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sábado, 30 de maio de 2015

Curtas & Boas

Imperdível! Desta vez, a nova edição do "Curtas & Boas" reúne algumas notícias e comentários sobre o maior escândalo de corrupção do momento: a prisão de vários dirigentes da mais alta cúpula da entidade mais importante do futebol mundial, a Fédération Internationale de Football Association mais conhecida pelo acrônimo FIFA. Dentre os dirigentes presos pelo FBI, envolvidos em um esquema de recebimentos de propinas que desde a década de 1990 chegou ao montante de US$ 100 milhões, está o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin.
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terça-feira, 19 de maio de 2015

Governo estuda privatizar partes da Copel e da Sanepar

“Em meio a uma das piores crises financeiras de sua história, o governo do Paraná volta a falar em vender fatias de suas principais empresas estatais, a Companhia Paranaense de energia (Copel) e a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), para obter recursos.

Copel-Sanepar

A informação é do secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Machado da Costa, em entrevista publicada nesta terça (10) ao jornal Valor Econômico. “Estamos estudando para levar ao governador. A venda pode ocorrer neste ano, dependendo das condições do mercado”, disse.

As ações das estatais vendidas, segundo o diário, seriam as do excedente do controle do estado – as empresas, portanto, permaneceriam sobre o controle estatal. O estado arrecadaria até R$ 950 milhões com a venda deste excedente, segundo estimativas do Valor Data. atualmente o Paraná possui 58% das ações ordinárias da Copel e 74% das ações ordinárias da Sanepar.

O secretário espera ainda que, além da venda, as estatais cortem despesas e ferem o maior dividendo possível para os acionistas – o que geraria caixa para o estado.

Segundo Mauro Ricardo, o estado enfrenta sérias dificuldades de caixa. “Quando cheguei [ao governo] havia uns R$ 10 bilhões de recursos livres disponíveis. Não havia dinheiro para cumprir compromissos assumidos pela administração. Esse é o problema: dívidas e um orçamento desequilibrado”.

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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Enem 2015: inscrições começam dia 25

Por: Portal EBC - As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015 serão abertas no próximo dia 25 de maio e seguem até as 23h59 de 5 de junho. O edital será publicado no dia 18 de maio, próxima segunda-feira.O anúncio foi feito nesta quinta-feira (14) pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. As provas do Enem 2015 estão marcadas para os dias 24 e 25 de outubro. Os interessados poderão se inscrever pelo site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).



Para 2015, o valor da inscrição será de R$ 63 - até o ano passado era R$ 35. Para se inscrever, são necessários os documentos de identidade e CPF. Aqueles que quiserem utilizar o Enem para retirar a Certificação de Conclusão do Ensino Médio devem indicar o desejo no ato de inscrição.

Para que serve o Enem?

O exame é a principal porta de entrada para o ensino superior. Desde 2009, a prova passou a ser usado por instituições públicas de ensino superior como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais com a criação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A prova também é pré-requisito para quem quer participar de programas de acesso ao ensino superior e de financiamento público, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e as bolsas de estudo no exterior do Ciência sem Fronteira, além do Sistema de Seleção Unificada do Ensino Técnico e Profissional (Sisutec), que destina a estudantes vagas gratuitas em cursos técnicos.
No ano passado, mais de 8,7 milhões de estudantes se inscreveram no exame.

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sábado, 9 de maio de 2015

A disputa do pré-sal


-“Os jornais voltam a anunciar que se discute, dentro e fora do governo, o fim da atuação da Petrobras como operadora exclusiva do pré-sal, com fatia mínima de 30%.
Alegam, entre outras coisas, seus adversários que seria inviável para a Petrobras continuar a explorar o petróleo do pré-sal com a baixa cotação atual do barril no mercado global, quando a produção oriunda dessa área cresceu 70% em março e se aproxima de 500 mil barris por dia.



Ora, se a Petrobras, que acaba de ganhar (pela terceira vez) o maior prêmio da indústria internacional de exploração de petróleo em águas marinhas, o OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions, nos EUA, justamente pelo desenvolvimento de tecnologia própria para a extração do óleo do pré-sal em condições extremas de profundidade e pressão, estaria tendo prejuízo na exploração desse óleo, porque as empresas estrangeiras, a quem se quer entregar o negócio, conseguiriam ter lucro como operadoras, se não dispõem da mesma tecnologia?

Se a Petrobras explora petróleo até nos Estados Unidos, em campos como Cascade, Chinook e Hadrian South, onde acaba de descobrir reservas de 700 milhões de barris, em águas territoriais norte-americanas do Golfo do México, porque tem competência para fazer isso, qual é a lógica de abandonar a operação do pré-sal em seu próprio país, onde pode gerar mais empregos e renda com a contratação de serviços e produtos locais, e o petróleo é de melhor qualidade?

A falta de sustentação dessa tese não consegue ocultar seus principais objetivos. Se quer aproveitar uma “crise” da qual a empresa sairá em poucos meses (as ações com direito a voto já se valorizaram 60% desde janeiro; o balanço foi apresentado com enormes provisões para perdas por desvios de R$ 6 bilhões, que delatores “premiados”, cuja palavra foi considerada sagrada em outros casos, já negaram que tenham ocorrido; a produção e as vendas estão em franco crescimento) para fazer com que o país recue no regime de partilha de produção, de conteúdo nacional mínimo, e na presença de uma empresa nacional na operação de todos os poços, para promover a entrega da maior reserva de petróleo descoberta neste século para empresas ocidentais, como a Exxon, por exemplo, que acaba de perder, justamente para a Petrobras, o título de maior produtora de petróleo do mundo de capital aberto.

Como ocorreu na década de 1990, se cria um clima de terror para promover a entrega de uma das últimas empresas sob controle nacional ao estrangeiro.

Enquanto isso não for possível, procura-se diminuir sua dimensão e importância, impedindo sua operação na exploração de reservas que são suas, por direito, situadas em uma área que ela descobriu, sozinha, graças ao desenvolvimento de tecnologia própria e inédita e à capacidade de realização da nossa gente.

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quinta-feira, 7 de maio de 2015

‘Lava jato’: Excessos de Sergio Moro são discutidos no STF e no CNJ pelo menos desde 2005

Publicado no Conjur. 

- “Se é recente o primeiro julgamento de mérito de Habeas Corpus da operação “lava jato” pelo Supremo Tribunal Federal, o trabalho do juiz federal Sergio Fernando Moro, responsável pelos processos da operação, já é discutido pelo STF e pelo Conselho Nacional de Justiça há alguns anos. Ao longo de sua carreira, Moro foi alvo de procedimentos administrativos no órgão por conta de sua conduta, considerada parcial e até incompatível com o Código de Ética da Magistratura. Todos os procedimentos foram arquivados e correram sob sigilo.

Entre as reclamações há o caso em que ele mandou a Polícia Federal oficiar a todas as companhias aéreas para saber os voos em que os advogados de um investigado estavam. Ou quando ele determinou a gravação de vídeos de conversas de presos com advogados e até familiares por causa da presença de traficantes no presídio federal de Catanduvas (PR).
O caso das companhias aéreas é famoso entre os advogados do Sul do Brasil. Ganhou destaque depois que a 2ª Turma do Supremo mandou os autos do processo para as corregedorias do CNJ e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região para que apurassem irregularidades. Um Habeas Corpus (95.518) alegava suspeição de Sergio Moro. O Supremo entendeu que não houve suspeição, mas que “há fatos impregnados de subjeição” — clique aqui para ler o acórdão.
Foi um dos episódios da atribulada investigação sobre evasão de divisas para o exterior conhecida como caso Banestado, nos anos 1990. Foi esse o processo que deixou Sergio Moro famoso e o levou às manchetes nacionais pela primeira vez.

Passo a passo

O HC rejeitado pelo Supremo pretendia anular a investigação por imparcialidade de Sergio Moro, o que o tornaria suspeito para julgar o caso. O processo ficou famoso porque Moro decretou, em 2007, a prisão preventiva de um dos investigados, que não foi encontrado no seu endereço em Curitiba. Estava no Paraguai, onde também tinha uma casa.
Moro não sabia. Por isso mandou a PF oficiar a todas as companhias aéreas e a Infraero para ficar informado sobre os voos com origem em Ciudad del Este, no Paraguai, ou Foz do Iguaçu, para Curitiba a fim de que se encontrasse o investigado. Também mandou fazer o mesmo com os voos de Porto Alegre para Curitiba, já que os advogados do investigado, Andrei Zenkner Schmidt e Cezar Roberto Bittencourt, poderiam estar neles.
Segundo o HC impetrado pelos advogados, Moro também expediu quatro mandados de prisão com os mesmos fundamentos, todos revogados pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região; determinou o sequestro prévio de bens do investigado por entender que os bens apresentados por ele seriam insuficientes para ressarcir os cofres públicos em caso de condenação.

“Magistrado investigador”

O HC foi rejeitado por quatro votos a um. A maioria dos ministros da 2ª Turma do Supremo — por coincidência, colegiado prevento para julgar a “lava jato” — seguiu o voto do relator, ministro Eros Grau, segundo o qual havia indícios de subjetividade, mas nada que provasse suspeição ou parcialidade do juiz.
Quem ficou vencido foi o ministro Celso de Mello. O decano do STF se referiu a “fatos extremamente preocupantes”, como “o monitoramento de advogados” e o “retardamento do cumprimento de uma ordem emanada do TRF-4”.
“Não sei até que ponto a sucessão dessas diversas condutas não poderia gerar a própria inabilitação do magistrado para atuar naquela causa, com nulidade dos atos por ele praticados”, votou Celso. “O interesse pessoal que o magistrado revela em determinado procedimento persecutório, adotando medidas que fogem à ortodoxia dos meios que o ordenamento positivo coloca à disposição do poder público, transformando-se a atividade do magistrado numa atividade de verdadeira investigação penal. É o magistrado investigador.”
Os demais ministros argumentaram que todas as ordens de prisão expedidas por Moro foram fundamentadas, embora posteriormente cassadas pelo tribunal, o que faz parte do devido processo legal. Mas Celso de Mello respondeu que o problema não é a ausência de fundamentação ou o conteúdo delas, mas “a conduta que ele [Moro] revelou ao longo deste procedimento”.
O ministro listou, ainda em seu voto, as normas que estariam sendo violadas pelo juiz. Ele questiona: “[Ao negar o HC],  nós não estaríamos validando um comportamento transgressor de prerrogativas básicas? Consagradas não apenas na nossa Constituição, mas em declarações de direitos promulgadas no âmbito global pela ONU, a Declaração Universal dos Direitos da pessoa Humana, de 1948, a Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969, o Pacto Internacional de Direitos civis e Políticos de 66, a Carta Europeia de Direitos Fundamentais, de 2000.”
O ministro Gilmar Mendes discordou da decisão de anular a investigação, porque a sentença condenatória foi mantida pelo TRF-4. Mas concordou que “todos os fatos aqui narrados são lamentáveis de toda ordem”. O julgamento do HC terminou em março de 2013, e dele participaram, além de Gilmar, Celso e Eros Grau, os minstros Ricardo Lewandowski e Teori Zavascki.

Sem problema

A Corregedoria de Justiça Federal da 4ª Região arquivou o caso, por entender que os mandados de prisão foram fundamentados. Discuti-los seria entrar em seara jurisdicional, o que não pode ser feito pela Corregedoria, um órgão administrativo.
Sobre o rastreamento das viagens, o vice-corregedor do TRF-4, desembargador, Celso Kipper, entendeu “haver certo exagero na afirmação que o magistrado estaria ‘investigando a vida particular’ dos advogados.  Não há qualquer indício de que a vida particular dos advogados interessasse ao magistrado”. A decisão é de 1º de dezembro de 2014.
O CNJ também arquivou o pedido. A corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, em fevereiro deste ano, entendeu que não poderia reanalisar uma questão já debatida pela corregedoria local. Isso porque a Corregedoria Nacional não é uma instância recursal.

Sem sigilo

Outra atuação célebre de Sergio Moro é de quando ele foi juiz federal de Execução Penal da Seção Judiciária do Paraná. Ele dividia o cargo com o juiz federal Leoberto Simão Schmit Junior. Naquela época, a coordenação das execuções penais federais era feita por juízes em regime de rodízio.
Reportagem da ConJur de 2010 mostrou que o monitoramento das conversas entre presos e advogados acontecia no Paraná pelo menos desde 2007. As gravações eram feitas no parlatório do presídio federal de segurança máxima de Catanduvas.
Foi lá que ficou preso o traficante de drogas colombiano Juan Carlos Abadia e é onde está o brasileiro Fernandinho Beira-Mar. Sob a justificativa de eles terem uma grande rede de contatos em diversos lugares do mundo, os dois juízes de execuções penais federais determinaram que fossem instalados microfones e câmeras nas salas de visitas e nos parlatórios do presídio para que fossem gravadas todas as conversas dos internos.
Eram monitorados, portanto, todos os encontros dos presidiários. Segundo reclamação feita pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ao CNJ, os dois juízes “autorizam e permitem a gravação de áudio e vídeo de conversas entre presos e visitantes/familiares, inclusive advogados, de forma irrestrita e aberta”.
De acordo com a entidade, “a existência e funcionamento desses aparelhos ultraja os direitos dos advogados de avistar-se, pessoal e reservadamente, com seus clientes, violando, ainda, a própria cidadania, o Estado Democrático de Direito e o sagrado direito de defesa.”
A OAB chegou a oficiar os dois juízes de execução. E Moro respondeu, em 2009, que a instalação desses equipamentos teve o objetivo de “prevenir crimes a prática de novos crimes, e não interferir no direito de defesa”. Ele diz haver ordem para que todo “material probatório colhido acidentalmente” que registre contatos do preso com seu advogado seja encaminhado ao colegiado de juízes de execução para evitar que as gravações sejam usadas em processos.

Estado policial bisbilhoteiro

Moro ressalva, no entanto, que “o sigilo da relação entre advogado e cliente não é absoluto. Legítimos interesses comunitários, como a prevenção de novos crimes e a proteção da sociedade e de terceiros, podem justificar restrição a tal sigilo”. Ele se justifica com base em um precedente de uma corte federal americana, segundo o qual o sigilo das comunicações entre advogado e cliente pode ser quebrado se ele for usado para facilitar o cometimento de crimes.
Para a OAB, a argumentação comprova que as gravações eram feitas sem base em qualquer indício de crime, ou sequer investigação em curso. “É absurda e teratológica a determinação judicial que impõe a gravação de todas as conversas sem efetivar um juízo de individualização em relação a certos visitantes e eventual participação dos mesmos na organização criminosa do preso. Ou seja, é o Estado policial bisbilhoteiro chancelado pelas autoridades.”
O Conselho Nacional de Justiça sequer analisou o pedido. A argumentação descrita acima consta de uma Reclamação Disciplinar levada à então corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon. Mas, em 2011, ela arquivou a Reclamação com base na decisão do plenário do CNJ de arquivar um Pedido de Providências sobre o mesmo fato.
A decisão era de que as gravações de conversas entre presos e advogados foram feitas no âmbito de processos judiciais. O caso, portanto, esbarrou na “incompetência do CNJ para rever questões já judicializadas”.
Havia também um pedido para que o CNJ regulamentasse o monitoramento dos parlatórios, que também foi negado. A ementa da decisão afirma que “providência sujeita à análise de especificidades locais. Inviável a fixação de critérios uniformes”.
Hoje a OAB prepara uma Ação Civil Pública para encaminhar à Justiça Federal. O pedido será para que o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério da Justiça responsável pelos presídios federais brasileiros, se abstenha de gravar os encontros entre presos e seus advogados.

Big brother

A investigação do caso Banestado levou Moro ao CNJ algumas vezes. Outra delas foi quando a vara da qual ele era titular, a 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba, tocou a operação com o sugestivo nome de big brother.
O apelido foi uma brincadeira com as iniciais do Banco do Brasil, o “irmãozão” que, segundo a PF, “deu” milhões de reais a uma suposta quadrilha. Mas o prolongamento de grampos telefônicos por pelo menos seis meses, aliado ao fato de a operação ter sido inteiramente derrubada, lembra mais o Grande Irmão do romance 1984, de George Orwell, um Estado totalitário que bisbilhotava a vida privada de todos os cidadãos.
No mais, foi um caso que entrou para os anais do Direito Penal. O Ministério Público denunciou uma quadrilha pela prática de “estelionato judicial”, tipo penal criado no ato do oferecimento da denúncia.
A investigação tinha como alvo uma quadrilha supsotamente montada para falsificar liminares (daí o estelionato e daí o judicial) para sacar, junto ao Banco do Brasil, títulos emitidos pela Petrobras e pela Eletrobras. A operação nasceu depois que um dos investigados na big brother sacou R$ 90 milhões em título emitido pela estatal de energia.
Segundo o advogado Airton Vargas, que defendeu um dos investigados, foi “tudo suposição grosseira, sem indícios, com o uso da expressão ‘provável’”. No curso do processo fiou provado que os títulos eram verdadeiros e que as decisões judiciais de fato foram tomadas. E o tal do “estelionato judicial” foi considerado conduta atípica num Habeas Corpus julgado pelo TRF-4.

Outros meios, mesmo fim

O problema foi a condução da operação. Segundo Lagana, seu cliente ficou preso preventivamente por 49 dias pela acusação de “estelionato judicial”. Antes disso, teve a interceptação de seu telefone renovada por 15 vezes em 2005. Ou seja, a PF ficou ouvindo suas conversas telefônicas por seis meses ininterruptos, embora a Lei das Interceptações Telefônicas só autorize grampos de 15 dias de duração, renováveis uma vez.
Há discussão judicial sobre a possibilidade de mais renovações. Mas a reclamação do advogado é que, se a acusação é de fraude a títulos de dívida e de falsificação de decisões judiciais, não era necessário grampear telefone algum. “Havia outros meios idôneos e recomendáveis para apuração de eventuais delitos por parte do investigado, e o principal recurso era a diligência com a Eletrobras acerca da falsificação dos títulos cobrados judicialmente, o que foi realizado apenas depois das interceptações e da prisão.”
A Corregedoria da Justiça Federal da 4ª Região decidiu por arquivar a reclamação. Entendeu que “não cabe qualquer atuação correicional pelo singelo motivo de a matéria suscitada estar absolutamente vinculada ao exercício da jurisdição”.

O caso chegou ao CNJ por meio de um recurso. E, segundo a corregedora nacional de Justiça à época, ministra Eliana Calmon, o pedido não se enquadrava em nenhum dos casos descritos pelo Regimento Interno do Conselho para autorizar rediscussão da matéria.

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quarta-feira, 6 de maio de 2015

O estupro permanente da notícia


- “Há dois tipos de leitores de jornais: os que querem se informar, e os que querem ler apenas aquilo que lhes agrada. Os primeiros, são leitores; os segundos, torcedores.
Nos últimos anos, os grandes grupos jornalísticos abriram mão dos leitores. A notícia tornou-se uma ferramenta de guerra, que, como em toda guerra, pode ser estuprada, manipulada, distorcida.

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reprodução/montagem/GGN
Há inúmeros temas relevantes para se criticar Dilma, Lula e o PT: os erros da política econômica, o envelhecimento das ideias, a falta de propostas novas, o aparelhamento de muitas áreas, os problemas enfrentados pela Petrobras.

Mas, aparentemente, entre Pulitzer e William Randolph Hearst – o pai do jornalismo marrom -, a grande imprensa brasileira escolheu o segundo.

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O Estado de S. Paulo, o augusto Estadão, que historicamente se colocava como um baluarte conservador, mas respeitador dos fatos, divulgou em sua versão online a manchete de que a Petrobras destruira gravações de reuniões do Conselho de Administração para sumir com provas.
O repórter entregou uma matéria responsável. Consultou dois diretores que lhe asseguraram que não era hábito, mesmo, guardar gravações de reuniões de Conselho. Serviam apenas para instruir as atas. Depois das atas escritas, as gravações eram destruídas. Só depois que estourou a Lava Jato é que decidiu-se preservar as gravações, caso houvesse necessidade.

Ao longo do dia, a manchete foi desmentida por diversos veículos online. No dia seguinte, na edição impressa, manteve-se o enfoque errado.
Em outros tempos, poucos saberiam. Na era da Internet, o erro já tinha se espalhado. Ao insistir em mantê-lo os editores expuseram o jornal e sua história a milhares de leitores que já tinham conferido os desmentidos.

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O mesmo aconteceu com a revista Época, em conluio com procuradores da República do Distrito Federal.
Desde que saiu da presidência, Lula assumiu o compromisso público de aproximar-se da África e trabalhar negócios brasileiros por lá. Por seu lado, há décadas a Construtora Odebrecht investiu na área e em outros países emergentes. Hoje em dia, atua em 28 países construindo todo tipo de obra.
Finalmente, há décadas o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) dispõe de uma linha de financiamento às exportações de produtos e serviços, o Proex, da qual o maior cliente – por ser a empreiteira brasileira com mais obras no exterior – é a própria Odebrecht.

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No entanto, procuradores irresponsáveis foram investigar as obras da Odebrecht no exterior e montaram um inquérito com base nos seguintes fatos:
Lula visitou Gana e dois meses depois a Odebrecht conquistou um projeto por lá. Os procuradores tentaram criminalizar o que se tratava de uma estratégia bem sucedida. E ligaram a visita de Lula ao fato da Odebrecht ter conseguido um financiamento do BNDES – sendo que ela já tem 35 financiamentos, para suas obras internacionais.
Esse conluio mídia-procuradores teve repercussão em todos os jornais.
Os jornais atingiram seus objetivos políticos. Mas o jornalismo saiu mais uma vez sangrando do episódio. E mostrou que não há diferença mais entre blogs partidários e jornais.”

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Em tempo: O blogueiro Dodó Macedo, ao também replicar esta importante matéria com o título: Sobre fatos, notícias e conluios, conclui o seguinte:
“Judith Brito, ex-presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais), declarou, ainda no longínquo março de 2010: "Na situação atual, em que os partidos de oposição estão muito fracos, cabe a nós dos jornais exercer o papel dos partidos".

Presentemente, constata-se que a realidade é outra: o governo está fragilizado e os partidos de oposição e agregados se mostram fortes. A imprensa, por sua vez, não só mantém a postura preconizada por Dona Judith, como recebe o auxílio de instituições amigas.”

O escritor, roteirista e blogueiro Antônio Mello, também fez referência à declaração da Dona Ruth nos mostrando o fio da meada do assunto: “Mas é tarde, o PIG deixa cair a máscara e se assume. Menos mal. Agora quando falarmos PIG (Partido da Imprensa Golpista) eles não poderão mais fazer cara de paisagem”, diz Mello.

Outro que lembrou Dona Ruth, foi o jornalista e publicitário Lelê Teles, em matéria publicada no 247 com um exemplo de estupro de notícia:

"Agora foi o editor de polícia de Época, Diego Escosteguy, o neófito, quem aderiu ao gravataismo. Pego de calças curtas, meteu sua revista em uma saia justa.

Sua falsa denúncia contra Lula, acusando-o de esnobe lobista, foi um tiro n'água. Não repercutiu e foi desmentida no dia seguinte. Desmontada anatomicamente, mentira por mentira pelo Instituto Lula, a reporcagem mostrou-se um grande furo, um furo num saco vazio”, escreveu.

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PS: Independentemente do partidarismo, é salutar ter conhecimento de como é comum no jornalismo brasileiro uma prática obscura, que muitas vezes mais confunde do que informa o cidadão. 

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terça-feira, 5 de maio de 2015

João Santana ensina governo a responder a mídia


- “A resposta de João Santana esmagou brilhantemente as acusações absurdas de um setor da PF que foi tomado pelo mais absoluto partidarismo.
O ministro da Justiça, Luiz Eduardo Cardozo, perdeu completamente o controle sobre a instituição, e isso é deveras perigoso.
Santana esmagou a mídia também.
E deu uma lição ao governo e ao PT.
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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Quem é o criador do site de difamação Folha Política e porque ele se esconde

Postado por Pedro Zambarda de Araujo* em 26/04/2015, no DCM

- "O site de direita Folha Política é um dos maiores propagadores de boatos e desinformação da internet. Seus artigos ou são anônimos ou assinados por uma certa Lígia Ferreira. O idealizador daquilo se chama Ernani Fernandes. Ele era estudante de Direito em maio de 2013, quando escreveu alguns textos atacando o número de ministérios da gestão de Dilma Rousseff.
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sábado, 11 de abril de 2015

Curtas & Boas

A muito boa, ou a melhor que aconteceu no mundo da política nos últimos dias, foi aquela dos ratos na Câmara dos deputados. Logo na primeira reunião da CPI da Petrobras. Minutos antes do depoimento de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, soltaram uma porção de roedores no recinto. Calma! Nada mais que um acinte rasteiro para desestabilizar opositores e aliados do governo na Casa, e envergonhar ainda mais o Congresso Nacional. Tradicionalmente transformado em palco para os mais absurdos embates entre parlamentares de direita e de esquerda.
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quarta-feira, 1 de abril de 2015

CCJ aprova trâmite da PEC sobre a redução da maioridade penal

Um assunto extremamente polêmico, que tem chamado a atenção da sociedade em geral, dos meios de comunicação e do poder central, a redução da maioridade penal pode tornar-se realidade. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (31) a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que trata da matéria.
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sábado, 14 de março de 2015

Protestos: Boatos inunduam as redes sociais

Segundo levantamento da Scup, empresa especializada em monitoração de redes sociais, as menções no Twitter, WhatsApp e Facebook, que mais aumentaram nos últimos dias foram: "exército" (495 menções), "infiltrados" (152 menções), "confisco de dinheiro" e "poupança" (326) e "Venezuela" (2.305), em contexto ligado à manifestação deste domingo (15). 

"Lula promete atacar com exército quem for às ruas dia 15 de março pelo impeachment a Dilma" e "pessoal orem pelo Brasil, pois há especulações de que podemos entrar numa gerra civil por causa do impeachment da Dilma, dizem que o PT conta com a ajuda do exército do MST, o presidente da Venezuela já falou que está junto com Dilma, até falam que alguns dos médicos Cubanos que a presidente contratou na verdade são agentes pra defender o PT" são exemplos de mensagens identificadas pela Scup.

Venezuela também está em alta, segundo a monitoração: "A Venezuela é o Brasil amanhã!" "Se não acho sabão, uso detergente e se tem sabão é bom fazer render. #ForaDilma."


Muitas mensagens alertam para "infiltrados que irão tentar causar tumulto" na manifestação de domingo. "Leve um apito, se achar um comunista infiltrado, apite" e "Não esqueça de levar sua Carteira de Trabalho no #VemPraRua15deMarco e aponte direto para o petista infiltrado. Ele sairá correndo."

"É preciso acompanhar as redes sociais para identificar assuntos com potencial de viralização, como é o caso dos boatos", diz Fabio Santos, gerente de marketing do Scup. "Quando o momento é crítico, a chance de boatos pipocarem e se tornarem algo real é multiplicada, ainda mais quando compartilhado em redes com alto potencial de engajamento e por usuários com perfis de influenciadores."

As informações são do Jornal do Comércio. Clique aqui para ler a matéria completa.


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domingo, 1 de março de 2015

Prazo para declarar o Imposto de Renda começa segunda

A partir desta segunda-feira (02) a Receita Federal começa a receber as declarações de Imposto de Renda 2015. O prazo final de entrega é dia 30 de abril. Os contribuintes que entregarem a declaração no início do prazo sem erros ou omissões, terão prioridade para receber a restituição, caso  tenham direito a ela. Mesma preferência é dada às pessoas com mais de 60 anos, portadoras de moléstia grave ou com deficiência física ou mental.
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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Aneel aprova novas taxas e conta de luz vai aumentar em todo o país

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), aprovou nesta sexta-feira (27) a revisão tarifária extraordinária para 58 concessionárias de energia elétrica. A partir de segunda-feira (02/03), os consumidores terão um aumento médio de 23,4 % na conta da luz. Para a distribuidora paranaense Copel, o aumento será de 36,4%. 
Além desta revisão extraordinária, neste ano as distribuidoras passarão por reajustes anuais de acordo com a data de aniversário da concessão. 

Na semana que vem também começa a valer os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permite a cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com o custo de geração de energia.


Entre o período de dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas solicitaram a revisão extraordinária, por causa da falta de chuvas e a maior necessidade de compra de energia de termelétricas, que é mais cara.

Para obter mais informação, siga para a matéria completa sobre o assunto.

(com informações da Agência Brasil)

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Curtas & Boas

Resultado da garimpagem dos editores do blog do Guara feita na grande rede, a página “Curtas & Boas” por motivos de força maior esteve inativa por uns tempos. Volta agora, prosseguindo com a compilação e partilhamento de notícias e fatos sobre política, entretenimento, futebol e informação de um modo geral.
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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

#SwissLeaks: Quem são os brasileiros com contas secretas no HSBC?

Por Adriana Delorenzo, no portal Forum

- Investigações apontam 8,6 mil nomes do país que cometeram crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, movimentando R$ 20 bilhões na agência do banco na Suíça - Apelidado por internautas brasileiros de “Suiçalão”, o escândalo envolvendo o HSBC trouxe à tona práticas do mundo financeiro para que clientes possam ficar livres de impostos e lavar dinheiro. O “SwissLeaks” mostrou que 100 mil contas bancárias ilegais movimentaram mais de US$ 100 bilhões entre 1998 e 2007 no HSBC da Suíça. Dessas, 8.667 seriam de brasileiros. Mas quem são eles?
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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Fernando Rodrigues: o álibi para sentar em cima da informação

Por Patricia Faermann, no jornal GGN

- "Fernando Rodrigues respondeu em seu blog o motivo de não ter divulgado a lista de nomes envolvidos com as contas secretas do caso conhecido como Swiss Leaks. "Quais nomes e contas bancárias serão divulgados? Em primeiro lugar, os que tiverem interesse público, e, portanto, jornalístico. Em segundo lugar, todos sobre os quais se puder provar que existe uma infração relacionada ao dinheiro depositado no HSBC na Suíça", publicou, duas horas depois de o GGN questionar, em reportagem, o silêncio das informações em suas mãos.
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Tarifa de água e esgoto terá aumento a partir de 13 de março

Em meio ao embate com professores e funcionalismo público sobre medidas que retiram seus direitos, o governador Beto Richa assinou na última quarta-feira (11), o decreto que autoriza o reajuste de 12,5% na tarifa de de água e esgoto da Sanepar. Consta do comunicado publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial do Comércio, Indústria e Serviços, que o reajuste será aplicado em duas etapas.
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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Mobilização e alerta no Dia Mundial da Internet Segura

Mais de 100 países desenvolvem ação nesta terça-feira (10), para lembrar o Dia Mundial da Internet Segura. Com o tema "Vamos criar uma internet melhor juntos", a ação tem como objetivo mobilizar crianças, adolescentes, pais e educadores para criar um ambiente virtual seguro e alertar os internautas sobre os perigos de expor informações pessoais na rede. No Brasil, diversas instituições públicas e privadas realizam hoje, 61 atividades como palestras, aulas, debates e exibição de filmes, com o engajamento de 40 instituições.
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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Principais dúvidas sobre aposentadoria

Pense no futuro. A melhor hora de pensar em aposentadoria é na juventude. Não pense que ela está muito longe, pois quando menos se espera ela está batendo à sua porta. A verdade é que com o imediatismo imposto pela vida moderna estamos nos acostumamos a pensar a curto prazo. E estamos nos tornando negligentes com relação ao futuro, também nesta questão.
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sábado, 24 de janeiro de 2015

Bandeira de Mello: "O maior inimigo do Brasil é a mídia brasileira"


Bandeira de Mello defende o aumento do nível cultural da população para se contrapor aos efeitos deletérios da imprensa”. "Não há nada para acabar com um homem, como a vaidade. Eu quero distância das pessoas excessivamente ambiciosas e vaidosas" (Eclesiastes, 1,2). Porque o eminente jurista disse isso? Confira na entrevista, logo abaixo.
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