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terça-feira, 17 de outubro de 2023

CPI encontrou fotos de Hitler, Mussolini, do clã Bolsonaro e de armas no celular de Silvinei Vasques

Por Yurick Luz, no DCM: Na mira da CPI do 8 de janeiro, o ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques tinha no celular apreendido pela Polícia Federal (PF) fotos dos ditadores Adolf Hitler e Benito Mussolini, registros ao lado do clã Bolsonaro, imagens que mostram seu culto pelas armas, e até mesmo áudios com xingamentos e críticas aos bloqueios em rodovias federais durante o segundo turno das últimas eleições. 

www.seuguara.com.br/Silvinei Vasques/fotos/celular/CPI/

Segundo fontes da CPI, o material presente no celular parece ter sido recebido de terceiros por Silvinei, pois não há evidências de mensagens enviadas por el. Isso levou a CPI a concluir que o ex-chefe da PRF tinha o hábito de apagar seus próprios arquivos, possivelmente temendo a quebra de sigilo. As informações foram divulgadas pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. 

Apesar disso, o conteúdo do celular foi entregue à CPI, que se reunirá na terça-feira, 17 de outubro, para analisar o relatório elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que deve resultar em pelo menos quatro acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 


As imagens encontradas no celular de Silvinei incluem fotografias de Adolf Hitler ao lado do então ministro de propaganda do regime nazista, Joseph Goebbels, e uma imagem de Bento Mussolini pendurado pelos pés em um posto de gasolina.

Além disso, o ex-chefe da PRF conservou fotos ao lado do ex-mandatário e de Michelle Bolsonaro durante as celebrações do Bicentenário da Independência em Brasília no ano passado. O evento é alvo de três ações do TSE que apuram o desvio de finalidade da parada militar transformada empalanque da campanha à reeleição de Bolsonaro.


O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que está sob investigação no STF por causa de uma minuta considerada golpista encontrada em sua residência, também é uma figura frequente nas imagens armazenadas no celular de Silvinei.

As fotografias mostram Torres em eventos solenes, incluindo a ocasião em que o então chefe da PRF foi condecorado com a Medalha da Ordem do Mérito do Ministério da Justiça, em março do ano passado. 

www.seuguara.com.br/Anderson Torres/Silvinei Vasques/

O gosto por armas é evidente em fotos em que Silvinei posa segurando uma bazuca, bem como em imagens do escudo da PRF feito com munição.

Uma captura de tela do celular, datada de 30 de outubro, dia do segundo turno das eleições, mostra uma mensagem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alertando que "quem impede a população de votar comete crime eleitoral". A mensagem também informa que irregularidades podem ser denunciadas por meio do aplicativo Pardal, da Justiça Eleitoral.


Os bloqueios de rodovias pela PRF nesse dia também irritaram alguns interlocutores de Dilvinei, que enviaram áudios expressando descontentamento com a atuação da corporação.

"Vasques, Vasques...sabemos que tem dedinho seu a mando do Bostonaro... pra fazer isso, né? Para ordenar os agentes da PRF ficar barrando, fingir blitz para segurar os nordestinos e impedi-los de chegar ao seus locais de votação. O Lula ganhando, vamos pedir sua exoneração. Positivo?", diz um homem não identificado.

Em outro áudio, uma mulher dispara: "Olha, tu deixa o povo votar, seu pau no c.... Desgraçado. Tu quer roubar igual teu presidente. Vai arder no inferno. Satanás já está te esperando lá, desgraçado. Deus está vendo o que você está fazendo."


A CPI suspeita que Silvinei tenha armazenado esses áudios contendo insultos e ameaças como um possível retaliação, caso Bolsonaro permanecesse no cargo.

www.seuguara.com.br/Silvinei Vasques/Jair Bolsonaro/

A defesa de Silvinei, no entanto, nega o conhecimento sobre a existência de áudios e fotos em seu celular. Eles argumentam que a participação em grupos de WhatsApp pode ter causado o arquivamento automático desses conteúdos.


Em agosto, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou a prisão preventiva de Silvinei a pedido da PF, alegando que havia risco de que ele interferisse nas investigações sobre o uso da PRF contra eleitores de Lula (PT). Silvinei ainda permanece sob custódia.

A quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático de Silvinei pela CPI foi suspensa pelo ministro Kassio Nunes Marques, do STF, o que impede que essas informações sejam utilizadas no relatório final da comissão. A decisão atendeu a um pedido do próprio Silvinei.

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terça-feira, 8 de agosto de 2023

Ajudantes de Bolsonaro apagaram 17 mil e-mails, mas esqueceram de limpar a lixeira

Publicado por Camila Bezerra, no GGN: Quando um usuário apaga um e-mail ou arquivos, em geral, estes conteúdos são direcionados para uma pasta chamada Lixeira, até para que a ação possa ser revertida em caso de equívocos. Só quando tais arquivos são excluídos da Lixeira é que eles se tornam definitivamente inacessíveis.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/e-mails/lixeira/

Ainda que esta seja uma premissa básica da informática, os ajudantes de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparentemente não tinham tal informação, tendo em vista que havia um modus operandi para destruir vestígios das mensagens trocadas durante a gestão do ex-presidente. Assim, os ajudantes excluíram 17.354 e-mails funcionais da caixa de entrada, mas não da lixeira do servidor.


Todo este material foi enviado à CPMI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro e pode servir de prova para mostrar o envolvimento de pessoas próximas ao ex-presidente nos atos que depredaram as sedes dos Três Poderes ou em participação de outros crimes.


Mensagens suspeitas

Mauro Cid, coordenador-geral dos ajudantes de ordem, é um dos aliados do ex-presidente que não sabe apagar mensagens. Na lixeira dele foi encontrado um e-mail em que tenta vender um Rolex por US$ 60 mil para Maria Farani, ex-assessora do gabinete pessoal da Presidência, relógio este que foi recebido em viagem oficial e que, portanto, pertence à União.


Outro ex-ajudante flagrado é Osmar Crivelatti, que fala sobre a existência de pedras preciosas recebidas por Bolsonaro em uma viagem de campanha pela reeleição, em outubro de 2022, para Teófilo Otoni (MG).

Danilo Calhares foi o único ajudante de obras que conseguiu apagar, definitivamente, as mensagens que trocou entre dezembro de 2020, quando tomou posse, e novembro de 2022.

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quarta-feira, 12 de julho de 2023

O coronel que virou cabo sem jipe. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: O coronel Mauro Cid foi acolhido, protegido e acarinhado pela família Bolsonaro na CPI do Golpe. Flavio pediu que o militar mantivesse a serenidade e Eduardo disse que o Brasil sente orgulho da postura do coronel. Mas Mauro Cid vai cair na conversa dos Bolsonaros? O chefe da família o empurrou pra o inferno que ele enfrenta há 70 dias na cadeia.

www.seuguara.com.br/Mauro Cid/CPI/8 de janeiro/Moisés Mendes/
O tenente-coronel Mauro Mauro Cid (Imagem/reprodução)

Cid foi usado por Bolsonaro como mandalete de recados do golpe e agora é um coitado. Mas os filhos dizem que estão com ele.

Bolsonaro tirou do coronel a possibilidade de vir a ser general e o transformou num cabo sem jipe. Fez o mesmo com a vida do delegado federal Anderson Torres.

Destruiu a vida de 1.400 manés misturados a terroristas que invadiram Brasília em 8 de janeiro sem saber direito que prédio estavam destruindo.


Mauro Cid é a vítima mais graúda, porque mais próxima de Bolsonaro. Ele é quem acolhia as aflições de um grupo que deveria se dedicar ao golpe, mesmo que como delírio.

As mensagens encontradas no seu celular provam que ele funcionava como telefonista de Bolsonaro. 

Era ele quem tinha a missão de receber mensagens golpistas, encaminhar a Bolsonaro e devolver as respostas, como fazia nas conversas com outros colegas militares.


Mas Flavio e Eduardo disseram na CPI que o ex-ajudante de ordens que apareceu fardado tem a admiração deles.

Em nenhum momento os filhos falaram em nome do pai. Porque aí seria demais, seria um deboche explícito.

Os filhos der Bolsonaro não teriam a coragem de dizer que o pai deles, que empurrou Mauro Cida para uma tarefa suicida, tinha mandado dizer que admirava o ex-mandalate do Planalto.


Mauro Cid disse, no único momento em que falou, lendo um texto prévio, que trabalhou com Bolsonaro por ordem do Exército.

Que a função "é exclusivamente de natureza militar". Que a ajudância de ordens é "a única função de assessoria próxima do presidente que não é objeto da sua própria escolha".

Que é da responsabilidade das Forças Armadas selecionar os militares que desempenharão a função próxima do presidente que não é objeto da sua própria escolha".

Que é da responsabilidade das Forças Armadas selecionar os militares que desempenharão a função na presidência da República.


Deixou claro que trabalhava para Bolsonaro não por ser seu amigo, seu admirador ou por ingerências políticas. Mas porque era militar.

Quis ressaltar que a CPI estava tentando interrogar um alto oficial das Forças Armadas, e não em ajudante qualquer de Bolsonaro.


Mas o que restou do depoimento que não aconteceu foi exatamente essa imagem, assim definida pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que disse, como se o elogiasse: 

"Que lealdade canina desse coronel".

Tão canina, segundo Magalhães, que ele continuará calado e não vai delatar ninguém.


O deputado Rogério Correa (PT-MG), disse a respeito dos elogios dos Bolsonaro e de outros parlamentares da extrema direita:

"Aqui eles querem te agradar, para que você não dia nada".


E Cid não disse nada mesmo. Cid é o que é. Percebe-se que ele nunca seria, se o fascismo continuasse no poder, o Chalaça de Bolsonaro.

Seria apenas o ajudante dos pagamentos das contas de Michelle com dinheirinhos vivos, das fraudes do cartão da vacina, da tentativa de recuperar as joias roubadas e da disseminação da da ilusão do golpe.

Um ajudante com lealdade canina, mas só um ajudante.

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terça-feira, 27 de junho de 2023

Empresário suspeito de fraude em licitação de blindados da PRF era procurado pela Interpol

DCM: Maurício Junot de Maria, empresário suspeito de fraudar licitações de veículos blindados para a Polícia Federal era procurado pela Interpol, a polícia internacional, quando os contratos foram fechados. O homem usava carros da própria corporação para fazer a segurança da empresa. De acordo com o G1, ele teme a bandidagem e é administrador e representante da Combat Armor Defense, especializada em blindados, cuja fábrica fica em Indaiatuba, no interior de São Paulo.

www.seuguara.com.br/Maurício Junot de Maria/Interpol/Polícia Rodoviária Federal/fraude/blindados/
Maurício Junot de Maria (Imagem/reprodução: Jornal Nacional)

Há três anos, a firma abriu uma loja na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e durante quatro meses teve sua movimentação acompanhada pelo Jornal Nacional. Na porta do estabelecimento, sempre havia segurança reforçada com um carro da PRF e agentes pagos com dinheiro público. Em abril deste ano, o local foi fechado.


A relação da empresa com a Polícia Rodoviária Federal começou em 2019, quando a Combat se instalou no Brasil. Em imagens feitas em setembro de 2020, Silvinei Vasques, então superintendente da PRF, apresenta viaturas blindadas pela firma a deputados bolsonaristas.

"Esse veículos aqui nós já compramos. As 21 viaturas que serão transformadas nesse blindado aqui que é o que estamos chamando de caveirinha", disse ele na ocasião. 

Falando para a CPI que investiga as manifestações golpistas de 8 de janeiro, Vasques negou que tenha conseguido emprego na fábrica da Combat ao deixar seu antigo posto, mas deputados mostraram um cartão de visitas dela, que se apresentava como vice-presidente da empresa.


Nos anos de 2020 e 2021, a firma venceu algumas das principais licitações para fornecimento de carros blindados para a área de segurança pública do governo federal, para a Polícia Rodoviária Federal de seis estados e para a Polícia Militar do Rio de Janeiro.

www.seuguara.com.br/compra/blindados/investigação/MP/
Ministério Público investiga a compra de veículos blindados pela PRF (Reprodução)  

Em apenas quatro anos, esses contratos milionários ajudaram a aumentar o capital inicial da empresa em 27 vezes. O valor do patrimônio saiu de R$ 1 milhão, em 2019, para R$ 27,4 milhões em 2022.


Em 2005, Maurício Junot virou notícia porque era o dono da High Protection Company, que blindava as supervans usadas por executivos e membros do governo americano na área de conflito na guerra do Iraque.

Porém, de acordo com um processo de fraude de Dubai, o empresário recebeu parte do pagamento para entregar os veículos, mas não cumpriu com o contrato que tinha com o governo dos Emirados Árabes. 


De acordo com uma fonte do noticiário da Globo, ele fugiu de Dubai quando soube que seria preso, levando R$ 8 milhões: "Quando o governo detectou que ele fez essa movimentação no banco, que o governo foi em cima dele, que detectou que se tratava de uma fraude, de um estelionatário de alta performance. No que o governo decretou a prisão dele, ele fugiu, saiu fugido do país, deixando tudo para trás. Abandonou a fábrica, abandonou as famílias e as pessoas que trabalhavam para ele e voltou para os Estados Unidos".


Ele foi condenado a três anos e meio de prisão e, mas não ficou nem um dia na prisão. A sentença terminou em maio de 2023 e o nome de Junot só saiu da lista dos principais procurados quando uma nova determinação da Interpol exclui os autores de crimes financeiros. 


Quando a Combat ganhou as licitações da Polícia Rodoviária Federal, o empresário ainda era procurado pela polícia internacional. Segundo informações do Portal da Transparência, de 2020 e 2022, a PRF pagou R$ 30 milhões para blindar e fabricar blindados. Com a Polícia Militar do Rio foram dois contratos: 30 blindados, totalizando mais de R$ 20 milhões.

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quarta-feira, 21 de junho de 2023

CPI das apostas: jogador banido diz que foi ameaçado a buscar outros atletas para esquema

O ex-jogador do Vila Nova (GO) Marcos Vinícius Alves Barreira, conhecido como Romarinho, afirmou nesta terça-feira (20), ter sido ameaçado por aliciadores a buscar outros jogadores que pudessem cumprir o combinado com os apostadores. O atleta falou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas. Está sendo investigado um esquema ilegal de envio de dinheiro a jogadores para que, em troca, atendessem a pedidos feitos por apostadores.
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quinta-feira, 15 de junho de 2023

Diálogos entre procuradores mostra a necessidade da CPI da Lava Jato! Por Lenio Streck

Por Lenio Streck, no Conjur: A notícia mostra o nível da coisa. O é da coisa e a coisa do é. Quando o dono da ação penal e o fiscal da democracia toma "um lado" e se torna perseguidor parcial e comprometido (até o pescoço), é porque alguma coisa deu errado lá na cabeceira do rio. Por isso chove tanto hoje. Por isso a enchente. E, atenção: o que estou dizendo é fato. E fatos existem, para além das narrativas negacionistas.

www.seuguara.com.br/Deltan Dallagnol/Sergio Moro/Lava Jato/Vaza jato/operação spoofing/
Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e Sergio Moro (união Brasil-PR) Foto: reprodução/DCM

E não adianta dizer - "ah, isso não vale, etc., os diálogos são frutos de vazamento". O STJ acabou de liberar todas as mensagens da operação spoofing. Ademais, qualquer prova ilícita sempre pode ser usada para qualquer acusado provar a inocência.

A vaza jato trouxe o The Dark Side of The Justice brasileira. O lado obscuro da justiça. A cada dia em que se puxa uma pena sai uma galinha. Ou um marreco.


Agora várias reportagens da imprensa mostram que há um buraco de quase R$ 3 bilhões nas contas da 13ª Vara. O corregedor nacional do CNJ foi de mala e cuia para Curitiba. Vai também a ministra Rosa Weber. O que está acontecendo lá? De todo modo, há farta matéria (por exemplo, ver aqui notícia feita pelo repórter Marcelo Auler). Ver também o caso dos 7 HDs destruídos pela Lava Jato, para ocultar manipulação, de Luis Nassif. Também não pode ser desprezada a seguinte notícia do Blog do Esmael Morais: Correição do CNJ desafiada com o sumiço de R$ 2,8 bilhões da Lava Jato. Pode até ser simples o problema. Mas pode não ser...!


Tenho cansativamente pregado que o Ministério Público, uma vez que possui as garantias da magistratura, tem de ser isento. Imparcial. Quantos textos já escrevi sobre isso? Mas, poucos ouvem. Se o MP não for imparcial, não necessita ter as garantias. Se atua como assistente da acusação ou como advogado privado, por que manter garantias? Conheço um processo em que o MP se transformou em assistente do assistente de acusação. Outro dia contarei aqui.


Há um diálogo - agora revelado - em que Deltan confirma que os pareceres da PGR passavam pela revisão da força tarefa da "lava jato". A Procuradoria-Geral da República se submetia ao Dallagnol? Sim, parece ser isso. Tem de ver também o que os procuradores diziam do STF. E outras quejandices.

E o que acham de um recado de um procurador dizendo aos demais que, estando em sessão no TRF-4, um desembargador lhe disse que estava a disposição para visitas e que antes de fazer qualquer coisa, sempre ouviria a força tarefas... Pobre da advocacia. Que paridade de armas, não?


O parlamento também não se ajuda. Tramita já há três anos ou mais o projeto pelo qual se altera o CPP para incluir a obrigatoriedade de o MP investigar também a favor da defesa, colocando na mesa tudo que possui, sem nada esconder. Explico: é exatamente como ocorre com a Doutrina Brady, com o artigo 160 do CPP alemão e o Estatuto de Roma. Está lá o projeto. Estendido no chão. Aprovar o projeto já seria um bom começo. Mas tem de reformar amplamente. O sistema necessita de reforma.


A operação Lava Jato quase causou o fim da democracia. Deltan já foi cassado. O conjunto da obra: um grupo de procuradores, aliado a um juiz parcial (isso é fato!), venderam ilusões com apoio de parcela considerável da mídia. A "lava jato" pariu o 8 de janeiro. Os outsiders da política nunca apareceriam se não fosse a criminalização da política feita pelo lavajatismo.


Prendiam para que o réu delatasse. E forçavam acordos de leniência. Transformaram o Estado de Direito em um Estado de Exceção. Ou, como disse Carol Proner, em um Estado de Extorsão. Aqui haveria um espaço enorme para uma CPI. Sim, proponho uma CPI da Lava jato. Vamos passar a limpo esse crotalus terrificus (nome científico da cascavel) que envenenou a democracia. Adendo: CPI, aqui, pode ser metafórico. 


Sobre o desvio de rota do Ministério Público, sugiro a leitura da matéria feita por Sérgio Rodas, aqui desta Conjur: ESQUELETOS NO ARMÁRIO - Apesar de abusos, "lava jato" ainda é dominante no MPF, diz cientista político. Rodas entrevistou o autor do livro Caminhos da política no Ministério Público Federal - Rafael Rodrigo Veigas. Uma das partes do livro:


O modelo institucional do MPF permite que "procuradores políticos", orientando-se por suas estratégias políticas de carreira e lideranças corporativas, persigam objetivos não oficiais (não previstos nos estatutos jurídicos) em favor da defesa de interesses corporativos, inclusive contra o sistema político e agentes específicos.

E muito mais coisas. O livro trata de aspectos que venho também trabalhado de há muito, mormente por conhecer o MP - nele atuei por quase três décadas.


Veja-se esta parte da entrevista de Viegas:

"Mas o que se observa é que a "lava jato" ainda é hegemônica no MPF. Tal fator ajuda a entender como Deltan Dallagnol e outros procuradores ligados a imoralidades e ilegalidades não foram punidos, com raríssimas exceções."!

Trecho autoexplicativo!


Numa palavra final: quando assisto o delator Toni Garcia dizendo que estava a mando do MP e de Moro e com ajuda da Abin cometendo ilegalidades, fico pensando: o que mais ainda vamos descobrir? O problema não é Toni; nem se trata de fulanizar. O problema é o que isso tudo simboliza (uso aqui o sentido de simbólico de Castoriadis, de A Instituição Imaginária da Sociedade). A que nível chegamos, heim?


Parece que chegamos a uma jus chinelagem. Basta ver a entrevista de Toni. Conta cada coisas de arrepiar.

Parece que o baixo clero chegou ao sistema de justiça. O fundão da classe. E fez o que fez. Se tudo isso não servir para nada, então fechemos tudo e atiremos a chave fora.


Acostumamo-nos a nos indignar no varejo - e somos bons nisto, principalmente em setores da comunidade jurídica - e nos omitimos no atacado. E, vejam: nem de perto chegamos a um atacarejo indignativo.

Eis o problema: precisamos de um atacarejo indignativo!


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quarta-feira, 14 de junho de 2023

Por uma Comissão da Verdade sobre a Lava Jato. Por Jeferson Miola

Por Jeferson Miola, em seu blog: Respondendo a uma pergunta do apresentador Gustavo Conde em programa de entrevista do portal Brasil 247 [8/6], discordei da hipótese de se instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as graves denúncias sobre a Lava Jato. Não porque a CPI não poderia eventualmente cumprir um papel relevante na elucidação desse escândalo que manchou o judiciário e o sistema político brasileiro, mas porque a Comissão Parlamentar pode ser contraproducente devido ao risco de espetacularização das investigações.

www.seuguara.com.br/Lava Jato/comissão da verdade/CPI/
Imagem/reprodução: VioMundo

Além disso, e mais importante, porque é preciso ir além no encontro de contas com a verdade; trata-se de um imperativo histórico de outra natureza. É preciso avançarmos na perspectiva de um processo de memória, verdade, justiça e reparação

Para isso, é necessário que o governo, o Congresso e o Judiciário entrem em consenso sobre a instalação de uma Comissão da Verdade sobre a Lava jato, conforme traduziu um arguto expectador da entrevista referida acima quando defendi a ideia de ir-se além da CPI e das investigações policiais e processos judiciais já em andamento ou por serem instauradas.


A apuração plena desse que é o maior escândalo de corrupção judicial da história, como caracterizou a mídia internacional, é crucial para a reconstrução da democracia brasileira.

A Comissão da Verdade poderá examinar em profundidade o que aconteceu, com serenidade e imparcialidade dos seus integrantes e especialistas, para produzir as conclusões necessárias.


As revelações sobre as imundícies da Lava Jato cobram da justiça e da democracia brasileiras muito mais que processos penais para responsabilizar os culpados e obrigá-los às reparações pelos danos causados, o que em si mesmo será muito relevante, se de fato acontecer.

Apesar de disfarçada como uma força-tarefa nacional "exclusiva" do compromisso e do combate "heróico" contra a corrupção, e fortemente incensada pela mídia hegemônica, empresariado, políticos e militares, na realidade a Lava Jato foi um empreendimento criminoso, organizado em moldes semelhantes aos de gangues mafiosas.


A brutalidade da Lava Jato contra aqueles que eram seus alvos centrais - o presidente Lula e o PT -, tem equivalência histórica com o famoso caso Dreyfus, em que o fascismo judicial francês no final do século 19 procedeu a uma condenação ilegal, criminosa e descaradamente mentirosa daquele capitão do Exército francês de ascendência judaica.

Aquele fascismo judicial, combatido no manifesto Eu Acuso, do escritor Émile Zola, serviu de base para os estudos posteriores de Hannah Arendt sobre o nazismo, que originaram a notável obra As origens do totalitarismo


A Lava Jato desperta interesse mundial. Em grande medida porque estabeleceu conexões internacionais, sobretudo na América Latina, para proliferar o lawfare como arma política e ideológica da extrema-direita em inúmeros países.

Mas não só por isso; mas também porque é um modelo a ser combatido em todos os cantos do planeta, pois o fascismo judicial ameaça de morte as democracias e os Estados de Direito.


A gangue de Curitiba corrompeu o sistema de justiça, destroçou a economia nacional, criou sequelas dolorosas no tecido social brasileiro e influenciou decisivamente os rumos trágicos que o país tomou nos últimos anos, que culminaram com o ascenso do fascismo e dos militares ao poder.

Aquela estrutura que Gilmar Mendes caracterizou como uma "organização criminosa", era o epicentro de uma engrenagem mais abrangente, que implicava inclusive governo estrangeiro, como é o caso dos EUA, que operou por meio dos seus Departamentos de Estado e de Justiça. 


É urgente e inadiável, portanto, passarmos a limpo tudo o que aconteceu nesses tenebrosos anos de ação nefasta daquela gangue.

O Brasil ainda precisará de muitos anos - senão de décadas - para se recuperar da tragédia, da destruição e da barbárie legadas pela Lava Jato. 


A instalação da Comissão da Verdade sobre a Lava Jato é um imperativo ético, histórico e democrático da luta antifascista, para que o Brasil possa se reconciliar, reconstruir sua democracia e seu sistema de justiça e finalmente se encontrar com a memória, a verdade, a justiça e a reparação.

Para, enfim, "que não se esqueça; para que nunca mais aconteça".

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sábado, 3 de junho de 2023

O golpe falhou porque o mané e o pica-fumo ficaram esperando pelos generais. Por Moisés Mendes

Publicado originalmente por Moisés Mendes, em seu blog: O golpe que derrubaria Lula teve manezinhos, manezões, terroristas, patriotas e até oficiais. Mas não teve a presença ostensiva de um general. E não existem golpes sem um general. No depoimento à CPI do Golpe da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o general Augusto Heleno (foto) disse como funciona um golpe e admitiu que aquele do 8 de janeiro não tinha como funcionar.

www.seuguara.com.br/General Heleno/CPI/atos antidemocráticos/

Faltou o líder, o chefe, a voz de comando, disse Heleno. E o general acrescentou às categorias listadas lá no início desse texto a figura do pica-fumo, numa alusão aos soldados e outros subalternos sem relevância no quartel que picavam o fumo para o cigarro dos superiores.

O pica-fumo é o soldadinho sem condições de aspirar nada além de cumprir ordens e bajular os oficiais. 


Pois o pica-fumo de Heleno equivale ao cabo e ao soldado, com ou sem jipe, do golpe imaginado por Eduardo Bolsonaro contra o Supremo.

O pica-fumo surge na CPI quando alguém perguntou como ele via as articulações sobre o golpe nas conversas vazadas entre o coronel Mauro Cid e o ex-major Ailton Barros.

Heleno disse:

"Isso é conversa de pica-fumo, típico de pica-fumo. O cara vai ali, fala um troço, não sei o que e morre ali".


Não morreu ali porque Ailton Barros, que está preso por suspeita de envolvimento na fraude da vacina de Bolsonaro, acreditou que participaria de um golpe, antes ou depois da posse de Lula. 

Ele acreditou, o ministro do TCU Augusto Nardes acreditou. Também acreditaram que haveria um golpe Anderson Torres, mais o autor até agora misterioso da minuta do golpe e o coronel Elcio Franco.

Os mais de 1.400 que invadiram Brasília acreditavam no golpe, assim como os acampados em outros quartéis e os que bloquearam estradas. A Polícia Rodoviária Federal acreditou no golpe.


Heleno disse, logo depois de ouvir na CPI a reprodução de um telefonema de Nardes a um amigo, em que o ministro alerta sobre "um movimento muito forte nas casernas", que aquela fala fazia parte de "narrativas fantasiosas".

Eram exageros diante das manifestações normais dos acampados. "Movimentos pacíficos e ordeiros" ou uma "atitude política em locais sadios", foi o que disse o general.


Mas a turma dos pica-fumos queria mais do que oferecer fumo picado aos generais e acabou reunindo fanfarrões que acreditavam no blefe de Bolsonaro.

E então tudo só foi morrer naquele dia 8 e janeiro. Porque os líderes encobertos ficaram empurrando um para o outro, e faltou o grande chefe.


Bolsonaro estava nos Estado Unidos, Heleno disse que estava em casa e não sabia de nada, outros generais ate agora não disseram onde se encontravam, e assim o golpe falhou.

Porque faltou um general, o chefe militar. Um só general, pelo menos. Até a Bolívia, na hora do motim da Polícia Nacional, em 2019, teve um general, um covarde chamado Williams Kaliman, que deu o golpe e fugiu.


Os manés, os patriotas, os terroristas e os pica-fumos não tiveram o suporte de um general. Um pica-fumo não existe sem comando. E eles passaram dias ouvindo recados de que no fim dará certo.

Mas na hora do ataque, nada de general. Até o mais idiota dos manezinhos presos em Brasília sabe que o chefe do golpe não seria Bolsonaro.


Bolsonaro foi o incitador. Mas o chefe, o verdadeiro líder, o cara "com objetivos", como disse Heleno na CPI, deveria ser um militar. Ele sabe que deveria.

Mas esse militar, entre tantos que estiveram ao lado de Bolsonaro até o fim do governo, não apareceu. E os invasores de Brasília acabaram presos.


Mauro Cid está preso, Anderson Torres esteve preso e todos os que depredaram o Planalto, o Supremo e o Congresso viraram réus.

Bolsonaro não poderia ter sido o chefe porque é covarde demais. E os generais sabiam que aquilo não iria dar cero e que nenhum deles tinha nem mesmo vigor físico para encarar um golpe.


Mas nem tudo morreu ali. O incitador do golpe, os que foram cúmplices da incitação, os grandes empresários que financiaram o gabinete do ódio, os que formaram grupos de tios do zap, todos os que tiveram protagonismo no golpe estão livres e impunes.

E os manés, os terroristas, os patriotas, os pica-fumos estão condenados a enfrentar inquéritos, processos e desgraças por muitos anos.


Porque faltou um chefe que pudesse executar, com método, o golpe incitado por Bolsonaro.

Faltou o chefe, como também faltou alguém com poder, com farda, que pudesse ter alertado: isso não vai dar certo. 

O pica-fumo sabe que a coisa não morreu totalmente ali. Os generais que não aparecem também sabem.

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sexta-feira, 17 de março de 2023

Naime diz que havia "máfia do Pix" e tráfico no acampamento em frente ao QG

Reportagem de Alan Rios, no Metrópoles: Em depoimento nesta quinta-feira (16) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa, o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), disse que houve uma "máfia do Pix" durante o acampamento golpista de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. Ela ainda relatou registros de tráfico de drogas, comércio ilegal, prostituição e até denúncia de estupro no QG.

www.seuguara.com.br/ex-comandante da PMDF/coronel Jorge Eduardo Naime/depoimento/CPI/

Questionado sobre as ações da PMDF naquela mobilização bolsonarista, Naime lembrou de tentativas da corporação para evitar problemas no local, como a operação que tentava retirar o comércio ilegal.

"A gente já tinha informações sobre o comércio de tendas, em que a pessoa alugava até por R$ 600 para o ambulante vender ali. Tínhamos conhecimento da 'máfia do Pix', de lideranças que ficavam ali. Não temos nomes, mas elas ficavam no acampamento pedindo para que as pessoas fizessem Pix para manter o acampamento." 

Naime relembrou ainda das brigas internas entre bolsonaristas dentro do QG. "uma das grandes discussões era de um grupo querendo descer para Esplanada [no dia 8] e outro grupo ficar. A discussão entre quem queria descer e quem qeuria ficar era relacionada a essa questão do Pix".


O Metrópoles já mostrou provas desse lucro de lideranças no acampamento golpista. Em novembro de 2022, a reportagem flagrou a arrecadação em dinheiro vivo. Durante cerca de 10 minutos, uma vaquinha para "contratar um trio elétrico" recebeu R$ 3.670 em espécie. Notas de R$ 100 e de R$ 50 saíam facilmente do bolso dos presentes.



Em janeiro de 2023, houve outro flagrante. Após uma das lideranças subir ao carro de som para tentar levantar o ânimo dos "patriotas" e pedir doações para manutenção do acampamento, uma parcela discordou e promoveu insultos. "Covarde, só quer saber de Pix", disse um deles.




Mais crimes

Naime chamou o acampamento de "epicentro do que aconteceu no DF, do dia 12 e do dia 8". "Eu estive várias vezes naquele acampamento, ele viviam em uma bolha, não viam o que estava acontecendo fora dali. Parecia uma seita. Idosos em situação de abandono acharam ali um lugar para jogar um dominó, ter companhia. Ali foi o epicentro."


Ele ainda culpou o Exército pela não desmobilização do ato. "Ali tinha tráfico de droga, ambulante, prostituição, denúncia de estupro. Coloquei 553 homens à disposição do Exército no dia 29 de dezembro de 2022, para retirar o acampamento. O GDF colocou DF Legal, SLU, estrutura completa, mas a operação foi cancelada. Foi planejada a tarde inteira do dia anterior. Exército disse como ia atuar, qual seria a atuação de cada órgão. Chegou na hora, nada aconteceu."


Lembrando ainda da tentativa de invasão à sede da PF em 12 de dezembro, ele disse que havia gente de alto poder econômico nos QGs. "No dia seguinte, Fábio Augusto tinha reunião com rede hoteleira e um dos hoteleiros dizia que os caras estavam hospedados no hotel. Eles fizeram a confusão e subiram para o hotel. Quem ficava no acampamento era gente paga. Quem orquestrava estava nos hotéis."


Adiamento

O depoimento do coronel Casimiro [Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento regional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)], previsto para esta quinta-feira (16/03), precisou ser adiado para a próxima semana, dia 23, devido aos detalhes da oitiva de Naime, que acabou se alongando.

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Pressionado na GloboNews, Marcos do Val dispara: "Daqui a pouco vou chegar no Lula"

"É preciso tomar muito cuidado com as informações disseminadas por Marcos do Val sobre o encontro com Jair Bolsonaro e Daniel Silveira, onde foi apresentada ao senador a arquitetura de um plano golpista, envolvendo grampo ilegal no ministro Alexandre de Moraes. Quanto mais o senador fala, mais evidente fica sua intenção de amenizar o papel de Bolsonaro no plano e de atribuir uma conduta suspeita a Moraes.

www.seuguara.com.br/Marcos do Val/Globonews/Lula/

A cada nova entrevista, o senador cria pretexto para instalar uma CPI sobre os atos do dia 8 de janeiro, mas para arrastar o governo Lula para o olho do furacão. De quebra, a narrativa do senador visa transformar o ministro Alexandre de Moraes num juiz parcial e suspeito para julgar processos que atingem o coração do bolsonarismo.


A análise surge a partir de respostas que Marcos do Val deu em entrevista ao programa Estúdio I, da Globonews, na tarde de quinta (2). Pressionado pelos jornalistas Andreia Sadi, Valdo Cruz, Mônica Waldvogel e Octavio Guedes, o senador Marcos do Val tentou semear a ideia de que atuou como agente duplo com anuência e sob orientação de Moraes.


O jornalista Octavio Guedes, percebendo as intenções de do Val nas entrelinhas, perguntou se o objetivo seria remover Moraes do tabuleiro político, seja por prevaricação ou sob acusação de parcialidade.

Eis que do Val saiu pela tangente, limitando-se a dizer: "Não é isso. É com relação ao atual ministro da Justiça [Flávio Dino]. Mas não posso te falar o restante. Quando tiver a CPI e pudermos retirar o sigilo, vocês vão saber." 


Do Val sustentou que "soube" que o ministro da Justiça, Flávio Dino, dispõe de informações comprometedoras e, por isso, o senador se antecipou e lançou a bomba que, a princípio, atinge Bolsonaro. 


Os jornalistas da GloboNews acharam a estratégia de implicar Bolsonaro para atingir Lula sem sentido. Do Val rebateu insinuando que está em posse de documentos que mostram a prevaricação de Dino nos atos de dia 8 de janeiro, e reforçou que com a CPI, o sigilo seria levantado, e a sociedade poderia entender suas reais intenções.


"Daqui a pouco eu vou fazer um movimento que eu vou chegar no Lula, e as pessoas não vão entender. 'Pô, semana passada ele estava chegando no Bolsonaro, agora tá falando do Lula? Porque eu vou chegar nele", adiantou.


Octavio Guedes foi ao Twitter reportar a conclusão que tirou da entrevista com Marcos do Val. Para o jornalista, ficou claro que o senador quer criar um pretexto para instalar a CPI e remover Alexandre de Moraes do jogo."



Redação: GGN

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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Instalação de CPIs no Senado ficarão para depois das eleições, diz Pacheco

Após reunião dos líderes do Senado na manhã desta terça-feira (5), o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, afirmou que os requerimentos para abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) serão lidos em Plenário - que nesta semana reúne-se quarta e quinta-feira -, assim como questões procedimentais serão decididas.

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terça-feira, 21 de junho de 2022

"Sem vomitar": Lenio Streck ironiza Bolsonaro por pedido da CPI da Petrobras

Por Victor Dias, no DCM: Neste sábado (18), o jurista Lenio Streck ironizou o presidente Jair Bolsonaro por defender a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a Petrobrás. "Brasil patético: Bolsonaro quer - pasmem - uma CPI para investigar a Petrobrás, que é parte do governo que ele chefia. Bingo.

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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

CPI reforça no STF pedido de suspensão das contas em redes sociais de Bolsonaro

Do Conjur: A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que apura omissões do governo no combate à epidemia de Covid-19 reforçou a necessidade de transferência do sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro, bem como sua suspensão das redes sociais.
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sexta-feira, 11 de junho de 2021

CPI da Covid-19: 'Negacionismo perpetuado pelo governo mata, afirma Natália Pasternak' no Senado federal

www.seuguara.com.br/Natália Pasternak/negacionismo/CPI/covid-19/
Jornal GGN - O negacionismo do presidente Jair Bolsonaro da pandemia de covid-19 e da ciência por conta de uma agenda política mata, e negacionistas não podem estar em uma posição de poder. A afirmação é da microbiologista Natália Pasternak, em audiência da CPI da Pandemia nesta sexta-feira.
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quinta-feira, 3 de junho de 2021

O mistério da médica derrotada pelas gangues da cloroquina. Por Moisés Mendes

www.seuguara.com.br/Luana Araújo/CPI/Covid/
Publicado originalmente no Blog do autor: É incômoda a dúvida que já existia e apenas foi fortalecida pelo depoimento da infectologista Luana Araújo na CPI do Genocídio. Como alguém com as posições, o currículo e o talento de Luana achou que poderia enfrentar, com a ciência, as gangues negacionistas da cloroquina no Ministério da Saúde?
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terça-feira, 25 de maio de 2021

Por ora, algemas morais. Por Janio de Freitas

www.seuguara.com.br/Ricardo Salles/ministro do Meio Ambiente/
Por Janio de Freitas, na Folha: A primeira função da CPI está realizada, embora ainda em andamento: já ficou bem demonstrado a que classe de gente o Brasil está entregue. Entre (ex) ministro das Relações Exteriores, (ex) dirigente da comunicação governamental com as altas verbas, e (ex) ministro-general da Saúde, o governo só teve para para apresentar, e representá-lo, impostores. Falsários das atribuições dos respectivos cargos, falsários no cinismo mentiroso com que tentam evadir-se dos próprios atos e palavras no entanto gravados, impressos, criminosos.
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sexta-feira, 21 de maio de 2021

Bob Fernandes: Pazuello mente por Bolsonaro, Carluxo na mira, PF pega Ricardo Salles e Adnet debocha dos farsantes

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sábado, 15 de maio de 2021

CPI da Covid: 'Pazuello ganha o direito a um silêncio comprometedor'. Por Fernando Brito

www.seuguara.com.br/Pazuello/Bolsonaro/CPI/covid-19/
Publicado originalmente por Fernando Brito, no Tijolaço: Como se esperava, Eduardo Pazuello ganhou o direito de, querendo - e sempre que quiser -, silenciar diante das perguntas dos senadores da CPI. Um ganho para Bolsonaro, uma derrota para o general e para o Exército.
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domingo, 9 de maio de 2021

Qual o seu nome? - charge do Amarildo

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sábado, 1 de maio de 2021

Política: CPI da Covid quer ouvir namorada de Wassef, que fez requerimentos de senadores governistas

www.seuguara.com.br/Thaís Amaral Moura/CPI da Covid/
Do Estadão: O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL) e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) querem convocar a servidora do Planalto Thaís Amaral Moura para depor na comissão, instalada no Senado na última terça-feira, 27.
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