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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Jornada 6x1 divide entidades de trabalhadores e patronais

Agência Brasil: A extinção da jornada de trabalho 6x1 (seis dias de trabalho contra um de folga), proposta pelo Movimento Vida Além do Trabalho, colocou em lados opostos entidades ligadas aos trabalhadores e aquelas representativas dos empregadores. Entre vários pontos antagônicos, enquanto de um lado, as primeiras defendem os temas de melhoria na qualidade de vida, as associações patronais acreditam que a medida reduziria a redução no número de postos de trabalho. 

www.seuguara.com.br/Jornada/trabalho/6x1/entidades/trabalhadores/patronais/a favor/contra/

A iniciativa tomou conta dos debates nesta semana com a formalização da proposta de emenda constitucional (PEC), apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), na Câmara dos Deputados. A Agência Brasil consultou três entidades de cada lado do assunto. Veja a seguir os principais argumentos de cada uma.


A favor

Central Única dos Trabalhadores (CUT) – "A CUT reafirma seu compromisso histórico em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras, contra todas as ameaças de retirada de direitos, contra a redução do orçamento para as políticas públicas e em defesa do fim da escala de trabalho semanal de 6x1 sem redução de salários e sem a retirada de direitos de redução da jornada já conquistadas por algumas categorias por meio da negociação coletiva. O crescimento e o desenvolvimento do país somente serão possíveis com distribuição de renda, com políticas permanentes de proteção social e de valorização do salário mínimo, com redução da jornada de trabalho sem redução de salários e com o povo brasileiro no orçamento público."


Federação dos Sindicatos de Metalúrgiocos da Cut-SP – "Na base da FEM-CUT/SP, diversos exemplos de redução de jornada mostram que este é um caminho acertado. Acordos que reduzem a jornada semanal para 40 horas e o fim da escala 6×1 já são uma realidade e não prejudicaram as empresas. Os metalúrgicos do ABC, Sorocaba e Pindamonhangaba são provas disso, como acordos exemplares que trazem grandes benefícios para a categoria e para as fábricas".


União Geral dos Trabalhadores (UGT) – "A jornada 6x1 não apenas desgasta fisicamente, mas também priva os trabalhadores de momentos essenciais com a família e amigos, atividades de lazer e oportunidades de desenvolvimento pessoal, como investir na qualificação profissional. Essa desconexão constante do convívio social e familiar pode gerar estresse e problemas de saúde mental. Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), lutar pelo fim da jornada 6x1 é uma prioridade, pois sabemos que a saúde mental e o bem-estar não são apenas direitos, mas fatores que beneficiam toda a sociedade."


Contra a proposta

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de São Paulo (Fecomécio-SP)  – "Proposta de Emenda à Constituição (PEC) não tem levado em conta um elemento importante nesse debate: que a imensa maioria de empregadores do país é formada por empresas de pequeno e médio porte (PMEs) que, se por um lado são as que mais geram postos de trabalho, por outro não teriam condições de reduzir a jornada dos seus funcionários sem uma redução salarial proporcional. Dessa forma, os efeitos econômicos seriam significativos, com potencial de inviabilizar um grande número desses negócios."


Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) – "A Constituição brasileira, em seu artigo 7º, estabelece que a jornada do trabalho normal não deve ser superior a 44 horas semanais. Nada impede que por meio de negociação as partes cheguem a jornadas diferentes. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, em termos práticos, no segundo trimestre deste ano, os brasileiros trabalharam em média 39,2 horas por semana. A Fiesp defende que o caminho adequado para estabelecer uma jornada de trabalho inferior às 44 horas semanais são os acordos coletivos firmados entre empregadores e empregados, como prevê a Constituição. Somente a negociação direta é capaz de contemplar as especificidades de cada setor, considerando fatores como o contexto local, porte das empresas e demanda dos trabalhadores, e garantir a sustentabilidade econômica dos segmentos produtivos. Por isso, devemos buscar o fortalecimento das negociações coletivas".


Associação Comercial de São Paulo - "A Associação Comercial de São Paulo entende que é um retrocesso e teremos um problema muito sério. Por duas razões: a primeira é porque pode colocar em risco o emprego do funcionário, já que ao adotá-la a empresa terá um custo maior e vai precisar modificar seu custeio de uma maneira geral. Por outro lado, se a empresa aceitar esse custo adicional que o empresário vai carregar, isso será necessariamente repassado ao preço do produto final. Imagine um funcionário comprando um quilo de arroz, com esse custo adicional, o que era dez será 12. Ao final, quem pagará a conta será o próprio trabalhador. É um momento para se esquecer um projeto desta natureza".

Edição: Valéria Aguiar

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quarta-feira, 26 de maio de 2021

Covid-19: aumento de contágio faz governo do Paraná ampliar prazo das medidas restritivas

www.seuguara.com.br/Ratinho Junior/Paraná/toque de recolher/restrições/pandemia/
Da Redação do Bem Paraná: Em razão do aumento do contágio da Covid-19 no Paraná e da maior taxa de transmissão no país, o Governo do Estado publicou nesta terça-feira (25) o decreto 7.716/21, que amplia ainda mais as medidas restritivas para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. O texto anterior venceria no dia 31 de maio.
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segunda-feira, 15 de junho de 2020

"Ainda não é hora de reabrir o comércio e relaxar o isolamento Social"

Por João Valadares e João Pedro Pitombo, na Folha de S. Paulo - O médico e neurocientista Miguel Nicolelis, que coordena o comitê científico do Consórcio Nordeste, avalia que não é o momento de reabertura de atividades econômicas e relaxamento do isolamento social.
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segunda-feira, 27 de abril de 2020

A crise só começou

Por Fernando Brito, no Tijolaço: Basta olhar para fora, para os países em que a epidemia do Covid-19 tem mas tempo, para se concluir que salvo raríssimas exceções, não há sinal de que a situação esteja regredindo a alguma coisa da "normalidade", embora haja várias e temerárias medidas de afrouxamento do isolamento social.
Mesmo onde observa-se um declínio no número de novos casos, este se dá de forma mais lenta do que a disparada que tiveram até que chegassem aos números máximos, do que, aqui, aparentamos estar ainda muito distante, pela precariedade na aplicação de testes e, até, como revela o Estadão, hoje, pela deficiência na compilação de seus resultados.

Portanto, é provável que, com afrouxamentos e reforços do isolamento, a situação de semiparalisação da economia se prolongará, com toda a certeza, até fins de junho ou mais, para depois só muito lenta e progressivamente voltar a circulação de pessoas.

As pesquisas de comportamento e expectativas de comerciantes e de consumidores, divulgadas hoje pela Fundação Getúlio Vargas, caíram a um nível jamais registrados desde que começaram a ser feitas (veja os gráficos) e deverão baixar ainda mais, com as esperanças de uma crise rápida se dissipando com os dias.

E vão se dissipar, porque o efeito do desemprego - que avança forte apesar das medidas de redução de carga e redução de salário - não começa a se fazer sentir quando se trata do emprego formal.

Todas estas questões objetivas se desenham numa tela de absoluta confusão política que retira do Brasil qualquer possibilidade de ser palco de investimento, ainda que resolva entrar em clima de fiem de feira na privatização de ativos públicos. 

E ficaremos pior, com um Ministro da Economia que insiste em falar em cortes ante a crise, está minado pela crescente influência dos militares e "prestigiado" pelo presidente, assim como se diz dos técnicos de futebol depois de derrotas acachapantes.

E claro, ficam só esperando a hora de cair. 

Imagem: reprodução

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