terça-feira, 29 de julho de 2025
terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Daniel Silveira é preso novamente após descumprir regras de Moraes
Redação/Migalhas: O ex-deputado Federal Daniel Silveira foi preso pela PF nesta terça-feira, 24, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, por descumprir as condições impostas para liberdade condicional concedida há apenas quatro dias pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Ele será encaminhado ao complexo penitenciário de Bangu 8, na Zona Oeste do Rio.
Segundo a decisão de Moraes, Silveira violou as regras já no primeiro dia de condicional, retornando à sua residência às 02h10 da madrugada, quatro horas além do limite fixado, que era às 22h.
Em petição apresentada na segunda-feira, 23, a defesa tentou justificar que Silveira esteve em um hospital na sexta-feira, das 22h59 às 0h34. De acordo com Moraes, "não houve autorização judicial para o comparecimento ao hospital, sem qualquer demonstração de urgência. Não bastasse isso, a liberação do hospital - se é que realmente existiu a estadia - ocorreu às 0h34, sendo que a violação do horário estendeu-se até as 02h10".
"O sentenciado demonstrou, novamente, seu total desrespeito ao Poder Judiciário e à legislação brasileira, como fez por, ao menos, 227 (duzentas e vinte e sete) vezes em que violou e descumpriu as medidas cautelares diversas da prisão durante toda a instrução processual penal."
Liberdade condicional sob regras rígidas
Silveira foi beneficiado pela liberdade condicional na última sexta-feira, 20, após cumprir pena em regime semiaberto com bom comportamento, conforme reconheceu o ministro do STF.
Entretanto, as condições para sua liberdade eram rígidas: uso de tornozeleira eletrônica, permanência na comarca de residência, comprovação de emprego em até 15 dias, comparecimento semanal ao Juízo de Execuções Penais para atualizar endereço e atividade laboral, além da proibição de contato com investigados pelo plano de golpe de Estado ou uso de redes sociais.
O histórico do ex-deputado pesou na decisão de Moraes de impor tais condições. O ministro destacou que Silveira já havia cometido "gravíssimos crimes contra o Estado Democrático de Direito e as instituições republicanas, assim como atentado contra a administração da Justiça".
Na decisão que concede a liberdade condicional a Silveira, ficou destacado que o desrespeito às medidas acarretaria "o retorno imediato do sentenciado ao regime fechado de cumprimento do restante da pena privativa de liberdade".
Condenação
Condenado em abril de 2022 a oito anos e nove meses de prisão pelos crimes de ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo, Silveira já havia sido preso em fevereiro de 2023 por violar medidas cautelares anteriores.
Fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/422135/daniel-silveira-e-preso-novamente-apos-descumprir-regras-de-moraes
terça-feira, 24 de setembro de 2024
600 golpistas de 8 de janeiro preferem condenação a ficar fora das redes sociais por 2 anos
Por Antônio Melo, em seu blog: Esta notícia é para os que dizem que eles são coitadinhos e os que buscam anistiá-los por serem "gente simples" que só estavam em Brasília na tentativa de golpe de 8 de janeiro para um "turismo" ou para "soprar as velinhas na festa da Selma". Informação do ministro Luís Roberto Barroso mostra que de inocentes, ou mesmo de inocentes úteis, eles não têm nada.
O Judiciário ofereceu a mais de 1200 deles a opção de não responderem ao processo, apenas com a assinatura de um acordo em que se comprometeriam a três coisas:
- pagar uma multa de R$ 5 mil (apenas os que têm bens para isso);
- ficar dois anos fora das redes sociais;
- fazer curso de formação democrática no Ministério Público.
Mais de 600 deles não aceitaram assinar o acordo. Nas palavras do ministro Barroso:
Nos julgamentos do 8 de janeiro houve uma quantidade de casos, pouco mais de 200, de cometimento de crimes mais graves que estão sendo julgados pelo plenário. Porém houve a oferta, nosso Procurador-Geral poderá confirmar, de mais de 1.200 acordos de não-persecução penal.
E o acordo de não-persecução penal oferecido pelo Ministério Público, era em termos bastante moderados: uma multa de R$ 5 mil para quem pudesse pagar, em segundo lugar dois anos sem utilização de rede social e um curso de formação democrática no Ministério Público.
Esse era o acordo proposto. E mais da metade dos 1.200 não aceitaram o acordo até agora. Portanto... é uma opção, as pessoas têm o direito de fazer as suas escolhas na vida, mas para deixar claro que esse mito de que é um conjunto de pessoas inocentes úteis que estavam lá sem saber bem o que estava acontecendo, estão recusando o acordo de não perseguição penal que envolve a devolução do passaporte e a retirada da tornozeleira. Portanto, parece claramente uma manifestação ideológica de permanecer preso ou ser condenado em lugar de aceitar uma proposta de acordo que me parece bastante moderada.
Assista ao vídeo:
segunda-feira, 29 de abril de 2024
STF já condenou mais de 200 bolsonaristas por atos do 8 de janeiro
Por Augusto de Sousa, no DCM: O Supremo Tribunal Federal (STF) já emitiu mais de 200 condenações relacionadas aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Os julgamentos são realizados de forma individual, no plenário virtual, analisando ações penais apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os envolvidos na invasão e destruição das sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Na última sexta-feira (26), 10 réus foram condenados, totalizando 206 pessoas sentenciadas a penas que variam de 3 a 17 anos de prisão. A maioria das condenações se refere a cinco crimes principais, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, golpe de Estado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa.
Além das privações de liberdade, as penas também determinam que os bolsonaritas arquem com indenizações milionárias. O STF entendeu que houve clara intenção de uma multidão em tomar ilicitamente o poder, usando meios violentos para derrubar um governo democraticamente eleito.
Para a maioria dos ministros, os ataques configuram o crime de multidão, em que um grupo influencia a conduta do outro, resultando em uma série de crimes.
Atualmente, 88 pessoas estão presas, incluindo 13 já condenadas, 42 com denúncia recebida e 33 com inquéritos em andamento.
O STF também validou 172 acordos de não persecução penal, nos quais os investigados confessam o crime para evitar julgamento, realizando cursos sobre democracia e pagando multas. Mais de mil outros acordos ainda estão sob avaliação da PGR. As medidas do acordo são:
- Prestação de serviços à comunidade;
- pagamento de valor em dinheiro (pode ser parcelado);
- Restrição ao uso de redes sociais abertas;
- Participação no curso "Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado".
***
terça-feira, 6 de fevereiro de 2024
STF condena mais 29 réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro
quarta-feira, 1 de novembro de 2023
TSE condena Bolsonaro e Braga Netto por uso político do 7 de setembro
sábado, 1 de julho de 2023
A reação de políticos e alguns famosos à condenação de Bolsonaro no TSE
sábado, 27 de maio de 2023
Justiça condena grupo defensor do "Kit covid" a pagar R$ 55 milhões de indenização
Por Caíque Brito, no DCM: A Justiça Federal do Rio Grande do Sul condenou grupo que defendia o "Kit covid" a pagar R$ 55 milhões. O autointitulado "médicos do tratamento precoce Brasil" terá que pagar o valor por estimular o uso de medicamentos sem eficácia contra a covid-19. A informação é da Folha de S. Paulo.
![]() |
Ivermectina e cloroquina, remédios do covid (Imagem/reprodução) |
As ações foram ajuizadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pede o pagamento por danos morais coletivos à saúde por divulgar o Manifesto pela Vida, um material publicitário que promove o "tratamento precoce". No texto, eles divulgavam uma lista de supostos médicos que prescreviam os remédios.
Os anúncios foram feitos em fevereiro de 2021 e divulgados por jornais como a Folha, O Globo, Estado de Minas e Zero Hora. O material foi feito pelas entidades Médicos Pela Vida (Associação Médica de Pernambuco - ADM/PE), a Vitamedic Indústria Farmacêutica, o Centro Educacional Alves Faria (Unialfa) e o Grupo José Alves (GJA Participações).
Segundo o MPF, a publicação não trazia qualquer informação sobre os riscos e efeito adversos dos medicamentos. O órgão também apontou que o conteúdo poderia estimular a automedicação.
"Resolução da Anvisa (Agência Nacional da Vigilância Sanitária), por exemplo, determina que as informações sobre medicamentos devem ser comprovadas cientificamente, o que não é o caso daqueles elencados no manifesto quando aplicados a casos de Covid-19", argumenta.
A Justiça afirma que ficou comprovada a cumplicidade entre a Vitamedic e a Associação Médicos PelaVida, já que a empresa farmacêutica financiou a propaganda irregular, investindo R$ 717 mil no material.
"Fica evidenciado que o manifesto pela vida foi mecanismo ilícito de propaganda de laboratório fabricante de medicamento, servindo a ré do triste papel de laranja para fins escusos e violadores de valor fundamental, a proteção da saúde pública", avalia o juiz responsável pela decisão.
O magistrado ainda afirmou que o conteúdo "representa abalo na saúde pública e sua essencialidade impõe a devida reparação" ao justificar o valor da indenização.
***
sexta-feira, 12 de maio de 2023
TSE condena Nikolas, Zambelli, Eduardo e Flávio Bolsonaro por fake news contra Lula
Por Ana Gabriela Sales, no GGN: O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou, nesta quinta-feira (11), os deputados Nikolas Ferreira (PL), Carla Zambelli (PL), Eduardo Bolsonaro (PL) e o senador Flávio Bolsonaro (PL) pela divulgação de um vídeo, nas eleições de 2022, com informações falsas sobre o presidente Lula (PT).
![]() |
Deputado Nikolas Ferreira (PL)/Imagem: reprodução |
Segundo a decisão da maioria, além da multa que deve ser paga pelos parlamentares - cujo valor ainda não foi definido - o conteúdo deve ser removido das redes sociais.
No tal vídeo, o deputado Nikolas Ferreira acusa Lula de incentivar o uso de drogas por crianças e adolescentes, além de associar a frase "faz o L" à criminalidade e censura nas redes.
Zambelli e os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo e Flávio, compartilharam o conteúdo nos seus respectivos perfis em redes sociais.
A condenação do TSE é uma resposta a uma representação da Coligação Brasil da Esperança, que questionou a propaganda eleitoral irregular na internet com práticas "ilícitas e imorais".
O TSE foi acionado em dezembro, à época a coligação conseguiu retirar o vídeo do ar em decisão liminar, depois referendada pelo plenário.
No entanto, o relator do caso, ministro Raúl Araújo, encerrou a ação sem julgar o mérito. O decano argumentou que havia passado o período eleitoral. A coligação recorreu da decisão e o recurso foi analisado nesta quinta.
Segundo os ministros Sérgio Banhos, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves e Carlos Horbach, o vídeo de fato extrapola os limites legais.
Em contrapartida, o Raul Araújo votou para negar o recurso e foi acompanhado pelo ministro Nunes Marques.
***