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quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

A lógica bolsonarista e o editorialista da Folha, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: Há duas maneiras de enfrentar um tema polêmico. A primeira, é estudando, entendendo a lógica do tema e desenvolvendo argumentos consistentes para rebatê-lo. Se não tiver condições, crie um espantalho, uma caricatura do argumento, e espanque à vontade: espantalhos não reagem.

www.seuguara.com.br/editorial/Folha/bolsonarista/Luís Nassif/

É o que faz o inacreditável editorialista da Folha no editorial "Delírios petistas". Parece feito por um marciano que acabou de baixar na terra, sem nenhuma noção das grandes discussões econômicas que estão ocorrendo no mundo.


Hoje em dia, temas como políticas de austeridade dominam a discussão econômica mundial, através de autores do Nobel Joseph Stiglitz à jovem Clara Mattei. A lógica da política, visando beneficiar exclusivamente o grande capital e abortando qualquer tentativa de desenvolvimento é objeto de discussão geral. Atribui-se a ela a perda de dinamismo da economia norte-americana, o sentimento de orfandade da população em geral, em relação ao Estado, e, em última instância, o avanço da ultradireita mundial. Não é pouca coisa.


Os contra-argumentos levantados é que o equilíbrio macroeconômico aumenta a confiança do capital que volta ao país. Aí haveria outro argumento mostrando que esse capita financeiro não aumenta a capacidade produtiva do país: limita-se a operações de arbitragem. 

Enfim, há uma discussão rica e interminável, disponível para economistas de bom nível.

Sem nível para entrar nesses meandros teóricos, o que faz o editorialista da Folha? Recorre a uma caricatura das críticas, para poder responder com uma caricatura de argumentos. E o leitor? Cada jornal conhece o leitor que merece. 


Diz ele: 

"Na fantasia do PT, apenas interesses perversos e forças malignas o impedem de solucionar todas as carências do país - em renda, educação, saúde, saneamento, infraestrutura - por meio do aumento contínuo do gasto público". 

Uma bobagem sem tamanho! Meio ponto da taxa Selic equivale a quase 0,5% do superávit primário. Ao mencionar "interesses perversos e forças malignas", assim entre aspas, o articulista visa apenas trazer a discussão para o nível de conversa de bar, como se ganhos do mercado com s os ganhos do mercado com tal política não passassem de superstição - e isto em um jornal que já foi dos mais relevantes do país. 


Ele cria a caricatura e rebate com a presunção vazia dos sofismadores:

"Por caricatural que pareça, o delírio se repete, em formulações variadas, nas manifestações de seus quadros e nos inúmeros documentos divulgados ao longo dos mais de 40 anos de vida do partido. No mais recente, datado de sexta-feira (8), a legenda arremete contra "a ditadura do Banco Central 'independente' e do austericídio fical".


"O tal austericídio, sabe-se, é a meta apresentada pelo próprio governo petista de equilibrar as receitas e despesas do Tesouro nacional no próximo ano, eliminando o déficit. Esse propósito seria uma imposição de um BC atrelado ao mercado financeiro, de rentistas e, claro, seus porta-vozes na mídia".

É óbvio! Não existe nada mais ostensivo e óbvio que a ideologia de mercado propagada essencialmente pela mídia. E nenuma interferência mais direta do mercado do que o Banco Central independente.


Só a mídia brasileira para permitir um editorial com tal grau de superficialidade, naquele que, nos anos 90, era considerado o mais influente jornal nacional. Hoje, conversa com seus leitores com a mesma sem-cerimônia de um influenciador bolsonarista com seu gado.

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sábado, 27 de maio de 2023

Estadão é escrachado nas redes após editorial contra Lula: "O seu tempo passou"

Por Augusto de Souza, em O Essencial: Em novo editorial, o jornal O Estado de S.Paulo, o Estadão, afirmou que o presidente Lula não tem um "plano estratégico para o Brasil, o petista parece desorientado". Ao fazer um trocadilho com o nome "perdido da Silva", o jornal argumentou não haver explicação razoável para tantas crises em apenas cindo meses de governo.

www.seuguara.com.br/Estadão/editorial/governo Lula/
Lula é mais uma vez alvo de críticas do Estadão (Imagem/reprodução)

A insistência do Estadão em tentar desmoralizar o governo Lula rendeu, mais uma vez, memes e críticas nas redes sociais. Além de lembrarem o editorial em que o jornal disse que seria uma "difícil decisão" ter de escolher entre Haddad e Bolsonaro no segundo turno das eleições em 2018, os usuários lembram do posicionamento do veículo paulista em momentos como a ditadura militar e nas primeiras eleições após o período, que elegeram Fernando Collor à presidência.


Veja a repercussão:







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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Política: Depois de uma "escolha difícil", Estadão chama PT de diabo

www.seuguara.com.br/Editorial/Estadão/Lula/Dilma/
Por Carolina Fortes, no Fórum: O bom desempenho do ex-presidente Lula nas pesquisas para a Presidência de 2022 começa a incomodar uma parte da mídia. Três anos depois de publicar "Uma escolha muito difícil", editorial que comparava Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (Sem partido), o jornal "O Estado de S. Paulo" divulgou um artigo de opinião em que chama o PT de "diabo" e diz que o partido "não se desculpa pelos seus erros".

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quarta-feira, 18 de abril de 2018

Agência Xeque: Globo produz análise fake sobre condenação de Aécio Neves

A Agência Xeque, o mais novo serviço de checagem de fake news criada pelo jornal GGN, sob a responsabilidade e coordenação do jornalista Luis Nassif com a colaboração de leitores e assinantes, analisou o editorial de o Globo de 18/04/2018: "Aécio convertido em réu abala teoria persecutória do PT". Confira o resultado.
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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Política no Congresso Nacional: ‘Uma conspiração em curso’

- Um editorial sensato do jornal O Estado de S.Paulo, sobre o momento atual do degradante sistema político brasileiro - "A terceira lei de Newton, princípio da Física segundo o qual “toda ação provoca uma reação de igual ou maior intensidade, mesma direção e em sentido contrário”, aplica-se também na política, como se vê pelo movimento silencioso que se articula nos bastidores do Congresso com o objetivo cínico de incluir na pauta das reformas políticas, que começarão a ser decididas após as eleições municipais, a ideia nada sutil de algum tipo de anistia para políticos envolvidos nos casos de corrupção. O fundamento dessa ideia maliciosa – que com certeza será rejeitada pelos brasileiros quando vier a público – é o de que o combate à corrupção simbolizado pela Operação Lava Jato é meritório, mas precisa ser contido dentro de limites que não comprometam o habitual desenvolvimento do jogo político."


"Em resumo, o argumento central dessa reação dos maus políticos aos rigores da Lava Jato é o de que é preciso distinguir entre os que faturam “por fora” para enriquecer e quem o faz “apenas” para se eleger. Essa ideia marota, patrocinada por um time poderoso cuja escalação qualquer pessoa que acompanhe o noticiário político tem em mente, significa estabelecer uma clara distinção entre caixa 2 e propina, descriminalizando o primeiro por meio de algum expediente técnico-jurídico. Afinal, o custo das campanhas eleitorais anda pela hora da morte e se tornou insuportável com a proibição do financiamento eleitoral por pessoas jurídicas.

Os maus políticos embarcam nessa conspiração contra a moralização de suas atividades por uma simples razão: não sabem fazer política de outro jeito. Estão inexoravelmente vinculados ao patrimonialismo que predomina na vida pública. Essa distorção extremamente nociva do trato da coisa pública contamina até mesmo o glamourizado “idealismo da esquerda”. Tornou-se comum, depois da devastadora passagem do lulopetismo pelo poder central, notórios esquerdistas fazerem vista grossa à ladroeira patrocinada pelos poderosos.

Na verdade, é preciso considerar que nas últimas décadas se consolidou o conúbio entre os partidos – todos eles – e o grande capital patrocinador de eleições. E isso se fez ao abrigo da lei – ou seja, não era ilegal receber doações, desde que registradas na Justiça Eleitoral.

Diante desse quadro promíscuo, é razoável supor que os agentes da Lava Jato e congêneres eventualmente se deixem levar pelo entusiasmo ou pelo excesso de zelo e ultrapassem os limites de sua competência. Abusos desse tipo devem ser reprimidos e corrigidos. Mas os fatos demonstram que em dois anos e meio na coordenação da Lava Jato em primeira instância é insignificante a quantidade de despachos do juiz Sergio Moro que foram reformados pelas instâncias superiores.

Assim, é inegável que, felizmente, o bom senso esteja prevalecendo nas decisões judiciais relativas a questões especialmente delicadas como a contribuição de empresas a campanhas eleitorais, agora proibida. E o bom senso mostra que as doações eleitorais por parte de pessoas jurídicas – inclusive grandes empreiteiras – nem sempre foram ilegais, sub-reptícias, destinadas a proporcionar vantagens mútuas condenáveis. É necessário saber distinguir entre doações recebidas de boa-fé e aquelas que foram produto de desvios e ilegalidades diversos. Na espécie, não cabem generalizações injustas.

Essa distinção precisa ser feita até para neutralizar a tentativa de empresários delatores que têm interesse em meter no mesmo saco todos a quem deram dinheiro, inclusive aqueles que receberam a doação de boa-fé, sem oferecer contrapartida ilícita.

Os que conspiram contra a Lava Jato queixam-se de que os agentes federais tendem a pecar por excesso de rigor, exagerando em sua ação. Se existe algum excesso ou exagero é na sem-vergonhice com que maus políticos se entregaram à corrupção, ativa e passiva, sob o argumento despudorado de que essa é a “regra do jogo”. Essa regra foram eles próprios que criaram. Está mais do que na hora de mudá-la, por meio de uma reforma político-partidária que deixe bem claros e separados os campos da militância em favor do interesse público e a mera bandidagem."

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VIA

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sábado, 26 de março de 2016

'Editorial: Quem são os inimigos da democracia'

O DIA - Hoje deve-se observar pelo país tradição tão antiga quanto a Páscoa: a malhação de Judas. A cada ano, no Sábado de Aleluia, elegem-se personagens da República que, no julgamento popular — e com um pouco de galhofa —, merecem uma surra que inclui pauladas, pontapés e até mesmo o fogo.

Inimigos da democracia
Hoje, muitos são os ‘Judas’ no Brasil. Boa parte deles merecedora da ‘homenagem’ de erguer o boneco alusivo nos postes e derrubá-los num linchamento, como numa catarse livradora dos pecados da nação. Mas, como este espaço vem ponderando nas últimas semanas, o ódio e a intolerância vem guiando discursos e ações.

Não é exagero afirmar que a atitude de muitos brasileiros acabará por malhar — no sentido literal ou bíblico — não políticos corruptos ou governantes impopulares, mas a própria democracia. Ao defender com virulência o silêncio do discordante, proibindo-o até de usar dada cor, caminha-se a passos largos para o totalitarismo. E a democracia pode não ressuscitar se a exceção explodir.

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quinta-feira, 10 de março de 2011

Carnaval - Editorial polêmico [vídeo]

Há alguns dias, a jornalista Rachel Sheherazade, âncora da TV Tambaú de João Pessoa-PB, afiliada do SBT, apresentou um editorial em seu programa de notícias, que virou hit no YouTube. É um dos assuntos mais comentados no Twitter. A opinião de Rachel sobre o Carnaval teve repercussão na Web, gerando uma grande polêmica. Dentre muitas afirmativas, a jornalista critica o governo por apoiar a Festa, e diz que o evento traz enorme prejuízo ao país. "milhões de reais são pagos a artistas para garantir o circo a uma população miserável que não tem o pão na mesa"- disse ela. Milhares de internautas opinaram a seu favor, e boa parte foi contra seus critérios de avaliação.
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