segunda-feira, 27 de março de 2023
domingo, 26 de março de 2023
Flavio Dino diz que ilação sobe PT e PCC é canalhice e avisa: "Não há imunidade para isso"
Moro mentiu muito para faturar com as ameaças do PCC. Por João Filho
sábado, 25 de março de 2023
Justiça Federal do Paraná é incompetente para investigar plano contra Sergio Moro
sexta-feira, 24 de março de 2023
Lula cometeu um "pecadilho", mas a PF cumpriu seu papel. Por Luis Felipe Miguel
Por Luis Felipe Miguel, no DCM: A Fala de Lula à TV 247 e a ação policial contra o PCC alimentam a gritaria da extrema-direita. O ex-juiz se vitimiza. Mas o caso é sobre abuso de poder judicial, de um lado, e a responsabilidade dos governantes, do outro.
Relembrando o período que passou na cadeia, vítima da perseguição judicial de que Sergio Moro foi artífice, o presidente Lula falou que, na época, expressava que só estaria bem quando "fodesse" o então astro da Lava Jato.
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Sergio Moro e Luiz Inácio Lula da Silva (Imagem/reprodução) |
Um desabafo compreensível, dadas as circunstâncias. Mas que, nesses últimos dias, tem sido utilizado em muitas narrativas da extrema-direita, que criticam não apenas o linguajar do presidente, mas também o suposto "desejo de vingança" que marcaria sua volta ao poder.
É óbvio quer a indignação de alguém preso injustamente se expressa com veemência - e que não se trata de vingança, mas de justiça. Como escreveu o jornalista Bruno Boghossian, da Folha, "Lula tem o direito de criticar os abusos da Lava Jato, mas deve saber que não é o único no ringue e que alguns golpes são dados abaixo da linha da cintura".
Ao falar tão candidamente sobre seus sentimentos quando estava preso, Lula foi humano - mas (citando novamente Boghossian) deu um "presente ao campo rival".
A situação só piorou graças a uma coincidência: a prisão de integrantes do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital, que tinham um plano de ataque a autoridades, entre elas o ex-juiz Sergio Moro. De forma desonesta, como de costume, a extrema-direita tem ligado as duas coisas. Um deputado bolsonarista inventou simplesmente que a fala de Lula era uma espécie de "senha" para o PCC entrar em ação.
E Moro, também de forma previsível, faz uso mesquinho do caso - em vez de ter a atitude digna de agradecer à Polícia Federal ao ao governo pela ação eficaz.
Porque também se trata disso: o poder público agiu de maneira rápida e eficiente, na defesa da integridade física das possíveis vítimas - não importa que uma delas fosse o ex-juiz patife e desafeto do presidente ou que se esperasse que a operação fosse, como de fato está sendo, explorada pela oposição.
Isso é o que se espera de um governo republicano, na acepção correta do termo. Lula bobeou na entrevista, um pecadilho que, em circunstâncias normais não teria maiores consequências. A PF cumpriu seu papel e mostrou uma boa faceta do governo. O resto é marola e fake news.
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quinta-feira, 23 de março de 2023
Moro se tornou alvo do PCC por proibir visita íntima, diz promotor caçado pela facção
Por Beatriz Castro, no DCM: O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) se tronou alvo do PCC após proibir visitas íntimas aos presos no sistema penitenciário federal, segundo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), também alvo da facção.
"Moro é alvo destes criminosos por conta da portaria que ele baixou proibindo as visitas íntimas no sistema penitenciário federal. Isso realmente desagradou esses criminosos, não só do PCC, mas de todas as facções", afirmou.
Assim como Moro, Gakiya também estava na mira do plano dos criminosos para atacar agentes públicos e autoridades. Os criminosos planejavam sequestrar e matar o senador e o promotor de Justiça.
Em entrevista ao UOL, Gakiya criticou o luso político da operação policial por causa da repercussão da fala de Lula contra Moro enquanto esteve preso em Curitiba.
"Embora o plano em si tenha sido descoberto em janeiro deste ano, os documentos e informações das investigações dão conta que o plano está em andamento desde agosto de 2022, portanto no governo anterior. Não há motivo para dizer que foi algo engendrado pelo governo atual ou algo parecido. Infelizmente, estão fazendo uso político de uma operação de sucesso", disse o promotor.
De acordo com Gakiya, o plano do PCC de sequestrar e matar autoridades era um 'plano B'. A primeira opção era resgatar Marcola, chefe da facção criminosa.
"O plano não era só contra Sergio Moro e a mim. Em 2019, o PCC havia determinado que a prioridade era tentar o resgate de Marcola. Eles determinaram isso como "Plano A' e o denominaram com 'STF'. O 'plano B' era o 'STJ'. Se o resgate do Marcola não tivesse sucesso, era para desencadear o 'plano B', que eram ataques a agentes públicos e sequestro de autoridades para forçar o governo a devolver Marcola para o sistema penitenciário paulista", afirmou.
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