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sábado, 2 de março de 2024

Assassinato de famintos em Gaza e a falta de pudor do Jornal Nacional. Por Chico Alves

Por Chico Alves*, no ICL Notícias em 01/03/2024: Por muitas vezes, a imprensa brasileira foi cúmplice em episódios vergonhosos que marcaram história no noticiário local e também internacional. No âmbito doméstico, logo vem à lembrança a campanha sensacionalista contra Getúlio Vargas, que o levou ao suicídio; o apoio inicial ao golpe militar de 1964; a parceria nas atrocidades jurídicas da Lava Jato e a naturalização do extremista Jair Bolsonaro, que facilitou sua chegada ao poder. 

www.seuguar.com.br/Jornal Nacional/assassinato em Gaza/

No campo internacional, a imprensa local fez várias manchetes elogiosas a Hitler, no início de sua trajetória; apoiou o assassinato promovido pelos Estados Unidos na guerra do Vietnã e avalizou a falsa versão do governo norte-americano de que o Iraque foi o responsável pelo ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.

A nova vergonha em curso é a cobertura do massacre que Israel impões à população civil de Gaza, usando os métodos mais cruéis de extermínio contra mulheres, crianças e doentes. Desde 7 de outubro, quando os terroristas do Hamas invadiram Tel Aviv, matando mais de mil pessoas e fazendo reféns cerca de 200, o grande veículos de mídia minimizaram a matança promovida em território palestino pelo governo de Benjamin Netanyahu.


Ontem, testemunhas relataram a ação de militares israelenses que atiraram contra palestinos famintos na fila da comida. Atingidas pelos disparos ou pisoteadas pela multidão que fugiu do ataque, 112 pessoas morreram.

O episódio chocou o mundo, mas não os responsáveis pelo principal telejornal brasileiro.

Líder de audiência, o Jornal Nacional, chamou dessa forma a notícia em sua abertura, na voz de Renata Vasconcelos: 


"Um tumulto na entrega e ajuda a palestinos deixa dezenas de mortos e feridos na Faixa de Gaza".

Isso mesmo, um "tumulto" foi o motivo das mortes, para o Jornal Nacional.

Aparentemente um mero problema de logística causou a tragédia. 


Na apresentação da matéria, o mesmo "tumulto" voltou a ser acusado pelas mortes. Nos 3 minutos e 30 segundos da reportagem, a fala do porta-voz do governo de Israel prevaleceu amplamente e apenas três frases foram concedidas a autoridades que acusaram as forças israelenses pelo massacre, rápidas citações ao Hamas, a Mahmoud Abbas e ao embaixador palestino nas Nações Unidas. Mas de 90% do tempo foi dedicado a desviar o foco do horror causado pela matança.


O jornal Estado de São Paulo seguiu esse caminho ignominioso e estampou a chamada na primeira página segundo a qual "Morte na fila da ajuda em Gaza trava possível trégua, diz Biden". O texto abaixo começa dizendo que "segundo Israel, vítimas morreram pisoteadas".


O Globo optou por caminho diferente do Jornal Nacional e manchetou que "Mais de cem palestinos são mortos ao buscar ajuda humanitária" e, de forma correta, cita no texto que Hamas e testemunhas acusam ataque a tiros de Israel.

A abordagem mais condizente com a crueldade do episódio foi a da Folha de São Paulo, que não teve meias-palavras: "Israel atira em multidão à espera de comida em Gaza".


Infelizmente, como sabemos, a maior parte da população brasileira se informa através da TV. O número de leitores que buscarão pela leitura nos jornais impressos ou mesmo redes sociais os detalhes do assassinato de palestinos na fila da comida é bem menor do que o número de telespectadores que assistiram ontem à apresentadora e a repórter do JN se desdobrando para minimizar o fato.

E assim, mais uma vez, gigantes da imprensa nacional (a TV Globo e o Estadão) atuam para desinformar o público brasileiro sobre um importante momento da história.

pode-se dizer que são cúmplices da barbárie?


*Chico Alves é jornalista, por duas vezes ganhou o Prêmio Embratel de Jornalismo e foi menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog. Foi editor-assistente na revista ISTOÉ e editor-chefe do jornal O DIA. É co-autor do livro "Paraíso Armado", sobre a crise na Segurança Pública no Rio, em parceria com Aziz Filho. Atualmente é editor-chefe do site ICL Notícias.

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

O BBB do holocausto sobre as declarações de Lula, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: o banzé montado em cima das declarações de Lula - invocando o Holocausto como um maneira de radicalizar as críticas contra o genocídio de Gaza - tem o claro intuito de desestabilizar o governo. Não há outra explicação para esse carnaval no qual colunistas se vestem com as lantejoulas da adjetivação forte para aparecerem na passarela da mídia. Perto desse show de vaidades vazias, o BBB parece uma reality de pessoas maduras.

www.seuguara.com.br/declarações de Lula/holocausto/

Os fatos centrais são deixados de lado:

  1. O genocídio de Gaza, que vitima mulheres e crianças, destrói escolas, universidades e hospitais e deixa clara a intenção de expulsar 2 milhões de pessoas de Gaza
  2. A inércia do mundo ocidental, a ponto de dezenas de países interromperem ajuda humanitária porque supostamente se descobriu que meia dúzia de funcionários da ONU seriam simpáticos ao Hamas.
  3. A humilhação que a chancelaria de Israel submeteu o Brasil (o Brasil, sim seus viralatas!) ao levar o embaixador brasileiro ao museu do Holocausto e gravar a humilhação a que ele foi submetido.
Com raras exceções, vira-latas mesmo! Na linha de frente, colunistas sem nenhuma noção sobre soberania nacional, sobre os rituais da diplomacia, analfabetos em geopolítica, colocando-se como um professor Girafalaes arrotando lições a Lula e deixando passar em branco o ataque à soberania nacional perpetrado pela chancelaria de Israel. Atrás, o coral dos colunistas secundários aplaudindo a comissão de frente, rápidos em engrossar o cordão dos puxa-sacos, porque conta pontos junto às respectivas empresas de comunicação. No meio, vozes minoritárias tentando exercitar um mínimo de jornalismo.

Qual a intenção dessa tentativa clara de desestabilizar o governo Lula? O fator Milei. Não bastou o desmonte do estado, perpetrado a partir de Michel Temer. Não bastaram as 700 mil mortes na pandemia, a tomada do poder pelas milícias de Bolsonaro e pelos golpistas de Braga Netto. Não bastaram o desmonte de estatais, as negociatas com refinarias. Agora se quer o fim da saúde pública, da educação pública. E o holocausto serve de álibi.

Não bastam as concessões ao mercado, o arcabouço fiscal e a missão impossível do déficit zero, o extremo cuidado do BNDES para tirar leite de pedra e montar fundos de investimento com capital privado, a reconstrução da saúde e da educação. Dia desses, dois dos jornalões saíram com editoriais criticando os gastos brasileiros com... educação!

  • No mundo: O Brasil ocupa a 45ª posição entre 178 países, em gastos com educação como proporção do PIB, de acordo com o Relatório Mundial de Competitividade 2023 do IMD.
  • Na América Latina: O Brasil ocupa a 6ª posição entre 18 países, de acordo com o Panorama Social da América Latina 2022 da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).
  • Na OCDE: O Brasil ocupa a 36ª posição entre 38 países, de acordo com o Education at a Glance 2023 da OCDE.  
E os jornalões criticando os gastos com educação.

Depois, abriram manchetes para o pedido de impeachment de Lula pelo partido Novo, por ter enviado uma ajuda humanitária brasileira ao departamento da ONU que ampara as vítimas da Gaza!


E porque isso? Porque querem uma Petrobrás privatizada, querem o fim do ensino público, querem o fim do SUS, dos últimos bancos públicos. E não se envergonham de compor uma frente com garimpeiros, milicianos, militares golpistas, pastores neopentecostais que se apropriam das verbas assistenciais.


Repito o artigo de ontem à tarde, no auge das manifestações contra Lula: 

Há um conjunto de elementos para se acreditar em uma tentativa de pacto entre o crime organizado, o garimpo e igrejas neopentecostais para reorganizar a aliança que elegeu Jair Bolsonaro.

www.seuguara.com.br/declarações de Lula/holocausto/política/

Os indícios são muitos: 

  1. O importante "De olho nos Ruralistas" mostrou as conexões históricas entre Valdemar da Costa, presidente do PL, e o garimpo. O artigo foi reproduzido no ICL. O mesmo fez a UOL.
  2. Há tempos, Aldo Rebelo vem defendendo, junto aos militares, a exploração do garimpo na Amazônia como um ato de afirmação nacional. Hamilton Mourão já criticou o controle do garimpo em terras yanomami. General Heleno autorizou garimpo em Roraima. A Polícia Federal confirmou o boicote do Exército em ação contra o garimpo no Pará. A PF prendeu um general três estrelas que extorqui garimpeiros. Em 2020, o Ministério da Defesa proibiu uma ação do Exército contra o garimpo.
  3. leve-se em conta que o garimpo - e o jogo de bicho - forma os setores oferecidos aos membros dos porões, quando veio a redemocratização.
  4. No momento, há um movimento que pretende formar uma frente PL-MDB-PSD entre outros para fazer oposição a Lula. Segundo a Folha, o MDB lotou de lideranças a posse de Aldo como Secretário do prefeito Nunes de São Paulo. S e essa frente se consolida e elege o sucessor de Arthur Lira - com David Alcolumbre como presidente do Senado - acaba o governo Lula e qualquer pretensão de normalização democrática.
  5. Na outra ponta, o hoje inexpressivo Roberto Mangabeira Unger, reeditando os velhos vendedores de Bíblias do Velho Oeste, coloca seu projeto de país nas costas e sai vendendo - agora, para o próprio Bolsonaro.
  6. E a mídia avança em dois temas nítidos. O primeiro, a hiper-dramatização da fala de Lula, comparando Gaza ao Holocausto. Só a Folha de hoje traz 11 (onze) matérias sobre o tema.
  7. O segundo tema são os ataques diários dos jornalões - especialmente nos editorais - a Alexandre de Moraes. Jornais, como o Estadão, que saudaram a prisão preventiva de Lula, hoje utilizam o garantismo como arma de guerra contra o Supremo. Mesmo sabendo que Alexandre foi o grande defensor da democracia, inclusive correndo riscos de vida. Não fosse sua coragem e firmeza, Bolsonaro e seus militares certamente já teriam imposto censura à imprensa. Mas a imbecilidade brasileira é galopante.
É mais do que hora de Lula construir pontes políticas como a sociedade. O caminho é óbvio: um pacto de desenvolvimento e de governabilidade com a indústria e a produção - por tal entendendo-se a extrema rede de federações empresariais (da economia real), cooperativismo, agricultura familiar. A política industrial tem que ser conduzida diretamente pelo presidente da República.


Ou Lua se movimenta rápido, encontra uma marca para seu governo, reconstrói alianças com setor privado - depois da destruição das empreiteiras pela Lava Jato -, ampara-se no poder político das indústrias. Ou, em breve, o Brasil voltará aos caos e à destruição que caracterizaram o governo Bolsonaro. O antipetismo visceral fez a mídia bosonarar novamente.

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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

O país de Tim Maia: sionistas, bolsonaristas, nazistas, judeus e neopentecostais. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: Este é cada vez mais o Brasil de Tim Maia. O sujeito inelegível tirava fotos sorridente ao lado de nazistas, como essa acima [abaixo] com a deputada alemã Beatrix von Storch, no Palácio do Planalto, em julho de 2021.

www.seuguara.com.br/O país de Tim Maia/Moisés Mendes/

Ex-assessores do inelegível pregavam supremacismo no governo, com ostentação, e estão sendo processados como neonazistas.

Evangélicos bolsonaristas, adoradores do inelegível amigo de nazistas, passaram a se comportar como se fossem judeus e adoradores de Israel.


Um fascista judeu convoca agora evangélicos contra Lula. O fascistão genocida Benjamin Netanyahu, amigo do inelegível, que é amigo de nazistas, também ataca Lula. 

www.seuguara.com.br/Benjamin Netanyahu/

Já não se sabe mais o que é nazista, bolsonarista, antissemita e judeu sionista de extrema direita, porque todos se misturam em torno do inelegível.


E no meio disso tudo está o neopentecostal pobre e reacionário que se considera judeu, mas judeu rico. 

E quem se espanta diante dessa aparente confusão, com todos na mesma foto, corre o risco de ser chamado de antissemita.

Só por mostrar que amigos de nazistas se dizem amigos de Israel e dos líderes judeus sionistas que se orgulham por serem amigos de inelegíveis fascistas amigos de nazistas.


(O título desse texto é uma referência a uma declaração antológica de Tim Maia sobre os paradoxos do Brasil. "Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita")

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sábado, 23 de dezembro de 2023

Faixa de Gaza como presépio: "nem a Virgem, nem José, nem o menino Jesus sobrevivem"

Por Renato Santana, no GGN: O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em mais uma declaração crítica ao massacre perpetrado pelo Estado de Israel contra o povo palestino, comparou a Faixa de Gaza ao presépio natalino, dizendo que milhares de crianças, como Jesus Cristo o foi, morrem ali sob bombas, tiros e escombros. 

www.seuguara.com.br/Faixa de Gaza/

"Neste momentos há um bombardeio contra bebês, lá onde Jesus nasceu. Agora que vai ser véspera de Natal, milhares e milhares de crianças estão sendo mortas ali mesmo", disse o presidente , que  acrescentou: "Poderíamos dizer Jesus filhos, poderíamos dizer propriamente filhos de Deus".


A fala de Petro ocorreu na cidade de Ibagué nesta quinta-feira (21), no qual criticou mais uma vez a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza e comparou aquele território a uma manjedoura. Além disso, questionou o silêncio das "esferas de poder do mundo".

"Estamos vendo como uma bomba cai na manjedoura e nem o burro, nem o boi, nem a Virgem, nem São José, nem o menino Jesus sobrevivem", disse.

E prosseguiu: "estão bombardeando o filho de Deus e ninguém se opõe a isso nas esferas do poder mundial". Para Petro, "estamos todos em silêncio, indiferentes à dor e isso não tem a ver com o estado de espírito de uma pessoa, mas com uma concepção política". 


Petro assegurou que esta "concepção política" leva "a humanidade à sua extinção baseada na ganância, baseada em paixões individuais baixa: quem chega primeiro é quem vence e todos os outros são derrotados".


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www.seuguara.com.br/Faixa de Gaza/Oriente médio/massacre/
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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Vídeo: 'Vamos aniquilar todo mundo', cantam crianças israelenses, clamando pelo genocídio palestino em Gaza

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sábado, 11 de novembro de 2023

Anne Frank não entenderia. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: Grupos neonazistas são monitorados e muitas vezes presos por delegacias especializadas em todo Brasil. São contidos e processados. Há também uma brava gente dedicada à compreensão das ações e da militância criminosa de células neonazistas em expansão no Brasil. Todos, dos policiais a promotores, juízes e pesquisadores de várias áreas, que tentam conter ou analisar o neonazismo no Brasil, correm riscos. Mas qual é o interesse dos judeus nessas abordagens?

www.seuguara.com.br/Anne Frank/judeus/neonazistas/Moisés Mendes/

Entre judeus de direita, é possível que o interesse seja quase zero. Mesmo que existam, como há em Porto Alegre, neonazistas condenados e presos por agressão a judeus nas ruas. Mesmo que ele continuem organizados para atacar judeus, negros, gays e indígenas.


O Brasil perdeu este ano duas bravas mulheres dedicadas ao combate ao nazismo. A antropóloga e pesquisadora Adriana Dias, que provou a conexão do bolsonarismo com neonazistas, e a delegada Andréa Mattos, da Delegacia de Combate à Intolerância de Porto Alegre.

Mas o pesquisador e historiador Michel Gherman, do Centro Vital Sasson de Estudos de Anti-Semitismo da Universidade Hebraica de Jerusalém, sabe que o neonazismo que preocupava Adriana e Andréa não é uma das preocupações prioritárias de judeus alinhados aos bolsonaristas.


Gherman também estuda essa relação neonazismo-bolsonarismo e o alcance de ideias e ações racistas aplicadas à tentativa de destruição dos povos yanomamis, por exemplo.

Mas ele e outros pesquisadores sabem bem que a preocupação majoritária das comunidades judaicas há muito tempo é com a "ameaça muçulmana ", em especial a da identificada com os palestinos.

Por isso, uma explicação possível e obviamente ululante, para o fato de judeus de direita sentarem-se ao lado de fascistas ligados a neonazistas no Brasil, é essa mesma: judeus se aliam a supremacistas que se dizem inimigos dos palestinos.


Neonazistas juramentados, alguns sob investigação, são terrivelmente ligados ao bolsonarismo. São militantes do nazismo e do bolsonarismo, porque os ativismos se confundem.

Judeus de extrema direita sentam-se com eles porque a retórica desses grupos é a do ataque aos palestinos. O fascista brasileiro, que joga para a torcida neopentecostal, fideliza esse contingente religioso que adora Jerusalém como a terra santa dos judeus, e só deles, e para onde Jesus irá voltar. 

www.seuguara.com.br/Jair Bolsonaro/embaixador de Israel/

O neonazista bolsonarista vende essa farsa para os judeus e consegue o que deseja com facilidade. São antipalestinos, porque isso significa ser contra as posições da maioria das esquerdas, e são pró-Israel para fazer média com judeus e evangélicos.

Mas eles são mesmo neonazistas que dizem amar Israel e os judeus. Parece complicado, mas é simples. Não se lê uma linha, não se ouve um comentário de um judeu de direita atacando o nazismo bolsonarista. Não há nada que questione esse apoio da extrema direita brasileira a Israel e aos judeus.


Judeus históricos já mortos, marcados pela resistência ao nazismo, não entenderiam hoje essa relação. Anne Frank ficaria constrangida e com medo ao ver seu povo sendo cortejado por neonazistas aliados de Benjamin Netanyahu.


VIA

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quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Embaixador de Israel se reúne com Bolsonaro e deputados aliados para apresentar "vídeos exclusivos" de ações do Hamas

Por Ana Gabriela Sales, no GGN: O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, se reuniu a portas fechadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deputados da oposição, nesta quarta-feira, no gabinete da 1ª vice-presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília, sob a justificativa de apresentar imagens "coletadas das câmeras dos capacetes dos terroristas (sic) do Hamas" na guerra contra os israelenses.

www.seuguara.com.br/Jair Bolsonaro/reunião/embaixador de Israel/

Um comunicado de convocação para a reunião, marcada para começar às 15h de ontem, ressaltou a proibição de gravar o encontro por "questões éticas", uma vez que seriam exibidas gravações "fortes e extremamente sensíveis, expondo sem censura cenas brutais de mortes com crueldade", diz o texto.


O mesmo conteúdo, 40 minutos de gravações armazenadas pelo serviço de inteligência de Israel, já teria sido exibido a jornalistas e membros da comunidade judaica, durante um evento em São Paulo, há uma semana, segundo informações da Carta Capital. 


A embaixada de Israel alegou que enviou o convite da reunião por e-mail a todos os deputados, sem considerar posição ideológica. O comunicado no entanto, destacava que o encontro seria apenas com "parlamentares selecionados". 

Bolsonaro, inclusive, divulgou um vídeo curto da reunião em suas redes sociais. Parlamentares que participaram do encontro, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também publicaram imagens do encontro.



Até o momento, o Itamaraty e o Palácio do Planalto não se manifestaram sobre a ação coordenada pelo embaixador de Israel, que deu tom de oficial à reunião. 

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[Após reunião com Bolsonaro, embaixador de Israel ataca Brasil e causa mal-estar com o governo Lula: "(...) No encontro, ele resolveu atacar diretamente o Brasil e fazer insinuações sobre a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista ao jornal O Globo, o embaixador israelense deu a entender que o grupo Hezbollah, baseado no Líbano, teria integrantes se infiltrando no Brasil "porque aqui há quem os ajude".

Zonshine citou como exemplo a tríplice fronteira Brasil, Argentina e Paraguai onde, segundo ele, há fugitivos do Oriente Médio e pessoas que apoiam financeiramente as atividades do grupo extremista libanês.

"O interesse do Hezbollah em qualquer lugar do mundo é matar os judeus. Se escolherem o Brasil, é porque tem gente que os ajuda", afirmou o diplomata do Estado judeu. (...)"]

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segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Jornalista da "GloboNews" se desculpa após defender ataque de Israel

Poder 360: O jornalista Jorge Pontual, da GloboNews, publicou neste sábado (04/11) um pedido de desculpas em seu perfil no Instagram depois de ter sido criticado pelo ministro Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) por declarações sobre a guerra entre Israel e Hamas.
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terça-feira, 17 de outubro de 2023

Pastor bolsonarista inventa que resgate de Israel não foi feito pelo governo Lula, mas por deputado evangélico

Por Davi Nogueira, no DCM: O pastor bolsonarista Felippe Valadão, dono da Igreja Lagoinha, de Niterói, tem repedido em suas redes que o resgate de seu grupo em Israel não foi esforço do governo Lula, mas do deputado federal Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), da bancada evangélica.

www.seuguara.com.br/Felippe Valadão/pastor/bolsonarista/mentira/

Em seu Instagram, Valadão gravou um vídeo agradecendo "a pessoa responsável por ativar a Força Aérea Brasileira. Tem gente achando que é o Lula que está fazendo isso, mas não é não. Eu posso falar porque participei dessa reunião: é o deputado Áureo". 

Para tirar uma casquinha, o parlamentar se encarregou de espalhar no Facebook que "acionou imediatamente o Itamaraty, além de ministros, para o resgate dos brasileiros acontecer o mais rápido possível".


"Isso é um absurdo. A operação foi idealizada e coordenada pelo presidente. Foi organizada pelo Itamaraty e o ministério da Defesa", diz José Múcio, titular da pasta, ao DCM.

O avião com a caravana religiosa de Valadão voltou ao Brasil na tarde de quarta-feira (11), no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A turma estava em Jerusalém. O avião fez escala em Dubai, nos Emirados Árabes. 

www.seuguara.com.br/Felippe Valadão/pastor/bolsonarista/Instagram/

Ribeiro e sua trupe vieram de Emirates. Não foi pela FAB. O resgate faz parte da Operação Voltando em Paz, realizada pelo governo federal, um sucesso reconhecido mundialmente e que todo tipo oportunista tenta sequestrar, como o prefeito de Sorocaba. 

Com os passageiros mais recentes, sobe para 916 o número de pessoas repatriadas. Todos estavam em Israel, a maioria turistas que pagaram uma pequena fortuna para pastores como Valadão venderem a "Terra Santa". 


No total, mais de 2,7 mil brasileiros pediram ajuda para deixar o Oriente Médio. Brasileiros que desejam deixar Israel precisam preencher um formulário da Embaixada do Brasil em Tel Aviv disponibilizado neste link.

"Vamos trazer todos de volta", afirmou Aloyzio Mares Dias, diretor do Departamento de Comunidades Brasileiras e Assuntos Consulares do Ministério das Relações Exteriores.



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segunda-feira, 16 de outubro de 2023

'Vidas de dois milhões de palestinos estão nas mãos de um governo abertamente racista', diz documentarista Júlia Bacha [vídeo]

A documentarista Júlia Bacha, especialista em História do Oriente Médio, participou de uma entrevista no canal pago GloboNews e denunciou os crimes de Israel contra a população na Faixa de Gaza. Em sua manifestação, a pesquisadora citou exemplos de resistência pacífica de palestinos e israelenses e disse que Israel promove uma campanha de limpeza étnica na região.

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sábado, 14 de outubro de 2023

Jornalista da CNN se desculpa por ter propagado fake news dos bebês israelenses

Por Matheus Winck, em O Cafezinho: O governo israelense se retratou após uma declaração feita pelo gabinete do primeiro-ministro na última quarta-feira (11). Na ocasião, foi dito que o grupo Hamas havia decapitado bebês e crianças enquanto estavam no ar. No entanto, nesta sexta-feira (13), o governo afirmou que não pode confirmar tais informações e pediu desculpas pela imprecisão das palavras utilizadas.

www.seuguara.com.br/CNN/fake news/bebês israelenses/conflito/Israel/Hamas/

A declaração anterior gerou grande repercussão e indignação em todo o mundo. O Hamas, por sua vez, negou veementemente as acusações e classificou a afirmação como uma "mentira descarada".


Agora a jornalista Sara Sidner, da CNN, também se retratou nas redes sociais:

"Ontem, o gabinete do primeiro-ministro israelense disse que havia confirmado que o Hamas decapitou bebês e crianças enquanto estávamos no ar. O governo israelense diz hoje que NÃO PODE confirmar que bebês foram decapitados. Eu precisava ter mais cuidado com minhas palavras e sinto muito."



O conflito entre Israel e Palestina já dura décadas e tem se intensificado nos últimos dias, com ataque4s de ambos os lados. A comunidade internacional tem pedido um fim imediato das hostilidades e a retomada das negociações de paz entre as partes envolvidas.

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Plano de Israel trata 1 milhão de palestinos pior que gado de corte. Por Leonardo Sakamoto

Por Leonardo Sakamoto, em sua coluna no UOL: Em um esforço de responder à matança terrorista do Hamas com crimes contra a humanidade, o governo de Israel mandou que 1,1 milhão de moradores da região norte da Faixa de Gaza se desloquem ao sul do território em  24 horas porque o seu exército vai chegar chegando.

www.seuguara.com.br/destruição/Faixa de Gaza/conflito/Israel/Hamas/

Considerando que nem transferência de gado para o abate poderia ser tão rápida, o resultado caótico dessa onda instantânea de refugiados vai ser sofrimento e morte, caso boa parte dos moradores deicida ir. Tal como o sofrimento e morte que esperam boa parte dos moradores que decidirem ficar e encarar a invasão israelense. 

Um semovente desavisado dirá "Ah, mas o trajeto do centro da cidade de Gaza até Haffa, ao sul, é de uns 35 quilômetros, mais ou menos o que separa o centro de São Paulo até o condomínio Alphaville, em Santana do Paraníba. Ou seja, os palestinos conseguem fazer isso em algumas horas".


Para além da estupidez de achar que é possível mover 1,1 milhão de almas, incluindo idosos, crianças, pessoas com deficiência, doentes, feridos dos hospitais em um dia, há o agravante de que a população está enfraquecida devido ao aprofundamento do cerco a Gaza. Falta de água, comida, medicamentos. Falta de combustível e eletricidade para descolar toda essa gente.


Como o Egito ainda não concordou com um corredor humanitário para que a população civil saia do território pelo Sul, nem Israel acenou em parar de bombardear para que isso aconteça, o trânsito de mais de milhão de pessoas provocaria, segundo as Nações Unidas, "consequências humanitárias devastadoras".

E como era de se esperar, o Hamas, de forma criminosa, está contraordenando aos moradores do norte para que fiquem em suas casas. Precisam de escudo humano. O cálculo dos cidadãos de Gaza é mais racional, contudo: chegando lá, eu fico aonde? Dormindo e cagando na rua?


Israel tem direito a defender a sua existência e punir o grupo que matou mais de mil pessoas em seu território. Mas o que estamos assistindo não é a reação de um estado que se diz democrático tentando resgatar reféns e prender criminosos, mas de uma punição coletiva aos moradores de Gaza - que não são culpados pelo Hamas.

Punição que tem requintes de crueldade. A Human Rights Watch denunciou que Israel está bombardeando Gaza com fósforo branco, que provoca queimaduras profundas, fritando carne e ossos. As escaras abertas por ele em corpos não cicatrizam facilmente. Era usado até a Guerra do Vietnã, mas uma das Convenções de Genebra condenou seu uso como arma onde existam civis.

Ao mesmo tempo, campos de refugiados e centros de saúde têm sido atingidos pela competente artilharia "cirúrgica" de Israel, que também mata funcionários da ONU.


Não é surpreendente que boa parte do mundo assista calado a um crime de guerra ser construído sob a justificativa de que após a matança hedionda de centenas em um ataque terrorista, o governo de Israel pode tudo. Até cometer terrorismo de Estado.

Provavelmente, se uma ordem esdrúxula de deslocamento fosse dada a 1 milhão de cabeças de gado haveria mais indignação planetária de governos. Mas como são apenas palestinos, toca o berrante e segue o jogo.


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Prefeito investigado por corrupção hasteia bandeira de Israel em Sorocaba

Por Bianca Carvalho, no DCM: A Prefeitura de Sorocaba hasteou a bandeira de Israel em frente ao Palácio dos Tropeiros, o Paço Municipal, na noite desta terça-feira (10). O prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) fez questão de explicar a iniciativa por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Segundo o comunicado da Secretaria Municipal de Comunicação, a ação foi um gesto simbólico de solidariedade em resposta aos ataques terroristas direcionados a Israel na região da Palestina.

www.seuguara.com.br/Prefeitura de Sorocaba/Israel/conflito/Hamas/

O Paço também ganhou iluminação nas corres azul e branca em alusão a Israel.


Falso herói e histórico de corrupção

www.seuguara.com.br/Rodrigo Manga/prefeito/Sorocaba/Jair Bolsonaro/

Manga é um político evangélico conhecido por sua relação com a Igreja Universal e sua afinidade com o governo de extrema-direita de Netanyahu em Israel. Ele já foi desmentido como o "herói" na fake news do resgate dos brasileiros em Israel pelo avião da Força Aérea Brasileira. 


O noticiário local, financiado pela prefeitura, exalta os esforções do prefeito, mas o que eles chamam de "força tarefa" para salvar os moradores da cidade é, na prática, contatos e conversas com autoridades através do WhatsApp. Porém, a história colou o suficiente para agradecerem ele em vídeo.


Rodrigo Maia é alvo de outras investigações. A Câmara de Sorocaba abriu três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar irregularidades em contratos nas áreas de saúde e educação. Em maio de 2023, o Ministério Público solicitou o bloqueio de bens do prefeito e o afastamento do secretário de educação da cidade devido a alegações de superfaturamento na compra de Kits de robótica.


Além disso, ele é investigado por incentivar e participar de protestos golpistas que ocorreram após o segundo turno das eleições, o que levou a pedidos de investigação no Ministério Público de São Paulo e no Supremo Tribunal Federal (STF).

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sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Quando Deus vira ajudante do prefeito de Sorocaba. Por Moisés Mendes

Originalmente publicado por Moisés Mendes, em seu blog: O Brasil todo já conhece Rodrigo Manga. O prefeito de Sorocaba, segundo uma mulher que retornou de Israel em avião da FAB, o responsável pelo seu resgate. Ninguém mais foi citado por ela. A chegada do primeiro voo teve show da fé. Talvez a mesma fé de que falava Braga Netto aos acampados nos quartéis depois da eleição de Lula e que faltou aos generais no golpe.

www.seuguara.com.br/Rodrigo Manga/prefeito/Sorocaba/

Nunca antes tantos religiosos deram tantos depoimentos num desembarque. Nunca a TV mostrou tantos pastores, pastoras e fiéis falando ao mesmo tempo da fidelidade de Deus aos brasileiros.

O governo Lula, o Itamaraty, a FAB e os estrategistas dos resgates conseguiram ajudar a produzir involuntariamente parte do marketing de guerra da extrema direita.


Os religiosos resgatados agradeciam a Deus, a Jesus Cristo, a Jerusalém e a Israel. E chegou o momento em que uma mulher agradeceu ao prefeito de Sorocaba. Ninguém viu nem ouviu alguém agradecendo a Lula. 

Porque Lula estava envolvido em tentar recalibrar o tom da condenação à invasão do Hamas a Israel e, ao mesmo tempo, atacar o bombardeio israelense à Gaza.


Os evangélicos retornados de uma excursão a Israel, a direita da grande imprensa, a extrema direita que adora Ustra, todos assumiram em jogral o comando da situação. 

Passamos a ser pautados pelo surto de fascismo pacifista.

Um desses bolsonaristas de uma das CPIs em atividade em Brasília poderia dizer que eles retomaram a  narrativa, depois de uma sequência de derrotas desde a elição e do golpe tabajara.


O herói brasileiro era o prefeito de Sorocaba, um militante de extrema direita investigado por suspeita de corrupção e por incitação ao bloqueio de estradas depois da eleição de Lula. O prefeito conta em seu site pessoal que foi dependente de drogas, até ser salvo por sua religiosidade. 

Rodrigo Manga é o cara com uma história edificante. E Lula é o presidente acossado pelo que a direita entendia que ele deveria ter dito desde o começo. A direita exigiu um tiro de grosso calibre de Lula na condenação do Hamas. 


Fale do terrorismo, cite o nome do Hamas, é o que o jornalismo aliado ao fascismo mandava Lula dizer. Lula foi pautado por Merval Pereira. Todas as pautas da guerra foram sendo ditadas pela direita, e o fascismo mundial foi à forra de tudo o que sofreu desde a guerra do Vietnã.

Essa é uma guerra deles, vencida por eles antes nas redes sociais. Aqui, com a ajuda de Carla Zambelli, a nova pacifista brasileira.


Nunca Israel teve tantos amigos na extrema direita. Gente com vínculos com nazistas juramentados, terrivelmente nazistas, que odeiam negros, indígenas e gays, agora ama Israel e o povo judeu.

A extrema direita pauta até o tom de tentativas de debate, como aconteceu na aula da PUC do Rio com o massacre sofrido pelo professor Michel Gherman. E isso que Gherman se define como judeu sionista. 


Adoradores de Brilhante Ustra têm os elementos para o controle das pautas da guerra. Têm crianças, desde que sejam israelenses e não palestinas, têm Jesus, têm Terra Santa e têm fé que pode ter faltado a Braga Netto.

O pacifismo dos adoradores de torturadores está no comando, não só no Brasil. Há o que fazer, enquanto a Globo anuncia no Jornal Nacional que o que acontece em Gaza é um cerco ao Hamas, e não extermínio de palestinos?


Há como tirar o prefeito de Sorocaba do pedestal de herói dos que não se importaram com a falta de aviões para levar oxigênio a Manaus, no auge da matança da pandemia?

Agora, talvez nada possa ser feito. Somente nessa quinta-feira à tarde o The New York Times deu em manchete que haverá um desastre humanitário em Gaza. Coisa que os grandes jornais brasileiros ainda não conseguem fazer.


O jornalismo é incapaz até de esclarecer o que é verdade e mentira na guerra e pode, como no suposto caso das crianças degoladas, estar contribuindo para institucionalizar o uso de fake news também nas grandes corporações de mídia.

É a visão de mundo da direita que orienta o que devemos ver, ler e ouvir. As esquerdas não sabem como lidar com seus vacilos, porque certeza mesmo só o outro lado tem hoje.


A direita está certa de que vai dividir de novo o país ao meio, entre os pró-palestinos e pró-judeus. E que vai ganhar a guerra sempre com o controle da comunicação.

Lula decidiu que o avião presidencial, que ele usa, irá fazer resgates. Mas é a direita que sabe o que dizer no aeroporto no retorno de Israel. Deus traz os peregrinos de volta por intervenção do prefeito de Sorocaba.

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quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Fonte do "bebês decapitados" é colono israelense radical que pregou "aniquilação" de vila palestina

Por José Cassio, no DCM: Após um soldado israelense contar a uma repórter de TV que militantes do Hamas "decapitaram bebês" no Kibutz de Kfar Aza, essa afirmação controversa foi amplificada por Joe Biden, Netanyahu e a mídia internacional. Segundo "relatos", militantes palestinos realizaram "execuções ao estilo ISIS", degolando pessoas, incluindo bebês e animais de estimação. Nenhuma imagem apareceu até agora. As Forças de Defesa de Israel não confirmaram a notícia.

www.seuguara.com.br/conflito/Israel/Hamas/

Muitos questionaram a veracidade das alegações, incluindo repórteres que estavam no local. O jornalista Oren Ziv, por exemplo, mencionou que durante sua visita ao Kibutz não viu evidências de tais alegações. 


O site Grayzone identificou a fonte da fake news como sendo David Ben Zion, um colono radical e também um comandante do Exército israelense. Zion já incitou tumultos exigindo que uma cidade palestina fosse "aniquilada"

"A aldeia de Huwara deve ser exterminada, este lugar é m ninho de terror e o castigo deve ser para todos", declarou em entrevista.


Ele também é conhecido por suas posições extremistas nas redes. Divulga visões apocalípticas em relação aos palestinos.

"Chega de falar sobre a construção e o fortalecimento dos assentamentos", escreveu no Twitter em 26 de fevereiro de 2023. "Não há espaço para misericórdia".

O tuíte de Ben David foi "curtido" pelo então Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, o que levou 22 juristas a apelar ao Procurador-Geral para abrir uma investigação contra ele por "induzir crimes de guerra".

www.seuguara.com.br/conflito/Israel/Hamas/

Huwara foi na época alvo de tumultos violentos por parte de colonos que operavam sob a supervisão de Ben David. Após os ataques, que resultaram no incêndio de dezenas de casa e veículos, bem como em feridos, o Hamas caracterizou o ato como uma "declaração de guerra". 


Ben David também prega a destruição de Gaza. Dias depois de Israel lançar a Operação Margem Protetora, o bombardeio de 50 dias contra Gaza que deixou quase 1.500 civis palestinos mortos, ele publicou no Facebook uma fotografia sua e de outros soldados em frente à artilharia. "A nação de Israel está convosco até o fim (de Gaza). Amém", respondeu um seguidor. Ben David, mais uma vez, "curtiu".

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Conflito entre Israel e Hamas provoca discussão entre deputados do governo e da oposição

Agência Câmara de Notícias: A posição do Brasil sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas provocou discussão entre deputados da base do governo e da oposição no Plenário da Câmara. A oposição cobrou uma condenação mais firme do País ao Hamas, que desde sábado (7) provocou quase mil mortes em ataques a cidades israelenses. Com a resposta de Israel, o número de mortos já se aproxima de 2 mil.

www.seuguara.com.br/Helder Salomão/PT/conflito/Israel/Hamas/Câmara dos Deputados/

A posição do Brasil foi divulgada no domingo (8), em uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), um dia depois do início do conflito. O governo brasileiro condenou os ataques contra civis dos dois lados e a escalada da violência. Também reiterou o compromisso com a solução de dois Estados na região, um palestino, além de Israel, e pediu paz.


Os deputados da oposição criticaram a falta de uma condenação mais firme ao Hamas e a classificação do grupo como terrorista. “O ataque covarde, terrorista, bárbaro que aconteceu, do Hamas contra o Estado de Israel, não pode ficar e merecer o silêncio desta Nação. Especial ao presidente Lula, que não deu nome aos bois. Foi um atentado terrorista do Hamas. Não tem que passar mão no terrorista”, disse a deputada Adriana Ventura (Novo-SP).


A deputada Clarissa Tércio (PP-PE) pediu ajuda militar do Brasil a Israel. “Eu pergunto: qual o motivo de o presidente Lula não ter agido com firmeza e nem sequer citar o grupo terrorista Hamas quando falou dos ataques? Eu pergunto aqui, e o mundo está observando os Estados Unidos enviando ajuda militar a Israel. E cadê o Brasil nisso? Vamos lembrar que os soldados de Israel estiveram aqui no Brasil durante a tragédia de Brumadinho, e eles vieram para nos ajudar. Cadê o Brasil?”, questionou.


Para o deputado Helder Salomão (PT-ES), da base governista, o que o Brasil propõe é paz e diálogo. “Todo ato de violência tem que ser condenado, todo ato terrorista tem que ser condenado. Então o ato praticado pelo Hamas tem que ser condenado. Não há solução para os conflitos se não for por meio do diálogo. Ao invés de enviar armas para o conflito entre Israel e Palestina, os Estados Unidos deveriam enviar uma missão de paz. É o que o governo brasileiro propõe.”


Divisão política

A discussão no Plenário sobre a guerra no Oriente Médio teve também referências à divisão política no Brasil. O deputado Luiz Lima (PL-RJ) criticou o que chamou de posição da esquerda sobre o Hamas e a Palestina.

“Qual a posição que o governo brasileiro tem sobre o Hamas, movimento terrorista? Por que deputados de esquerda visitam a Palestina, um lugar onde não se respeita a liberdade religiosa, onde não se respeita os gays, onde não se respeita a democracia?”, questionou.

www.seuguara.com.br/CarissaTércioPP/conflito/Israel/Hamas/

O deputado Rogério Correia (PT-MG), por sua vez, condenou ataques a civis e atribuiu parte da responsabilidade pelo conflito a atos do que chamou de ultradireita de Israel.

“O governo tem uma posição muito clara de repudiar qualquer ataque a civis e, nesse sentido, pedir a paz. E é óbvio que lá em Israel a ultradireita, assim como a ultradireita aqui no Brasil, age sempre dessa forma: em tom bélico, em tom de sangue e em tom de opressão. O povo palestino, e não estou falando do Hamas, falo do povo palestino, foi sempre oprimido por este tipo de governo de ultradireita”, afirmou.


A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também condenou ataques a civis e defendeu uma análise histórica do conflito. Ela disse que o Hamas não representa os palestinos.

“Nós temos uma brutal solidariedade ao povo judeu e temos também solidariedade à população da Palestina. O Hamas não é a Palestina, mas isso tudo chegou a este ponto porque Israel nunca reconheceu o Estado palestino. As coisas não chegam a este ponto por acaso. Isso justifica ataques a civis? Não, a nenhum deles. Nem do Hamas e nem de Israel contra a Palestina”, declarou.


A guerra na região começou sábado, com ataques do Hamas a Israel a partir da faixa de Gaza, território palestino ao sul do país, na fronteira com o Egito.


Reportagem: Antonio Vital

Edição: Pierre Triboli  


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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Fake news: Mensagens em grupos de WhatsApp e Telegram associam Lula ao Hamas

Por Yurick Luz, no DCM: A empresa de tecnologia Palver conduziu o monitoramento de 41 mil grupos públicos de WhatsApp e Telegram, identificando um expressivo volume de mensagens que estabelecem uma conexão entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o grupo palestino Hamas. Esse movimento conspiratório teve início durante o conflito entre Israel e Palestina, e foi respaldado por uma declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

www.seuguara.com.br/fake news/Lula/Hamas/WhatsApp/Telegram/

Bolsonaro publicou: "Pelo respeito e admiração ao povo de Israel, repudio o ataque terrorista feito pelo Hamas, grupo terrorista que parabenizou Luís [sic] Inácio Lula da Silva quando o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] o anunciou vencedor das eleições de 2022". 


Conforme relatório da Palver, o conflito é o tema predominante nos grupos públicos, e discussões relacionadas a ele são amplamente debatidas. No entanto, a declaração de Bolsonaro acerca de Lula teria acrescentado uma dimensão política à repercussão.


Entre sábado (7) e a noite de segunda-feira (9), a empresa identificou 15.195 mensagens sobre o conflito. Das comunicações feitas na segunda-feira que mencionavam Lula, 20,79% faziam referência ao grupo responsável pelo ataque a Israel.

Em algumas mensagens, alega-se que Lula financiou "os ataques ao povo de Israel", acompanhadas por imagens de crianças em situação de vulnerabilidade.


Até segunda-feira, as menções a Bolsonaro nos grupos de WhatsApp e Telegram aumentaram em 49,40%, em comparação com 9,56% para Lula.

As informações forma divulgadas pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

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terça-feira, 10 de outubro de 2023

Políticos usam conflito entre Israel e Hamas para desinformar e alimentar polarização no Brasil

Reportagem de Luiz Fernando Menezes e Bianca Bortolon, para Aos Fatos: Por meio de publicações falsas ou que tecem associações enganosas, parlamentares e usuários das redes têm usado o conflito entre o Hamas e Israel para alimentar a polarização entre brasileiros. Desde o início dos ataques, no sábado (7), publicações que acumulam mais de 3,5 milhões de interações no Facebook, no Instagram, no TikTok e no X (ex-Twitter) tentar associar o governo Lula (PT) e a esquerda à violência promovida pelo grupo extremista islâmico.

www.seuguara.com.br/polarização/conflito/Israel/Hamas/Brasil/políticos/polarização/

Um dos primeiros posts virais a fazer a associação enganosa foi publicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em nota no X, ele disse repudiar o ataque realizado pelo grupo "que parabenizou Luís (sic) Inácio Lula da Silva quando o TSE o anunciou vencedor das eleições de 2022".


O ex-presidente fazia menção a uma mensagem enviada ao petista pelo líder do Hamas, Basim Naim, após o resultado do pleito de 2022. Na nota, que consta no site oficial do Hamas, Naim de fato parabeniza Lula e diz que o presidente "é conhecido pelo apoio forte e contínuo aos palestinos em todos os fóruns internacionais".

Isso, no entanto, não significa que Lula demonstrou apoio aos ataques realizados pelo Hamas. Minutos após a publicação de Bolsonaro, o presidente publicou uma nota em seu perfil no X em que diz ter ficado chocado com o "ataques terroristas realizados hoje contra civis" (veja abaixo). O Itamaraty e o PT também divulgaram notas condenando o ocorrido. 


 

O posicionamento do petista, no entanto, não impediu que parlamentares e usuários anônimos replicassem a associação sugerida por Bolsonaro: 

  •  O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por exemplo, compartilhou o vídeo em que seu pai lê uma nota sobre o caso junto da legenda: "Oremos por Israel e oremos para que a paz reine na região. Todo nosso repúdio ao ataque feito pelo Hamas, grupo terrorista que parabenizou Lula nas eleições";
  • Também compartilharam mensagens com teor semelhante os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-SC) e Carlos Jordy (PL-RJ);
  • Desde  sábado, publicações com as expressões "Hamas parabenizou Lula" ou "Lula foi parabenizado por Hamas" acumularam ao menos 2,3 milhões de visualizações no TikTok, 300 mil curtidas no Instagram, 22 mil compartilhamentos no Faceboook e 35 mil reposts no X.

'HAMAS = SATANÁS = ESQUERDA'

Além da tentativa de relacionar Lula ao ataque por meio da saudação recebida em 2022, publicações nas redes também desinformam para acirrar a polarização política. De um lado, estariam os apoiadores de Bolsonaro, que defendem o cristianismo e Israel; de outro, a esquerda, que apoiaria os terroristas do Hamas, o comunismo e pautas anticristãs.    

www.seuguara.com.br/Instagram/polarização/conflito/Israel/Hamas/

Circulam nas redes, por exemplo:

  • Desinformações já desmentidas sobre a relação de Lula com Israel, como a peça que dizia que o petista teria doado R$ 25 milhões ao Hamas em 2010 ou que teria se recusado a deixar flores no Museu do Holocausto de Israel ao visitar o país também naquele ano;
  • Uma foto em que o presidente segura uma camisa do time de futebol da Palestina também tem sido compartilhada junto da alegação de que o presidente estaria "do lado do Hamas". O registro, no entanto, foi feito no Brasil e mostra representantes da Fepal (Federação Árabe Palestina no Brasil) entregando uma camiseta da seleção de refugiados; 
  • Também voltou a circular a desinformação de que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR) teria pedido ao Hamas que ajudasse a libertar Lula enquanto ele estava preso em Curitiba. As peças distorcem uma entrevista à Al-Jazeera em que a deputada apenas afirma que o petista teria sido preso sem provas. Em nenhum momento do vídeo ela convoca qualquer grupo armado; 
  • Outra foto que tem sido compartilhada como prova da ligação entre a esquerda e o Hamas é a que mostra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) com um cartaz com os dizeres "PSOL com a Palestina". A imagem é verdadeira, mas, além de Boulos ter condenado os ataques violentos, é necessário ressaltar que o Hamas não representa todo o povo palestino e possui adversários internos;
  • Também tem circulado a nota de apoio do PCO (Partido da Causa Operária) ao Hamas como uma suposta prova de que a esquerda e o governo estariam de acordo com os ataques violentos. Apesar do partido declarar "apoio crítico" à gestão de Lula, ele não integra sua base e não participou da coligação que o elegeu;
  • Carlos Bolsonaro sugeriu que a imprensa - que ele considera"esquerdista" - se recusava a tratar o Hamas como "terrorista" enquanto não tardou a tachar os manifestantes do 8 de janeiro com essa classificação. Na verdade, o G1, veículo citado pelo vereador carioca, classificou o grupo como terrorista em diversas reportagens...             
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domingo, 7 de março de 2021

Itamaraty dá desculpa estapafúrdia para comitiva usar máscara em Israel e não no Brasil

www.seuguara.com.br/Ernesto Araújo/Israel/máscara/

O jornalista João Paulo Charleaux consultou o Itamaraty sobre a falta de máscara do chanceler Ernesto Araújo. E postou sobre isso em sua rede social. No Twitter: "O chanceler @ernestofaraujo não usava máscara quando saiu do Brasil. Ao chegar a Israel, passou a usar. Perguntei ao @ItamaratyGovBr qual a razão para o procedimento discrepante. A resposta tem duas partes:

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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Vídeo explica a história do conflito Israel X Palestina

Um vídeo produzido pela cartunista norte americana Nina Paley, viral em 2012, voltou a ganhar popularidade devido aos recentes trágicos acontecimentos em terras do Oriente. Um conflito por um pedaço de terra denominado Israel/Palestina/Canaã/O Levante, resultando em perdas de muitas vidas de inocentes, principalmente do lado palestino.
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