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segunda-feira, 8 de abril de 2024

Moraes inclui Elon Musk em inquérito das milícias digitais

Por Alex Rodrigues, repórter da Agência Brasil: O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a inclusão do multibilionário Elon Musk entre os investigados do chamado Inquérito das Milícias Digitais (Inq. 4.874), que apura a atuação criminosa de grupos suspeitos de disseminar notícias falsas em redes sociais para influenciar processos políticos.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moares/STF/inquérito/Elon Musk/X/ex-Twitter/redes sociais/big techs/

Na mesma decisão, tornada pública na noite desse domingo (7), Moraes ordena a instauração de um “inquérito por prevenção” para apurar as condutas de Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), entre várias outras empresas. Segundo o ministro, a inclusão do empresário no Inquérito das Milícias Digitais foi motivada pela possível “dolosa [intencional] instrumentalização criminosa da rede social X”. Já a abertura de um outro processo deve-se às recentes manifestações de Musk, como a de que liberaria contas de usuários da X suspensas por decisões judiciais brasileiras – conduta que, em sua decisão, Moraes tipifica como possíveis casos de obstrução da Justiça e incitação ao crime.


“Determino, ainda, que a provedora de rede social X se abstenha de desobedecer qualquer ordem judicial já emanada, inclusive realizar qualquer reativação de perfil cujo bloqueio foi determinado por essa Suprema Corte ou pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob pena de multa diária de R$ 100 mil por perfil e responsabilidade por desobediência à ordem judicial dos responsáveis legais pela empresa no Brasil”, sentenciou Moraes.


Críticas ao STF

O ministro proferiu sua decisão um dia após o multibilionário publicar, nas redes sociais, a primeira de uma série de postagens criticando o ministro e o STF. No último sábado (6), Musk usou o espaço para comentários do perfil do próprio ministro no X para atacá-lo.

Em uma mensagem de 11 de janeiro, na qual Moraes parabenizava o ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski por assumir o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Musk questiona: “Por que você exige tanta censura no Brasil?”.


Em outra postagem, ainda no sábado, Musk prometeu “levantar” [desobedecer] todas as restrições judiciais, alegando que Moraes ameaçou prender funcionários do X no Brasil. Já ontem (7), no início da tarde, pouco antes de o ministro divulgar sua decisão, Musk acusou Moraes de trair “descarada e repetidamente a Constituição e o povo brasileiro”. Sustentando que as exigências de Moraes violam a própria legislação brasileira, Musk defendeu que o ministro renuncie ou seja destituído do cargo.

Pouco depois, ele recomendou aos internautas brasileiros utilizarem uma rede privada virtual (VPN, do inglês Virtual Private Network) para acessar todos os recursos da plataforma bloqueados no Brasil.


Campanha de desinformação

Em sua sentença, Moraes sustenta que, “na data de 6 de abril”, o dono da X “iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do TSE, reiterada no dia 7, instigando a desobediência e obstrução à Justiça, inclusive em relação a organizações criminosas”.

Moraes também cita um outro inquérito - o 4.781 - de 2019, que investiga indícios de divulgação de notícias falsas, denúncias caluniosas, ameaças e outras infrações, para lembrar que a “instrumentalização criminosa dos provedores de redes sociais e de serviços de mensagens para [o cometimento] da mais ampla prática de atividades criminosas nas redes sociais” está “evidente”.


“Ressalto ser inaceitável que qualquer dos representantes dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada, em especial o ex-Twitter, atual X, desconheçam a instrumentalização criminosa que vem sendo realizada pelas denominadas milícias digitais, na divulgação, propagação, organização e ampliação de inúmeras práticas ilícitas nas redes sociais, especialmente no gravíssimo atentado ao Estado Democrático de Direito e na tentativa de destruição do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto, ou seja, da própria República brasileira, principalmente após a tentativa golpista de 8 de janeiro de 2023”, comentou Moraes, em sua decisão, lembrando que ele mesmo se reuniu, em diferentes ocasiões, com representantes das principais plataformas digitais para discutir “o real perigo dessa instrumentalização criminosa”.


“Os provedores de redes sociais e de serviços de mensagem privada devem absoluto respeito à Constituição Federal, à lei e à jurisdição brasileira”, sentenciou Moraes, acrescentando que a dignidade humana, a proteção à vida de crianças e adolescentes e a manutenção do Estado Democrático de Direito “estão acima dos interesses financeiros dos provedores de redes sociais e de serviços de mensagem privada”. E que o ordenamento jurídico brasileiro prevê a necessidade destas empresas atenderem todas as ordens e decisões judiciais, inclusive as que determinam o fornecimento de dados pessoais ou outras informações que possam contribuir para a identificação de usuários.

Edição: Kleber Sampaio

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terça-feira, 26 de dezembro de 2023

PF está próxima de concluir investigações sobre Bolsonaro e as milícias digitais

Redação/O Cafezinho: A Polícia Federal está prestes a encerrar as investigações sobre fake news e milícias digitais envolvendo o núcleo político e econômico do bolsonarismo. Os investigadores acreditam ter elementos suficientes para indiciar Jair Bolsonaro por delitos ocorridos nos últimos quatro anos, com a expectativa de que isso ocorra no início do próximo ano.

www.seuguara.com.br/Jair Bolsonaro/filhos/Polícia federal/investigações/

Os tipos específicos dos crimes serão definidos após a conclusão de todas as linhas de investigação relacionadas ao ex-presidente. O indiciamento é esperado para o início do próximo ano, e o caso será encaminhado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, para análise sobre a possível apresentação de denúncia contra Bolsonaro e seus aliados.


A saída de Augusto Aras do comando da PGR é vista como um ponto-chave, pois Gonet é esperado para dar continuidade às investigações e apresentar denúncias contra Bolsonaro após receber o material produzido pela PF. A PF argumenta que os fatos sob investigação estão interligados e devem ser concluídos em conjunto.


As investigações abrangem diversas frentes, desde desvio de joias para venda no exterior até fraudes nos certificados de vacina. Os investigadores identificam uma conexão entre esses delitos e uma organização criminosa que visava ataques às instituições democráticas. para a PF, as milícias digitais também abriram caminho para obtenção de vantagens indevidas pelo grupo do ex-presidente.

Bolsonaro e sua defesa negam qualquer participação em iniciativas golpistas ou outros crimes.

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domingo, 10 de setembro de 2023

Delação de Mauro Cid ressuscita o gabinete do ódio. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: A articulação do golpe parece ter perdido prioridade na delação do coronel Mauro Cid, pelas informações que temos até agora da pauta acertada com a Polícia Federal e aceita pelo ministro Alexandre de Moraes. Cid se compromete a contar como estavam estruturados e agiam os grupos envolvidos com milícias digitais, as muambas das joias e as fraudes nas carteiras de vacinação. 

www.seuguara.com.br/Jair Bolsonaro/Mauro Cid/delação premiada/gabinete do ódio/Moisés Mendes/

Essa seria a novidade: as ações específicas das milícias surpreendem e substituem os movimentos mais recentes pelo golpe antes e depois da eleição? Será isso mesmo?


O acordo formal se dá dentro do inquérito 4.874 do gabinete do ódio, das milícias de fake news e dos atos antidemocráticos, aberto em 2019, porque esse inquérito engloba um conjunto de sindicâncias de quase todos os crimes do fascismo e tem até Bolsonaro entre os investigados. 

Quase tudo que é rolo político dessa gente está dentro desse inquérito. De imediato, pode ficar frustrado quem esperava saber logo do funcionamento e dos protagonistas do golpe.


Mas ganhar os que já vinham acumulando frustrações há muito tempo com a sensação de que as investigações em torno das milícias não iriam evoluir.

O inquérito que abriga tudo o que configura as ações do gabinete do ódio, e está sob os cuidados do ministro Alexandre de Moraes, é de abril de 2019. 


Em fevereiro de 2022, a delegada Denisse Ribeiro, da Polícia Federal, enviou ao ministro o relatório preliminar sobre a ação do gabinete em que aparece pela primeira vez, em documento oficial, a definição da organização criminosa como milícias digitais.

Também é nesse documento que a PF admite a existência das milícias como grupos organizados, com o detalhe de que funcionavam dentro do Palácio do Planalto.


E nada mais se soube da evolução das investigações nessa área, que abrange a indústria da produçãqo de fake news, difamação e ódio desde a chegada da extrema direita ao poder.

Nunca mais surgiram informações conclusivas que apontassem para as suspeitas de que os filhos de Bolsonaro, em especial Carluxo, participavam do gabinete. E nada mais se soube sobre os grandes patrocinadores dos grupos. O que Mauro Cid sabe dessa estrutura? 


A inclusão das milícias como questão a ser detalhada pelo delator vira notícia no momento em que um personagem, que não sai de cena e está na boca do palco, trem exposição quase diária na imprensa, o advogado de Bolsonaro e ex-ministro da Secom Fabio Wajngarten.

Wajngarten é um dos investigados da origem desse megainquérito 4.874. O advogado também está na lsita dos 79 nomes da CPI da Covid encaminhada ao Ministério Público, em outubro de 2021.


A CPI pediu seu indiciamento por prevaricação e advocacia administrativa, ao apontá-lo como envolvido nas negociações para compra de vacinas na pandemia. Ninguém foi indiciado até hoje. Nada. Zero.

Wajngarten é advogado de Bolsonaro e fez duas declarações importantes nos últimos dias, possivelmente ao saber que a delação do coronel iria abranger as milícias.


Disse primeiro que Cid não teria o que delatar. E neste sábado reproduziu nas redes sociais uma suposição do jornalista Ricardo Noblat, segundo a qual Mauro Cid em liberdade corre risco de vida.

Wajngarten pede, em tom de apelo urgente, que as autoridades investiguem a insinuação de Noblat. Por que essa preocupação com Cid, se o próprio Wajngarten entende que ele não tem o que delatar? Por que ajudar a espalhar que o coronel pode ser morto? 


Mauro Cid não é um miliciano nem um matador de aluguel, como era Adriano da Nóbrega, executado em 2020 na Bahia como queima de arquivo. É coronel da ativa do Exército e foi escolhido em 2018 pelos generais para a chefia da ajudância de ordens do agora investigado como chefe dos muambeiros.

Cid informou duas vezes, em duas CPIs sobre o golpe, em julho no Congresso em em agosto na Câmara Legislativa do Distrito Federal, que os generais o chamaram para ser ajudante da presidência. O que quis dizer foi que os comandantes o empurraram para os braços de Bolsonaro. 


O coronel deixou claro, lendo o mesmo texto que levou às duas CPIs, que os generais o escalaram para a função e que a escolha era exclusiva dos chefes militares, e não de Bolsonaro.

Nas duas CPIs, repetiu o mesmo texto com o mesmo recado aos militares. Ele era oficial da ativa do Exército dentro do governo, onde atuava fardado. Compartilhava responsabilidades e pedia a proteção das Forças Armadas. 


O que o militares devem estar pensando agora da decisão de Fábio Wajngarten de passar adiante o alerta sobre o risco de Mauro Cid ser assassinado, bem na hora em que as milícias digitais voltam às manchetes e podem levar também aos chefes golpistas do 8 de janeiro?

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Supergrampo de Alexandre de Moraes tira sono de juízes e procuradores

Por Paulo Cappelli, colunista do Metrópoles: O supergrampo determinado por Alexandre de Moraes tem tirado o sono de juízes e procuradores em Brasília. Magistrados de dois tribunais e procuradores do Ministério Público temem que diálogos provados cheguem às mãos de Moraes. Isso, por já terem se comunicado, em algum momento, com bolsonaristas investigados no inquérito das milícias digitais no STF.
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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Alexandre de Moraes manda derrubar perfis de jornalistas bolsonaristas

Publicado por Daniela Santos e Manoela Alcântara, no Metrópoles: O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou suspender as contas nas redes sociais dos jornalistas bolsonaristas Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo.
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terça-feira, 12 de julho de 2022

Alexandre de Moraes: 'Sabemos como as milícias digitais atuam e como combatê-las'

O ministro Alexandre de Moraes, próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou nesta segunda-feira 11 que a Justiça Eleitoral garantirá eleições “limpas e seguras” em outubro. Ressaltou, também, o combate às milícias digitais.
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quarta-feira, 15 de junho de 2022

O inquérito das fake news é inegociável. Por Moisés Mendes

Publicado originalmente por Moisés Mendes, em seu blog: o Brasil transforma uma pergunta inquietante na sua própria resposta, quando indaga sobre possíveis punições a facções de direita e extrema direitas investigadas ou já denunciadas e processadas pelos mais variados crimes. A resposta, não é apenas retórica, é essa: o Brasil não espera nada. O país acostumou-se à impunidade dos que estão dentro ou no entorno do poder.
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terça-feira, 31 de maio de 2022

Redes sociais: Canais bolsonaristas têm receita milionária com fake news sobre a eleição, mostra levantamento

Um levantamento promovido pelo jornal O Globo e pelas empresas Novelo Data e Bites aponta que canais alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) embolsaram até 1 milhão de reais com 1.960 vídeos no YouTube, os quais somam 57,9 milhões de visualizações.

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quinta-feira, 19 de maio de 2022

Inquérito das fake news precisa pegar os terroristas e os donos do dinheiro. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, do Jornalistas pela Democracia: Os políticos desistiram da CPI das Fake News, porque seria um estorvo de desfecho imprevisível em ano eleitoral, e jogaram o fardo no colo de Alexandre de Moraes.
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quarta-feira, 11 de maio de 2022

A participação dos generais Ramos e Heleno na ofensiva contra urnas eletrônicas, segundo a Polícia Federal

Os generais Luiz Eduardo Ramos e Augusto Heleno participaram ativamente da ofensiva do governo federal contra o sistema eleitoral brasileiro. A indicação consta em um relatório da Polícia Federal divulgado nesta terça-feira 10 pelo jornal Folha de S. Paulo. O documento revela detalhes do uso da máquina pública pelos dois militares contra o sistema eleitoral brasileiro.

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domingo, 13 de fevereiro de 2022

TSE: 'Bolsonaro facilitou a vida das milícias digitais, acusa Luís Roberto Barroso

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) beneficiou criminosos. Ele se referia ao vazamento do inquérito sigiloso do ataque hacker à Corte eleitoral.
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