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sábado, 5 de setembro de 2015

“Estamos prontos para a guerra”: o fanatismo político chega ao extremo


Por Marina Rossi, no EL PAÍS/Brasil – “Uma foto do presidente da juventude do PSDB do Espírito Santo, Vitor Otoni, vestindo trajes militares, boné e óculos escuros e apontando uma arma para o além, ilustra o momento delicado pelo qual passa a política brasileira. A imagem é uma reprodução do Facebook de Otoni e foi publicada pelo jornal A Tribuna de Vitóriano domingo, dia 30. "Podem vir Evo Morales, (Nicolás) Maduro,MST, e os esquerdopatas do cão, estamos prontos para a guerra", dizia o post reproduzido no jornal.


A "guerra" de Otoni circula poucos dias depois de o advogado tucano Matheus Sathler Garcia ter publicado um vídeo dizendo que "arrancaria a cabeça" de Dilma Rousseff. “Assuma seu papel, tenha humildade para sair do nosso país, porque, caso contrário, o sangue vai rolar, e não de inocentes. […] Com a foice e com o martelo, vamos arrancar sua cabeça e pregar, e fazer um memorial para você”, afirmou.

Satler é filiado ao PSDB e foi candidato a deputado federal pelo Distrito Federal no ano passado. É também do movimento Mais valores menos impostos. No mesmo vídeo, ele sugere que Dilma se suicide. “Dilma Rousseff, renuncie, fuja do Brasil ou se suicide até o dia 6 de setembro. Caso contrário, dia 7 de setembro não vamos pacificamente para as ruas. Vamos juntamente com as forças armadas populares do Brasil defender o povo brasileiro e te tirar do poder".

O extremismo de ameaçar de morte um presidente mostra que a guerra fria estabelecida durante as eleições do ano passado está saindo do controle. Sem um muro de Berlim, militantes prós e contra o governo trocam ofensas e ameaças publicamente sem pudor. No último domingo, um bate-boca na avenida Paulista em torno do boneco "Lula inflável", do ex-presidente vestido com roupa de presidiário, teve militantes dos dois lados com ânimos exaltados. Ninguém se feriu, mas poderia ter sido diferente.


No dia 16 de agosto, data da última manifestação pró-impeachment, algumas pessoas que vestiam camisetas vermelhas nas ruas do Rio e Curitiba chegaram a ser agredidas, e outras tiveram que sair da rua com escolta policial pela afronta.

"Às vezes, infelizmente, a guerra contra os perversos é um meio de se obter a paz", afirmou Matheus Sathler em sua página no Facebook, para repostar a seguinte mensagem por ele recebida: “Parabéns amigo pela sua luta esse Governo vagabundo corrupto, se você matar a Dilma a gente mata o resto, e se você precisar de ajuda pode contar comigo, não tenho medo de morrer nessa luta, não é esse país que quero deixar para os meus descendentes”.
O vídeo do advogado causou reação em Brasília. Nessa terça-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a Polícia Federal abra inquérito para apurar as declarações de Sathler.


Por meio de nota, o PSDB afirmou que vai solicitar ao Conselho de Ética do partido a abertura de processo disciplinar contra Sathler "com o objetivo de expulsá-lo do partido". Sobre o caso de Vitor Otoni, a assessoria de imprensa do partido no Espírito Santo afirmou que a Executiva do PSDB ainda avalia que tipo de providência será tomada.

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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Dilemas da atual luta de classes


Escrito por Wladimir Pomar(*), publicado no Correio da Cidadania – “As principais palavras de ordem das manifestações foram ostensivamente antidemocráticas. Impeachment, prisão para petistas, cadeia e fuzilamento de petistas e comunistas, atacados como traidores da pátria, andaram misturadas a outras motivações menores, indicando que à frente da organização e realização dessas manifestações estão os setores mais reacionários e trogloditas da sociedade brasileira.

Nesse sentido, o governo erra ao passar uma mensagem acrítica sobre o verdadeiro sentido das manifestações. Elas não foram democráticas. Foram antidemocráticas.

Luta de classes
É provável que muitos dos participantes nas manifestações não comunguem com aquelas palavras de ordem fascistas e nazistas. Porém, algo idêntico ocorreu com grande parte dos milhares de manifestantes em defesa de Deus, da Família e da Propriedade, que foram às ruas em 1964. Eles, provavelmente, também não comungavam com as mensagens golpistas daquela época, iguais em gênero e grau às atuais. Mas serviram de massa de manobra indispensável para dar um ar de legitimidade ao golpe militar. Depois, tarde demais, arrependeram-se pelos mais de 20 anos de ditadura militar.

Portanto, a esquerda, as forças progressistas e democráticas, aí incluído o governo, não podem ficar calados diante da natureza antidemocrática que marcou as manifestações de 16 de agosto. Manifestações democráticas não são, nem podem ser, utilizadas para fins antidemocráticos. É preciso dizer isso, abertamente e em alto som, para a alta classe média e para o conjunto da sociedade brasileira.

Por outro lado, as manifestações da alta classe média foram uma expressão do atual nível a que sua luta chegou. Foram menores do que as de março. A participação da juventude foi pífia. E a presença de qualquer representante das camadas populares foi zero, ou quase zero. Portanto, estão em descenso, e cada vez mais reduzidas à elite da classe média.
Em termos de comparação, o PT poderia dizer que possui mais militantes do que os cerca de um milhão de manifestantes que a direita colocou nas ruas. Poderia, mas não pode, porque também teria que reconhecer que perdeu a capacidade de mobilizar integralmente sua própria militância, como demonstraram as manifestações de 20 de agosto.

Apesar disso, essas manifestações da esquerda foram maiores do que suas mobilizações anteriores. Correm, porém, o perigo de perder o empuxo. Um enorme número de militantes petistas, e também de outros partidos de esquerda, compreende que deve ir às ruas contra rupturas antidemocráticas, mas não comunga com a direção do PT de que isso signifique apoiar o ajuste econômico antipopular do governo Dilma. Porém, como a crise econômica está se agravando e as conquistas dos anos anteriores estão escorrendo pelos ralos do ajuste fiscal e monetário, as manifestações populares podem ganhar impulso contra a política governamental.

Dizendo de outro modo, a luta de classes no Brasil começa a ficar escancarada, depois de anos de descenso. As classes populares engrossarão as manifestações da esquerda e irão para as ruas lutar contra aquilo que as prejudica e as incomoda. Não irão à luta contra seus próprios interesses e demandas, embora o combate à quebra de seus direitos democráticos seja vital. No entanto, tão ou mais vital é lutar contra as medidas que causam desemprego, cortes dos direitos trabalhistas e previdenciários, e retiram investimentos para a melhoria dos transportes urbanos, da saúde, da educação e da moradia.

Em outras palavras, ou o governo muda sua política econômica e apoia uma agenda popular, permitindo que a luta em defesa da democracia esteja associada à luta em defesa das medidas governamentais, ou o governo apoia a Agenda Renan (que também é a Agenda Levy) e coloca a ascensão da mobilização popular diante de um dilema, por falta de coesão entre as demandas populares e a política do governo.

Se a crise econômica continuar se agravando, a ascensão da mobilização popular pode assumir um caráter nitidamente contrário às políticas do governo. Nessas condições, independentemente dos esforços do PT e de outras correntes de esquerda, a mobilização popular pode ser apropriada pela direita e criar uma situação política totalmente nova e imprevisível. Os sábios do Planalto podem não acreditar nessa hipótese, mas depois não digam, como o general Assis Brasil, em 1964, chefe do “dispositivo militar de Jango”, que “ninguém avisou”.

(*)Wladimir Pomar é escritor e analista político.

VIA
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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Protestos: pesquisa da USP mostra força da desinformação

Há muita gente que não dá credibilidade às pesquisas, principalmente se elas são encomendados por determinados institutos, cada qual com parâmetros próprios e diferentes pontos de localização dos entrevistados. Normalmente, essas pesquisas são conduzidas ao sabor do momento político, ou de acontecimentos que mobilizem a opinião de parte da sociedade, com algum manifesto público. No entanto, dizem os especialistas, elas dão suporte científico aos fatos e revelam questões particularmente importantes.

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Greve, protestos e manifestações dos caminhoneiros contra o governo continuam

Protestos, manifestações e bloqueios de estradas pelos caminhoneiros voltaram a acontecer nesta sexta-feira. A reunião do governo federal no último dia 25 com entidades representativas da classe surtiu pouco efeito. No Sul, crescem o número de estradas estaduais bloqueadas e alguns conflitos com a polícia militar já foram registrados. “Governo negocia com as pessoas erradas”, disse Ivar Schimidt, um dos líderes do Comando Nacional dos Transportes.
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Governo abre diálogo com caminhoneiros para negociar paralisação

Com o objetivo de tentar resolver os problemas decorrentes das manifestações que bloqueiam as rodovias em vários estados brasileiros, o governo federal se reunirá na tarde desta quarta-feira com representantes dos caminhoneiros e das transportadoras. No entanto, a redução do preço do óleo diesel não estará na pauta das negociações, disse o ministro da Secretaria-geral da presidência, Miguel Rossetto. Segundo o ministro, o governo está atento “acompanhando as manifestações dos caminhoneiros e mantendo diálogo permanente com as lideranças deles e dos empresários”.
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sábado, 17 de maio de 2014

Copa no Brasil não pode ficar refém da política, nem de protestos violentos

Existe um dito popular que diz: religião, futebol e política não se discute. Como diria aquele famoso personagem humorístico de um programa de TV, há controvérsias. Estes são temas que estarão permanentemente vivos na mente das pessoas, exclusivamente dos brasileiros. Dois deles, futebol e política, aflorados no momento com a realização da Copa do Mundo no Brasil.
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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O grande perigo está de volta

Algumas palavras sobre a manifestação ocorrida ontem em São Paulo e suas consequências. Antes, uma observação importante. Defendo manifestações democráticas. Não venham me chantagear com esse papo de “criminalizar” movimentos sociais. Mas já aprendi uma coisa, de uns tempos para cá. Manifestações com presença de mascarados não são democráticas.
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terça-feira, 2 de julho de 2013

Bob Fernandes: No espólio dos protestos, cinismo e hipocrisia [vídeo]


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terça-feira, 25 de junho de 2013

Coletânea de charges, tirinhas e afins inspiradas nas manifestações


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sábado, 22 de junho de 2013

O pronunciamento da presidente Dilma Roussef

Não sabemos exatamente se o presidente da República escreve todos os seus discursos e pronunciamentos oficiais, ou se o texto passa por uma edição especial antes de serem levados ao ar. Verdade é que este pronunciamento da presidente, Dilma Rousseff, em cadeia nacional de rádio e TV, feito ontem (21), em virtude das manifestações populares dos últimos dias, era mais necessário. Até por uma merecida satisfação ao povo brasileiro.
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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Projeto Tarifa Zero - uma entrevista para entender melhor o Movimento Passe Livre [vídeo]

O entrevistado é o engenheiro aposentado Lúcio Gregori, secretário de Transportes do município de São Paulo durante a gestão da prefeita Luiza Erundina, em 1989. Gregori, é o idealizador do projeto tarifa zero e tentou implantar o sistema gratuito de transporte público na capital paulista. A pressão foi enorme. A gestão de Erundina foi atacada de todas as formas pela mídia, por juristas conservadores e pelas empresas de ônibus.
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terça-feira, 18 de junho de 2013

Luta contra tarifa incendeia o Brasil


"O Brasil parou. Cerca de um milhão de pessoas foram às ruas simultaneamente em 12 capitais e diversas cidades do país na última segunda-feira, 17 de junho. A frase do Movimento Passe Livre “Se a tarifa não baixar, a cidade vai parar” se provou não ser apenas um slogan.
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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Por dentro das manifestações contra o aumento das passagens de ônibus em São Paulo

Manifestações contra o aumento do valor da passagens do transporte coletivo voltaram com mais intensidade nesta Quinta (13). Não só em São Paulo, mas também no Rio de Janeiro e Porto Alegre. Na capital paulista um clima de terror foi estabelecido. A Polícia reprimiu o protesto com bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e balas de borracha.
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