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segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Política: Discurso de Zema repercute negativamente nas redes

Por Tatiane Correia, no GGN: O discurso do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em torno de uma aliança Sul/Sudeste no Parlamento repercute de forma negativa nas redes sociais. Em entrevista publicada no jornal O Estado de São Paulo neste sábado, Zema diz que os governadores do Sul e Sudeste (em sua maioria de oposição aos governo Lula) estão se organizando no Consórcio Sul-Sudeste (Cossud), organizada no primeiro governo Zema e atualmente presidida pelo governador do Paraná, Ratinho Junior.

www.seuguara.com.br/Romeu Zema/governador/Minas Gerais/discurso/consórcio Sul-Sudeste/

"Temos 256 deputados -metade da Câmara - 70% da economia e 56% da população do País. Não é pouco, né? Já decidimos que, além do protagonismo econômico que temos nós queremos - que é o que nunca tivemos - que é o protagonismo político", disse, afirmando que o bloco promete atuar em conjunto no Parlamento sempre que possível. 


Zema também criticou a criação de um fundo para as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, afirmando que Sul e Sudeste também precisam de ações sociais e que essa região "vai seguir arrecadando mais do que recebendo".

"Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década. Se não você vai cari naquela história, do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito. Daqui a pouco as que produzem muito vão começar a reclamar o mesmo tratamento", disse.


A declaração pegou mal entre os políticos nas redes sociais. Segundo o senador Otto Alencar (PSD), o discurso de Zema "é repugnante, pobre, num estado de estadistas como JK, Tancredo, Milton Campos, Valadares e Afonso Pena".

"A ignorância duvida porque desconhece o que ignora. Governador Zema, o norte de Minas Gerais tem 249 municípios incluídos como região nordeste, têm os mesmos benefícios da Sudene, Banco Nordeste, etc", afirmou.

www.seuguara.com.br/Otto Alencar (PSD)/Ywitter/Romeu Zema/

"Zema quer união do Sul/Sudeste contra o Nordeste? Não conte comigo. Ao povo nordestino eu tenho é que agradecer, e muito", disse o deputado federal Glauber Braga (PSOL).

"A união que pregamos é a dos trabalhadores contra os fascistas e neoliberais, incluindo aqueles que usam sapatênis e aumentam o próprio salário em 298%", ressaltou.

www.seuguara.com.br/Glauber Braga/Twitter/Romeu Zema/

Segundo o deputado Ivan Valente (PSOL), a falade Zema "É de uma insensibilidade atroz. Desumanidade típica do bolsonarismo". 

www.seuguara.com.br/Ivan Valente/Twittr/Romeu Zema/

"O Brasil precisa de mais união, não de ódio. Precisa de mais compreensão, não intolerância. Precisa de mais respeito, não de preconceito. Respeite o povo, o sudeste, o sul e o nordeste. Respeite o Brasil", disse o deputado federal Lindenbergh Farias (PT).

www.seuguara.com.br/Lindbergh Farias/Twitter/Romeu Zema/

"Após sancionar lei que aumenta o próprio salário em 298%, o governador de MG, anuncia agora, uma "frente Sul-Sudeste contra o Nordeste". Uma vergonha!, disse o deputado federal Chico Alencar (PT).

www.seuguara.com.br/Chico Alencar/Twitter/Romeu Zema/

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Dino sobre Zema e a polêmica frente Sul-Sudeste: "Traidor da Pátria": (...) No post, o ministro afirma que é necessário um país unido e quem trai a Constituição também trai a pátria, em alusão ao parlamentar Ulysses Guimarães, falecido em 1992. Guimarães, que era o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, foi um dos mais notórios políticos que lutaram contra a ditadura, em vigor no Brasil durante os anos de 1964 a a 1985.

www.seuguara.com.br/Flávio Dino/Twitter/

O governador mineiro Zema, por sua vez, respondeu as críticas que vêm sofrendo de diversas personalidades após a declaração na entrevista e afirmou que o objetivo não era diminuir outras regiões. (...)

www.seuguara.com.br/Romeu Zema/Twitter/
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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

PF prende cinco engenheiros que atestaram segurança de barragem que se rompeu

Cinco engenheiros que prestam serviço para a mineradora Vale e que atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, que se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram presos nesta terça-feira (29). As ordens judiciais, expedidas pela Justiça Federal, foram cumpridas em Nova Lima, na Grande BH, e em  São Paulo. Os alvos foram sedes da empresa e residências dos envolvidos.
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Vídeo inacreditável: cidadão mineiro fala sobre barragens e de repente, olha o que aconteceu!


Inusitado: um morador da cidade de Sabará, Minas Gerais, fez um vídeo mostrando uma enorme barragem de rejeitos de mineração, advertindo que desastres maiores do que os ocorridos em Mariana e Brumadinho podem ocorrer de novo. Ele vai mostrando o tamanho da barragem e o que os engenheiros pretendem fazer para ampliar sua capacidade de armazenamento de rejeitos e de repente, no meio da explicação, uma surpresa! Assista ao vídeo.
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terça-feira, 17 de novembro de 2015

O Assassinato das mineradoras

Por Francisco Câmpera (*), no EL PAÍS -  “A ganância do homem nunca teve limite. Em busca do lucro vale tudo: matar, mentir, manipular, e sabe-se lá o que mais. Sempre foi assim na história da humanidade e hoje não é diferente. O caso do rompimento das duas barragens da mineradora Samarco em Minas Gerais é um exemplo perfeito. Primeiro vamos voltar ao fim do século XVII, época em que descobriram ouro na região onde está a Samarco. O cobiçado metal era tão farto que era fácil achá-lo com uma peneira no leito do Rio Doce, o mesmo rio onde ocorreu o desastre. A empresa conseguiu fazer em poucos dias o que a exploração de ouro não fez em séculos – destruir o rio, envenenado pelos dejetos das barragens, como o mercúrio e outras substâncias tóxicas.


Em seguida foram criadas várias vilas, dentre elas surgiram as famosas cidades históricas Ouro Preto e Mariana, locais onde estavam as barragens. A cobiça pelo ouro gerou uma disputa feroz pelo controle das minas entre os descobridores Bandeirantes paulistas e os portugueses. Os paulistas se renderam e entregaram as armas, mas mesmo assim foram cruelmente assassinados.

Em pouco tempo Portugal enriqueceu mais do que nunca, mas para se proteger dos inimigos teve que fazer aliança com a poderosa Inglaterra. Enquanto Portugal gastava como se não houvesse amanhã, a Inglaterra realizava a Revolução Industrial financiada com o nosso ouro. Nesse período aconteceu a Inconfidência Mineira, o primeiro grande movimento pela independência, que lutava contra os pesados impostos (o quinto do ouro), que acabou com o esquartejamento do nosso herói maior – Tiradentes.

Séculos depois, a tragédia social e econômica continua. Uma das sócias da Samarco é uma empresa inglesa BHP Billiton (Anglo-Australiana), a outra metade pertence à Vale. Até o dia 13 foram confirmadas sete mortes e 18 pessoas estão desaparecidas, dentre elas, crianças. O distrito Bento Rodrigues foi engolido pela lama. Até uma Igreja do século XVIII foi destruída.

Além das tristes mortes, o desastre ambiental do Rio Doce é incalculável, atingiu dezenas de cidades de Minas Gerais e do Estado do Espírito Santo. Peixes mortos, invasão do leito pela lama, contaminação da água...cidades inteiras estão sem água potável e sem renda, porque muitas viviam do rio.

E o Estado sumiu... Não foi capaz de fazer o seu papel de fiscalizar e proteger a população. Há muita corrupção nos órgãos de fiscalização no Brasil ou falta de condições de trabalho. E muitas vezes quando um servidor público quer fiscalizar uma empresa grande e poderosa, encontra resistência e sofre perseguição.

Logo após a tragédia um Secretário de Estado de Minas Gerais, Altamir Rôso, disse que a Samarco foi vítima do acidente. Veja que inversão de valores, que acinte! Ainda o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, deu uma coletiva à imprensa na própria sede da Samarco. A presidente da República, Dilma Rousseff, lamentou a tragédia apenas pelo Twitter e só foi visitar o local uma semana depois. O Ibama, órgão federal responsável pelo meio ambiente, anunciou que as multas podem chegar a centenas de milhões, mas sabemos que elas raramente são pagas, devido a manobras e instâncias para recorrer.
A situação é a mesma que acontece em grandes tragédias no Brasil, no começo um estardalhaço, depois o esquecimento e a falta de punição.

Não se viu qualquer reação dura e indignada de políticos, sejam de direita, esquerda, governo ou oposição. A maioria recebeu contribuições das mineradoras para as suas campanhas eleitorais. As empresas economizam na manutenção, mas gastam fortunas com o perverso lobby político.

Em Minas Gerais mais de 80% da economia gira em torno da mineração, que paga poucos impostos em relação ao lucro obtido com a atividade e aos danos ambientais. A MBR acabou com a Serra do Curral, em Belo Horizonte; a CBMM que explora o nióbio é acusada de esconder a verdade sobre os danos causados em Araxá; e tantas outras vêm destruindo a nossa Minas Gerais. Agora ficou escancarado o fracasso do Estado e a farsa das mineradoras.

Vergonha

Em uma entrevista à imprensa os dirigentes da Samarco, Ricardo Vescovi; da Vale, Murilo Ferreira; e da BHP, Andrew Mackenzie, pareciam que eram anjos da guarda de moradores da região e nobres defensores do meio ambiente, mas não responderam muitas perguntas e não deixaram claro até onde assumirão as indenizações. O presidente da Vale teve coragem de dizer que é apenas um acionista. Os três deveriam implorar perdão e pedir demissão, como acontece em qualquer país sério. Basta lembrar do recente escândalo na adulteração dos carros da Volkswagen. O presidente não durou muitos dias. Aqui não, eles se comportam como se não tivessem nada a ver com o problema.

Não existe competência no Estado brasileiro, que mais uma vez falhou. A empresa jamais poderia deixar este desastre ter acontecido, ela assinou um atestado de incompetência, de descaso e irresponsabilidade. Queremos que as empresas admitam o erro e paguem caro para tentar compensar o estrago humano, ambiental e material.

Os valores no Brasil estão completamente invertidos, não podemos achar normal o que está acontecendo. Não podemos aceitar isso passivamente. O brasileiro vem reagindo diante de tantos desmandos dos governos, mas também deve lutar contra empresas que não cumprem o seu dever com a sociedade.

Passado e futuro se encontram novamente pela mineração, com as mesmas práticas de corrupção, manipulação, mentira, injustiça e mortes. Enquanto as mineradoras pagam uma mixaria de impostos, frente aos astronômicos lucros e danos ambientais, o governo impõe novos impostos à população. Quem sabe a partir de agora diante desse infame acidente bem no coração da Inconfidência Mineira os brasileiros promovam mais um movimento para mudar o país para melhor.

( *)Francisco Câmpera é jornalista nascido em Belo Horizonte

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