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sábado, 12 de outubro de 2024

Cíntia Chagas diz que foi agredida por Lucas Bove após se recusar a tirar foto com Bolsonaro

Por Augusto de Sousa, no DCM: O deputado estadual Lucas Bove (PL), acusado de agredir a influenciadora digital Cíntia Chagas, sua então companheira, teria começado o ato de violência durante o casamento da filha do empresário Paulo Junqueira, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no dia 3 de agosto deste ano. A agressão teria sido motivada pela recusa da influenciadora em tirar um a foto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa, Michelle Bolsonaro, durante o evento. 

www.seuguara.com.br/Cíntia Chagas/Lucas Bove (PL)/agressão/medida protetiva/

De acordo com o boletim de ocorrência registrado por Cíntia no início de setembro, Bove teria ficado furioso quando ela decidiu continuar comendo antes de atender à solicitação do deputado para tirar a foto. "Eu disse que tiraria a foto depois que terminasse de jantar", contou a influenciadora.

O deputado, no entanto, reagiu com agressividade, segundo a vítima. "Ele retirou os talheres das minhas mãos e jogou sobre a mesa. Em seguida, me puxou pelo braço e me forçou a ir até o local onde Bolsonaro e Michelle estavam tirando fotos", relatou Cíntia no pedido de medida protetiva.

www.seuguara.com.br/Lucas Bove/Bolsonaro/Michelle Bolsonaro/

O incidente culminou em uma série de agressões verbais. Lucas Bove teria dito, enquanto Cíntia descia um barranco em direção ao local das fotos: "Lamentável! Vai embora, você não serve para nada". A situação piorou após o evento, quando Cíntia decidiu ir embora e chamou um motorista particular. Bove, inconformado, enviou diversas mensagens pedindo que ela voltasse à festa.

Ao chegar em casa, o comportamento do deputado se tornou ainda mais agressivo. Segundo o relato da influenciadora, ele a chamou de "rameira" e "interesseira", arremessando uma garrafa de água nela. "Você só não vai apanhar agora porque você tem 6 milhões de seguidores", teria dito o deputado, que também ameaçou queimar as roupas da ex-companheira caso ela tomasse banho. 


O relacionamento do casal deteriorou-se ainda mais após a separação. Durante o processo de divisão de bens, Cíntia afirma que encontrou parte de seus pertences desaparecidos ao ir até o apartamento do deputado. Dias depois, ela teria recebido uma mensagem do advogado de Bove, pedindo que assinasse um contrato com várias imposições, incluindo uma multa de R$ 750 mil em caso de descumprimento. 

Aos se recusar a assinar o contrato, Cíntia alega que Bove fez novas ameaças, citando o ex-ministro Ricardo Salles e a primeira-dama: "A Michelle Bolsonaro está me exigindo um posicionamento porque estão falando que eu te agredi no casamento", teria dito o deputado.

A situação escalou quando Bove afirmou estar disposto a expor "intimidades" da influenciadora na internet para "acabar com seu sonho na política".


Cíntia, que tem uma forte influência nas redes sociais com milhões de seguidores, viu seu caso ganhar ampla repercussão após o pedido de medida protetiva, que foi concedido pela Justiça. O deputado está proibido de se aproximar a menos de 300 metros da ex-companheira e de enviar mensagens a ela, tanto por telefone quanto pelas redes sociais.


Em nota, à imprensa, a defesa de Luca Bove alegou que as acusações veiculadas pela mídia e nas redes sociais são "sensacionalistas e ofensivas" e que o processo está sendo tratado com sigilo. O advogado do parlamentar afirmou ainda que a divulgação das informações tem como objetivo "macular a honra e a dignidade" de sue cliente, que tem, segundo ele, "caráter elogiável e a mais ilibada reputação".

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terça-feira, 12 de setembro de 2023

"Bolsonaristas estavam dispostos a tudo", diz PM agredida no 8 de janeiro

Por Augusto de Sousa, no DCM: A cabo Marcela da Silva Morais Pinno, policial militar do Distrito Federal, que atuou na linha de frente durante as manifestações de 8 de janeiro, prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) que apura os atos golpistas daquele dia e relatou a violência e a organização dos manifestantes bolsonaristas.
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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Maierovitch e os inconformistas de Roma. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: A mais frustrante contribuição ao debate sobre os limites do Supremo foi oferecida pelo jurista Walter Maierovitch. Porque, pela qualidade do autor, teve o poder de abalar expectativas. Maierovitch analisa o caso da agressão a Alexandre de Moraes em Roma, em artigo recente no UOL.

www.seuguara.com.br/Wálter Maierovitch/jurista/agressão/Alexandre de Moraes/

Faz um longa defesa da igualdade de tratamento a todos os cidadãos por parte do sistema de Justiça e conclui que o ministro está sendo, como vítima, privilegiado pelo Supremo.


O jurista enumera as deliberações do STF, a partir do momento em que o tribunal "chama para si a competência do caso Moraes". 

E critica a busca e apreensão na casa dos agressores à centralização de toda a investigação na Corte onde o ministro trabalha.

A argumentação é límpida. Maierovitch não tem o dom do gongorismo da maioria dos colegas juristas. Como também é límpido o desfecho do texto, com a seguinte conclusão: 


"Pelo apurado até o momento, os ataques a Moraes e aos seus familiares não foram 'orquestrados', adrede preparados. Os irrogados agressores desconheciam a presença de Moraes na Itália e nem sabiam de embarque no dia fatídico. Surpreendidos, revoltaram-se e atacaram por puro inconformismo". 

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/agressão/

Depois de classificar como graves os ataques dos Mantovani a Moraes e à sua família e dizer que houve "incivilidade e ingresso na órbita do direito criminal", Maierovitch resume o que ocorreu a um gesto acionado pelo inconformismo repentino, num momento de surpresa.

Acerta, porque não há como errar, no enquadramento genérico da agressão, mas pode ter errado na definição do gesto dos agressores. O que aconteceu teria sido um ato de inconformistas, mas não planejado.


No que isso ajuda na compreensão da agressão no contexto de todas as agressões não planejadas não só a ministros do Supremo?

Nada. Zero. Há mesmo a atenuante do fortuito nos ódios inconformistas que se manifestam com ou sem surpresas?


Por inconformismo com alguma coisa, um torcedor do Flamengo jogou uma garrafa num grupo de torcedores do Palmeiras e matou Gabriela Anelli, de 23 anos.

Seu inconformismo poderia ter provocado ferimentos, mas não a morte. E seria apenas inconformismo. Virou um assassinato. 

www.seuguara.com.br/Gabriela Anelli/palmeirense/morte/

Por puro inconformismo pelo assassinato de um colega, policiais da PM de Tarcísio de Freitas invadiram o Guarujá e mataram mais de 10 pessoas. Poderiam não ter matado. Poderiam ter detido os suspeitos.

Por inconformismo, o preparador físico do Flamengo deu um soco na cara do jogador Pedro dentro do vestiário.


Foram inconformados e inconformistas da extrema direita que se reuniram, em novembro do ano passado, em torno de um restaurante em Porto Belo (SC) e expulsaram o ministro Luis Roberto Barroso e a família da cidade às 4h da madrugada.

Por puro inconformismo, em maio do ano passado um grupo de empresários de Bento Gonçalves avisou que o ministro Luiz Fux, presidente do STF, não deveria aparecer para uma palestra na cidade. O que aconteceria se o ministro decidisse ir e enfrentá-los?


Inconformistas estão por toda parte, desde tempos bíblicos. Muitos matam as mulheres por inconformismo moral por impulso, de surpresa, numa discussão.

Foram inconformistas abrigados à porta de quartéis que invadiram Brasília no 8 de janeiro e destruíram instalações dos três poderes.


Fui procurar, como leigo e ainda curioso, onde se encontra a palavra inconformismo em algum texto legal que trate de delitos dos inconformados na política.

Achei aqui, na Lei 7.170, no artigo 20 do título segundo, que relaciona esses crimes e as suas penas: 

"Art. 20 - Devastar, saquear, extorquir, roubar, sequestrar, manter em cárcere privado, incendiar, depredar, provocar explosão, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas. Pena: reclusão, de 3 a 10 anos". 


Esse artigo é da Lei de Segurança Nacional, revogada em 2021. A palavra inconformismo, citada na sequência de terrorismo, tinha ali a função do complemento. No texto de Maierovitch, se apresenta quase como um eufemismo contemporizador.

São outras as palavras definidoras das atitudes de inconformados e inconformistas que perseguem ministros do STF em tempos anormais de expansão imparável do fascismo.


Não há hermenêutica numa caixinha capaz de dar conta do significado de tanta agressividade e de tanto ódio, que são ocasionais muito menos fortuitos. Mas juristas são sensatos e cuidadosos.

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Via: DCM


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sexta-feira, 21 de julho de 2023

A falsa equivalência da falsa guerra de versões. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: O fascismo conseguiu criar uma falsa equivalência entre a versão da autoridade que salvou a República em 2022 e a versão de um grupo avulso que expressa o poder de destruição da extrema direita. Aconteceu o que eles queriam. Que Alexandre de Moraes, o ministro que enfrentou e venceu a sabotagem contra a eleição, tenha seus argumentos postos frente a frente com os de agressores identificados com as ideias dos sabotadores.
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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Jornalistas são agredidos em Roma por seguranças de Bolsonaro [vídeo]

DW/Brasil: Jornalistas brasileiros que acompanham a visita de Jair Bolsonaro a Roma foram hostilizados pelo presidente e agredidos na noite deste domingo (31/10) por homens que faziam a segurança do chefe de Estado brasileiro durante caminhada no centro da capital italiana. As agressões foram dirigidas a jornalistas da Globo, Folha de S. Paulo e UOL.
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