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quinta-feira, 14 de março de 2024

As discussões irracionais sobre os lucros da Petrobras, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: Não há discussão mais irracional do que a polêmica envolvendo a Petrobras. Acusa-se o governo de intervir em uma empresa pública! Uma empresa pública, por definição, é uma empresa controlada pelo Estado. E, com tal, tem compromissos públicos. Obviamente, se é de capital aberto, tem obrigações com os acionistas, definidos pela Lei das Sociedades Anônimas e pelos estatutos da companhia.

www.seuguara.com.br/lucros da Petrobras/discussões/Luís Nassif/

Mas, respeitados esses limites, a orientação é dada pelo controlador, o governo. E a orientação é tanto mais legítima quanto mais legítimas forem as intenções do gestor em relação aos compromissos públicos da empresa.


A Petrobras é uma empresa estratégica. Fornece insumos essenciais para o funcionamento da economia. Mais que isso, é responsável por boa parcela do investimento público. Sua lógica pública é ajudar no desenvolvimento de setores da economia. Sua lógica, como empresa privada, é investir no desenvolvimento de tecnologias, na exploração de petróleo agora e na preparação para a transição energética.

É um conjunto monumental de responsabilidades em relação ao país e em relação ao seu futuro como empresa para o qual depende, essencialmente, dos seus resultados.


Há empresas privadas cujo objetivo do controlador é extrair o máximo possível de dividendos, gozar intensamente o presente e o futuro que exploda. Quando o controlador define como objetivo a ampliação dos investimentos, obviamente ele está defendendo a perpetuidade da empresa.

Uma empresa estratégica como a Petrobras, tem vários desdobramentos, dependendo da maneira como consegue resultados e como aplica seus lucros.

  1. Pode construir refinarias, reduzindo a dependência brasileira de importados e economizando divisas.
  2. Pode alavancar a construção de navios, através de suas encomendas a estaleiros nacionais, dinamizando inúmeras regiões do país.
  3. Pode incrementar a indústria de máquinas e equipamentos com suas encomendas.
  4. A construção de uma plataforma mobiliza desde indústria de máquinas equipamentos, motores, mobiliário entre outros setores.  
 
Caso o lucro seja distribuído como dividendos: 
  1. Parte vai para o governo e estará sujeito às restrições orçamentarias.
  2. Parte vai para os acionistas privados. 
É até ridículo comparar o impacto econômico das duas destinações. A primeira planta riquezas, gera emprego, estimula a economia. A segunda, ou para nas restrições orçamentárias ou serve apenas para enriquecer acionistas.


Quando um acionista adquire papéis de uma empresa pública, ele tem  em mente dois objetivos.

Tem a vantagem de ser uma empresa sem riscos, com previsibilidade, quase sempre atuando de forma monopolística. A desvantagem é que tem que cumprir funções públicas e o equilíbrio entre as duas missões cabe ao acionista controlador, o Estado.

Historicamente, ações da Petrobras - assim como as do Banco do Brasil, da Light - não eram expostas a jogadas especulativas.
Estavam em mãos de investidores conservadores, que as tratavam como uma poupança.


A imprudência do governo FHC, de abrir o capital na bolsa de Nova York, colocou a Petrobras nesse torvelinho especulativo. Aliás, os bravos procuradores da Lava Jato ajudaram a alimentar acionistas americanos nas ações coletivas contra a Petrobras; e ainda reservaram metade do dinheiro da tal Fundação para as ações coletivas internas, conduzidas pelo advogado Modesto Carvalhosa, seu parceiro político.

É hora de um mínimo de bom senso da parte da mídia, de entender a lógica de uma empresa pública de capital aberto. E de pensar minimamente no desenvolvimento brasileiro, em vez de montar lobbies para acionistas privados, em grande parte fundos estrangeiros. O que se pretende com esse terrorismo não é apenas desgastar o governo Lula. É derrubar o preço das ações da Petrobras para recompor na baixa.


                        

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sábado, 9 de março de 2024

Petrobras anuncia lucro recorde, desbanca petrolíferas estrangeiras e arruína projeto de desmonte

Por Gabriel Barbosa, em O Cafezinho: A Petrobras reportou um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões para o ano de 2023, marcando o segundo maior resultado na história da empresa. Este desempenho financeiro foi acompanhado por um Ebitda de R$ 262,2 bilhões e um fluxo de caixa operacional de R$ 215,7 bilhões, ambos também os segundos maiores já registrados pela companhia.

www.seuguara.com.br/Lula/Jean Paul Prates/Petrobras/lucro/

Os resultados foram impulsionados por recordes operacionais e uma estratégia comercial eficaz para diesel e gasolina. Com esse lucro líquido recorde, a Petrobras desbancou petrolíferas estrangeiras como a ExxonMobil, a holandesa Shell e a própria Chevron, maior empresa de petróleo dos EUA.


O economista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Pedro Faria, destacou que a Petrobras "teve 2º maior lucro da história sem vender ativos. E guardando recursos para investir. Ganha o acionista de longo-prazo: o povo brasileiro. Perde quem queria desmontar a empresa".


Apesar de uma queda de 18% no preço internacional do petróleo (Brent) e uma redução de 23% no diferencial de preço do diesel em relação ao petróleo (craskspread) entre 2022 e 2023, a Petrobras superou desafios, aumentando a produção, elevando os investimentos, reduzindo a dívida financeira e iniciando a operação de quatro novas plataformas.

"Tudo isso com menor intensidade de emissões e mais eficiência. Por isso, celebramos as conquistas de 2023 e compartilhamos os ganhos com a sociedade brasileira", afirmou Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, em coletiva de imprensa.


Em 2023, a empresa investiu US$ 12,7 bilhões, representando um aumento de 29% em relação ao ano anterior, e pagou R$ 240 bilhões em tributos. A Petrobras também destacou seu compromisso com a sociedade através de iniciativas socioambientais e culturais.

O retorno aos acionistas foi significativamente alto, com o Total Shareholder Return atingindo 112%, um valor muito acima do observado em empresas semelhantes do setor. A empresa foi reconhecida em diversas premiações por suas contribuições à sociedade.


A dívida financeira da Petrobras foi reduzida em US$ 1,2 bilhão em 2023, mantendo-se controlada em US$ 62,6 bilhões. As operações do ano incluíram o início da produção em quatro novas plataformas, contribuindo para um aumento nos afretamentos considerados na dívida conforme norma IFRS 16.

"Os resultados financeiros de 2023 mostram que estamos construindo uma Petrobras mais ólida, mais resiliente e capaz de gerar valor a longo prazo", destacou Sérgio Caetano Leite, diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras.


A empresa se posiciona como líder na transição energética justa no Brasil, mirando na geração de valor econômico sustentável e na criação de 280 mil empregos diretos e indiretos com os investimentos previstos para o período de 2024-2028.

Em termos operacionais, a Petrobras bateu recordes em 2023, com destaque para a produção no pré-sal e a eficiência em carbono, alinhando-se com os objetivos de redução de emissões e promovendo a sustentabilidade ambiental.

Com informações da Agência Petrobras

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