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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Áudios reforçam elo entre 8 de janeiro e a cúpula do governo Bolsonaro no plano de golpe

Redação/GGN: O programa Fantástico, da Rede Globo, exibiu na noite de domingo (23) uma reportagem que mostra trabalho da perícia da Polícia Federal em cima de mais de 1,2 mil dispositivos eletrônicos apreendidos com os investigados no inquérito da tentativa de golpe e do 8 de janeiro.

www.seuguara.com.br/áudios/plano de golpe/Globo/Fantástico/reportagem/

A matéria exibiu áudios inéditos que reforçam o elo entre os acampamentos antidemocráticos, a invasão e depredação aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, e militares em posição de comando que interagiam com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, em busca de ajudar os bolsonaristas nas ruas. 


Vários áudios são protagonizados pelo tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida, que estava no comando de operações terrestres do Exército em Brasília no começo de janeiro de 2023, quando houve a troca de presidente da República. Nas conversas, Almeida revela que se infiltrou em grupos de conversação onde civis organizavam as manifestações contra a posse de Lula.

"Se tu tiver alguma possibilidade de influenciar alguém dos movimentos, eu tô tentando plantar isso nas redes onde eles estão. Tô participando de vários grupos civis", disse o militar.


Segundo a narração do Fantástico, "os militares em postos de comando incitavam participação popular e discutiam como usar manifestantes em frente aos quartéis como massa de manobra para pressionar por uma intervenção [militar]."

Em outro trecho capturado pela PF, Almeida dizia que as manifestações deveriam ser feitas e frente ao Congresso para despertar atenção das Forças Armadas. "Para apaziguar, a gente resolve destituir, invalidar a eleição, colocar voto impresso e fazer nova eleição, com ou sem Bolsonaro", disparou o militar. 


O programa também mostrou que Almeida ajudava os acampamento bolsonaristas e, quando não tinha como resolver algum problema, ele apelava para que os pedidos dos manifestantes chegassem a Bolsonaro. Foi o que ele fez quando recebeu pedido de ajuda de caminhoneiros que estavam com medo de serem presos por ordem do Tribunal Superior Eleitoral ou Supremo Tribunal Federal. Almeida pediu para Mauro Cid falar para Bolsonaro mobilizar a Polícia Federal ou o próprio Exército para "segurar" os mandados de prisão e "proteger esses caras".


Para o Fantástico, os áudios deixam claro que a estratégia da cúpula bolsonarista era "manter as manifestações nas ruas e a contestação das urnas".

No final, no entanto, os áudios revelam que Jair Bolsonaro decidiu não assinar o decreto de golpe porque não houve apoio de todos os comandos das Forças Armadas.

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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

As acusações da PF contra a "cúpula do golpe" de Jair Bolsonaro

Reportagem de Alice Maciel e Bruno Fonseca, em A Pública: A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, dia 18 de fevereiro. A denúncia envolve os crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Ela é baseada na investigação da Polícia Federal (PF) que apontou uma trama golpista envolvendo o ex-presidente e militares após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. 

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/Paulo Gonet/denúncia/Jair Bolsonaro/outros/

O documento elaborado pela PF estava sob análise do procurador-geral da República, Paulo Gonet, desde novembro do ano passado. A PF havia indiciado 40 pessoas, incluindo Bolsonaro.

Após a apresentação da denúncia, o caso volta para as mãos do relator do inquérito no STF, o ministro Alexandre de Moraes. A defesa tem um prazo para se manifestar.

Entenda quais são as provas que a investigação da PF apontou sobre a participação de Bolsonaro e a cúpula que teria atuado junto ao ex-presidente para planejar o golpe de Estado. 


Jair Messias Bolsonaro


Segundo a PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio” dos atos realizados “pela organização criminosa” que tinha como objetivo dar um golpe de Estado. Fato que não se consumou, segundo a PF, “em razão de circunstâncias alheias” à vontade do ex-presidente. 

Para embasar as acusações, a PF apontou como provas: a reunião da cúpula do Executivo, ocorrida em 5 de julho de 2022; a mobilização para reverberar o discurso de vulnerabilidade das urnas e de que havia ocorrido fraude eleitoral; ações de pressão ao então comandante do Exército Freire Gomes; e a elaboração do decreto que previa a ruptura institucional. 


A PF argumenta que reuniu provas robustas de que Bolsonaro participou ativamente de todas essas ações e de que ele era informado de cada passo do grupo, assim como do planejamento do plano “Punhal Verde e Amarelo” para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes.

“Assim, os dados descritos corroboram todo o arcabouço probatório, demonstrando que o então presidente da República Jair Bolsonaro efetivamente planejou, dirigiu e executou, de forma coordenada com os demais integrantes do grupo desde [pelo menos] o ano de 2019, atos concretos que objetivavam a abolição do Estado Democrático de Direito”, destacou a PF.

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Walter Braga Netto


O general da reserva Walter Braga Netto está preso na PF desde 14 de dezembro, acusado de integrar a articulação de um plano de golpe de Estado. Ele foi preso preventivamente porque teria tentado obter dados sigilosos dos depoimentos “com a finalidade de obstruir as investigações”

Braga Netto concorreu nas eleições presidenciais como vice-presidente na chapa de Bolsonaro e, segundo a PF, “os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação concreta nos atos relacionados a tentativa de Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito”, e “inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento”.


A investigação identificou que o núcleo de militares com formação em forças especiais do Exército, os denominados “FE”, realizou um encontro no dia 12 de novembro de 2022, na residência de Braga Netto. Na ocasião, o grupo teria apresentado as ações que impediriam a posse de Lula e restringiriam o exercício do Judiciário.

Em outra frente, segundo a PF, o grupo planejou a criação de um gabinete vinculado à Presidência da República após o golpe, que seria composto, em sua maioria, por militares e alguns civis, liderados pelo general Augusto Heleno, bem como por Braga Netto.

Além disso, foram identificados fortes e robustos elementos de prova, segundo a PF, que demonstram a participação ativa, ao longo do mês de dezembro de 2022, de Braga Netto, na tentativa coordenada de pressionar os comandantes da Aeronáutica e do Exército a aderir ao plano de golpe. 

www.seuguara.com.br/Braga Netto/atos golpistas/polícia federal/

Augusto Heleno


Segundo a PF, o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general da reserva Augusto Heleno Ribeiro Pereira, teve um papel de destaque para desacreditar as eleições e subverter o regime democrático.

A investigação aponta que Heleno seria o chefe do gabinete institucional de gestão de crise que seria formado após o assassinato ou prisão do ministro Alexandre de Moraes e a consumação do golpe. Segundo a PF, a informação estava num pen drive apreendido em poder do militar Hélio Ferreira Lima.


A polícia também encontrou documentos na casa de Heleno que mostrariam que ele coordenou encontros para levantar dúvidas sobre as urnas eletrônicas e as votações.

A investigação aponta anotações feitas por Heleno para forçar agentes da PF a não cumprir decisões do Judiciário contra o grupo que contestava as eleições, “sob pena de crime de abuso de autoridade e até prisão em flagrante da autoridade policial”.

Além disso, o relatório indica que, numa reunião em julho de 2022, Heleno teria admitido que conversou com um diretor-adjunto da Abin “para infiltrar agentes nas campanhas eleitorais”, mas que teria alertado para o “risco de se identificar os agentes infiltrados”. 

www.seuguara.com.br/Augusto Heleno/atos golpistas/governo Bolsonaro/

Almir Garnier Santos


A PF aponta que Garnier, então comandante da Marinha do Brasil, teria concordado com o plano golpista de Bolsonaro e se colocado à disposição do presidente derrotado nas urnas.

O “ok” de Garnier veio, segundo a investigação, na reunião de 7 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada, quando Bolsonaro convocou os comandantes das Forças Armadas e o ministro da Defesa para aderirem ao plano de golpe. A polícia encontrou registros de entrada de Garnier no dia na área do Alvorada às 12h23. Bolsonaro registrou entrada no local às 13h43.


Segundo depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes, então comandante do Exército, na reunião Bolsonaro teria apresentado as possibilidades de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de defesa e estado de sítio para contestar o resultado das eleições. 

Enquanto os comandantes do Exército e da Aeronáutica teriam recusado a proposta, Garnier, da Marinha, teria dito sim.

Em depoimento, o então comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior disse que “o almirante Garnier não expressou qualquer reação contrária ao conteúdo da minuta [do golpe]” enquanto estava na reunião. 

A polícia resgatou uma mensagem de Braga Netto para o capitão Ailton Gonçalves Moraes Barros na qual chama o ex-comandante da Aeronáutica de traidor da pátria e elogia o ex-chefe da Marinha. Outra mensagem, de Laércio Vergílio a Freire Gomes, diz que a “Marinha está coesa”. 

www.seuguara.com.br/Almir Garnier Santos/Bolsonaro/Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira/atos golspistas/

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira


De acordo com a PF, Nogueira, que foi ministro da Defesa entre abril de 2022 e dezembro de 2022, pressionou os comandantes das Forças Armadas a aderir ao plano de Bolsonaro de golpe de Estado.

A pressão teria ocorrido em duas ocasiões: a primeira em 7 de dezembro, quando Bolsonaro chamou Nogueira e os comandantes das Forças Militares ao Palácio da Alvorada para apresentar a minuta de decreto presidencial que efetivaria o golpe; a segunda seria uma semana depois, no dia 14 de dezembro, numa reunião no Ministério da Defesa, quando novamente o plano teria sido apresentado aos comandantes do Exército e da Aeronáutica.


O relatório aponta também que Nogueira concordou com o discurso contra as urnas eletrônicas e o TSE na reunião ministerial de julho de 2022, “afirmando que a Comissão de Transparência Eleitoral seria um ‘ataque à Democracia’, tratando o Tribunal Superior Eleitoral como um inimigo, que deveria ser vencido para garantir a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais”, cita o relatório.

A investigação resgata que o Ministério da Defesa foi usado para divulgar uma nota que manteve dúvidas sobre a derrota de Bolsonaro nas urnas. Na época, o ministério publicou que o relatório técnico das Forças Armadas sobre o sistema eletrônico de votação, que não encontrou indícios de fraude, teria excluído a possibilidade de fraude. 

Nogueira foi sucedido por José Múcio, apontado por Lula para o cargo. 


https://apublica.org/2025/02/as-acusacoes-da-pf-contra-a-cupula-do-golpe-de-jair-bolsonaro/#_


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[Bolsonaro denunciado pela PGR por tentativa de golpe de Estado: o que acontece agora no STF: "(...) Agora, a Primeira Turma do Superior Tribunal Federal (STF), formada por cinco membros da corte, vai analisar se aceita a denúncia e abre um processo contra o ex-presidente - mas não há um prazo para essa decisão. Integram essa Turma os ministros Alexandre de Moraes (relator do caso), Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flábi Dino."

(...)

"A PGR pede que Bolsonaro responda pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Outras 33 pessoas foram denunciadas com ele, incluindo seu ex-ministro da Casa Civil, general Braga Netto, que concorreu a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022." (...) Ele é acusado de ser um dos integrantes do "núcleo crucial da organização criminosa", de onde teriam partido decisões e ações do plano golpista." 

(...)

"Com a apresentação da denúncia, o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, abre 15 dias de prazo para os advogados dos denunciados apresentarem defesa prévia e possíveis contestações. Em caso de contestação a trechos da denúncia, a PGR terá cinco dias para responder aos questionamentos.

Depois disso, Moraes vai avaliar a acusação e os argumentos da defesa para produzir seu voto, definindo se aceita ou não a abertura de um processo contra Bolsonaro e os demais denunciados. Não há prazo para essa decisão."]

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quarta-feira, 6 de março de 2024

Bolsonaro sabia que não havia fraude nas urnas, diz Freire Gomes à PF

Por Davi Nogueira, no DCM: Em depoimento à Polícia Federal, o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes relatou ter dito a Jair Bolsonaro que não foi encontrada nenhuma prova de fraude nas urnas eletrônicas. O general disse ter falado sobre o tema com o ex-presidente em mais de uma ocasião. A informação é da coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo.


www.seuguara.com.br/general Freire Gomes/Jair Bolsonaro/urnas eletrônicas/

Durante sua oitiva a agentes da PF na última sexta (1), o general ainda alegou que se manifestou contra as iniciativas golpistas de Bolsonaro, tanto em reuniões com ele quanto em conversas reservadas no Ministério da Defesa, comandado por Paulo Sérgio Nogueira.

Freire Gomes foi chefe da Força entre março e dezembro de 2022, período em que militares e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fizeram vários testes ao sistema de votação. à época, não foi encontrada nenhuma irregularidade nas urnas eletrônicas e o resultado foi comunicado a Bolsonaro.

www.seuguara.com.br/Paulo Sérgio Nogueira/Alexandre de Moraes/urnas eletrônicas/

Na ocasião, o ex-presidente não autorizou a divulgação dos resultados dos testes ao sistema de votação. Segundo generais, Bolsonaro afirmou que as Forças Armadas deveriam se esforçar mais para encontrar indícios de fraude e que os resultados não batiam com supostas informações recebidas por ele a respeito do tema.


O relatório só foi divulgado oficialmente em 9 de novembro de 2022, após a vitória de Lula na disputa eleitoral. Mesmo após o resultado dos testes, o PL tentou contestar a derrota do ex-presidente e não apresentou provas das alegações, o que gerou uma multa de R$ 22,9 milhões à sigla por litigância de má-fé.

O general prestou depoimento na semana passada e implicou o ex-presidente diretamente na trama golpista. Segundo um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), seu interrogatório "é melhor e mais valioso do que uma delação" e "consolidou o quadro probatório" do inquérito. 

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sábado, 17 de fevereiro de 2024

Ex-comandante do Exército revela por que não denunciou o plano de golpe de Bolsonaro

Foi publicada nesta sexta (16), na coluna do jornalista Tales Farias, a versão que o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, ventilou nos bastidores para explicar o fato de não ter denunciado às autoridades competentes a tentativa de golpe que o alto escalão do governo de Jair Bolsonaro preparou ao longo de 2022.

www.seuguara.com.br/Bolsonaro/general Freire Gomes/plano de golpe/

"A amigos, Freire Gomes tem dito que se denunciasse ao STF as intenções do então chefe do Executivo simplesmente criaria uma crise institucional no país, com chances de acabar propiciando uma ruptura, que era exatamente o que Bolsonaro pretendia. (...) É esse argumento que o ex-comandante do Exército deverá apresentar à Polícia Federal em seu depoimento: ele não foi omisso, nem prevaricou. Usou seu cargo para atuar objetivamente contra o golpe junto aos colegas do generalato", resumiu Tales Faria.


Freire Gomes foi tratado por membros do gabinete do golpe como um oficial "cagão" - nas palavras do ex-ministro Braga Netto - por não ter embarcado na aventura golpista. Trechos de relatório da Polícia Federa que constam em despacho do ministro Alexandre de Moraes, a que o GGN teve acesso, mostram que Freire Gomes sofreu pressão de colegas militares para aderir ao golpe, mas não envergou.


www.seuguara.com.br/General Braga Netto/conversa/Polícia Federal/
"Meu amigo, infelizmente tenho que dizer que a culpa pelo que está acontecendo e acontecerá e do Gen FREIRE GOMES. Omissão e indecisão não cabem a um combatente", escreveu Braga Netto em uma mensagem capturada pela PF. 


Entre outras formas de pressão, Freire Gomes teria recebido uma carta do militar Bernardo Romão Correa Neto, que operou como "braço direito" de Mauro Cid no planejamento do golpe. no relato da PF, a carta foi usada "como instrumento de pressão direcionado ao então Comandante do Exército." 

Correa Neto teve prisão preventiva solicitada pela Polícia Federal na Operação Tempus Veritatis, que apurou que o militar estava em solo americano pois fora designado para exercer missão em Washington até julho de 2025, com "total ônus para o Comando do Exército". A saída do País foi interpretada como ação para "se furtar ao alcance de investigações e consequentemente da aplicação da lei penal". Ele retornou ao Brasil para cumprir a prisão.

    

As implicações para Freire Gomes

Apesar de não ter embarcado na aventura golpista, Freire Gomes terá de explicar à Polícia Federal por que participou de reuniões para planejamento do atentado à democracia, inclusive na presença de Jair Bolsonaro, sem nunca ter denunciado a tentativa de ruptura institucional.


No relatório da PF, consta que Freire Gomes esteve presente na reunião onde Bolsonaro apresentou aos comandantes das Forças Armadas a chamada minuta do golpe, um decreto que previa interferência em outros poderes e prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal.

A PF também aponta que Freire Gomes assinou uma nota em defesa dos acampamentos golpistas, "reputada como importante por MAURO CID, para fins de manutenção e intensificação das manifestações antidemocráticas, em vista do suposto respaldo das Forças Armadas ao movimento".


As investigações mostram ainda que Freire Gomes possivelmente sabia que empresários do agronegócio financiavam as manifestações golpistas. "Em 16 de novembro de 2022, MAURO CID enviou um áudio, possivelmente para o General FRIERE GOMES, pelo aplicativo UNA, em que cita o financiamento das manifestações em Brasília, por empresários do 'Agro'." 

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/conversa/Polícia Federal/

Além disso, Freire Gomes soube também através de Mauro Cid que Bolsonaro havia editado pessoalmente o decreto do golpe.

"Mensagens encaminhadas por MAURO CID para o General FREIRE GOMES sinalizam que o então Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO estava redigindo e ajustando o Decreto e já buscando o respaldo do General ESTEVAM THEOPHILO GASPAR DE OLIVEIRA (há registro de que este último esteve no Palácio do Planalto em 9/12/2022, fls. 169), tudo a demonstrar que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento", aponta a PF.


A adesão do General Gaspar de oliveira era importante porque seu destacamento era o que continha o maior contingente de militares do Exército. De acordo com a PF, Gaspar de Oliveira "teria concordado em executar as medidas que culminariam na consumação do golpe de Estado, desde que o então Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO assinasse o decreto que vinha sendo debatido e ajustado, embora não se contasse com a adesão do General FREIRE GOMES."

(...)


Redação: GGN


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