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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Petrobras: delator do esquema de corrupção atua na estatal desde longa data

O ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, personagem do momento na política brasileira, preso na operação Lava Jato da PF e optando pela "delação premiada", se revelou um peão valioso para as pretensões dos partidos políticos desde longa data. Costa, desde o governo de Fernando Henrique Cardoso é um elo importante da corrente de corrupção formada por determinados setores do poder público em conluio com do poder privado.
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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

As eleições e a peneira de furo seletivos

Para as devidas reflexões do leitor, transcrevo abaixo o comentário oportuno e pertinente do blogueiro Dodó Macedo à matéria de responsabilidade do jornalista Fernando Brito, publicada em seu blog sob o título: “A Justiça em campanha”. Trata-se dos depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, presos pelo envolvimento no escândalo de corrupção da estatal.
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Lava-Jato: novo vazamento atinge PT, PMDB e PP


Redação da Carta Capital - Ex-diretor da Petrobras e doleiro detalham esquema de desvio que beneficiaria os três partidos, falam de pressão sobre Lula e citam empreiteiras. Como esperado, os depoimentos à Justiça Federal prestados por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e pelo doleiro Alberto Youssef, apontado como responsável por lavagem de dinheiro no exterior, voltaram a vazar. E as declarações dos dois no âmbito de investigações geradas pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, continuam revelando um retrato emblemático, ainda que parcial, sobre o funcionamento da política brasileira.

Os depoimentos se referem a um processo envolvendo desvios na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Políticos não podem ser citados nesses depoimentos, ao contrário do que ocorre nos acordos de delação premiada assinados por Youssef e Costa, que ainda não vazaram.

De acordo com Youssef, Paulo Roberto Costa foi indicado para a diretoria da Petrobras após o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser pressionado por políticos que o queriam no cargo. “Tenho conhecimento que para que Paulo Roberto Costa assumisse a cadeira de diretor de Abastecimento esses agentes políticos trancaram a pauta no Congresso durante 90 dias”, afirmou Youssef segundo o jornal O Estado de S.Paulo. “Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou louco, teve que ceder e realmente empossar o Paulo Roberto na diretoria de Abastecimento”, afirmou.

De acordo com Youssef, ele era uma “engrenagem” do esquema, e não seu criador. O objetivo do desvio de dinheiro da Petrobras, era, afirmou o doleiro, financiar campanhas políticas nas eleições de 2010, entre eles o PT, o PMDB e o PP.

Paulo Roberto Costa, por sua vez, disse ter sido indicado para a diretoria de Abastecimento da Petrobras por José Janene, ex-deputado federal do PP, réu do “mensalão” e morto em 2010. De acordo com Costa, o PT ficava com 3% do valor sobre os contratos da área de abastecimento da Petrobras. Esquemas semelhantes montados nas diretorias de serviços, gás e energia e produção também beneficiavam o PT, afirmou Costa, ainda segundo o Estadão. “Tinha PT na diretoria de produção, gás e energia e na área de serviços. O comentário que pautava a companhia nesses casos era que 3% iam diretamente para o PT.”
Segundo as declarações de Costa à Justiça Federal, a propina era recebida e distribuída pelo tesoureiro do PT, João Vaccari. No PMDB, que comandava a diretoria Internacional, a articulação era comandada por Fernando Soares. Em alguns casos, afirmou Costa, ele recebia propinas diretamente e em dinheiro. Em 2009 ou 2010, Costa teria recebido 500 mil reais de Sergio Machado, presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras, ao intermediar a assinatura de um contrato para a construção de navios.

Cartel e as empreiteiras
 
O dinheiro desviado da Petrobras tinha origem em um esquema de cartel montado por empreiteiras na disputa de licitações para assumir as obras da estatal, afirmou Paulo Roberto Costa. “Na área de petróleo e gás essas empresas, normalmente entre os custos indiretos e o seu lucro, o chamado BDI, elas colocam algo entre 10% a 20% dependendo da obra, dos riscos, da condição do projeto”, disse Costa segundo o Estadão. “O que acontecia especificamente nas obras da Petrobras, o BDI era 15%, por exemplo, então se colocava 3% a mais alocados para agentes políticos”, afirmou.


Entre as empresas que participavam do esquema estavam, de acordo com o depoimento obtido pelo jornal, algumas das maiores empreiteiras do País. No depoimento ao juiz Sergio Moro, que concentra todos os processos relacionados à Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa afirmou que lidava diretamente com os diretores e presidentes das construtoras, que incluíam Camargo Corrêa, OAS, UTC, Odebrecht, Queiroz Galvão, Toyo Setal, Galvão Engenharia, Andrade Gutierrez, Iesa e Engevix.

O presidente do PT, Rui Falcão, e Sergio Machado, da Transpetro, divulgaram notas rebatendo as acusações.

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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Ex-diretor da Petrobras detalha esquema de propinas a PT, PP e PMDB em contratos

(Reuters) - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que grandes empresas fecharam contratos com a estatal por anos com sobrepreço médio de 3 por cento, e que a maior parte do dinheiro foi repassada para PT, PP e PMDB.

Em depoimento na quarta-feira à Justiça Federal em seu processo de delação premiada, Costa disse que cerca de 10 "grandes empresas" realizavam um processo de "cartelização" nos acordos de fornecimento à Petrobras.
Segundo ele, em média 3 por cento do valor do contrato era repassado para partidos políticos que comandavam determinadas diretorias da estatal.

"Em relação à diretoria de Serviços, todos sabiam que tinha um percentual dos contratos da área de Abastecimento: dos 3 por cento, 2 por cento eram para atender ao PT", disse o ex-diretor da Petrobras, segundo áudio do depoimento disponível na Internet.

"Outras diretorias, como Gás e Energia e Exploração e Produção, também eram PT", acrescentou Costa, que dirigiu a área de Abastecimento da Petrobras de 2004 a 2012.
Costa declarou que, no caso da diretoria que ocupou, a indicação era do PP e, como os processos de licitação na Petrobras têm de passar pela diretoria de Serviços, os recursos eram repassados ao PP e PT.

"Me foi colocado pelas empresas e também pelo partido (PP) que dessa média de 3 por cento o que fosse diretoria de Abastecimento, 1 por cento seria repassado para o PP e os 2 por cento restantes ficariam para o PT dentro da diretoria (de Serviços)", disse.
"Do 1 por cento que era do PP, em média... 60 por cento ia para o partido, 20 por cento era para despesas... e os 20 por cento restantes eram repassados 70 por cento para mim e 30 por cento para o (ex-deputado federal do PP José ) Janene ou o (doleiro) Alberto Yousseff", acrescentou

O ex-diretor disse que Janene, que faleceu em 2010, "conduzia diretamente" a parcela dos recursos que cabia ao PP até meados de 2008, quando o deputado adoeceu e a função que passou a ser exercida por Yousseff, preso na mesma operação em que Costa foi detido, a Lava-Jato. Matéria completa::

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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Delação premiada, notícias na imprensa e Nota oficial da PF esquentam a campanha presidencial

Em Nota à imprensa neste fim de semana, a Polícia Federal (PF) informou que foi instaurado inquérito em Curitiba-PR, para apurar suposto vazamento de informações protegidas por segredo de justiça. Essas informações, diz a Nota, estão contidas no depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Política: Horário eleitoral pode ter aeroporto X Petrobras


-O horário eleitoral gratuito, que começa a ser transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão a partir do dia 19 de agosto, deve trazer uma disputa de denúncias entre os dois principais candidatos, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e o presidenciável pelo PSDB, senador Aécio Neves.
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segunda-feira, 7 de julho de 2014

As novas mentiras sobre Pasadena

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho  

Vocês sabem que eu já publiquei dezenas de textos sobre a refinaria de Pasadena. Tanto que até me cansei do assunto. Se você buscar Pasadena no google, o Cafezinho estará entre as primeiras fontes mostradas. 
Fiquei também decepcionado com a Petrobrás, que podia ter se defendido com mais galhardia. Bastava oferecer mais informações sobre a refinaria.
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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Maior que Libra, cessão onerosa é só da Petrobras. É o horror para o mercado

Fernando Brito, no Tijolaço

- Em plena Copa, uma notícia passa sem o impacto que deveria ter na mídia. Talvez porque seja uma das melhores notícias que se pudesse dar. Como este blog havia informado
em novembro do ano passado, o Governo entregou à Petrobrás, como estava autorizado pelas leis que aprovaram o regime de partilha, aprovadas no final do Governo Lula, quatro das seis áreas de cessão onerosa utilizadas como garantia no processo de capitalização da empresa.



Concentradas no campo de Franco, agora chamado de Búzios, tem entre 10 e 14 bilhões de barris de petróleo recuperáveis, quase o mesmo que as reservas provadas do nosso país.

Algo como 25% mais do que Libra, o maior campo de petróleo descoberto no mundo neste milênio.

Além de Búzios, foram entregues as áreas do entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, que provavelmente serão  unitizados (reunidos, em linguagem do setor) em uma só área de exploração.

Fora as receitas de impostos, só de lucro líquido para o país – que fica com três quartos do lucro, cabendo um quarto à Petrobras – o campo renderá à educação é a saúde brasileiras algo como 700 bilhões de reais, a preços de hoje.

É uma área capaz de, ao longo de 30 anos de produção, permitir uma extração média de 1,3 milhão de barris diários, ou metade do que tudo o que é produzido hoje no país.

E, curiosamente, a reação do mercado, na negociação das ações da Petrobras, derrubou o valor dos papéis da empresa.

É que isso irá, nos próximos anos, fazer a Petrobras ter de investir – e quase tudo dentro do Brasil – cerca de R$ 500 bilhões.

Ou, para os que gostam de comparações, 20 vezes tudo o que se chama de “gastos” com a Copa. Ou 120 vezes o valor dos empréstimos do BNDES para a construção de estádios.

São pelo menos 20 navios-plataforma, dezenas de sondas, centenas de barcos de apoio e instalações em terra.

Uma imensa máquina de distribuir receita, impostos, indústrias e serviços da cadeia de suprimento necessária.

Aos que estranharam a posição deste blog quando se tratou de leiloar o campo de Libra, à procura de parceiros capazes de injetar capital na exploração do campo de Libra, aí está a resposta do porque.

Era preciso “guardar” a capacidade da Petrobras de explorar estes campos ainda maiores.
E fazê-lo de forma a proteger o patrimônio nacional das tentativas, que não terminam, de entregar essa riqueza ao capital estrangeiro.

No final de 2016, início de 2017, Búzios produzirá seu primeiro óleo comercial e, nos dois anos seguintes, sua produção vai começar a pagar parte deste volume de investimentos.

Em um período de sete ou oito anos depois disso, a extração alcançará o limite de 5 bilhões de barris contratados, em condições mais favoráveis à Petrobras, pois passam a vigir as regras mais pesadas acertadas hoje com o Governo.

Até lá, este dinheiro vai remunerar o crescimento da participação governamental no aumento de capital da empresa, o que tornou possível recuperar parte do pedaço da Petrobras entregue por Fernando Henrique Cardoso, ao vender suas ações na bolsa de Nova York.

Hoje, este assunto se resumirá em pequenas e ácidas matérias nas páginas de economia dos jornais.

Em 20 anos, talvez, meus netos aprendam nos livros de escola sobre esta segunda independência – a econômica – do Brasil.
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Leia também, do mesmo autor: Entreguistas gaguejam com megacampo da Petrobras. A ressureição da era “FHC” morreu de véspera.

VIA

(mais informação sobre o assunto: Fatos e Dados)


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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Graça Foster comemora exploração de volumes excedentes do pré-sal


- A presidenta da Petrobras, Graça Foster, comemorou a contratação direta da companhia para a produção do volume excedente ao originalmente contratado sob regime de cessão onerosa, em áreas do pré-sal. A decisão foi tomada hoje (24), pelo Conselho Nacional de Política Econômica (CNPE), reunido em Brasília.
A decisão é referente aos volumes adicionais aos 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), contratados no regime de cessão onerosa nas áreas de Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi. Os contratos de partilha de produção terão vigência por 35 anos.

Para ter direito à exploração, a companhia terá de pagar ao governo, em dinheiro, R$ 2 bilhões como bônus de assinatura, ainda este ano. Depois, terá que antecipar parte do excedente em óleo. Serão pagos R$ 2 bilhões em 2015, R$ 3 bilhões em 2016, R$ 4 bilhões em 2017 e R$ 4 bilhões em 2018. A forma como esses valores serão pagos, se em óleo ou dinheiro, caberá ao governo decidir, explicou Graça Foster, durante coletiva de imprensa, na sede da estatal, no Rio de Janeiro.




Ao longo do dia, as primeiras informações inquietaram o mercado, fazendo com que as ações preferenciais da companhia fechassem em queda de 3,61% e as ações ordinárias, que dão direito a voto, queda de 2,67%. Investidores questionaram o desembolso de R$ 2 bilhões pela companhia. A presidenta da Petrobras, no entanto, considerou o investimento inicial pequeno - diante do total previsto para o ano, ao redor de R$ 45 bilhões - e disse que isso não afetará o caixa da empresa. Ela acredita que, com as explicações mais detalhadas aos investidores, nos próximos dias, haverá uma reversão de tendências.


Graça Foster salientou que a exploração dos excedentes do pré-sal é uma ótima oportunidade para a estatal, que poderá aumentar a produção nos próximos anos, enquanto muitas outras petrolíferas estão reduzindo o volume de petróleo produzido.

“Isto é o potencial de crescimento de uma companhia. É uma Petrobras muito maior, uma empresa que, com toda sua luta, tem conseguido crescer. Outras empresas têm perdido 200 mil, 400 mil barris por dia de produção, nos últimos cinco anos. A Petrobras tem conseguido manter sua produção de 2 milhões de barris [dia]. É uma empresa que está caminhando para uma produção de 4 milhões de barris por dia, de forma muito consciente”, acrescentou.

A presidenta da Petrobras resumiu a importância da decisão tomada hoje para o país: “Produção de petróleo, produção de energia, é soberania nacional. Quem tem energia é soberano. Quem tem este volume de petróleo, com o conhecimento que temos, é soberano de fato”.

Graça Foster revelou, em uma apresentação eletrônica, os motivos pelos quais considera a exploração dos volumes excedentes uma ótima oportunidade para a Petrobras. Segundo ela, a oportunidade vai reduzir a exposição ao risco nas atividades exploratórias, pois a área já é conhecida. Além disso, vai permitir a manutenção do patamar de produção de 4,2 milhões de barris por dia, em 2020. O primeiro óleo da área está previsto para 2021, com pico em torno de 1 milhão de barris em 2026.


Fora isso, segundo Graça Foster, a Petrobras passa a ter acesso a volumes potencialmente recuperáveis, entre 9,8 bilhões e 15,2 bilhões de barris de óleo equivalente, com baixo risco, pois esses volumes já foram parcialmente delimitados pela companhia. As estimativas são da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

Por Vladimir Platonow – Agência Brasil
Edição: Stênio Ribeiro



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terça-feira, 20 de maio de 2014

CPI da Petrobras: oposição quer vencer a eleição e desmontar o pré-sal, diz Gabrielli

Jornal GGN A quem interessa que a compra da Refinaria de Pasadena tenha sido um erro e que a Petrobras seja classificada como uma empresa mal gerida e quebrada? Essa foi uma das perguntas que os senadores membros da CPI da Petrobras - todos da situação - fizeram ao ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, na manhã desta terça-feira (20).

“A Petrobras não pode ser considerada uma empresa falida ou mal gerida. Isso é campanha da oposição e luta política. Essas forças são contrárias à Petrobras e querem desqualificá-la criando essa falsa imagem de que ela está em crise”, disparou Gabrielli.



Nenhuma liderança do PSDB ou do DEM - que recorreram, inclusive, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir uma investigação exclusiva sobre a Petrobras no Senado - esteve no plenário ou integra a CPI como membro permanente. Eles declinaram a participação mirando uma CPI mista, com menos espaço para o governo.

Ao longo de três horas, Gabrielli respondeu a cerca de 200 perguntas, a maioria sobre a compra de uma refinaria no Texas, Estados Unidos, pelo total de 1,2 bilhão de dólares, em 2006. Segundo a atual presidente da Petrobras, Graça Foster, a aquisição, até o ano passado, acumulou prejuízo de 530 milhões de dólares, mas nos dois primeiros meses de 2014 registrou lucro líquido de 58 milhões de dólares.

"Em 2006, Pasadena era um bom negócio. Em 2008, se torna mau negócio porque reflete a mudança que houve no mundo em 2008 com a crise financeira. Reflete a mudança no mercado dos EUA, que conseguiu reverter a desvantagem que tinha no passado com a venda de petróleo mais leve. Em 2013 volta a ser bom negócio e em 2014 é lucrativa. Compra petróleo leve no Texas que pode ser processado com margem de 30 a 40 dólares por barril, e produz 100 mil barris por dia. São 30 milhões de barris por ano. Se a margem de rentabilidade for de 10%, são 100 milhões de dólares de lucro por ano. Os dados são do mercado, são públicos", pontuou.

Na avaliação do ex-dirigente, as denúncias que a oposição ao PT levantam há meses sobre a estatal têm como pano de fundo o destino da empresa e a exploração do pré-sal. Ele lembrou que, em 2010, o site estrangeiro Wikileaks expôs um telegrama em que o ex-presidenciável José Serra (PSDB) teria sinalizado à petroleira Chevron que mudaria as regras para exploração e repartição dos lucros do pré-sal caso vencesse a disputa eleitoral.

“Em 2009, o Congresso Nacional começou a discutir o marco regulatório do petróleo brasileiro. A primeira mudança com o marco foi definir que os lucros do pré-sal seriam compartilhados entre Petrobras e Estado brasileiro. A segunda, que a Petrobras será a operadora única do pré-sal. Há vazamento no Wikileaks colocando de forma clara que a prioridade do próximo governo [o da oposição, se vencer a disputa em outubro próximo] é desmontar essa lei. Apareceram nomes de políticos, que prefiro declinar, mas são políticos da oposição”, destacou.

Gabrielli apresentou dados do último balanço financeiro da Petrobras para rebater as acusações de que a empresa está afundada em dívidas. Segundo ele, os dados mais recentes comprovam que o lucrou do primeiro trimestre de 2014 foi de 5 bilhões de reais. "Só não chegou a 7 bilhões porque reservou 2 bilhões para o programa de aposentadoria dos funcionários. A Petrobras só toma empréstimo para crescer, não para resolver problemas de caixa. Como falar que ela está em crise? A empresa é pujante, está em crescimento.”

Corrigindo informações

O ex-presidente da Petrobras aproveitou o depoimento no Senado sem intervenções de oposicionistas para corrigir informações publicadas na grande mídia. Para ele, um dos erros foi terem apontado que a compra de Pasadena teria ocorrido “a toque de caixa”. Passou-se pelo menos um ano desde setembro de 2005, quando a Petrobras fez uma proposta à detentora de 100% da refinaria, a empresa belga Astra Oil, até que os contratos fossem assinados, no final de 2006, segundo explicou.

Gabrielli também comentou a entrevista que o jornal O Estado de S. Paulo publicou sobre o tema. Segundo ele, o veículo deu destaque para a parte em que o ele diz que Dilma precisa assumir sua responsabilidade sobre a compra da refinaria. A presidente havia afirmado que se soubesse das cláusulas Put Option e Marlim, que causaram desentendimentos entre as sócias, não teria autorizado a compra. “Pinçar aquela frase é deslocar o que foi dito”, avaliou Gabrielli. Não houve, de acordo com ele, tentativa de imputar a responsabilidade da compra de Pasadena a Dilma simplesmente porque a decisão sobre a compra é de um órgão colegiado.


“A presidente Dilma é uma gerente de extrema competência. Ela tem posições muito firmes. Porém as decisões Conselho de Administração da Petrobras são de colegiado. Se ela colocasse uma posição [contrária à compra de Pasadena após saber das cláusulas], em 2006, não posso dizer qual seria a conclusão. Haveria debate. A responsabilidade é da diretoria internacional da Petrobras e do Conselho. A responsabilidade não é individualizada. O processo de compra é coletivo.”

Gabrielli reforçou que historicamente o Conselho de Administração da Petrobras desempenha o papel de avalizar decisões estratégicas após as diretorias abaixo do Conselho na hierarquia debaterem os processos. No caso da compra de Pasadena, quem capitaneava a negociação desde o início era a diretoria internacional da Petrobras, chefiada por Nestor Cerveró - que depõe na CPI na próxima quinta-feira (22).

“O Conselho toma decisões com base em sumários executivos, não com base no sumário total, porque são processos grandes. Não há condições de analisar tudo. Tudo precisa passar antes pelo crivo das diretorias competentes. Logo, os membros do Conselho receberam um sumário executivo sobre Pasadena", um sumário sem explicações sobre as cláusulas citadas. Apesar disso, elas não eram "determinantes" para o negócio. "O que estava em jogo não eram as cláusulas, mas saber se iriamos expandir nossa produção pelo mundo ou se ficaríamos apenas na Argentina e Bolívia."

SBM Offshore e Paulo Roberto Costa

O ex-presidente da Petrobras evitou se aprofundar nas questões acerca da relação entra a estatal brasileira e a empresa SBM Offshore. Ele apenas refutou as acusações feitas na imprensa nos últimos meses, dizendo que à mídia internacional a holandesa desmentiu que haja informações contra a Petrobras por pagamento de propina a funcionários brasileiros. “Não há nenhum indício de propina. Não vou comentar porque desconheço esse tipo de informação”, resumiu.

Sobre a relação de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras preso na Operação Lava-Jato da Polícia Federal - mas recentemente solto por determinação do STF -, Gabrielli também disse pouco. Apenas que no caso de Pasadena, Paulo Roberto teria participado apenas de uma reunião com a sócia Astra Oil para denotar que a Petrobras iria recorrer à justiça para concluir o processo de rescisão da parceria no Texas.

Matéria de responsabilidade de Cíntia Alves, publicada originalmente no GGN 


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terça-feira, 29 de abril de 2014

Petrobras responde aos grandes jornais do país sobre Pasadena


São inúmeras as matérias publicadas pela imprensa de um modo geral, sobre a Petrobras. Notadamente sobre a compra feita pela estatal da refinaria de Pasadena no Texas, EUA. Elas ganharam corpo com o pedido de CPI pelo senado, para investigar como foram feitas as negociações. Bem como, revelar qual a real situação econômica da Petrobras.
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sábado, 26 de abril de 2014

Quem é Alberto Youssef, o doleiro suspeito no governo e na Petrobras



"Um rápido sobrevoo revela o boom imobiliário de Londrina, cidade paranaense de 485 mil habitantes. Graças à denúncia de um empresário do setor, lesado em um empreendimento, a Polícia Federal descobriu uma das maiores operações de lavagem de dinheiro do país. De quebra, a investigação revelou casos de corrupção na Petrobras e as relações incestuosas entre um doleiro e integrantes de diferentes partidos.
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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Petrobras divulga perguntas e respostas sobre refinaria de Pasadena

"A companhia energética Petrobras apresentou, nesta quinta-feira (24), um texto de esclarecimento sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Confira a sequência de 10 respostas divulgadas pela empresa abaixo:
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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Petrobras pagou quase R$ 75 bilhões de impostos em 2013

Em meio a muita informação e também desinformação publicada na imprensa sobre a Petrobras, exclusivamente sobre a negociação malfadada na compra da refinaria de Pasadena nos EUA, e diante da emitente CPI a ser instalada no Congresso para investigar a operação, em fim o blog oficial da estatal resolveu se manifestar.
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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Petrobras: Nestor Cerveró deu uma aula de Pasadena


"Ontem houve uma sessão da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados em que o ex-diretor da área internacional da Petrobrás Nestor Cerveró foi prestar esclarecimentos sobre a compra de uma refinaria de petróleo em Pasadena no Texas em 2006.
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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Petrobras: Graça Foster presta esclarecimentos sobre Pasadena no Senado

Em depoimento à sessão conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Fiscalização do Senado, nesta terça-feira, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que a compra da refinaria Pasadena, Texas (EUA), não foi um bom negócio, apesar de ter dado lucro no primeiro trimestre deste ano.
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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Graça Foster: “Acreditamos mil vezes na Petrobrás”


"A presidente da Petrobras, Graça Foster, participou nesta segunda-ferira (14) da cerimônia de batismo do navio Henrique Dias, no porto do Suape, em Pernambuco, e durante seu discurso enalteceu os investimentos da estatal e a dedicação de seus funcionários.
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sábado, 5 de abril de 2014

Petrobras: dois lados das informações sobre Pasadena



É muito provável que o negócio mal feito na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela estatal Petrobras, resulte em mais uma CPI. Além do alvoroço no Congresso Nacional, o fato tem produzido uma infinidade de informações e opiniões díspares em todos os meios de comunicação do país.
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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Recuo de Cerveró é cada vez mais constrangedor

"Primeiro, o advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, disse que não tinha como provar suas declarações de que o contrato sobre Pasadena teria sido entregue aos conselheiros da Petrobras com 15 dias de antecedência; agora, documentos mostram que relatórios com informações fundamentais sobre a compra da refinaria pela estatal ficaram prontos apenas às vésperas da reunião do conselho que decidiu pela aquisição, em 2006;
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terça-feira, 1 de abril de 2014

Pasadena e o jogo sujo da mídia

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho
"A matéria da Folha deste domingo sobre Pasadena é uma obra-prima de manipulação com objetivo eleitoral. O título é “Para entender Pasadena”, só que não explica nada. Não traz nenhuma informação nova. Bloqueia todas as informações, já publicadas inclusive pelo Valor, que pertence ao mesmo dono da Folha, que podem trazer um pouco de luz ao caso.
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