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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Justiça Militar envia ao STF caso de coronéis suspeitos de golpe

Poder360: A Justiças Militar encaminhou ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma investigação sobre 4 coronéis do Exército Brasileiro. Os militares são suspeitos de elaborar uma carta que pressionava o comando do Exército a apoiar um golpe de Estado após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022. 

www.seuguara.com.br/STF/Justiça militar/coronéis suspeitos/golpe de Estado/

Conforme noticiado pelo G1, a transferência do caso ao STF ocorre após a Justiça Militar optar por não julgar os supostos crimes militares cometidos pelos oficiais. O portal afirma que os coronéis enviaram uma carta intitulada "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro", ao general Freire Gomes.

São suspeitos pela elaboração do documento os coronéis da ativa Anderson Lima de Moura e Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, juntamente como os coronéis da reserva Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo. O processo segue sob sigilo.


Operação da PF

A PF (Polícia Federal) realizou em 19 de novembro uma operação que mirou suspeitos de integrarem uma organização criminosa responsável por planejar, segundo as apurações, um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito nas Eleições de 2022.

Em 21 de novembro, os agentes indiciaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro da Defesa,  general Braga Netto, o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e outras 34 pessoas por envolvimento pela suposta tentativa de golpe de Estado.


Segundo a corporação, o indiciamento reflete a existência de elementos suficientes para indicar a participação de Bolsonaro, Braga Netto e Cid em uma trama para impedir a posse do p residente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) naquele ano.

Os agentes miram os chamados "Kids pretos", grupo formado por militares das Forças Especiais, e investigam um plano de execução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).


Ainda conforme a corporação, a grupo também planejava a prisão e execução do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Os crimes investigados, segundo a PF, configuram, em teses, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.

Foram espedidos 5 mandados de prisão preventiva e 3 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Goiás, no Amazonas e no Distrito Federal. Foram determinadas 15 medidas, como a proibição de contato entre os investigados, a entrega de passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.


Um dos alvos da operação Contragolpe, como está sendo chamada, é o general da reserva Mário Fernandes. Ele era secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência no governo de Bolsonaro. Ele também foi assessor no gabinete do deputado e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ).

Também foram alvos dos mandados os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, e o policial federal Wladimir Matos Soares, Todos tiveram determinadas prisão preventiva e proibição de manter contato com outros investigados, bem como proibição de se ausentarem do país, com a consequente entrega dos respectivos passaportes.


Em nota, a PF disse que uma organização criminosa "se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022".

O plano estava sendo chamado de "Punhal Verde e Amarelo" e seria executado em 15 de dezembro de 2022.

"O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um 'Gabinete Institucional de Gestão de Crise', a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações", disse a PF.

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domingo, 15 de dezembro de 2024

PF investiga rastro do dinheiro entregue por Braga Netto no plano de matar Lula e Moraes

Por Naian Lucas Lopes, no Último Segundo: A Polícia Federal investiga o rastreamento do dinheiro utilizado para financiar um plano que visava o assassinato de autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) e o ministro Alexandre de Moraes. O inquérito apura a suposta participação do general Walter Braga Netto no financiamento de ações extremistas. 

www.seuguara.com.br/Braga Netto/dinheiro/golpe/

De acordo com informações das investigações, divulgadas pelo jornal O Globo, Braga Netto teria entregado recursos ao major Rafael de Oliveira, que seriam usados na compra de celulares destinados à execução de atividades ilícitas. 

Relatos indicam que o dinheiro foi entregue em uma sacola de vinho, com recursos supostamente oriundos de setores do agronegócio, conforme depoimento do tenente-coronel Mauro Cid. 


A operação, denominada "Punhal Verde Amarelo", detalhou o planejamento de ações clandestinas.

Segundo o relatório, a logística incluía reuniões secretas realizadas na residência de Braga Netto em Brasília, com estimativa de custos de aproximadamente R$ 100 mil, incluindo despesas com hospedagem, alimentação e materiais.


O ministro Alexandre de Moraes destacou, em decisão judicial, que há "fortes indícios e substanciais provas" do envolvimento de Braga Netto no planejamento e financiamento de um golpe de Estado.

A ação incluiria a detenção e possível execução de Moraes, além do assassinato de Lula e Alckmin, candidatos eleitos nas eleições de 2022.


Copa 2022

As investigações também identificaram um grupo chamado "Copa 2022", composto por ao menos seis militares das Forças Especiais. Eles utilizavam alcunhas relacionadas a países, como "Alemanha" e "Argentina", para manter anonimato.

A comunicação era feita por meio de celulares descartáveis habilitados com chips registrados em nomes de terceiros. 


No dia 15 de dezembro de 2022, integrantes desse grupo realizaram uma ação clandestina em Brasília com o objetivo de prender ou executar o ministro Alexandre de Moraes. A ação foi frustrada, e os envolvidos presos em novembro deste ano. 

Braga Netto foi detido sob acusação de obstrução de justiça. A Procuradoria-Geral da República deverá avaliar a apresentação de denúncia formal contra o general.

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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

O acidente de Lula e as incógnitas da política, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: As primeiras informações na mídia falam de cirurgia para conter "hemorragia intracraniana", a que Lula foi submetido esta madrugada, uma condição grave que ocorre quando há sangramento dentro do crânio, podendo envolver o cérebro ou os espaços ao seu redor. Sua gravidade depende da localização, extensão do sangramento e da rapidez com que é relevante e tratado. 

www.seuguara.com.r/Lula/Alkimin/internação/política/

Para casos simples, como hematomas pequenos ou de evolução crônica (como hematomas subdurais crônicos), há procedimentos mais simples como drenagem guiada por imagem ou endoscopia. Foi a intervenção sofrida por José Dirceu há algum tempo, que não deixou sequelas. 

Mas Lula sofreu hemorragia. Portanto, seu quadro é grave embora, em nenhum momento tenha perdido a consciência - segundo um Ministro que esteve com ele até seu translado para São Paulo -. 


Nas próximas horas haverá um quadro mais claro sobre o quadro de saúde de Lula. Pode ser que se recupere rapidamente. Mas há riscos concretos de que fique afastado da presidência por um bom tempo, em período de reabilitação. E uma possibilidade - ainda não se sabe qual o nível de probabilidade - de ser obrigado a deixar a presidência.

Nesse caso, o cargo de presidência será ocupado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.


Alckmin tem características históricas e outras adquiridas no exercício da vice-presidência de Lula mas, principalmente, no comando da NIB (Nova Indústria Brasileira). Tem o mérito de reaproximar Lula da classe industrial. A última visita de Lula e Alckmin à Confederação Nacional da Indústria (CNI) desmanchou décadas de desconfiança. Aliás, uma desconfiança fruto da má informação, já que historicamente Lula sempre foi a favor da atividade produtiva.


Com Alckmin à frente do governo, a NIB irá para o centro das políticas públicas - o que não é mau. Haverá também o jogo tradicional da mídia, de trocar a implicância irracional contra Lula pelo exercício de lisonja, buscando cooptar Alckmin. O mesmo ocorrerá com a classe empresarial, contaminada pela campanha dos jornalões - cujo inacreditável sonho de consumo é o presidente argentino Milei. 

Apesar da experiência atual, no entanto, Alckmin é historicamente um tucan0 - ainda que ligado à melhor face do PSDB, o grupo de Mário Covas. 


Haverá desafios enormes de manter a coesão da equipe. Alckmin tem a vantagem de um histórico de lealdade, alás, até o limite da ingenuidade - como se depreende das facadas que recebeu de José Serra e João Dória Jr. Mas tem também suas pessoas de confiança, que o acompanharam ao longo de sua carreira.

Certamente manterá Fernando Haddad na Fazenda. E terá boas relações com o próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.


Terá a boa oportunidade de, a partir, da NIB, montar o aguardado Plano de Metas que falta ao governo Lula. Seria a espinha dorsal do governo, que poderia ser tocada por Alckmin, ou, em caso de recuperação de Lula, pelo próprio presidente.

Seja qual for o resultado, haverá uma guerra interna na base do governo, até que se clareie o quadro de saúde de Lula.


Laudo


Às 9 horas a equipe do Sírio Libanês deu uma coletiva com notícias tranquilizadoras sobre a recuperação de Lula.

Nota da redação: Este artigo foi publicado antes da coletiva de imprensa realizada pela equipe médica do Hospital Sírio Libanês, que esclareceu que o termo técnico usado para o procedimento em Lula é "trepanação", uma cirurgia mais simples do que a "craniotomia" que havia circulado primeiro na imprensa. Os médicos explicaram que, no caso de Lula, o coágulo havia se formado entre camadas da meninge, a membrana que envolve e protege o encéfalo, ou seja, não atingiu o cérebro. Leia mais aqui.


www.seuguara.com.br/Lula/estado de saúde/´médicos/Sírio Libanês/
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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Conheça detalhes do plano golpista para 'neutralizar' Lula, Alckimin e Moraes

Na investigação do plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, a Polícia Federal encontrou material apreendido com o general Mário Fernandes "um verdadeiro planejamento com características terroristas, no qual constam descritos todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco". O texto traz em tópicos o planejamento de uma operação clandestina, com todos os requisitos para a execução. 

www.seuguara.com.br/Moraes/Lula/Alckmin/plano golpista/militares/

O documento denominado "Demandas de Rec Op (levantamentos)" começa referindo-se aos movimentos para identificar o aparato de segurança pessoal do ministro Alexandre de Moraes e os itinerários mencionados indicam prováveis rotas de deslocamento em Brasília à época. 

O documento menciona que foi feito reconhecimento de pelo menos duas semanas nas regiões de "DF" e "SP", os dois estados em que o ministro circula e revela uma lista de itens necessários para a execução da operação. Há detalhes sobre o método de comunicação, a quantidade de aparelhos e "até mesmo a operadora telefônica que seria escolhida para as comunicações durante as atividades de acompanhamento e vigilância do ministro". 


Foi a mesma estrutura de comunicação utilizada na denominada operação 'Copa 2022', em que militares Forças Especiais executaram uma ação clandestina no dia 15 de dezembro de 2022, para prender ou executar Moraes em Brasília, diz o documento.

"A ação empregou seis telefones celulares com chips da operadora TIM, habilitados em nome de terceiros e, associados a codinomes de países para anonimização da ação criminosa".

www.seuguara.com.br/Kids prestos/militares/plano golpista/

O documento elaborado pelo general Mário Fernandes, em 9//11/2022, também continha tópicos relacionados à munição que seria utilizada na ação clandestina. Diz a PF: "Na sequência, a lista com o arsenal previsto revela o alto poderio bélico que estava programado para ser utilizado na ação. As pistolas e os fuzis em questão ("4 Pst 9 mm ou .40" e "4 Fz 5,56 mm, 7,62 mm ou .338") são comumente utilizados por policiais e militares, inclusive para grande eficácia dos calibres elencados. Chama atenção, sobretudo, o armamento coletivo previsto, sendo: 1 metralhadora M249 - MAG - MINIMI (7,62 mm ou 5,56 mm), 1 lança Granada 40 mm e 1 lança rojão AT4. São armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate". 


O documento dos golpistas detalhou o efetivo necessário para a execução do crime. Seriam seis pessoas em Brasília. Houve análise de riscos e impactos da ação, possível ocorrência de "baixas aceitáveis".

Segundo a PF, "foram consideradas diversas condições de execução do ministro Alexandre de Moraes, inclusive com o uso de artefato explosivo e por envenenamento em evento oficial público". 

"Há uma citação aos riscos da ação, dizendo que os danos colaterais seriam muito altos, que a chance de 'captura' seria alta e que a chance de baixa (termo relacionado a morte no contexto militar) seria alto".


Para os investigadores, o contexto de emprego de armamentos extremamente letais, bom como de uso de artefato explosivo ou envenenamento revelam que o grupo investigado realmente trabalhava com a possibilidade de assassinato do ministro Alexandre de Moraes. 

"Tal fato é reforçado pelo tópico denominado 'Danos colaterais passíveis e aceitáveis', em que o documento descreve como passível '100%' e aceitável também o percentual de '100%'. Ou seja, claramente para os investigados a morte não só do ministro, mas também de toda a equipe de segurança e até mesmo dos militares envolvidos na ação era admissível para cumprimento da missão de 'neutralizar' o denominado 'centro de gravidade', que seria um fator de obstáculo à consumação do golpe de Estado".


O documento que a PF juntou aos autos indica também a possibilidade de ações para o assassinato de Lula e Geraldo Alckmin. o objetivo era "extinguir" a chapa presidencial vencedora no pleito de 2022.

Diz a PF: "Codinome JECA seria uma alusão ao atual presidente  LUIS INÁCIO "LULA" DA SILVA. O texto cita que 'sua neutralização abalaria toda a chapa vencedora, colocando-a, dependendo da interpretação da Lei Eleitoral, ou da manobra conduzida pelos 3 Poderes, sob a tutela principal do PSDB'. 


Considerando que o vice-presidente de Lula é Geraldo Alckmin, qu é historicamente vinculado ao partido PSDB, em caso de uma "neutralização" de Lula, Alckmin assumiria a Presidência da República, o que faria a chapa vencedora ficar "sob a tutela principal do PSDB", sugere o autor. Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico".


Já quanto a Joca, codinome usado para identificar Alckmin, "sua neutralização extinguiria a chapa vencedora".

"Como, além do presidente, a chapa vencedora é composta, obviamente, pelo vice-presidente, é somente na hipótese de eliminação de Geral Alckmin que a chapa vencedora estaria extinta".


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Fonte: ICL-Notícias

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terça-feira, 20 de junho de 2023

Governo prorroga por 15 dias desconto de carros a pessoas físicas

Por Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil: As pessoas físicas ganharam duas semanas para comprarem carros com desconto. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) prorrogou por 15 dias a exclusividade do programa de venda de carros com créditos tributários para essa categoria.
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Política: 'Lula aliancista enquadra PT, acena a militares e acalma aliados'. Por Helena Chagas

Por Helena Chagas, em Os Divergentes: O principal recado do ex-presidente na entrevista aos sites independentes foi o de que está pronto para ter o ex-governador Geraldo Alckmin como vice em sua chapa, numa aliança não só para vencer a eleição, mas para governar. Nos últimos dias, adversários do petista e a própria mídia vinham levantando a cada hora maiores dificuldades para essa aliança, dando grande ênfase aos problemas do PT na negociação com o PSB e à reação interna ao ex-tucano - o que só mostra a importância estratégica do movimento de aproximação com o ex-governador para Lula.
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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Lava Jato: Alckmin repete estratégia de advogados de Lula e questiona Odebrecht

www.seuguara.com.br/Geraldo Alckmin/Lava Jato/

A defesa do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) repete estratégia usada na Operação Lava Jato por advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para se librar das acusações. Defensores do tucano pedem acesso integral aos sistemas usados pelo chamado setor de propinas da Odebrecht.
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sábado, 4 de agosto de 2018

Tucano Alckmin planeja acabar com o ensino superior gratuito, começando pela pós-graduação [vídeo]

No mesmo dia que saiu a notícia de cortes orçamentários do governo Temer, que preveem o fim das bolsas de pós-graduação, o pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou em entrevista à Globo News, nesta quinta-feira (02), que estuda acabar com a gratuidade no ensino superior público, começando pela pós-graduação.
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sábado, 14 de abril de 2018

Justo - charge do Amarildo

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sexta-feira, 13 de abril de 2018

Política: Xadrez do passaralho dos tucanos

1. A lógica do Golpe - A lógica do golpe é simples e objetiva. Há dois focos centrais. O primeiro, o aprofundamento do desmonte do Estado Brasileiro, com as reformas liberais, privatização, destruição do precário Estado de bem-estar construído na última década.. O segundo, a garantia de um presidente de direita nas próximas eleições, - ou na ausência de um candidato competitivo, até mesmo o adiamento das eleições. Esses são os fios condutores para entender toda a lógica da turma do impeachment.
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terça-feira, 4 de outubro de 2016

Política: ‘Xadrez da grande derrota do PT”

Luis Nassif, em matéria publicada nesta segunda-feira  no site Jornal GGN, descreve  com probidade e esclarecimento, a derrota do PT no último pleito eleitoral para prefeitos e vereadores. O fato foi alardeado pela mídia corporativista brasileira, com o intuito de causar impacto na opinião pública. Segundo o jornalista, quatro peças importantes foram sutilmente movimentadas no “xadrez da política de “delenda PT”. Isto é, uma demanda suprapartidária com o objetivo claro de golpear o Estado de Direito e o Partido dos trabalhadores, de modo a torná-lo inepto para as disputas políticas nas eleições de 2018.



Xadrez da grande derrota do PT

Por Luis Nassif, no Jornal GGN

"As eleições municipais trazem consequências variadas para a oposição e para a situação.

As principais conclusões a serem tiradas:

Peça 1 – a derrota de Fernando Haddad


A derrota no primeiro turno em São Paulo foi a maior demonstração, até agora, da eficácia da política de “delenda PT”, conduzida pela Lava Jato junto com a mídia. Não se trata apenas de uma derrota a mais, mas a derrota do mais relevante prefeito da cidade de São Paulo desde Prestes Maia.

Enquanto Prestes Maia e Faria Lima ajudaram a consolidar a era dos automóveis, com suas grandes obras viárias, Haddad trouxe para São Paulo a visão do cidadão, colocando a política metropolitana em linha com as mais modernas práticas das grandes capitais do mundo. Não houve setor em que não inovasse, da gestão financeira responsável à Lei do Zoneamento, das intervenções viárias às políticas de inclusão.

Teve defeitos, sim. Foi excessivamente tolerante com secretários medíocres, excessivamente personalista, a ponto de impedir que os bons secretários ganhassem projeção, descuidou-se da comunicação e da presença na periferia. E não soube difundir de maneira eficiente as políticas transformadoras que construiu, vítima que foi de um massacre cotidiano da mídia.

Haddad também era o último grande nome potencialmente presidenciável do PT.

Sua derrota sepulta definitivamente as pretensões do PT de ser líder inconteste das esquerdas, acelerando a necessidade de uma frente de esquerdas acordada. E aumenta as responsabilidades sobre o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, o do Piauí, Wellington Dias, o do Maranhão, Flávio Dino.

Esse rearranjo exigirá medidas rápidas do PT, a mais urgente das quais será a de eleger uma nova Executiva em linha com os novos tempos, aberta à renovação, aos acordos horizontais, antenada com a nova cultura das redes sociais e dos coletivos. Ou o PT se refunda, ou se tornará politicamente inexpressivo.

Agora, trata-se de aguardar o segundo turno no Rio. Em caso de vitória de Marcelo Freixo, do PSOL, completam-se as condições para a unificação das esquerdas em uma frente negociada, sem aparelhismos, sem pretensões hegemônicas de quem quer que seja.

Peça 2 – o novo desenho do golpe


A vitória de João Dória Jr desequilibra as disputas dentro do PSDB. José Serra já era uma miragem comandado um exército de três ou quatro pessoas. Como chanceler, tem acumulado uma sucessão inédita de gafes. Não há nenhuma possibilidade de se recuperar politicamente.

Aécio Neves ainda se prevalece de sua condição de presidente do partido, mas foi alvejado seriamente pelas delações da Lava Jato – apesar da blindagem garantida pelo seu conterrâneo Rodrigo Janot, Procurador Geral da República (PGR).

Com a vitória de Dória, quem sobe é Geraldo Alckmin e sua extraordinária capacidade de influenciar o homem médio, isto é, o homem medíocre.

Se for adiante a tese do golpe dentro do golpe, com a impugnação total da chapa Dilma-Temer, é provável que se decida colocar na presidência da República alguém com competitividade para se candidatar à reeleição em 2018. Nesse caso, o nome seria Alckmin.

O discurso da anti-política consegue, assim, dois feitos. O primeiro, o de eleger prefeito da maior cidade da América Latina uma pessoa armada dos conceitos mais anacrônicos possíveis sobre gestão metropolitana. E coloca como favorito provavelmente o governador mais inexpressivo da história moderna de São Paulo.

Peça 3 – o desenho das esquerdas


No “Xadrez de Fernando Haddad e a frente das esquerdas” (http://migre.me/v8ftE) levanto a necessidade da explicitação de um padrão de governança das esquerdas, para reconstrução de uma alternativa de poder.

Nos próximos meses, à destruição das políticas sociais do governo federal, corresponderá à destruição das políticas implementadas em São  Paulo pela era Haddad.

O caminho seria construir uma instância de articulação suprapartidária, uma espécie de Conselho de Gestão juntando os principais estados e municípios governados pelos ditos governos progressistas. Os acordos se fariam acima das idiossincrasias das Executivas (especialmente do PT), e em cima de propostas concretas, de implementação de políticas públicas.

Seria a maneira de juntar os vastos contingentes que despertaram novamente para a política, depois de excluídos dela pela burocratização do PT – jovens, intelectuais, especialistas diversos. Nesse caso, Haddad poderia ser o grande articulador, devido à experiência acumulada em seus tempos de Ministro da Educação e prefeito de São Paulo, sua aceitação por jovens e intelectuais.

Peça 4 – o acirramento da repressão


Nem se pense que a vitória de Doria em São Paulo reduzirá a gana repressora.
Nos últimos dias, houve as seguintes ofensivas:
·       Indiciamento de Lula.
·       Prisão de Guido Mantega.
·       Prisão de Antônio Palocci.
·       Novo inquérito contra Lula, para investigar a colocação de uma antena de celular pela Oi, próxima ao sítio em Atibaia. Esses quatro itens precedendo as eleições.
·       Decisão do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4a Região) de consagrar o Estado de Exceção.
·       Demissão de professor de direito no Mackenzie, por artigo contra o golpe.
·       Ameaça de demissão a quem insistir no golpe, formulada por diretor de redação da revista Época.
·       Demissão de José Trajano, comentarista símbolo da ESPN, por manifestações políticas.
  • Afastamento do ex-MInistro Carlos Gabas dos quadros do Ministério da Previdência por ter ajudado no pedido de aposentadoria de Dilma Rousseff
Não há sinais de que essa escalada enfrentará resistências de jornais e jornalistas.

A fragilidade financeira dos jornais está submetendo-os a episódios outrora impensáveis, frente à camarilha dos 6 que assumiu o poder. Em outros tempos, com toda sua dose de conservadorismo, o Estadão se insurgiu contra práticas da ditadura.

Agora, dificilmente.

De grandes monstros tentaculares da estatização, por exemplo, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal se transformaram nas empresas mais admiradas pela mídia.

Na primeira semana após o golpe, a Folha convidou a diretoria da CEF e do BB para almoços sucessivos. E o Estadão inventou um novo prêmio para as empresas mais admiradas. No segmento bancário, deu CEF e BB na cabeça.

O balanço dos repasses publicitários à velha mídia, por parte do Miguel do Rosário, contemplou apenas a publicidade institucional, aquela dos ministérios. Quando se consolidar com os dados das estatais, se verá o desenho da bolsa-mídia.

A ideia do direito penal do inimigo está sendo aplicada em todos os cantos.

Na matéria sobre publicidade nos blogs considerados de esquerda, a Folha encampou a tese de Michel Temer, de que a publicidade somente seria para quem veiculasse notícias de interesse. Ou seja, notícias que atendessem a um público anti-esquerda.

Com o Estado de Exceção explicitamente endossado pelo TRF4, a colunista Mirian Leitão, de O Globo, depois de colocar gasolina na fogueira que fritou Mantega e Palocci, teimou em explicar que não se pode comparar os tempos atuais com os da ditadura. Reviveu a tese da ditabranda. Depois justificou que ela foi torturada etc. etc., o que lhe dá obviamente enorme autoridade moral para explicar que Estado de Exceção não é bem isso e para colocar mais gasolina na fogueira.

Em ambos os casos, fica nítida a pesada herança inquisitorial de uma cultura – a portuguesa – que aceitava toda sorte de inclusão, desde que quem chegasse professasse a fé católica.

Esse será o maior desafio do Brasil moderno: a luta pela volta do estado de direito, independentemente de quem esteja no poder."

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quinta-feira, 7 de abril de 2016

'Correspondentes estrangeiros agora sabem que impeachment não é causa nobre'

Se impeachment, então quem? - Por Glen Greenwald e David Miranda, na Folha, 06/04/2016. Via Viomundo - "O fato mais bizarro sobre a crise política no Brasil é também o mais importante: quase todas as figuras políticas de relevância que defendem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff – e aqueles que poderiam assumir o país no caso de um eventual afastamento da mandatária – enfrentam acusações de corrupção bem mais sérias do que as que são dirigidas a ela.


De Michel Temer a Eduardo Cunha, passando pelos tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin, os adversários mais influentes de Dilma estão envolvidos em chocantes escândalos de corrupção que destruiriam a carreira de qualquer um numa democracia minimamente saudável.

Na verdade, a grande ironia desta crise é que enquanto os maiores partidos políticos do país, inclusive o PT, têm envolvimento em casos de corrupção, a presidenta Dilma é um dos poucos atores políticos com argumentos fortes para estar na Presidência da República e que não está diretamente envolvido em casos de enriquecimento pessoal.

Esses fatos vitais têm alterado radicalmente como a mídia internacional vê a crise política no Brasil.

Durante meses, jornalistas norte-americanos e europeus retrataram de forma positiva as manifestações nas ruas, a investigação da Operação Lava Jato e as decisões do juiz federal Sergio Moro.

Em razão desses fatos, agravados pelo tratamento abertamente político de Moro com relação ao ex-presidente Lula e pela cobertura midiática embaraçosamente sensacionalista feita pelo “Jornal Nacional” e por outros programas da Rede Globo, agora muitos estão reconhecendo que a realidade é bem menos inspiradora ou nobre.

A sociedade brasileira tem muitas razões legítimas para se zangar com o governo. Mas para uma parte da elite midiática e econômica do país, a corrupção é apenas uma desculpa, um pretexto para atingir um fim antidemocrático.

O objetivo real é remover do poder um partido político – o PT – que não conseguiu derrotar após quatro eleições democráticas seguidas. Ninguém que realmente se importasse com o fim da corrupção iria torcer por um processo que delegaria o poder a líderes de partidos como o PMDB, o PSDB e o PP.

Pior, está se tornando claro que a esperança dos líderes dos partidos da oposição é de que o impeachment de Dilma seria tão catártico para o público, que permitiria o fim silencioso da Operação Lava Jato ou, ao menos, fosse capaz de fazer com que tudo terminasse em pizza para os políticos corruptos.

Em outras palavras, o impeachment de Dilma Rousseff está designado para proteger a corrupção, não para puni-la ou até acabar com ela –o retrato mais característico de uma plutocracia do que de uma democracia madura.

Impeachment é uma ferramenta legítima em todas as democracias, mas é uma medida extrema, que deve ser usada somente em circunstâncias convincentes de que há crimes cometidos pelo presidente da República e quando há provas concretas das ilegalidades. O caso do impedimento de Dilma não responde a nenhum desses dois critérios.

Em uma democracia avançada, o Estado de Direito, não o poder político, deve prevalecer. Se, apesar disso tudo, o país estiver realmente determinado a apear Dilma do poder, a pior opção seria deixar essa linha de sucessão corrupta ascender ao poder.

Os princípios da democracia exigem que Dilma Rousseff termine o mandato. Se não houver opção, e ela for impedida, a melhor alternativa é que sejam realizadas novas eleições e, assim, que a população decida quem assumirá seu lugar, pois, como está na Constituição, todo poder emana do povo."
 
"GLENN GREENWALD, 49, cofundador do site especializado em reportagens sobre política nacional e externa The Intercept, é vencedor do Prêmio Pulitzer de Jornalismo em 2014 e do Prêmio Esso de 2013".
 
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Estranha relação do governador tucano Geraldo Alckmin com o MST

Por: Helena Sthephanowitz, em seu Blog - "Surpreendentemente, o governo do Estado de São Paulo tem estreitado relações com o Movimento dos Sem-Terra (MST). Desde 2014, o Palácio dos Bandeirantes vem realizando reuniões com líderes do movimento. Apesar dos cortes orçamentários em quase todas as áreas do governo paulista, Geraldo Alckmin manteve a previsão de investir R$ 7 milhões em 2015 nos 136 assentamentos do MST, conforme noticiou o Estado à época.

Agora, o governador sancionou uma lei estadual que permite a transmissão de terras a herdeiros nos assentamentos rurais.

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Todas essas atenções ao MST têm surtido efeito. Considerado um dos mais radicais líderes sem-terra, Gilmar Mauro não poupa elogios ao governo paulista. "É uma relação política. Uma relação boa. Principalmente agora", afirmou Gilmar ao Estado no ano passado. Por sua vez, o chefe da Casa Civil estadual, Edson Aparecido, admite a proximidade com o movimento. "A relação do MST conosco se estreitou na medida em que adotaram uma posição crítica em relação ao Incra e ao governo federal", disse Aparecido, dias antes de uma das reuniões no Palácio dos Bandeirantes em 2015. Segundo noticiou o jornal Folha de S.Paulo, o chefe da Casa Civil e o dirigente do MST têm mantido encontros mensais para discutir o andamento de políticas agrárias.

Essa relação de proximidade vem sendo construída desde abril de 2014. Com a presença do governador Geraldo Alckmin e de todo seu secretariado, foi traçado um plano de atuação multidisciplinar entre governo do Estado e líderes do MST. Segundo Aparecido, tal estratégia possibilitou que nas eleições de 2014 Alckmin conseguisse um feito inédito - venceu em todas as regiões com assentamento do MST. "A gente sempre perdia em municípios onde tinha assentamento, mas dessa vez ganhamos em todos: no Pontal (do Paranapanema), na região de Andradina e no Vale do Ribeira", afirmou o chefe da Casa Civil estadual.

Tal feito parece validar a conveniência da manutenção dessa relação de proximidade com o MST. Tendo em vista os votos recebidos nos municípios onde o movimento atua, o governador Geraldo Alckmin precisaria agora retribuir o apoio político, atendendo algumas demandas do movimento. Por exemplo, em outubro de 2015, o governo do Estado permitiu que o MST organizasse no Parque da Água Branca a 1.ª Feira Nacional da Reforma Agrária.

O Palácio dos Bandeirantes argumenta que a política de boa vizinhança com o MST reduziu o número de invasões. "As ocupações vêm caindo. Antes (da gestão Alckmin) eram cerca de 70 por ano, hoje a média é 35", afirmou meses atrás Marco Pilla, diretor executivo do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp).

Nem os votos recebidos nem a diminuição do número de invasões justificam, no entanto, o governo do Estado ignorar a realidade. O MST não é uma entidade regularmente constituída. Mantém-se deliberadamente na clandestinidade para dificultar a responsabilização por suas ações, muitas vezes flagrantemente ilícitas. Trata-se de uma opção preferencial pela impunidade, o que o desqualifica para estabelecer relações com o poder público.

Também não tem cabimento a suposta justificativa eleitoral - os votos recebidos nas regiões onde o MST atua. Afinal, Geraldo Alckmin não apenas ganhou as eleições nas regiões onde há assentamentos rurais. Foi vitorioso - e isso sim foi um feito - em todos os municípios paulistas, com exceção de Hortolândia. A retribuição pelos votos recebidos deve-se estender à população de todas as regiões do Estado.


Geraldo Alckmin ganhou as eleições para ser governador de todo o Estado. Deve, portanto, se ater a essa realidade institucional. Fosse válida a lógica de retribuir os votos oriundos do MST - sem uma criteriosa análise da legalidade de sua atuação -, também o PT poderia incluir legitimamente dentro dessa categoria de agradecimento eleitoral o tratamento privilegiado que concede a tantos "movimentos sociais". E isso não é nada republicano."

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