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sábado, 30 de novembro de 2024

Bolsonaro tenta jogar trama golpista para Heleno e Braga Netto, e militares reagem

Por Cézar Feitosa, no ICL: (Folhapress) - A defesa de Jair Bolsonaro (PL) passou a trabalhar nos últimos dias com a tese do "golpe do golpe", segundo a qual militares de alta patente usariam a trama golpista no fim de 2022 para derrubar o então presidente e assumir o poder e não para mantê-lo no cargo. A estratégia para livrar Bolsonaro do enredo golpista implica os generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto como os principais beneficiados por uma eventual ruptura institucional.

www.seuguara.com.br/General Augusto Heleno/General Braga Netto/plano golpista/golpe de Estado/

Aliados dos dois militares afirmaram à Folha, sob reserva, que a divulgação dessa linha de defesa causou quebra de confiança. O movimento é visto como um oportunismo do ex-presidente na tentativa de se livrar das acusações de que conhecia os planos golpistas. 

A base para essa tese é um documento elaborado pelo general da reserva Mario Fernandes, um dos principais suspeitos de arquitetar a trama golpista revelada pela Polícia Federal. Esse texto previa a criação de um Gabinete Institucional de Gestão de Crise, comandado por militares, logo após o golpe de Estado.


As reações de militares sobre essa linha de defesa se intensificaram na sexta-feira (29) após Paulo Amador da Cunha Bueno, um dos advogados de Bolsonaro, dizer em entrevista à GloboNews que o ex-presidente não se beneficiaria com um eventual golpe. 

"Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do general Mario Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do "Plano Punhal Verde e Amarelo" e, nessa junta, não estava incluído o presidente Bolsonaro", disse Bueno.


Advogado: presidente não assumiria

O advogado voltou a dizer que Bolsonaro não tinha conhecimento do plano identificado pela PF que definia estratégias para matar o presidente Lula (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) e então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 

"Não tem o nome dele [Bolsonaro] lá, ele não seria beneficiado disso. Não é uma elucubração da minha parte. Isso está textualizado ali. Quem iria assumir o governo em dando certo esse plano terrível, que nem na Venezuela chegaria a acontecer, não seria o Bolsonaro, seria aquele grupo", reforçou o advogado.

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Em nota divulgada após o indiciamento, Braga Netto criticou a "tese fantasiosa e absurda de 'golpe dentro do golpe'. "[O general] lembra, ainda, que durante o governo passado, foi um dos poucos, entre civis e militares, que manteve a lealdade ao presidente Bolsonaro até o final do governo, em dezembro de 2022, e a mantém até os dias atuais, por crença nos mesmos valores e princípios inegociáveis", diz o texto assinado pela defesa do militar.

A reportagem procurou a defesa de Bolsonaro, mas não recebeu resposta.


Apesar do desapontamento, interlocutores de Heleno e Braga Netto dizem que os militares responsabilizam mais os advogados do que o ex-presidente.

A minuta de criação do Gabinete Institucional de Gestão de Crise previa que o general Augusto Heleno seria o chefe do grupo. Braga Netto aparece como coordenador-geral, enquanto o general Mario Fernandes e o coronel Elcio Franco seriam assessores estratégicos.


O texto previa ainda outras estruturas no gabinete de crise, como as assessorias de comunicação social e de inteligência. Ao todo, seriam 18 militares no grupo, com maioria de integrantes da reserva do Exército.

Militares aliados de Braga Netto e Heleno destacaram que a linha de defesa mostra que o projeto político do ex-presidente foi colocado acima das amizades com os fardados que demostraram lealdade durante o governo.


Heleno: principal conselheiro de Bolsonaro

Ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Heleno tinha uma rotina que começava por volta das 5h. Ele fazia questão de receber, todos os dias, o então presidente na garagem do Palácio do Planalto para repassar as primeira informações do dia.

Era uma das pessoas mais próximas de Bolsonaro, considerado seu principal conselheiro. Antes do fim do governo, era também um dos generais mais respeitados no Exército. Na história da Força, só ele e mais um militar ficaram em primeiro lugar nos três cursos de formação de oficiais.


Braga Netto: vice da chapa em 2022

Já Braga Netto foi ministro da Casa Civil e da Defesa na gestão Bolsonaro. Só deixou o governo para se filiar ao PL e compor, como vice, a chapa presidencial na campanha pela reeleição.

O general fazia parte do círculo mais íntimo de Bolsonaro. Foi ele quem levou o ex-presidente para reunião com o ex-comandante do Exército Villas Boas, no fim de 2022, para buscar conselhos.

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

General Rêgo Barros ataca pretensão de Braga Netto Vice. Por Fernando Brito

Publicado originalmente por Fernando Brito, em seu blog: Otávio Rêgo Barros, general de divisão que foi chefe da Comunicação do Exército e porta-voz da Presidência no início do governo Bolsonaro, é um dos integrantes da "geração Haiti", uma camada de altos oficiais que fez parte das forças de pacificação (ou nem tanto) naquele país, como Augusto Heleno, Luiz Carlos Ramos, Santos Cruz e o ex-comandante do Exército Edson Leal Pujol.
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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

A deprimente guerra dos generais. Por Fernando Brito

Por Fernando Brito, em seu blog: Nada poderia ser mais deprimente e corrosivo para as Forças Armadas que o fato de terem sido transformadas em palanque para saber quem é o general aposentado que, em seu nome, será indicado como "irmão fortão" do desaforado capitão fascista e lhe servirá de "ameaça" aos políticos (para não se atreverem a um impeachment) ou mesmo a todo o país, pelo medo de que se arraste os militares para uma tragédia golpista ante o resultado das urnas.
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quarta-feira, 28 de julho de 2021

Política: 'Bolsonaro não cansa de humilhar os generais'. Por Moisés Mendes

Publicado por Moisés Mendes em seu blog: Bolsonaro avisa que chegou ao limite com Hamilton Mourão. O vice incomoda em vem falhando nas tarefas recebidas. Mourão foi até aqui um auxiliar mediano e inconfiável de Ricardo Salles, como presidente do Conselho da Amazônia.
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terça-feira, 17 de novembro de 2020

Bolsonaro tripudia sobre cinismo dos generais. Por Fernando Brito

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Por Fernando Brito, no Tijolaço, em 14.11.2020 - "Não vamos deixar a política entrar nos quartéis", diz o general Edson Pujol, comandante do Exército, secundado pelo general-vice Hamilton Mourão. Seria ótimo que fosse verdade, mas é puro cinismo. Sem nos últimos anos, houve algo que entrou nos quartéis forma Bolsonaro e suas ideias tortas e fanáticas.
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sábado, 24 de outubro de 2020

Abraçados no meio do redemoinho. Por Moisés Mendes


Por Moisés Mendes, em seu blog - Há um certo alvoroço toda vez que Bolsonaro se desentende com algum general, depois de ter mandado sete generais embora do governo. Há quem acredite que o fim de Bolsonaro não será num embate contra os adversários, mas com gente da sua própria turma.

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Política: Apontado como "pivô" da demissão de Bebianno, diretor da Globo se reuniu com Onyx e generais

Da coluna de Mônica Bergano, na Folha: Uma das versões para a queda de Gustavo Bebianno é a de que o presidente Jair Bolsonaro se sentiu traído porque ele agendou um encontro com Paulo Tonet, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo. Não seria a primeira vez, no entanto, que o executivo da Globo esteve com ministros do núcleo duro do governo.
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