senhor tem história, nós pretendemos também fazer a nossa história, a guinada do nosso país ao rumo daquilo que não devia ter saído, naquele período de 20 e poucos anos atrás”, finalizou Bolsonaro, referindo-se à ditadura militar. Nenhum dos generais presentes respondeu ou fez qualquer defesa à democracia.   


A cerimônia ocorreu pouco antes da solenidade de diplomação e encerramento do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais daquele ano, ocorrida na Vila Militar, no Rio de Janeiro. Mas foi mantida como um evento à parte, de baixo perfil. 



Jair Bolsonaro recebe diploma de pós-graduação na EsAO em 2018

Bolsonaro compareceu à solenidade pública na qual foram diplomados 420 capitães da linha bélica, 15 oficiais das chamadas Nações Amigas, seis oficiais fuzileiros navais e 29 oficiais médicos. Ele chegou a dar declarações à Agência Brasil de que as recordações do período em que cursou a Aman “o emocionam”, mas não mencionou o diploma que acabara de receber.


Entrega só foi possível por portaria publicada dois dias depois da eleição

Não era a primeira vez que Bolsonaro se encontrava com o então comandante do Exército naquele ano de eleição. Villas Bôas – autor do tweet que demandava ao STF a manutenção de Lula na prisão seis meses antes – encontrou-se duas vezes com o então candidato e outra vez logo depois que Bolsonaro foi eleito. 

Mas a cerimônia de formatura, um agrado ao futuro Comandante Supremo das Forças Armadas, não gerou nenhum documento oficial, segundo o Comando do Exército respondeu à Agência Pública via Lei de Acesso à Informação. 

Segundo a resposta à LAI, Bolsonaro “concluiu, com aproveitamento, em 1987, o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais de Artilharia da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO)”. 

A resposta não diz por que ele não recebeu o diploma na época, mas explica que com a Lei de Diretrizes e Bases, houve uma equivalência entre o curso da EsAO e cursos de pós-graduação. 


Entretanto, a nova diplomação só foi permitida, segundo a resposta, a partir de uma portaria expedida em 31 de outubro de 2018 – dois dias depois de Jair Bolsonaro vencer a eleição para presidente da República. A portaria 238 aprova as regras para a expedição de novos diplomas.  

www.seuguara.com.br/Jair Bolsonaro/conversa/generais do Exército/
Ex-presidente conversa com generais em cerimônia especial de formatura 
Reprodução/Agência Pública/Foto: Comando do Exército

“O Sr. Presidente da República Jair Messias Bolsonaro é um dos mais de 20.000 oficiais do Exército que fazem jus ao diploma de pós-graduação, por haver se graduado antes de 1999. Tal reconhecimento de direito não necessita de qualquer requerimento ou procedimento, uma vez que está garantido pela Portaria nº 238, de 31 de outubro de 2018, a qual aprova as Instruções Reguladoras do Suprimento de Diplomas, Certificados, Apostilamentos e Registros do Sistema de Educação Superior Militar do Exército, cabendo à EsAO reconhecer e fornecer um novo diploma aos graduados, nos anos anteriores a 1999”, diz a resposta à LAI.  

“Quanto à entrega do diploma físico, o Oficial poderá fazer uma solicitação à Escola, a qualquer momento. No caso do Sr. Presidente da República, à época recém-eleito para o cargo, após agendamento informal, decidiu-se entregar o diploma, em 29 de novembro de 2018, em singela cerimônia no salão de honra da Escola, com a presença do Comandante do Exército. Naquela ocasião, não foram expedidos documentos sobre o assunto”. 

Além de Villas Bôas e da esposa, do comandante da EsAO e do general Cid, estavam presentes na cerimônia os ex-comandantes do Exército, generais Gleuber Vieira, e Enzo Martins Peri; o comandante logístico, general Carlos Alberto Neiva Barcellos; o comandante do Comandante de Operações Terrestres, general José Luiz Dias Freitas; e o ex Chefe do Estado-Maior do Exército e antigo Comandante da EsAO, Renato Cesar Tibau Da Costa. Estavam também o general Edson Leal Pujol, Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia e futuro comandante do Exército demitido por Bolsonaro em 2021 por ser legalista; e o general Luís Carlos Gomes Mattos, futuro presidente do Superior Tribunal Militar (STM) durante o governo Bolsonaro. 


Um sonho realizado

Jair Bolsonaro concluiu os créditos para se formar na EsAO como oficial de artilharia com uma nota 7,68, segundo detalha o livro “O cadete e o Capitão”, do jornalista Luiz Maklouf Carvalho. Mas, em meio a um processo aberto no Conselho de Justificação, o então Ministro do Exército, general Leônidas Pires Gonçalves, decidiu que ele deveria ser desligado “por faltar com a verdade” – Bolsonaro negou que tivesse feito os croquis de bomba publicados pela revista Veja e ainda ameaçou a jornalista que o denunciou. Para o Conselho, Bolsonaro foi condenado por “ter tido conduta irregular” e “praticado ato que afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da classe”. 


Assim, como resultado dessa decisão, Bolsonaro chegou a ser expulso da própria formatura, segundo ele relatou no seu recurso ao STM: 

“Desgraçadamente vejo agora a tentativa de afastar-me oficialmente do Exército – que verbalmente já o fui – em nome da honra militar que eu teria conspurcado”, escreveu. “Repudio o tratamento que tenho sofrido […] Desprezo mais recente, ao me ver negado o diploma de conclusão  [e da ] expulsão, cujo pródromo configurou-se na ordem para retirar-me do recinto da EsAO, onde me encontrava para assistir à solenidade da formatura”. 


No final, o STM absolveu-o por 4 a 9, em junho de 1988. Mas Bolsonaro já havia pedido desligamento do Exército para iniciar sua carreira na política.  

No seu livro de memórias, o general Eduardo Villas Bôas diz que soube da situação de Bolsonaro quando era comandante da EsAO, entre 2006 e 2008. “[Ele] Concluiu o ano letivo, o que constatei quando no comando da EsAO; ele me pediu para verificar o que constava a respeito”, explicou.“Depois de eleito presidente, solicitou que recebesse o diploma, o que foi feito em uma cerimônia simples.” 


Semanas depois da diplomação, na sua posse como presidente da República, Bolsonaro agradeceu pessoalmente a Villas Bôas. “General Villas Bôas, o que já conversamos ficará entre nós. O senhor é um dos responsáveis por eu estar aqui”, disse. 


Villas Bôas deixou o comando do Exército dez dias depois, mas, mesmo tendo sido reformado por invalidez, foi trabalhar como assessor especial no Gabinete de Segurança Institucional, ganhando um salário extra de R$ 13,6 mil mensais, além da aposentadoria de R$ 36,9 mil. O governo Bolsonaro eliminou o teto salarial para militares aposentados, permitindo o acúmulo de salários. 

 
A reportagem pediu via LAI a frequência do general no GSI e uma lista das reuniões das quais teria participado, mas não teve resposta. O GSI afirmou apenas que em 2020 ele passou ao regime de “teletrabalho” por causa da covid. 

“Tratam-se de atribuições de assessoramento, que podem ser exercidas por qualquer servidor, exigindo tão somente capacidade intelectual e de comunicação. A capacidade de comunicação de Eduardo Dias da Costa Villas Bôas encontra-se preservada e sua capacidade intelectual de alto nível é pública e notória”, descreveu o GSI. 


E acrescentou que a reportagem não deveria questionar se o ex-comandante estava de fato trabalhando ou não. 

“Ressalta-se que questionamentos em relação à capacidade laboral de pessoas com deficiência vão de encontro às ações e políticas públicas nacionais e internacionais de inclusão de tais pessoas no mercado de trabalho”.

Villas Bôas foi exonerado em 21 de junho de 2022. Em dezembro, sua esposa frequentou o acampamento golpista montado diante do quartel-general do Exército em Brasília.  

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Exército barra nomeação de oficial ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Por Daniela Santos, no Metrópoles: O novo comandante do Exército, Tomás Paiva, suspendeu a nomeação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para chefiar o 1º Batalhão de Ações de Comando, o 1º BAC, em Goiânia.
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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Com mais e dispensas, governo Lula chega a 90 militares demitidos de cargos na Presidência

Paulo Motoryn, no Brasil de Fato: O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou, em portarias publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira (23), mais sei militares que estavam trabalhando na Presidência da República sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

www.seuguara.com.br/Lula/general Tomás Paiva/Exército/militares/demitidos/

Com a nova lista de afastados, agora são pelo menos 90 demissões de integrantes das Forças Armadas de cargos ligados ao Palácio do Planalto. Entre eles, 38 atuavam no Gabinete de Segurança Institucional (GSI).


Até o final de 2021, pelo menos 211 militares estavam em cargos de confiança de órgãos vinculados à Presidência da República. As informações são do Atlas do Estado Brasileiro, publicação produzida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O total de dispensas feitas no governo Lula, portanto, se aproxima da metade do total de militares que estavam em cargos comissionados no Planalto no ano passado (43%).


Mais de 6 mil militares em cargos confiança

O Atlas do Estado Brasileiro também apontou que a gestão de Jair Bolsonaro distribuiu uma quantidade significativa de cargos para oficiais justamente em ministérios estratégicos, como Saúde, Economia e Meio Ambiente - áreas que foram alvo de duras críticas.


Segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) pelo menos 6.157 oficiais ocupavam cargos comissionados em funções civis em 2020, número que representa mais que o dobro em 2016, que tinha 2.957, quando o PT deixou o poder após o golpe contra Dilma Rousseff (PT).


As exonerações promovidas por Lula começaram logo nos primeiros dias de governo, mas aumentaram após 8 de janeiro, quando apoiadores de Bolsonaro promoveram um ataque golpista, avançando sobre as forças de segurança e invadindo o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.


Demissão do comandante do Exército


No sábado (21), Lula demitiu o então comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda. Ele foi empossado interinamente no cargo em 30 de dezembro do ano passado, ainda no governo Jair Bolsonaro, em um acerto com a equipe de transição para que a troca do comando ocorresse antes da posse do novo governo.

No lugar de Arruda à frente da corporação assumiu o também general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que foi destaque de noticiários durante a semana depois de, na quarta-feira (18), ter feito declarações incisivas contra os atos de terrorismo contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.


Em sua fala, ele cobrava respeito ao resultado das eleições de outubro. "Democracia pressupões liberdade, garantias individuais [...] e alternância do poder", disse o então comandante militar do Sudeste. "[Democracia] também é o regime do povo (...) É o voto. E quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É essa a convicção que a gente tem que ter, mesmo que a gente não goste", afirmou.


O agora nomeado novo comandante do Exército também disse que o Brasil passa "por um terremoto político", estimulado por "ambiente virtual que não tem freio e de que todos nós, hoje, somos escravos", "Ser militar é ser profissional, respeitar a hierarquia e a disciplina. É ser coeso, íntegro, ter espírito de corpo e defender a pátria. É ser uma instituição de Estado, apolítica e apartidária. Não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito", completou.


Edição: Rodrigo Durão Coelho


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Instituto Vladimir Herzog solidariza-se com coronel perseguido pelo Exército

Por Lucas Neiva, no Congresso em Foco: O Instituto Vladimir Herzog divulgou uma nota em solidariedade a Marcelo Pimentel, coronel da reserva do Exército que responde a dois processos disciplinares por conta de publicações em suas redes sociais com críticas ao aumento da participação de militares em instituições públicas civis. Pimentel utiliza seus perfis para a divulgação de denúncias desde 2018.
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Xadrez da intentona militar, por Luis Nassif

Por Luis Nassif, no GGN: Peça 1 - as peças do jogo militar - à medida que os fatos vão se somando, fica cada vez mais claro que a intentona de 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe militar, assim como o bolsonarismo foi apenas uma capa para a tomada de poder pelas Forças Armadas.
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Indicado de Lula é nomeado por Bolsonaro para comandar o Exército

Nesta quarta-feira, 28, Jair Bolsonaro (PL) oficializou a troca de comando no Exército e nomeou o general Júlio Cesar de Arruda como comandante interino, a partir de 30 de dezembro. Vale lembrar que Arruda foi indicado pelo presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para chefiar o Exército durante seu governo.
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sábado, 24 de dezembro de 2022

Golpistas reagem com decepção a mensagem do comandante do Exército

Por Chico Alves, no UOL: A mensagem de fim de ano que o comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, publicou nesta sexta (13) no YouTube não agradou os manifestantes golpistas que contestam o resultado da eleição presidencial e pedem intervenção militar. No vídeo, Freire Gomes exalta feitos dos soldados em 2022, como o policiamento de fronteiras e a ação humanitária nas catástrofes naturais. Nos comentários no Twitter, bolsonaristas se mostram revoltados porque o general em nenhum momento falou sobre a situação política do país.

www.seuguara.com.br/Comandante do Exército/General Marco Antônio Freire Gomes/mensagem/

"Me senti uma idiota com as palavras do general. Estou há 53 dias na porta do quartel e é isto que o senhor tem a dizer?", questionou uma mulher identificada como Érica Moraes.

"Eu entendi que estamos abandonados! Não pelo nosso presidente, mas pelas forças que um dia juraram proteger essa nação!", reclamou Sheyla Lyra, que no perfil do Twitter se identifica como "Patriota, bolsonarista, evangélica".


Alguns poucos golpistas ainda tentam encontrar motivos para acreditar que as Forças Armadas vão apoiar o seu movimento. "Muita gente criticando aqui e falando abobrinha, vocês vão quebrar a cara, e vão se impressionar com as FA", argumenta um rapaz que usa o nome de Leo Nunes.


Até às 19h30, duas horas depois de postada a mensagem nas redes sociais, o Twitter registrava 2.225 comentários. A quase totalidade era de reclamação contra o conteúdo neutro da fala do comandante do Exército.


Aos soldados, o general Freire Gomes diz no vídeo: "O sacrifício anônimo de cada um de vocês, no intenso frio dos Pampas, no interior da brasileira Amazônia, Pantanal, foi convertido, mais uma vez, em melhoria de qualidade de vida, segurança e soberania para todos os brasileiros". 


Segue exaltando a "hierarquia, a disciplina e a coesão" da tropa e agradece aos comandados "por viverem para servir ao Exército e ao Brasil". "Parabéns pelos resultados obtidos neste exitoso ano!".


O comandante termina desejando feliz Natal e Ano Novo, sem dar nenhum tom politico à mensagem.




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sexta-feira, 23 de setembro de 2022

O risco do golpe militar, por Luis Nassif

Por Luis Nassif, no GGN: Começa a se tornar consenso a interferência militar na política. No programa Roda Viva, Steven Levitsk, autor do já clássico "Como as democracias morrem" alertou para o papel dúbio das Forças Armadas. Dias atrás, foi noticiado que o Ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, contratou uma empresa para mapear as redes sociais, para saber quem e o quê se fala das Forças Armadas. Depois, a informação de que a Defesa pretendia ampliar a quantidade de urnas fiscalizadas.
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terça-feira, 2 de agosto de 2022

Política: General diz que participação de militares no 7 de setembro de Bolsonaro é 'um absurdo'

O general da reserva Paulo Chagas afirmou que a tentativa de Jair Bolsonaro (PL) de transferir o desfile militar de 7 de Setembro do centro do Rio de Janeiro para um evento de apoiadores em Copacabana seria uma ‘infantilidade’ e um ‘absurdo’.

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sábado, 8 de janeiro de 2022

Exército determina que militares se vacinem, usem máscara e não divulguem fake news nas redes sociais

O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, divulgou um comunicado interno com recomendações a serem seguidas pelos militares, como a vacinação para quem retornar ao trabalho presencial, o distanciamento social, o uso de máscara de máscara e a proibição de divulgar fake news nas redes socais.
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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Política: Emendas a militares no Orçamento crescem 251% em quatro anos

Reportagem de Guilherme Mendes e Vanessa Lippelt, no Congresso em Foco: Os gastos autorizados no Orçamento da União com a rubrica "defesa nacional", com emendas parlamentares com repasses às três forças armadas, chegaram a R$ 668,5 milhões em 2020. O valor é 251% superior ao que foi registrado em 2015, quando os congressistas reservaram pouco mais de R$ 265,5 milhões a todo tipo de obras tocadas pelo Ministério da Defesa. Em 2021, o volume deve ser igualmente alto, já que até a última quinta-feira (25) forma autorizados R$ 636,5 milhões para o mesmo fim.

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terça-feira, 8 de junho de 2021

Comandante do Exército que livrou Pazuello de punição é condecorado por Bolsonaro

www.seuguara.com.br/Bolsonaro/General Paulo Sérgio de Oliveira/
O Essencial: O comandante do Exército, general Paulo Sérgio de Oliveira, foi condecorado pelo presidente Jair Bolsonaro com o grau mais alto da Ordem do Mérito da Defesa, honraria destinada a quem presta serviços relevantes às Forças Armadas. 
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terça-feira, 17 de novembro de 2020

Bolsonaro tripudia sobre cinismo dos generais. Por Fernando Brito

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Por Fernando Brito, no Tijolaço, em 14.11.2020 - "Não vamos deixar a política entrar nos quartéis", diz o general Edson Pujol, comandante do Exército, secundado pelo general-vice Hamilton Mourão. Seria ótimo que fosse verdade, mas é puro cinismo. Sem nos últimos anos, houve algo que entrou nos quartéis forma Bolsonaro e suas ideias tortas e fanáticas.
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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Forças Armadas começam a temer desgaste de imagem

Jornal GGN - As Forças Armadas começam a se preocupar com o desgaste de imagem depois do embarque no governo Jair Bolsonaro, onde passaram a ocupar cargos tanto na cúpula como na base. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, oficiais comentam nos bastidores que a nova incursão política vai desgastar a imagem da instituição, e existe o temor de perda de credibilidade por conta do envolvimento com o governo atual e a perspectiva de seu naufrágio.
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