quinta-feira, 3 de julho de 2025
terça-feira, 20 de maio de 2025
Petrobras corta preços, mas postos aumentam lucros e combustíveis encarecem
Por Vinicius Konchinski - Brasil de Fato: A Petrobras reduziu em 9% o preço da gasolina que ela vende a distribuidores de combustível desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou à Presidência, em janeiro de 2023. No entanto, o consumidor final não viu esse recuo se refletir nas bombas. Pelo contrário: segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do litro do combustível subiu 26% no período.
A diferença entre o preço praticado pela estatal e o valor cobrado ao consumidor pode ser explicada, em parte, pelo amento da margem de lucro das distribuidoras e dos postos de combustíveis.
De janeiro de 2023 até aqui, ele cresceu pelo menos 10%, segundo dados do Ministério de Minas e Energias (MME) tabulados pelo economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).
O ganho dessas empresas virou tema de críticas da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, na última terça-feira (13). A executiva chegou a sugerir que consumidores cobrem dos postos razões para um preço tão elevado dos combustíveis.
"A gente recomenda que o consumidor pergunte por que isso não está chegando à ponta", disse ela. "Pressiona, pergunta por que isso está acontecendo."
Chambriard lembrou que, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Petrobras "perdeu poder sobre a ponta", ou seja, privatizou sua participação no mercado de distribuição e revenda de combustíveis. Ela apontou que a medida delegou a definição de parte considerável do preço dos combustíveis no país ao setor privado, que se aproveitou do poder sobre o mercado para lucrar. O alto custo nos postos, mesmo com corte de preços promovidos pela Petrobras, é resultado disso.
Privatizações
Além de explorar, produzir e refinar petróleo, a Petrobras também distribuía e revendia combustíveis até 2019, quando ainda era dona da BR Distribuidora. A empresa foi privatizada em duas fases, em 2029 e 2012 - ambas durante o governo de Bolsonaro. Acabou mudando seu nome para Vibra, mas ainda ostenta a marca BR.
A Petrobras também distribuía e vendia gás, por meio da Liquigás. A subsidiária também foi privatizada, em 2020, durante o governo Bolsonaro. Acabou incorporada por um consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás.
Dantas, do Ibeps, aponta que essas duas vendas tiveram efeito significativos para as margens cobradas nos dois setores do qual a Petrobras saiu. Margem é a diferença entre o custo de aquisição de um produto e o preço de revenda do produto.
O economista monitora há anos o mercado de combustíveis no Brasil. Usa, inclusive, dados dos Relatórios Mensais de Derivados de Petróleo, do MME, para isso.
Números extraídos por Dantas desses relatórios apontam que, desde de janeiro de 2019, a margem das distribuidoras e postos sobre o preço da gasolina subiu 43%. Enquanto a seis anos eles ganhavam R$ 0,73 centavos por litro de combustível vendido, agora ganham cerca de R$ 1,06.
"No ano de 2020, a margem ficou na média de R$ 0,64. Mesmo se corrigirmos este valor pela inflação do período, em valores atuais a margem seria de R$ 0,79, muito abaixo dos R$ 1,12 do mês de fevereiro deste ano", comparou Dantas, em artigo publicado no site do Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos e Região (Sindipetro SJC).
sexta-feira, 17 de junho de 2022
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
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Depois de garantir que não houve alteração no alinhamento dos preços dos combustíveis vendidos às refinarias, em relação ao preços praticados no mercado internacional, a Petrobras anunciou novo aumento para os preços da gasolina, diesel e gás de cozinha. Confira os percentuais de reajustes nas refinarias, que valem a partir desta terça-feira (09).