segunda-feira, 8 de abril de 2024
terça-feira, 26 de dezembro de 2023
PF está próxima de concluir investigações sobre Bolsonaro e as milícias digitais
Redação/O Cafezinho: A Polícia Federal está prestes a encerrar as investigações sobre fake news e milícias digitais envolvendo o núcleo político e econômico do bolsonarismo. Os investigadores acreditam ter elementos suficientes para indiciar Jair Bolsonaro por delitos ocorridos nos últimos quatro anos, com a expectativa de que isso ocorra no início do próximo ano.
Os tipos específicos dos crimes serão definidos após a conclusão de todas as linhas de investigação relacionadas ao ex-presidente. O indiciamento é esperado para o início do próximo ano, e o caso será encaminhado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, para análise sobre a possível apresentação de denúncia contra Bolsonaro e seus aliados.
A saída de Augusto Aras do comando da PGR é vista como um ponto-chave, pois Gonet é esperado para dar continuidade às investigações e apresentar denúncias contra Bolsonaro após receber o material produzido pela PF. A PF argumenta que os fatos sob investigação estão interligados e devem ser concluídos em conjunto.
As investigações abrangem diversas frentes, desde desvio de joias para venda no exterior até fraudes nos certificados de vacina. Os investigadores identificam uma conexão entre esses delitos e uma organização criminosa que visava ataques às instituições democráticas. para a PF, as milícias digitais também abriram caminho para obtenção de vantagens indevidas pelo grupo do ex-presidente.
Bolsonaro e sua defesa negam qualquer participação em iniciativas golpistas ou outros crimes.
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domingo, 10 de setembro de 2023
Delação de Mauro Cid ressuscita o gabinete do ódio. Por Moisés Mendes
Por Moisés Mendes, em seu blog: A articulação do golpe parece ter perdido prioridade na delação do coronel Mauro Cid, pelas informações que temos até agora da pauta acertada com a Polícia Federal e aceita pelo ministro Alexandre de Moraes. Cid se compromete a contar como estavam estruturados e agiam os grupos envolvidos com milícias digitais, as muambas das joias e as fraudes nas carteiras de vacinação.
Essa seria a novidade: as ações específicas das milícias surpreendem e substituem os movimentos mais recentes pelo golpe antes e depois da eleição? Será isso mesmo?
O acordo formal se dá dentro do inquérito 4.874 do gabinete do ódio, das milícias de fake news e dos atos antidemocráticos, aberto em 2019, porque esse inquérito engloba um conjunto de sindicâncias de quase todos os crimes do fascismo e tem até Bolsonaro entre os investigados.
Quase tudo que é rolo político dessa gente está dentro desse inquérito. De imediato, pode ficar frustrado quem esperava saber logo do funcionamento e dos protagonistas do golpe.
Mas ganhar os que já vinham acumulando frustrações há muito tempo com a sensação de que as investigações em torno das milícias não iriam evoluir.
O inquérito que abriga tudo o que configura as ações do gabinete do ódio, e está sob os cuidados do ministro Alexandre de Moraes, é de abril de 2019.
Em fevereiro de 2022, a delegada Denisse Ribeiro, da Polícia Federal, enviou ao ministro o relatório preliminar sobre a ação do gabinete em que aparece pela primeira vez, em documento oficial, a definição da organização criminosa como milícias digitais.
Também é nesse documento que a PF admite a existência das milícias como grupos organizados, com o detalhe de que funcionavam dentro do Palácio do Planalto.
E nada mais se soube da evolução das investigações nessa área, que abrange a indústria da produçãqo de fake news, difamação e ódio desde a chegada da extrema direita ao poder.
Nunca mais surgiram informações conclusivas que apontassem para as suspeitas de que os filhos de Bolsonaro, em especial Carluxo, participavam do gabinete. E nada mais se soube sobre os grandes patrocinadores dos grupos. O que Mauro Cid sabe dessa estrutura?
A inclusão das milícias como questão a ser detalhada pelo delator vira notícia no momento em que um personagem, que não sai de cena e está na boca do palco, trem exposição quase diária na imprensa, o advogado de Bolsonaro e ex-ministro da Secom Fabio Wajngarten.
Wajngarten é um dos investigados da origem desse megainquérito 4.874. O advogado também está na lsita dos 79 nomes da CPI da Covid encaminhada ao Ministério Público, em outubro de 2021.
A CPI pediu seu indiciamento por prevaricação e advocacia administrativa, ao apontá-lo como envolvido nas negociações para compra de vacinas na pandemia. Ninguém foi indiciado até hoje. Nada. Zero.
Wajngarten é advogado de Bolsonaro e fez duas declarações importantes nos últimos dias, possivelmente ao saber que a delação do coronel iria abranger as milícias.
Disse primeiro que Cid não teria o que delatar. E neste sábado reproduziu nas redes sociais uma suposição do jornalista Ricardo Noblat, segundo a qual Mauro Cid em liberdade corre risco de vida.
Wajngarten pede, em tom de apelo urgente, que as autoridades investiguem a insinuação de Noblat. Por que essa preocupação com Cid, se o próprio Wajngarten entende que ele não tem o que delatar? Por que ajudar a espalhar que o coronel pode ser morto?
Mauro Cid não é um miliciano nem um matador de aluguel, como era Adriano da Nóbrega, executado em 2020 na Bahia como queima de arquivo. É coronel da ativa do Exército e foi escolhido em 2018 pelos generais para a chefia da ajudância de ordens do agora investigado como chefe dos muambeiros.
Cid informou duas vezes, em duas CPIs sobre o golpe, em julho no Congresso em em agosto na Câmara Legislativa do Distrito Federal, que os generais o chamaram para ser ajudante da presidência. O que quis dizer foi que os comandantes o empurraram para os braços de Bolsonaro.
O coronel deixou claro, lendo o mesmo texto que levou às duas CPIs, que os generais o escalaram para a função e que a escolha era exclusiva dos chefes militares, e não de Bolsonaro.
Nas duas CPIs, repetiu o mesmo texto com o mesmo recado aos militares. Ele era oficial da ativa do Exército dentro do governo, onde atuava fardado. Compartilhava responsabilidades e pedia a proteção das Forças Armadas.
O que o militares devem estar pensando agora da decisão de Fábio Wajngarten de passar adiante o alerta sobre o risco de Mauro Cid ser assassinado, bem na hora em que as milícias digitais voltam às manchetes e podem levar também aos chefes golpistas do 8 de janeiro?
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
Supergrampo de Alexandre de Moraes tira sono de juízes e procuradores
quinta-feira, 5 de janeiro de 2023
Alexandre de Moraes manda derrubar perfis de jornalistas bolsonaristas
terça-feira, 12 de julho de 2022
Alexandre de Moraes: 'Sabemos como as milícias digitais atuam e como combatê-las'
quarta-feira, 15 de junho de 2022
O inquérito das fake news é inegociável. Por Moisés Mendes
terça-feira, 31 de maio de 2022
Redes sociais: Canais bolsonaristas têm receita milionária com fake news sobre a eleição, mostra levantamento
Um levantamento promovido pelo jornal O Globo e pelas empresas Novelo Data e Bites aponta que canais alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) embolsaram até 1 milhão de reais com 1.960 vídeos no YouTube, os quais somam 57,9 milhões de visualizações.