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domingo, 29 de dezembro de 2024

Gilmar Mendes analisa prisão de Braga Netto e nova etapa do inquérito

Segundo informações publicadas pelo colunista Paulo Cappelli do Metrópoles: o ministro Gilmar, Mendes, Decano do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou haver "bastante concretude" na investigação da Polícia Federal que apura suposta tentativa de golpe de Estado. Para ele, os fatos descritos no relatório final indicam ações que vão além de atos preparatórios. À coluna, o magistrado analisou a prisão de Braga Netto e explicou que as investigações continuam mesmo após a conclusão do trabalho pela PF.

www.seuguara.com.br/Gilmar Mendes/prisão/Braga Netto/

"Estamos na fase em que Procuradoria-Geral da República vai se debruçar sobre o trabalho investigatório da Polícia Federal. E vai oferecer denúncia em relação a determinados fatos ou não. A partir daí, virá a fase de defesa e depois a instrução. A investigação prossegue", disse Gilmar Mendes.


"Veja que o próprio inquérito foi atrasado por conta dessas últimas investigações. Esses fatos últimos surgiram mais recentemente e levaram à prisão do general Braga Netto. Que é um fato grave. Ninguém decidiria pela prisão de um general 4 estrelas, com toda a sua representatividade, se não houvesse substância bastante grande em relação aos fatos que estão sendo imputados. É claro que nós estamos falando ainda de investigações abertas", continuou o ministro. Braga Netto foi preso preventivamente, por determinação de Alexandre de Moraes, após indícios de que teria atuado para atrapalhar as investigações. 


Gilmar Mendes prosseguiu: "Vamos avaliar eventualmente a denúncia. Certamente será um elemento mais consistente feita pelo procurador-geral da República [Paulo Gonet]. E, depois, os desdobramentos. Mas um dado parece certo: a investigação é bastante consistente. Acha documentos impressos em impressoras do Palácio do Planalto, comunicações entre essas pessoas, envolvimento dessas pessoas. E todos tinham cargos públicos. Então tudo isto é bastante sério".


"O relatório tem mais de 800 páginas. Nós vemos atos muito mais concretos. Quando se trata, por exemplo, de falar do assassinato do presidente da República eleito, do vice-presidente eleito, do assassinato de um ministro do Supremo. São coisas de extrema gravidade. E não eram pessoas que estavam lá no Acre fazendo um exercício lítero-poético-recreativo. Eram pessoas que estavam com dinheiro, estavam com carros, estavam se deslocando, monitorando essas pessoas".

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domingo, 15 de dezembro de 2024

PF investiga rastro do dinheiro entregue por Braga Netto no plano de matar Lula e Moraes

Por Naian Lucas Lopes, no Último Segundo: A Polícia Federal investiga o rastreamento do dinheiro utilizado para financiar um plano que visava o assassinato de autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) e o ministro Alexandre de Moraes. O inquérito apura a suposta participação do general Walter Braga Netto no financiamento de ações extremistas. 

www.seuguara.com.br/Braga Netto/dinheiro/golpe/

De acordo com informações das investigações, divulgadas pelo jornal O Globo, Braga Netto teria entregado recursos ao major Rafael de Oliveira, que seriam usados na compra de celulares destinados à execução de atividades ilícitas. 

Relatos indicam que o dinheiro foi entregue em uma sacola de vinho, com recursos supostamente oriundos de setores do agronegócio, conforme depoimento do tenente-coronel Mauro Cid. 


A operação, denominada "Punhal Verde Amarelo", detalhou o planejamento de ações clandestinas.

Segundo o relatório, a logística incluía reuniões secretas realizadas na residência de Braga Netto em Brasília, com estimativa de custos de aproximadamente R$ 100 mil, incluindo despesas com hospedagem, alimentação e materiais.


O ministro Alexandre de Moraes destacou, em decisão judicial, que há "fortes indícios e substanciais provas" do envolvimento de Braga Netto no planejamento e financiamento de um golpe de Estado.

A ação incluiria a detenção e possível execução de Moraes, além do assassinato de Lula e Alckmin, candidatos eleitos nas eleições de 2022.


Copa 2022

As investigações também identificaram um grupo chamado "Copa 2022", composto por ao menos seis militares das Forças Especiais. Eles utilizavam alcunhas relacionadas a países, como "Alemanha" e "Argentina", para manter anonimato.

A comunicação era feita por meio de celulares descartáveis habilitados com chips registrados em nomes de terceiros. 


No dia 15 de dezembro de 2022, integrantes desse grupo realizaram uma ação clandestina em Brasília com o objetivo de prender ou executar o ministro Alexandre de Moraes. A ação foi frustrada, e os envolvidos presos em novembro deste ano. 

Braga Netto foi detido sob acusação de obstrução de justiça. A Procuradoria-Geral da República deverá avaliar a apresentação de denúncia formal contra o general.

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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Conheça detalhes do plano golpista para 'neutralizar' Lula, Alckimin e Moraes

Na investigação do plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, a Polícia Federal encontrou material apreendido com o general Mário Fernandes "um verdadeiro planejamento com características terroristas, no qual constam descritos todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco". O texto traz em tópicos o planejamento de uma operação clandestina, com todos os requisitos para a execução. 

www.seuguara.com.br/Moraes/Lula/Alckmin/plano golpista/militares/

O documento denominado "Demandas de Rec Op (levantamentos)" começa referindo-se aos movimentos para identificar o aparato de segurança pessoal do ministro Alexandre de Moraes e os itinerários mencionados indicam prováveis rotas de deslocamento em Brasília à época. 

O documento menciona que foi feito reconhecimento de pelo menos duas semanas nas regiões de "DF" e "SP", os dois estados em que o ministro circula e revela uma lista de itens necessários para a execução da operação. Há detalhes sobre o método de comunicação, a quantidade de aparelhos e "até mesmo a operadora telefônica que seria escolhida para as comunicações durante as atividades de acompanhamento e vigilância do ministro". 


Foi a mesma estrutura de comunicação utilizada na denominada operação 'Copa 2022', em que militares Forças Especiais executaram uma ação clandestina no dia 15 de dezembro de 2022, para prender ou executar Moraes em Brasília, diz o documento.

"A ação empregou seis telefones celulares com chips da operadora TIM, habilitados em nome de terceiros e, associados a codinomes de países para anonimização da ação criminosa".

www.seuguara.com.br/Kids prestos/militares/plano golpista/

O documento elaborado pelo general Mário Fernandes, em 9//11/2022, também continha tópicos relacionados à munição que seria utilizada na ação clandestina. Diz a PF: "Na sequência, a lista com o arsenal previsto revela o alto poderio bélico que estava programado para ser utilizado na ação. As pistolas e os fuzis em questão ("4 Pst 9 mm ou .40" e "4 Fz 5,56 mm, 7,62 mm ou .338") são comumente utilizados por policiais e militares, inclusive para grande eficácia dos calibres elencados. Chama atenção, sobretudo, o armamento coletivo previsto, sendo: 1 metralhadora M249 - MAG - MINIMI (7,62 mm ou 5,56 mm), 1 lança Granada 40 mm e 1 lança rojão AT4. São armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate". 


O documento dos golpistas detalhou o efetivo necessário para a execução do crime. Seriam seis pessoas em Brasília. Houve análise de riscos e impactos da ação, possível ocorrência de "baixas aceitáveis".

Segundo a PF, "foram consideradas diversas condições de execução do ministro Alexandre de Moraes, inclusive com o uso de artefato explosivo e por envenenamento em evento oficial público". 

"Há uma citação aos riscos da ação, dizendo que os danos colaterais seriam muito altos, que a chance de 'captura' seria alta e que a chance de baixa (termo relacionado a morte no contexto militar) seria alto".


Para os investigadores, o contexto de emprego de armamentos extremamente letais, bom como de uso de artefato explosivo ou envenenamento revelam que o grupo investigado realmente trabalhava com a possibilidade de assassinato do ministro Alexandre de Moraes. 

"Tal fato é reforçado pelo tópico denominado 'Danos colaterais passíveis e aceitáveis', em que o documento descreve como passível '100%' e aceitável também o percentual de '100%'. Ou seja, claramente para os investigados a morte não só do ministro, mas também de toda a equipe de segurança e até mesmo dos militares envolvidos na ação era admissível para cumprimento da missão de 'neutralizar' o denominado 'centro de gravidade', que seria um fator de obstáculo à consumação do golpe de Estado".


O documento que a PF juntou aos autos indica também a possibilidade de ações para o assassinato de Lula e Geraldo Alckmin. o objetivo era "extinguir" a chapa presidencial vencedora no pleito de 2022.

Diz a PF: "Codinome JECA seria uma alusão ao atual presidente  LUIS INÁCIO "LULA" DA SILVA. O texto cita que 'sua neutralização abalaria toda a chapa vencedora, colocando-a, dependendo da interpretação da Lei Eleitoral, ou da manobra conduzida pelos 3 Poderes, sob a tutela principal do PSDB'. 


Considerando que o vice-presidente de Lula é Geraldo Alckmin, qu é historicamente vinculado ao partido PSDB, em caso de uma "neutralização" de Lula, Alckmin assumiria a Presidência da República, o que faria a chapa vencedora ficar "sob a tutela principal do PSDB", sugere o autor. Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico".


Já quanto a Joca, codinome usado para identificar Alckmin, "sua neutralização extinguiria a chapa vencedora".

"Como, além do presidente, a chapa vencedora é composta, obviamente, pelo vice-presidente, é somente na hipótese de eliminação de Geral Alckmin que a chapa vencedora estaria extinta".


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Fonte: ICL-Notícias

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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Conselho de Ética aprova cassação de Chiquinho Brazão, preso pela morte de Marielle

Por Augusto de Sousa, no DCM: O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados recomendou, por 15 votos a 1, a cassação do mandato de Chiquinho Brazão, expulso do União Brasil após ser acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Mariell Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes em 2018.

www.seuguara.com.br/Conselho de Ética/Câmara do Deputados/Cassação/Chiquinho Brazão/

A decisão seguiu o parecer da relatora Jack Rocha (PT-ES), que argumentou que as ações do deputado são incompatíveis com o decoro parlamentar. A defesa do deputado ainda pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

Para que Chiquinho Brazão perca seu mandato, a recomendação do Conselho de Ética precisa ser aprovada pelo plenário da Câmara, exigindo o voto favorável de pelo menos 257 dos 513 deputados. A palavra final, portanto, caberá ao conjunto dos parlamentares. 


O deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) foi o único a votar contra a cassação, enquanto Paulo Magalhães (PSD-BA) se absteve. Reis, que também se opôs à manutenção da prisão de Brazão em abril, tem o seu nome citado em outros inquéritos, incluindo a morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo e a fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro e aliados.

Jack Rocha, em seu voto, destacou que há provas "robustas" de que ele cometeu "irregularidades graves no desempenho do mandato" e que é "verossímil" a conclusão da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República de que o deputado é um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco. 

www.seuguara.com.br/Jack Rocha/PT/relatora/Conselho de Ética/Cassação/Brazão/

A relatora ainda afirmou que as provas coletadas sugerem "fortemente" que o deputado "mantinha uma relação com as milícias do Rio de Janeiro", e que a oposição de Marielle aos negócios da família Brazão "fornece uma motivação clara" para o crime.

Chiquinho, que dividiu mandato de vereador com Marielle no Rio de Janeiro, negou qualquer envolvimento no atentado, afirmando ser "inocente" e que Marielle era sua "amiga". "Sou inocente, totalmente inocente nesse caso. A vereadora Marielle era minha amiga, não teria qualquer motivo [para ter mandado matar]. porque sempre fomos parceiros. Votamos juntos", disse Brazão em sua defesa. 


A defesa do deputado também argumentou que ele não poderia ser julgado por um crime ocorrido antes de sua posse como deputado federal, uma vez que o atentado à Marielle ocorreu em 2018 e Brazão assumiu o cargo em 2019. Porém, Jack Rocha rejeitou essa linha de defesa, enfatizando que "a assunção de um mandato parlamentar não pode ser tratada como um perdão automático para atos condenáveis cometido no passado".

A investigação da Polícia Federal concluiu que Chiquinho e seu irmão, Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, foram os mandantes do assassinato de Marielle. Os irmãos estão presos desde março e são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

www.seuguara.com.br/Domingos Brazão/assassinato/Marielle Franco/

A denúncia apresentada pela PGR ao STF aponta que a morte de Marielle foi encomendada como uma retaliação à atuação da vereadora contra esquemas de loteamento de terra em áreas de milícia na Zona Oeste do Rio, uma região controlada pelos irmãos Brazão. 

A relatora do caso no Conselho de Ética destacou que as evidências coletadas tanto no processo criminal quanto no colegiado são suficientes para demonstrar que Chiquinho Brazão tem um "modo de vida inclinado para a prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo".

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sexta-feira, 12 de abril de 2024

Bolsonaristas chiam, mas defendem bandido ao tentar livrar Brazão da cela

Publicado originalmente por Leonardo Sakamoto, no Uol: Após tentarem tirar da cadeia o colega Chiquinho Brazão, apontado pela Polícia Federal como o mandante do assassinato de Marielle Franco, bolsonaristas perderam a moral de chamar qualquer ser humano de "defensor de bandidos". Mesmo assim, untados em óleo de peroba, agora acusam Lula nas redes e do parlamento de defender criminosos ao sancionar com vetos a nova "lei das saidinhas".

www.seuguara.com.br/Chiquinho Brazão/Flavio Bolsonaro/campanha/

O presidente manteve o benefício em datas comemorativas para quem já está no regime semiaberto e tem bom comportamento. Há uma grande possibilidade de o Congresso Nacional derrubar o veto, mantendo a possibilidade de saída apenas para trabalho e estudo (o benefício vale apenas para ensinos profissionalizante, médio e superior sendo que a maioria dos presos não tem nem o fundamental completo).


O veto é decorrente da avaliação da equipe do ministro da Justiça Ricardo Lewandowski de que o impedimento de saída temporária para detentos visitarem suas famílias e terem convívio social pode gerar rebeliões nos presídios - que, há anos, são um barril de pólvora. Como há parlamentares estão interessados apenas em provocar o caos no Brasil para que seu grupo volte ao poder, então quanto pior, melhor.

www.seuguara.com.br/Chiquinho Brazão/Marielle Franco/

Na quarta, o plenário da Câmara manteve o prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (hoje, sem partido, ex-União Brasil) que havia sido decretada pelo Supremo Tribunal Federal, por 277 votos a 129. Ele é apontado como o responsável por ordenar a morte da vereadora Marielle Franco em 14 de março de 2018 e interferir nas investigações do crime.

Um dos grupos mais aguerridos na luta para libertá-lo foi o dos bolsonaristas, os mesmos que, agora, chamam Lula de defensor de bandido.


Como disse aqui, o bolsonarismo e setores do centrão venderam a ideia de que a libertação não tinha a ver com Brazão, mas era um recado ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes de que o Poder Judiciário não manda no Legislativo. Na verdade, os principais recados foram à sociedade: 1) mandatos parlamentares servem sim para cometer e acobertar crimes; 2) mexeu com miliciano, mexeu comigo; 3) quem mandou Marielle ser negra, de origem pobre e LGBTQI+?


Para um grupo acostumado a bradar "bandido bom é bandido morto", a defesa de Brazão foi como se colocassem um adendo: "bandido bom é bandido morto, com exceção dos nossos bandidos". A questão não é falta de coerência dos parlamentares, mas oportunismo. O que surpreende, portanto, não é o comportamento deles, mas de quem consome isso bovinamente, aceitando que uma contradição é válida desde que seja para ferrar um adversário.

VIA

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segunda-feira, 25 de março de 2024

Entenda a motivação dos irmãos Brazão para encomendar morte de Marielle

Por Igor Mello e Karla Gamba, publicado pela jornalista Juliana Dal Piva, no ICL Notícias: Orientações de Marielle Franco a moradores de áreas de milícia em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, foram o estopim para que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, respectivamente conselheiro do TCE-RJ e deputado federal, encomendassem a execução da vereadora do PSOL.

www.seuguara.com.br/caso Marielle Franco/

Segundo as investigações da Polícia Federal, o destino de Marielle foi selado após um miliciano infiltrado pelos irmãos Brazão no PSOL relatar que ela havia orientado moradores a não ocupar áreas griladas por criminosos. O próprio executor do crime, o ex-policial militar Ronnie Lessa, contou que isso foi revelado a ele na reunião onde recebeu a proposta para cometer o crime. Após saberem das conversas de Marielle com moradores, os irmãos Brazão - que já tinham descontentamentos com Marielle por outras questões ligadas à regularização fundiária em áreas de milícia - decidiram matá-la.


"Ali DOMINGOS BRAZÃO, segundo LESSA  o mais verborrágico da dupla, passou a limpo todo o contexto da demanda e indicou que havia alocado um infiltrado de nome LAERTE SILVA DE LIMA nas fileiras do PSOL para levantar informações internas do partido. Segundo LESSA, DOMINGOS lhe relatou, de forma superficial, que LAERTE o alertou que Marielle Franco, em algumas reuniões comunitárias, pediu para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia", diz trecho da delação premiada de Ronnie Lessa".

Laerte Silva de Lima é um miliciano da favela do Rio das Pedras, réu na primeira fase da Operação Intocáveis, ao lado de Adriano da Nóbrega, o Capitão Adriano, chefe do Escritório do Crime.


Votação na Câmara irritou Chiquinho Brazão

Outro elemento que levou o clã Brazão a mirar Marielle foi a votação do Projeto de Lei Complementar 174/2026, o texto prorrogou o prazo de vigência de duas outras leis que facilitavam a regularização de imóveis e terrenos em áreas controladas por milícias.

Marielle se opôs ao texto, que foi aprovado com apenas 27 votos favoráveis - apenas um voto acima do mínimo necessário para aprovar um projeto desse tipo, segundo o regimento interno da Câmara dos Vereadores.


Em depoimento, Arlei de Lourival Assucena, que atuava como assessor de plenário de Marielle na Câmara, conta que após a votação Chiquinho Brazão demonstrou "irritação fora do comum e jamais vista" com a vereadora, tendo cobrado ela de maneira ríspida - o que contrariava sua postura habitual, definida pelo assessor como "discreta e tranquila".

O depoimento do assessor destaca que o projeto de lei era muito importante para os interesses da família Brazão no mercado imobiliário ilegal em áreas de milícia. Caso fosse rejeitado, não só os planos dos irmãos de construírem um liteamento no Tanque, bairro da Zona Oeste, seriam frustrados, como as autorizações para regularizar outras áreas perderiam a validade.


Marielle temia tema por considerar 'vespeiro', diz assessora

Outra assessora de Marielle na Câmara, Rossana Brandão Tavares, disse que a vereadora evitava exercer protagonismo nas discussões sobre regularização fundiária por saber que era um tema de interesse de milicianos.

Segundo Rossana, que era a responsável pelo tema no gabinete de Marielle, a vereadora "não gostava de mexer nessa temática por entender que se tratava de um verdadeiro "vespeiro", já que notadamente milicianos tinham interesses em tal temática". Contudo, acabava entrando em algumas discussões por demanda de movimentos sociais a quem era ligada.

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Caso Marielle: PF vai investigar nomeação de chefe da Polícia do Rio assinada por Braga Netto

Por Ana Gabriela Sales, no GGN: A luz dos novos desdobramentos do caso Marielle Franco, a Polícia Federal (PF) vai investigar as circunstâncias da indicação do delegado Rivaldo Barbosa para chefiar a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que assumiu o posto um dia antes do crime, em março de 2018. A informação foi dada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, à jornalista Ana Flor, do G1.

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A nomeação

Rivaldo Barbosa assumiu o comando da Polícia Civil do Rio em 13 de março de 2018, um dia antes da execução brutal da então vereadora carioca pelo PSOL, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes.

Na época, a segurança pública do Rio de Janeiro passava por intervenção federal. A ação era comandada pelo general Braga Netto, que mais tarde se tornou ministro-chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL).


Em março de 2018, a nomeação de Rival Barbosa foi assinada pelo então interventor Braga Netto, que veio a público neste domingo (24) para afirmar que a nomeação foi assinada por "questões burocráticas" e que - na ocasião - as indicações para a Polícia Civil do Rio eram feitas pelo general Richard Nunes.

Acontece que Richard Nunes, também foi nomeado por Braga Netto. Ele era secretário de Segurança Pública do Rio, pasta que à época respondia ao Gabinete de Intervenção Federal.


"A seleção e indicação para nomeações eram feitas, exclusivamente, pelo então Secretário de Segurança Pública, assim como ocorria nas outras secretarias subordinadas ao Gabinete de Intervenção Federal, como a Defesa Civil e Penitenciária", diz a nota da defesa de Braga Netto. "Por questões burocráticas, o ato administrativo era assinado pelo Interventor Federal que era, efetivamente, o governador na área de segurança pública no RJ", segue a nota.


Já o relatório da PF, que implica Rivaldo Barbosa, mostra que a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro desabonou a indicação dele para o cargo, mas o general Richard Nunes insistiu e decidiu nomeá-lo.

Em depoimento, Richard Nunes afirmou que desconsiderou a recomendação da Subsecretaria de Inteligência uma vez que recomendação não se pautava em "dados objetivos". Já em entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo, o general disse que "pode ter sido ludibriado".


Prisão de Rivaldo

Rivaldo Barbosa e os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram presos, neste domingo (24), seis anos após a morte de Marielle, no âmbito da investigação federal sobre o caso. 

Domingos e Chiquinho foram apontados como os mandantes do crime, enquanto Rivaldo é apontado de ter planejado "meticulosamente" a emboscada e também de obstruir as investigações do assassinato.


As informações estão no documento em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expediu os mandados de prisão contra os três.

Já nesta segunda-feira (25), a Primeira Turma do STF também formou maioria para confirmar a decisão de Moraes e manter as prisões.


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Último enigma sobre o assassinato de Marielle Franco. Por Fabrício Carpinejar

Por Fabrício Carpinejar, no Zero Hora: Assim é a guerra. Você não entende como começou. Você não entende de que lado estão os bandidos. Você não entende quem mata. Você não entende onde estará seguro. Você conclui, primeiro, que são balas perdidas, acidentes, assaltos isolados, tragédias avulsas. Deixa passar. Crianças saindo da escola tombam, adolescentes saindo da igreja tombam, casais saindo de festa tombam. Você tentar criar uma justificativa para o fim desses inocentes: bairro perigoso, briga de tráfico...

www.seuguara.com.br/Marielle Franco/assassinato/sspeitos/mandantes/Polícia Federal/STF/

Só que não faz sentido tanta morte. Não pode ser exceção,  não pode ser casualidade, não pode ser coincidência. Existe um padrão. Porque a maior parte das vítimas é negra, é de favela, é pobre. 

Vão desaparecendo trabalhadores, gente apegada à família, executada na madrugada, no silêncio da noite. Logo o descaso não espera nem o sol descer, a matança já não tem pudor da luz dos olhos das testemunhas. O crime não é solucionado porque há outro e outro acontecendo. Parece epidemia, ~mas não é. A generalização leva à banalidade, que desenvolve o medo. As notícias não duram vinte e quatro horas, apenas mudam os nomes dos óbitos. Você parte de um enterro para um novo. Ninguém pergunta nada para não morrer junto. Aceita-se que é assim, que é uma guerra. A realidade torna-se cada vez menos autêntica.


Descobrir os mandantes do assassinato de Marielle Franco, vereadora do PSOL, morta em março de 2028, não era causa de um partido político ou de uma bandeira da esquerda, era interesse de todos nós, brasileiros. Dependíamos dessa resposta para não sentir que a justiça foi menosprezada pela impunidade. Dependíamos dessa solução de doloroso enigma para entender que ainda existem decência e probidade administrativa no país.


O bordão "Marielle presente", que ecoou nos últimos anos em qualquer mobilização popular, mostra que as pessoas que se viam representadas pelos ideais de Marielle assumiram o compromisso de também representá-la com suas existências e protestos.

Ela se tornou uma multidão, uma nação à procura da verdade.


Pela primeira vez em seis anos, parece que chegamos ao topo da cadeia que articulou o homicídio da quinta vereadora mais votada do RJ, ativista dos direitos humanos, fuzilada com quatro tiros na cabeça dentro do seu carro, a sangue-frio,  com selvageria, com ódio, covardemente, como se uma pessoa fosse um mero arquivo deletado. Tentaram apagar assim - em vão - também sua indignação, seus posts nas redes sociais, suas interrogações sobre o estado policial, sua voz vivaz e intensa de inquietações. No extermínio, morreu junto o seu motorista Anderson Gomes.


A Polícia Federal prendeu, neste domingo (24), três suspeitos: o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio.

Segundo a operação conjunta entre a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público do Rio de Janeiro, chamada de Murder Inc, os envolvidos são investigados na condição de autores intelectuais do homicídio. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.


A homologação no STF da delação do ex-policial Ronnie Lessa, apontado como responsável pelos disparos que mataram a parlamentar e o motorista, foi determinante para a evolução do caso.

Todos são do alto escalão do poder. O que prova que era uma vítima escolhida a dedo, monitorada, vigiada, como numa ditadura. Aliás, disso ninguém tinha dúvida.

Elucidada a primeira questão que parou o Brasil - quem mandou matar a Marielle -, o que queremos saber agora é a motivação política: por quê? teria sido unicamente a grilagem de terras ou vai além?


Via: Valério Sobral

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sábado, 2 de março de 2024

Assassinato de famintos em Gaza e a falta de pudor do Jornal Nacional. Por Chico Alves

Por Chico Alves*, no ICL Notícias em 01/03/2024: Por muitas vezes, a imprensa brasileira foi cúmplice em episódios vergonhosos que marcaram história no noticiário local e também internacional. No âmbito doméstico, logo vem à lembrança a campanha sensacionalista contra Getúlio Vargas, que o levou ao suicídio; o apoio inicial ao golpe militar de 1964; a parceria nas atrocidades jurídicas da Lava Jato e a naturalização do extremista Jair Bolsonaro, que facilitou sua chegada ao poder. 

www.seuguar.com.br/Jornal Nacional/assassinato em Gaza/

No campo internacional, a imprensa local fez várias manchetes elogiosas a Hitler, no início de sua trajetória; apoiou o assassinato promovido pelos Estados Unidos na guerra do Vietnã e avalizou a falsa versão do governo norte-americano de que o Iraque foi o responsável pelo ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.

A nova vergonha em curso é a cobertura do massacre que Israel impões à população civil de Gaza, usando os métodos mais cruéis de extermínio contra mulheres, crianças e doentes. Desde 7 de outubro, quando os terroristas do Hamas invadiram Tel Aviv, matando mais de mil pessoas e fazendo reféns cerca de 200, o grande veículos de mídia minimizaram a matança promovida em território palestino pelo governo de Benjamin Netanyahu.


Ontem, testemunhas relataram a ação de militares israelenses que atiraram contra palestinos famintos na fila da comida. Atingidas pelos disparos ou pisoteadas pela multidão que fugiu do ataque, 112 pessoas morreram.

O episódio chocou o mundo, mas não os responsáveis pelo principal telejornal brasileiro.

Líder de audiência, o Jornal Nacional, chamou dessa forma a notícia em sua abertura, na voz de Renata Vasconcelos: 


"Um tumulto na entrega e ajuda a palestinos deixa dezenas de mortos e feridos na Faixa de Gaza".

Isso mesmo, um "tumulto" foi o motivo das mortes, para o Jornal Nacional.

Aparentemente um mero problema de logística causou a tragédia. 


Na apresentação da matéria, o mesmo "tumulto" voltou a ser acusado pelas mortes. Nos 3 minutos e 30 segundos da reportagem, a fala do porta-voz do governo de Israel prevaleceu amplamente e apenas três frases foram concedidas a autoridades que acusaram as forças israelenses pelo massacre, rápidas citações ao Hamas, a Mahmoud Abbas e ao embaixador palestino nas Nações Unidas. Mas de 90% do tempo foi dedicado a desviar o foco do horror causado pela matança.


O jornal Estado de São Paulo seguiu esse caminho ignominioso e estampou a chamada na primeira página segundo a qual "Morte na fila da ajuda em Gaza trava possível trégua, diz Biden". O texto abaixo começa dizendo que "segundo Israel, vítimas morreram pisoteadas".


O Globo optou por caminho diferente do Jornal Nacional e manchetou que "Mais de cem palestinos são mortos ao buscar ajuda humanitária" e, de forma correta, cita no texto que Hamas e testemunhas acusam ataque a tiros de Israel.

A abordagem mais condizente com a crueldade do episódio foi a da Folha de São Paulo, que não teve meias-palavras: "Israel atira em multidão à espera de comida em Gaza".


Infelizmente, como sabemos, a maior parte da população brasileira se informa através da TV. O número de leitores que buscarão pela leitura nos jornais impressos ou mesmo redes sociais os detalhes do assassinato de palestinos na fila da comida é bem menor do que o número de telespectadores que assistiram ontem à apresentadora e a repórter do JN se desdobrando para minimizar o fato.

E assim, mais uma vez, gigantes da imprensa nacional (a TV Globo e o Estadão) atuam para desinformar o público brasileiro sobre um importante momento da história.

pode-se dizer que são cúmplices da barbárie?


*Chico Alves é jornalista, por duas vezes ganhou o Prêmio Embratel de Jornalismo e foi menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog. Foi editor-assistente na revista ISTOÉ e editor-chefe do jornal O DIA. É co-autor do livro "Paraíso Armado", sobre a crise na Segurança Pública no Rio, em parceria com Aziz Filho. Atualmente é editor-chefe do site ICL Notícias.

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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

PF não confirma delação de Ronnie Lessa e critica: "compromete investigação"

Por Patrícia Faermann, no GGN: A Polícia Federal não confirmou a existência da delação premiada do ex-PM Ronnie Lessa sobre a morte de Marielle Franco. A delação dominou o noticiário nacional desde o domingo (21) como um dos desfechos da investigação sobre quem matou Marielle e o motorista Anderson Gomes. 

www.seuguara.com.br/Caso Marielle Franco/crime/assassinato/delação premiada/

A PF não confirma que não haja um acordo em andamento, mas informa que desde que as investigações estão avançando há 11 meses, "até o momento, ocorreu uma única delação na apuração do caso, devidamente homologada pelo Poder Judiciário".

A delação citada é a de Élcio Queiroz, também ex-PM e que era o motorista do carro usado no crime. A delação de Élcio foi amplamente divulgada em julho do ano passado e é a única que a PF confirma. 


Por outro lado, ao ser questionada sobre a existência de uma outra delação, a de Lessa, a instituição diz que "as investigações seguem em sigilo, sem data prevista para seu encerramento" e que "a divulgação e repercussão de informações que não condizem com a realidade comprometem o trabalho investigativo e expõem cidadãos". 


O comunicado da PF ocorre após a família de Marielle criticar o vazamento de informações pela imprensa. A viúva de Marielle, vereadora Mônica Benício, chamou de "matérias caça-cliques", que potencialmente prejudicam o andamento das apurações e trabalhos dos investigadores.

"Matérias clickbait [caça-cliques] começam a surgir de forma irresponsável, com os familiares, com as investigações e a elucidação do caso e com o papel democrático que a imprensa deve ter", disse.

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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Entenda a ligação da família Brazão com o caso Marielle Franco

Por Igor Carvalho, no Brasil de Fato: O site Intercept Brasil revelou, nesta terça-feira (23), que Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes, delatou Domingos Inácio Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, como um dos mandantes do atentado que matou a vereadora e seu motorista.

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A delação foi feita à Polícia Federal e ainda precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois Brazão tem foro privilegiado. Lessa está preso desde março de 2029 e foi condenado em julho de 2021 por destruir provas sobre o caso Marielle Franco.



No dia 26 de outubro de 2019, em seu último ato à frente da Procuradoria Geral da República (PGR), Raquel Dodge apresentou uma denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que apontava Domingos Brazão, que é ex-deputado estadual, como mandante do assassinato de Marielle e Anderson.


Na mesma ocasião da denúncia contra Brazão, Dodge recomendou que o caso fosse federalizado. A recomendação só foi acatada no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sob articulação do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que retirou a investigação de Rio de Janeiro e transferiu para a Polícia Federal (PF).

O receio da família de Marielle Franco era que milicianos influenciassem o trabalho dos investigadores, atrapalhando o andar da apuração sobre o assassinato da vereadora, o que ofertaria aos criminosos tempo suficiente para a eliminação de provas e os ligassem à execução.

Domingos Frazão foi citado, em 2018,  na CPI das Milícias, que era presidida por Marcelo Freixo (PT), que era vereador no Rio de Janeiro pelo PSOL na época e que hoje preside a Embratur. Marielle Franco trabalhou no gabinete do ex-parlamentar por dez anos e, representando seu mandato, teve um trabalho ativo na comissão.


Uma das possíveis motivações para o crime seria, de acordo com a investigação, o trabalho de Freixo e Marielle na CPI das Mílicias. A tese foi defendida em maio de 2020,pela ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça, quando a corte debateu a possível federalização do caso.

"Cogita-se a possibilidade de Brazão ter agido por vingança, considerando a intervenção do então deputado Marcelo Freixo nas ações movidas pelo Ministério Público Federal, que culminaram com seu afastamento do cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro", afirmou a magistrada.


À época da denúncia de Dodge, o então chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), o delegado Antônio Ricardo Nunes, que era responsável pela investigação da Polícia Civil, não descartou a possibilidade de que Brazão fosse o mandante do crime e que tivesse agido por vingança. "Essa é uma linha de investigação que nós seguiremos também", declarou o agente.

Em 2020, os investigadores do caso, promotores e policiais civis, chegaram a identificar uma "bancada da milícia" dentro da Câmara dos Vereadores do Rio de janeiro. Entre os parlamentares identificados estava Chiquinho Brazão (União Brasil), irmão de Domingos.

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Chiquinho Brazão, que hoje é secretário de Ações Comunitárias da Prefeitura do Rio de Janeiro, era vereador quando Marielle Franco foi assassinada. Um relatório da Polícia Federal, de 2019, indicava que havia indícios de briga eleitoral por trás do crime.

No documento, a PF mostra que Marielle Franco conseguiu, nas eleições de 2016, votação expressiva nas regiões de Vargem Grande, Vargem Pequena, Recreio, Barra e Camorim, que são áreas dominadas pela milícia e base eleitoral de Chiquinho e Domingos Brazão.

Edição: Nicolau Soares

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segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Delação de Ronie Lessa incendeia internet e reaviva caso Marielle

Por Guilherme Arandas Domingos, no DCM: O desdobramento recente no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco trouxe uma reviravolta, com Ronie lessa, o acusado, fechando um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Sua colaboração é vista como um passo crucial para esclarecer o crime político que chocou o Brasil.
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terça-feira, 31 de outubro de 2023

Quem é Telmário Mota, ex-senador procurado por mandar matar a mãe de sua filha

Publicado por Diário do Centro do Mundo, em 30/10/23: O ex-senador Telmário Mota, que representou a República por oito anos, é alvo de investigações da Polícia Civil de Roraima sob suspeita de estar envolvido no assassinato de Antônia Araújo de Sousa, mãe de sua filha. Mota, formado em economia e contabilidade, iniciou sua jornada política em 2007 em Boa Vista. Ele foi eleito senador em 2014, criticando fortemente seu opositor político, Romero Jucá. Tentou, sem sucesso, o cargo de governador de Roraima em 2018 pelo PTB. Durante a campanha, ele se autodenominou "doido", solicitando uma oportunidade dos eleitores devido a essa autodefinição.

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Em agosto de 2022, sua filha alegou assédio por parte de Mota durante o Dia dos Pais, quando ela tinha 17 anos. O senador refutou essas acusações, atribuindo-as a perseguição política. A denúncia, no entanto, foi registrada como estupro de vulnerável, e uma medida protetiva foi concedida em favor da filha.


A morte de Antônia Araújo ocorreu em setembro, na zona Oeste de Boa Vista, vítima de um tiro na cabeça. Ela era servidora do Dsei-YY desde 2017.

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Além desse episódio, Mota foi acusado em 2015 de agredir Maria Aparecida Nery de Melo, uma jovem com quem mantinha um relacionamento. Em 2026, se viu envolvido em controvérsias relacionadas a tinhas de galo e, em 2017, fez um pronunciamento no Senado apoiando uma teoria infundada sobre a colisão de um planeta chamado Nibirú com a Terra.


Telmário Mota passou a apoiar Jair Bolsonaro em 2020, integrando a base de apoio do então presidente no Senado. Durante a pandemia da Covid-19, em 2021, Mota foi criticado por organizar uma festa com aglomeração em Rorainópolis. Poucos meses depois, ele foi vacinado contra a doença. 

A picaretagem está na família. Sua esposa, a médica Suzete Oliveira, foi condenada por envolvimento em um esquema de desvio de verbas, mas foi liberada no mesmo mês após conseguir um habeas corpus.

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terça-feira, 25 de julho de 2023

Moro tenta se meter no caso Marielle, fala besteira e é detonado nas redes sociais

Por Yuri Ferreira, na Forum: O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil-PR) decidiu criticar as investigações da Polícia Federal que conseguiram obter a confissão e a delação de Élcio Queiroz como um dos participantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 14 de março de 2018. Através do Twitter, o senador prestes a perder o seu mandato afirma que o governo vai "morder a língua" com as delações premiadas.
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sábado, 29 de abril de 2023

Justiça: Bolsonarista acusado de matar petista no Paraná irá a júri popular

Por Josianne Ritz, no Bem Paraná: Os advogados de Jorge Guaranho, policial penal bolsonarista acusado de matar o tesoureiro do PT Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, desistiram de recurso protocolado no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Com a decisão, o réu irá a júri popular por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum.


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Na decisão, a defesa diz que a medida foi tomada por estar "confiante" na inocência do cliente. O recurso era contra a decisão do juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, anunciada em dezembro, de que o caso seria julgado pelo júri popular. A expectativa é que o júri seja marcado ainda neste ano. Guaranho pode ser condenado até 30 anos de prisão.


Guaranho matou Marcelo Arruda em 9 de julho de 2022, quando invadiu a festa de aniversário de 50 anos da vítima e disparou dois tiros. A comemoração era temática do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há vários vídeos do crime. Guaranho também foi atingido por seis disparos e levou mais de 20 chutes na cabeça e por isso ficou internado durante um mês no Hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz. Depois foi transferido para a prisão em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

A evolução da barbárie. Por Flávia Lima

Por Flávia Lima, no 247: Quando a invasão à Rússia fracassou e os aliados estava prestes a tomar a Alemanha, Hitler se matou, depois de deixar ordens expressas para que seu ministro da propaganda, Joseph Goebbles, assumisse o poder. Mas no dia seguinte, primeiro de maio de 1845, quando ficou claro que o regime nazista realmente sucumbiria, Goebbles e sua esposa Magda assassinaram seus seis filhos com veneno, cinco meninas e um garotinho, e depois se mataram no mesmo porão em que Hitler havia morrido, na véspera.
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sábado, 16 de julho de 2022

Quem pode ajudar a delegada? Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: Jorge Guaranho e Marcelo Arruda eram dois inimigos famosos de Foz do Iguaçu? Não, não eram. Um devia para o outro, e naquela noite Guaranho e Arruda iriam fazer um acerto de contas a tiros? Também não. Guaranho bateu no carro de Arruda ao manobrar no pátio do clube e isso desencadeou a briga entre os dois? Não. Guaranho é bom motorista.
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terça-feira, 12 de julho de 2022

Salvem o assassino. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: Vamos torcer para que o assassino de Foz de Iguaçu não morra. É preciso que ele sobreviva e em condições de falar. Para que possamos saber o que irá dizer da invasão da festa. Para que se avalie de novo a solidariedade dos Bolsonaros com os seus seguidores bandidos.
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domingo, 10 de julho de 2022

Planalto e campanha de Bolsonaro ordenam que aliados não comentem assassinato de líder do PT

Publicado por Jessica Alexandrino, no DCM: A orientação para integrantes do Palácio do Planalto e da campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) é não fazer comentários sobre a morte de Marcelo Arruda, guarda municipal e dirigente do PT assassinado por um apoiador do atual chefe do governo em Foz do Iguaçu, no Paraná, na noite de sábado (9).
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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Em ano de eleição, Globo desenterra caso Celso Daniel em minissérie para atacar Lula

Por Victor Dias, no DCM: Em pleno ano eleitoral, a Globo resolveu desenterrar o caso do assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, para retomar acusação sem base de crime político para criar confusão e atingir Lula.
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