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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Como FHC enganou o país

Por Palmério Dória (*) - "Muito antes das expressões "bullyng" ou "assédio moral" se tornarem corriqueiras, pude comprová-las na pele. Inicialmente na forma de sutis consultas, telefonemas despretensiosos, convites para almoços ou cafés. Eu, o saudoso Sérgio de Souza, o grande editor de "Caros Amigos", e todos os colegas envolvidos na apuração da histórica matéria que revelaria ao Brasil a proteção da imprensa a Fernando Henrique Cardoso no caso de seu filho de [então com] 8 anos com Miriam Dutra, jornalista da "Rede Globo".


Era o verão de 2000. Entre a definição da pauta, em fevereiro, e a publicação da reportagem que entrou para a história do jornalismo independente em nosso país, em abril, meu caráter foi submetido a leilão. Reportagem, aliás, classificada pelo jornalista Ricardo Setti ainda outro dia no "Roda Viva" como "irresponsável", sem qualquer contestação dos colegas ali reunidos.
 
Instalado, durante todo o mês de março, num hotel de luxo dos Jardins, o lobista Fernando Lemos ofereceu dinheiro, empregos, sinecuras e distribuiu ameaças. Tudo para que a tal reportagem não fosse publicada. Eu (ou meus companheiros de "Caros Amigos") poderia ter ficado rico, me tornado alto funcionário da Petrobras (como propuseram, e hoje "defendem" a Petrobras), resolvido os crônicos problemas de caixa de "Caros Amigos" ou o que pedisse. Tudo me foi oferecido, sem rodeios.
 
Contei tudo isso em detalhes no livro "O Príncipe da Privataria" com Mylton Severiano, outro mestre soberano (Geração Editorial, várias edições), responsabilizei o lobista Fernando Lemos, cunhado de Miriam Dutra e "operador" de FHC, em inúmeras matérias aqui e acolá. Uma delas, em 27 de junho de 2011, no "Brasil247", sob o título "A Última Exilada", com o qual Miriam Dutra hoje se apresenta. De nada.
 
Nem Lemos (morto em 2012), nem FHC, nem Miriam me processaram. Fernando Lemos morreu biliardário e não se deu ao trabalho de gastar um mísero centavo para tentar provar que seu comportamento, por mim relatado, não havia sido nefasto e corruptor. Enfim, faz 16 anos e estou sentado, na cadeira de balanço, debaixo da jaqueira, na curva do rio e sequer uma interpelação judicial.
 
Com um atraso de exatos 15 anos e 10 meses, Miriam Dutra resolve contar o que revelamos no outono de 2000. Antes tarde do que nunca.
 
Hoje, nas páginas da "Folha" – que à época, em discreta nota na coluna "Painel" justificou seu tumular silêncio, apelando para a surrada tese de que seria uma "questão relativa à vida pessoal de FHC e de sua ex-amante" - explode a entrevista bombástica de Miriam. Está tudo lá. Um repeteco ampliado e pormenorizado do que há 16 verões publicamos diante do silêncio indecente da grande imprensa.
 
E há acréscimos importantes: aparece uma das tais empresas nas Ilhas Cayman que arrepiam as penas do tucanato; o nome da "Brasif", empresa detentora do negócio bilionário dos Free-shop nos aeroportos fazendo favor financeiro ao presidente da República (imaginem se fosse o Lula); as contas recheadas de FHC em bancos no exterior; a "bolsa família" [família dele] paga com dinheiro arrecadado pelo lobista entre empresários que tinham relação promíscua com o governo de FHC; a relação lodosa com o filho que ele teria reconhecido e não teria reconhecido; um apartamento de [centenas de] milhares de euros na cara Barcelona presenteado ao filho que é filho e não é filho; a grave declaração de Miriam de que houve fraude no exame de DNA (quem comprou um Congresso Nacional para se reeleger não compraria um funcionário de laboratório?). Entra na dança Mario Sergio Conti, aquele que entrevistou o sósia do Felipão como se fosse o próprio treinador em plena Copa do Mundo, que em 2000 me brindou com impropérios pelo telefone. Agora como o jornalista que usou sua condição de diretor de redação de "Veja" para lançar um cortina de fumaça sobre a gravidez da jornalista, em conluio com Fernando Henrique, além engavetador-geral de matérias.
 
Resta uma pergunta à própria imprensa, aos justiceiros do Ministério Público, aos irrequietos delegados da Polícia Federal, aos plutocratas de São Paulo que viajam em seus jatinhos até Nova York e vestem seus smokings cheirando naftalina em regabofes cafonas organizados pelo João Dória (pausa para sonora e gostosa gargalhada) para louvar o presidente que quebrou o Brasil três vezes; às "senhoras" de Higienópolis; aos Marinho, aos Frias, aos Saad e aos falidos Civita e Mesquita, além dos patéticos paneleiros de todo o Brasil:
 
Vocês não se envergonham de dizer que não sabiam de tudo isso? 

Lembra aquela foto do FHC pedante, imperioso, deslumbrado. "Umbigo delirante" (licença, Millôr). Retrato em branco e preto de alguém que não amadureceu. Apodreceu. Muito longe do cicerone de Sartre no Brasil dos anos 50, ou do exilado no Chile, ou do aplicado professor auxiliar do mestre Florestan Fernandes.
 
Não se pode negar que FHC, enfim, caiu na boca do povo. Não enganou só Dona Ruth. Nem só a amante, por ele abandonada. Ele enganou todo um país."

(*) Palmério Doria é jornalista e escritor.
Este artigo foi publicado originalmente no site 247

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Os políticos brasileiros deviam prestar muita atenção em Bernie Sanders

Por Paulo Nogueira, no DCM – "Bernie Sanders não está prestando um grande serviço apenas para os Estados Unidos.
Também para o Brasil sua influência há de ser poderosa nos debates políticos daqui por diante.
Tudo que Sanders defende em sua batalha pelo posto de candidato democrata para as eleições de 2016 vale para o Brasil.


Aos 74 anos, cara de avô mas retórica pujante de adolescente idealista, Sanders está promovendo uma revolução na política americana.

Ele captou o Zeitgeist, o Espírito do Tempo, a exemplo do Papa Francisco. O coração da campanha de Sanders é o combate à desigualdade.

Com isso, ele captou o apoio entusiasmado dos jovens universitários progressistas americanos, que viram no senador de cabelos brancos uma possibilidade de colocar fim ao império de Wall Street na política dos Estados Unidos.

Lá, como no Brasil ou ainda mais, a plutocracia tomou de assalto a democracia. Da presidência ao Congresso, o big business é quem efetivamente manda.

Sanders já conseguiu um feito. Até há pouco tempo, estava a quilômetros, nas pesquisas, de sua rival Hillary Clinton. Agora, estão virtualmente empatados.

Os Estados Unidos vivem uma Berniemania, e já não é despropositado dizer que tudo isso pode dar na Casa Branca.

Para devolver ao povo a democracia surrupiada pelos bilionários, Sanders quer o fim do patrocínio das candidaturas por empresas.

(Eis um câncer também na política nacional, bravamente defendido por Aécio, Eduardo Cunha e caterva.)

Nenhum país é bom se só é bom para um punhado de privilegiados, diz Sanders. (Quando você ouviu FHC falar coisa parecida?)

Ele quer saúde e educação gratuitas para os americanos, como no sistema escandinavo.

Numa recente palestra de Sanders, uma jovem se levantou e disse que, para se formar, teve que acumular uma dívida de 300 mil dólares com sua faculdade, mais de 1 milhão de reais.

Quem pode arcar com tais despesas senão os filhos dos ricos?

Ele tem batido em Hillary colando nela o rótulo de representante do sistema, o establishment. Agora mesmo, ele revelou que ganhou com palestras, nos últimos tempos, pouco mais de 1 800 dólares, cerca de 7 000 reais. O casal Clinton, desde a saída de Bill da Casa Branca, faturou 150 milhões de dólares em conferências, mais de meio bilhão de reais.

Quem pagou? Exatamente o big business.

Eis outro ponto que se aplica ao Brasil. Tanto FHC como Lula, pós-presidência, se lançaram ao universo das palestras milionárias. Tais conferências — um fenômeno mundial — estreitam os laços entre a política e o big business e acabam minando a democracia em favor da plutocracia.

Sanders é fruto destes tempos. Sua voz igualitária passou a ser ouvida como consequência da brutal concentração de renda ocorrida nos Estados Unidos a partir da administração Reagan, na década de 1980.

No resto do mundo, o thatcherismo se incumbiu de fazer a mesma coisa. FHC usou, essencialmente, a plataforma thatcherista em sua gestão: privatização, desregulamentação e por aí vai.

Antes de Sanders, o primeiro sinal de inconformismo com a desigualdade entre os americanos veio do movimento Ocupe Wall Street, com seu célebre bordão “Nós, os 99%”.

Sanders é um filho de 74 anos deste movimento.

Nada é tão poderoso como uma ideia cujo tempo chegou, disse Victor Hugo.

Chegou o tempo para as ideias de Sanders, e é isso que o empurra na corrida presidencial americana."



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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Política - A extinção do adversário: Carlos Sampaio e Wanderlei Silva são o mesmo animal político

Por Kiko Nogueira, no DCM - "Wanderlei Silva e Carlos Sampaio não são apenas do mesmo partido, mas têm o mesmo DNA. Ambos são gigantes do vale tudo, prática em que o PSDB vem reinando absoluto. O que importa para eles é finalizar o adversário, seja de que maneira for.


Na quarta, dia 20, o PSDB protocolou na Procuradoria Geral Eleitoral uma representação que, nos desígnios de Sampaio, resultaria na extinção do PT.

Tudo é baseado numa matéria do Valor. Nela, Cerveró aparece como tendo afirmado à PF, antes do acordo de delação premiada, que a campanha de Lula à reeleição recebeu 50 milhões de reais em propina advinda de uma negociação de petróleo na África em 2005.
“Esse é um crime que não tem sua prescrição prevista em lei. O que está em jogo não é o ex-presidente Lula, mas sim o recebimento por parte do Partido dos Trabalhadores de recursos do exterior”, disse o advogado Sampaio. Ele explica que isso é vedado pela Constituição.

“Qual é a consequência? É a extinção do partido, porque ele perde o registro”, disse numa coletiva. Não é a primeira vez que Sampaio tenta emplacar essa tese. Em abril, na CPI da Petrobras, já havia declarado que o PT “tem tudo para ser extinto”.

Não vai dar em nada, mas vai render. Desde 2015 Sampaio vem ocupando o noticiário com esse estilo pitbull. Não se ouviu falar de uma proposta, uma alternativa, uma ideia. Ganhar no voto, nem pensar. Apenas a virulência e a mania de correr latindo atrás dos carros da mídia atrás de holofotes.

Seu doppelganger Wanderlei, filiado ao PSDB desde 2013, tem o apelido de “Cachorro Louco”. Quando ele assinou a ficha, o presidente tucano no Paraná afirmou que Silva iria “reforçar o partido” e “mexer com a população”.

Mexeu muito. Em setembro de 2014, anunciou sua aposentadoria do MMA depois de fugir de um exame antidoping pela porta dos fundos de sua academia. Foi condenado a pagar 70 mil dólares e banido de qualquer evento do UFC em Las Vegas. Desde então atribuiu a Dilma uma obra parada do governo de Goiás e descobriu o agora famoso iate do filho de Lula.
Eles não pedem desculpas. Sampaio, entre outras estripulias, recebeu 250 mil reais de uma empreiteira envolvida na Lava Jato, de acordo com o Globo. Jamais se explicou. Ganhou notoriedade nacional ao processar Dilma por ter usado um vestido vermelho num pronunciamento em rede nacional de TV. Janio de Freitas o chamou de “aspirante à perda do senso de ridículo”. É pouco.

São justiceiros na batalha do bem contra o mal pela salvação do Brasil. Vigilantes da ética e dos bons costumes, separados no nascimento. O “Cachorro Louco” e o pitbull do Aécio são o mesmo animal político."
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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

De Olho na Política: Políticos não fazem política

“Não adianta personalizar: há muitos Delcídios e Cunhas, de vários partidos, de todas as correntes ideológicas” – Por Chico Alvez, no O DIA/Rio – “Mesmo que não fosse esta a sua intenção, o jovem Bernardo Cerveró prestou enorme serviço ao país quando gravou a conversa no gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Em uma hora e meia de bate-papo, um parlamentar de destaque nacional e um advogado dos mais requisitados revelam descontraidamente o quanto a rotina de alguns poderosos brasileiros pode ser parecida com a de chefões do crime organizado.Ilegalidades, intrigas, propinas, intermediários, planos de fuga, todos os ingredientes que um diretor de cinema precisa para fazer um filme de máfia estavam ali. Vale alertar, no entanto, que nada tem a ver com a política os temas tratados naquele gabinete. E essa talvez seja a nossa maior tragédia. Os políticos do Brasil desistiram de fazer política.

Não adianta personalizar: há muitos Delcídios e Cunhas, de vários partidos, de todas as correntes ideológicas. O senador que a Polícia Federal trancafiou é apenas o exemplo de tantos que se apresentam com aparência respeitável e discurso articulado, enquanto nos bastidores tratam de assuntos mais adequados a Fernandinho Beira-Mar e companhia. Não se sabe ao certo quantos são, mas a população generalizou. Para se ter uma ideia da distorção, basta pronunciar a palavra mágica perto de qualquer grupinho na feira, na fila do banco ou na praia. Pergunte o que as pessoas acham de... política. Receberá de volta, certamente, uma saraivada de xingamentos, reclamações e mensagens de decepção.

É preciso dizer: o que engravatados assim fazem com seus mandatos não é política. É crime, puro e simples. Nos melhores dicionários, a política é definida como a arte de governar ou administrar nações. O objetivo a ser alcançado é o bem comum. Nada disso passa pela cabeça desses Delcídios das esferas federal, estadual e municipal que transformam a corrupção na principal preocupação do país, como mostrou a pesquisa DataFolha. Querem apenas encher seus próprios bolsos, manter-se poderosos. Não sabemos exatamente quem são, pois falta um Bernardo Cerveró para revelá-los.

Mesmo com tanto desencanto, é preciso acreditar que nem todos os políticos são assim. Existem aqueles que lutam por suas ideias sem pensar em quanto vão ganhar com isso, sejam eles de esquerda ou de direita. O enorme desafio do eleitor é identificá-los. Para isso, é preciso acompanhar cada vez mais a atividade do Legislativo e do Executivo para, depois de muito avaliar, escolher aqueles que merecem um voto de confiança. Gente que, no lugar de crimes e tramoias, pratique a atividade que tanto faz falta ao país: política.”

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Imagem: reprodução/spotniks.com

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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Ministério Público inicia o desmonte do “coronelismo eletrônico”

Por Alberto Dines ( *) - “A manchete dominical da “Folha” (22/11), vai entrar para a história da moralização da mídia brasileira: “Ação quer cassar rádios e TVs de parlamentares”.
Iniciativa inédita, tem o aval (e talvez mais do que isso) do Procurador Geral, Rodrigo Janot, e compreende medidas contra 32 deputados federais, oito senadores e o cancelamento das respectivas concessões no setor audiovisual, contrárias ao disposto pela Constituição.


Dos senadores, dois são do PSDB (Aécio Neves e Tasso Jereissati), dois do PMDB (Edison Lobão e Jader Barbalho), um do PSB (Roberto Rocha) e um do PTB (Collor de Melo). (clique aqui para ver a íntegra da matéria e o nome de todos os parlamentares).

Estritamente factual, a matéria é injusta com a própria “Folha” que denunciou corajosamente não apenas o conflito de interesse dos parlamentares-concessionários, também a predominância da bancada evangélica neste desonroso toma-lá-dá-cá e, como se não bastasse, aberração ainda maior – a participação formal de deputados-infratores no órgão concedente e fiscalizador, a CCTCI, Comissão de Ciência,, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados.

Grande parte das investigações da “Folha” ao longo das duas últimas décadas foram executadas pela repórter Elvira Lobato (hoje fora do quadro de funcionários) que chegou a ser processada simultaneamente por filiais da Igreja Universal do Reino de Deus em diferentes estados, numa jogada mafiosa para constranger e impedir seu comparecimento perante a justiça.

Se a iniciativa saneadora do MPF é inédita (o adjetivo foi pinçado do próprio texto da “Folha”), em respeito aos leitores o jornal não poderia negar-lhes informações sobre os antecedentes do caso. Ao menos para caracterizar a complacência dos demais grupos jornalísticos.

Acostumado com a habitual má-vontade da grande mídia com aqueles que ousam questioná-la, este observador não estranha que também tenha sido esquecido o grande número de denúncias aqui veiculadas como também em nossa versão televisiva.
Criado em Abril de 1996, o Observatório da Imprensa tratou do coronelismo eletrônico – ou midiático — já na edição de 20/8/97. A partir de 2002 se avolumaram as denúncias configurando grave e acintosa deformação no Legislativo.

Em Outubro de 2005 – há uma década ! — o Instituto Projor, entidade mantenedora deste Observatório, através do seu então presidente, o jornalista Mauro Malin, protocolou na Procuradoria Geral da República em Brasília pormenorizado dossiê com todas as irregularidades de modo a permitir que o órgão adotasse as medidas que entendesse de direito. Veja a íntegra do dossiê aqui.

A PGR agradeceu e engavetou. Agora, devidamente atualizadas e confirmadas, as transgressões entrarão na fase das sanções e punições cabíveis.
Com ou sem o reconhecimento ao trabalho dos precursores desta moralização na mídia eletrônica, o que importa é a drástica reversão no status quo. Muito mais pode ser alcançado – basta cumprir a Constituição.”

( *) Alberto Dines é jornalista, escritor e fundador do Observatório da Imprensa

Imagem: reprodução/Pragmatismo Político

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domingo, 11 de outubro de 2015

Ato falho na página de Eduardo Cunha


Por Victor Costa, no Facebook – “Fui avacalhar a a página do Eduardo Pulha e me deparei com esse post, o mais recente. Eu que não creio, li. Vício de filósofo, fui procurar o contexto da frase. Fiz a coisa mais óbvia. Peguei minha bíblia, que fica na seção livros sobre o tédio ao lado de A Montanha Mágica do Thomas Mann, e fui verificar. Abri - como diz no post - em Tiago, capítulo 5, versículo 12. Rá! Tá escrito outra coisa lá.


A equipe do Eduardo Cunha errou. Devem estar todos com o cu na mão, inclusive o próprio.
É muito exemplar a desonestidade intelectual dessa gente.

Essa frase do post diz respeito à cena do Sermão da Montanha (escrita em Mateus e em Lucas). A propósito - e isso que é delicioso - Tiago 5: 12 trata da relação entre juramento e verdade.

Que ato falho providencial! Leiam: "Irmãos, não jurem: nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra coisa; que o 'sim' de vocês seja sim, e que o 'não' seja não, para não se exporem ao julgamento".

Pelo que vemos, o Sr. Eduardo Cunha realmente não leu esse versículo.

O que é a vida, não?

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VIA

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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Políticos que Aécio defende fazem mal ao país

Por: Alex Solnik ( *) – “Está ficando cada vez mais fácil identificar os políticos que fazem mal ao país: são aqueles que Aécio Neves defende.

Ele tem um faro apurado nesse aspecto, como todo o Brasil tem visto desde o início do ano, quando deu start à sua cruzada para assumir o papel de líder da oposição.

O primeiro ídolo que escolheu foi o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, filhote político de Collor, cuja biografia está sendo escrita em letras tortas e borradas, graças às suas atitudes aéticas que desfilam diariamente à vista de todos e à luz do dia.

Aécio, que tenta se apresentar como o paladino contra a impunidade passou batido pelas notícias da Suíça que relatam as "pedaladas bancárias" de Cunha, como se houvesse dois tipos de corrupção: a boa e a má.
A má é a que provém dos covis do PT; todas as demais são boas.

O novo ídolo de Aécio é outro personagem no mínimo controverso e cuja biografia, assim como a de Cunha, não vai ocupar as páginas mais aplaudidas da história do Brasil.

Em primeiro lugar é bom esclarecer que a pessoa em foco, Augusto Nardes, está ministro do TCU, mas é político. E político de direita. Filhote da ditadura.

Começou como vereador em Santo Ângelo em plena ditadura Médici, em 1973, pela Arena – Aliança Renovadora Nacional, o partido da ditadura militar. O período em que a repressão foi mais aguda. Com seu apoio.

Este é o pedigree do novo ídolo do suposto líder da oposição.

Terminada a ditadura, ele se elegeu deputado federal pelo PP, o partido de Paulo Maluf – o rival do avô de Aécio, Tancredo Neves na disputa de 1984 no Colégio Eleitoral. Precisa dizer mais alguma coisa?

De dois meses para cá Nardes tem sido arroz de festa nos jornais e nos programas jornalísticos da TV com seu mantra predileto: "as contas do governo devem ser reprovadas". Se o mantra não fosse esse ele sequer seria convidado, tal a sua desimportância.

Eu ouvi essa ladainha em ao menos dois programas da Globo News, o do William Waack e o da Mônica Waldvogel. Da boca dele.

Devidamente enquadrado pela Advocacia Geral da União, que pede seu afastamento por ter antecipado seu voto, ele declarou que não fez o que fez, copiando Maluf e Cunha que também afirmam não terem conta em banco suíço.

Além de ter antecipado seu voto – fato público e notório – Nardes agora está omitindo a verdade.

Mas não é só. A Operação Zelotes investiga três escritórios de contabilidade de Santo Ângelo, de um dos quais Nardes seria ou teria sido sócio, de acordo com a delação de Paulo Cortez.

Nardes já confirmou conhecer Cortez. Falta conhecer o restante da história."

( *) Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão", "O domador de sonhos" e "Dragonfly" (lançamento janeiro 2016).

Artigo publicado no Portal 247

Postado por Teresa Braga, no blog Democracia&política

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terça-feira, 28 de julho de 2015

Movimentos e políticos avaliam postura de FHC: 'o que não tem que ser salvo'

Jornal do Brasil – “Um comentário feito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em seu perfil no Facebook, no último fim de semana, suscitou uma reflexão mais profunda dos movimentos sociais e da classe política acerca dos possíveis reflexos na sociedade de uma ausência de pacto partidário em apoio ao governo. FHC, dias após se colocar à disposição para dialogar com a Presidência e com o ex-presidente Lula, mudou a versão e afirmou pelas redes sociais que 'qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo'.

http://www.brasil247.com/pt/blog/leonardoattuch/190328/Por-que-Lula-e-FHC-devem-sim-sentar-e-conversar.htm
reprodução/247
"É lamentável que se pronuncie [se referindo a Fernando Henrique Cardoso] desta forma", conceitua o deputado federal Wadih Damous (PT/RJ). Antes mesmo de avaliar os efeitos da declaração de FHC, Damous ressalta que em nenhum momento o governo acenou por um pedido de ajuda ao ex-presidente. "Ele [FHC] se colocou como figura mesquinha. Um ex-presidente que, independente do partido, se recusa a conversar com o atual mandatário do país, para um possível pacto de governabilidade, demonstra que não está à altura das necessidades do povo", disse o parlamentar.

Damous observou que FHC ainda vem demonstrando uma postura de "ambiguidade" na sua relação com o governo, mudando de opinião "a cada hora". Na opinião do parlamentar, o diálogo é sempre importante, mas não "crucial" como medida para tirar o país de uma crise. "Tem que haver sim uma política econômica, respeito à Constituição. Isso sim supera a crise", analisa o deputado.

O grande desafio do Brasil na atual conjuntura, na visão da presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, é conseguir uma estabilidade política capaz de manter o mesmo rítmo de crescimento que tirou o país da miséria. Vitral diz que para a UNE, ficou muito evidente a escolha do eleitorado brasileiro pela manutenção de um projeto que mudou a vida da população. "Os movimentos sociais vão cobrar o programa eleito pra governar o país, mas isso não significa e nem tem nenhuma relação com derrubar um governo legitimamente eleito, pelo contrário, é dar apoio para os avanços continuarem", salienta.

A líder do movimento também não viu com bons olhos a declaração de FHC no Facebook e concluiu - "falta ao Brasil uma postura mais republicana". Vitral acredita que a postura de FHC, assim como também do senador Aécio Neves (PSDB/MG), tenta "aglutinar o que há de mais conservador para derrotar o governo". No entanto, ela ressalta que o país precisa de um diálogo que a presidenta Dilma ou mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estejam tentando travar em favor dos melhores rumos para o país. 

"Ao mesmo tempo que a UNE, de forma crítica, sinaliza para o governo que o melhor caminho para sair da crise não é o corte na educação, a gente também não vai marchar ao lado de quem levantar uma bandeira do golpe militar ou qualquer outra que, de forma oportunista, tenta jogar na instabilidade, que não ajuda em quem quer ver o Brasil avançar", avalia a líder estudantil.

Vitral adiantou que a UNE está agendando para o dia 20 de agosto um grande encontro com os outros movimentos, tendo como pauta a enumeração de pontos críticos às medidas de ajuste fiscal, mas através de um projeto que levanta a bandeira da democracia. "A gente ainda quer denunciar essa tentativa de golpismo que rivaliza com o governo, vinda da direita e até de uma parcela da mídia. Isso que estão comentando não é impeachment, mas golpe", destaca.

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terça-feira, 14 de julho de 2015

Lava Jato - PF faz busca e apreensão em casas de Collor e de outros políticos

Agência Brasil* – “A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) cumpriram hoje (14) mandados de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal, decorrentes das investigações da Operação Lava Jato. No total, foram emitidos 53 mandados. Batizada de Politeia, a nova etapa de investigação é referente a seis processos instaurados no Supremo Tribunal Federal (STF).

Foram cumpridos mandados em casas, escritórios e empresas de políticos, entre eles os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Bezerra (PSB-PE), do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e do ex-ministro Mário Negromonte.
Foto: Divulgação
Em nota publicada no site da Procuradoria-Geral da República, os mandados foram expedidos pelos ministros do STF Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski e foram cumpridos no Distrito Federal, na Bahia, em Pernambuco, São Paulo, no Rio de Janeiro, em Alagoas e em Santa Catarina. Segundo a nota, esta é a primeira fase da Lava Jato no STF. As buscas foram solicitadas pelo produrador-geral da República, Rodrigo Janot. “As medidas são necessárias ao esclarecimento dos fatos investigados no âmbito do STF, sendo que algumas se destinaram a garantir a apreensão de bens adquiridos com possível prática criminosa e outras a resguardar provas relevantes que poderiam ser destruídas caso não fossem apreendidas”, disse Janot, segundo o texto. Para o procurador, a ação mostra uma atuação firme e responsável por parte do Ministério Público Federal para que os fatos sejam esclarecidos.

Agentes da Polícia Federal estiveram no apartamento funcional do senador Fernando Collor, em uma quadra da Asa Sul, no centro da capital federal. Os agentes deixaram o prédio com um malote. Os policiais federais também apreenderam três carros de luxo - uma Ferrari, um Lamborghini e um Porsche - na Casa da Dinda, residência que foi usada por Collor na época em que era presidente da República. Os veículos foram levados para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

A Polícia do Senado Federal questionou a ação no apartamento do senador. O diretor da Polícia do Senado, Pedro Carvalho, confirmou que a ação foi no apartamento de Collor e disse que não foi apresentado mandado. “Nós chegamos aqui, fomos impedidos de entrar em uma residência oficial do Senado Federal. Volto a dizer que não nos foi apresentado um mandado de busca e apreensão, nenhum dos membros que estavam aqui se identificou para a gente”, disse o diretor. Carvalho disse que os agentes fizeram a busca sem a presença de seguranças da Polícia Legislativa.

O advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, também esteve no local. Ele contou que os agentes estavam acompanhados de um chaveiro para entrar no local. “A Polícia do Senado foi surpreendida por policiais supostamente federais aqui na porta do edificio da residência oficial, e estes supostos policiais, porque em momento nenhum eles se identificaram, trouxeram um chaveiro e adentraram em um apartamento oficial do Senado Federal”, disse. Para o advogado, foi descumprida uma resolução do Senado. “Foi descumprida a resolução número 40 do Senado Federal. Para quem não sabe, resolução tem força de lei. Claro que vamos analisar o caso, mas eu entendo que começam aí as ilegalidades [quando os policiais federais entraram em um imóvel do Senado] e isso pode até macular o inquérito policial”.

“A resolução [do Senado Federal] diz que até mesmo para cumprir um mandado de busca e apreensão precisaria a competência da Polícia do Senado. Então, se a Polícia Federal dispõe de um mandado de busca e apreensão, teria que apresentar à Polícia do Senado e solicitar o acompanhamento”, disse o advogado. Procurada pela reportagem, a Polícia Federal não se manifestou oficialmente sobre as declarações da Polícia do Senado Federal.

Outro lado

Em seu perfil na rede social Facebook, a defesa do senador Fernando Collor divulgou nota criticando a ação.  “A defesa do senador Fernando Collor repudia com veemência a aparatosa operação policial realizada nesta data em sua residência. A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos”.

O texto diz ainda que o senador se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal por duas vezes e que o depoimento foi desmarcado. “[...] por duas vezes, o senador se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal, sendo que nas duas vezes seu depoimento foi desmarcado na véspera. Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar futuras testemunhas” diz o texto, acrescentando que “a medida invasiva traduz os tempos em que vivemos, em que o Estado Policial procura se impor ao menoscabo das garantias individuais seja do ex-presidente, do senador da República, ou do simples cidadão. Afinal, se nem os membros do Senado Federal estão livres do arbítrio, o que se dirá do cidadão comum, à mercê dos Poderes do Estado”.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador Ciro Nogueira, disse em entrevista à Agência Brasil serem desnecessárias a busca e apreensão feitas na casa do parlamentar em Brasília.  “Houve, uma determinação do ministro do Supremo. No entender da defesa, uma medida desnecessária, uma medida forte, invasiva. Infelizmente, no meu ponto de vista, estamos vivendo um momento policialesco no país, um momento em que aquilo que deveria ser a exceção vira regra”, disse.  Kakay reforçou que o senador já havia se colocado à disposição da Justiça e lembrou que abriu, voluntariamente, os sigilos bancário, fiscal e telefônico. Segundo o advogado, foram apreendidos materiais como computador e telefone. “O senador Ciro não tem nenhuma preocupação com a investigação. É um homem público e se coloca à disposição da investigação. O que não pode acontecer, no meu ponto de vista, é uma medida como essa, invasiva, desnecessária”.

Kakay disse que foi apresentado um mandado para fazer a busca, mas não sabe a fundamentação. “Não sabemos o que existe nessa busca e apreensão. Foi apresentado um mandado dizendo a necessidade de fazer a busca, mas os fundamentos não sabemos ainda. Não tivemos acesso”.

A assessoria do senador Fernando Bezerra publicou uma nota dizendo que Bezerra manifesta confiança nas autoridades que conduzem o processo de investigação “e continua, como sempre esteve, à disposição para colaborar com os ritos processuais e fornecer todas as informações que lhe forem demandadas; inclusive, de documentos que poderiam ter sido solicitados diretamente ao senador, sem qualquer constrangimento. Fernando Bezerra Coelho aguarda o momento de seu depoimento e reitera sua confiança no pleno esclarecimento dos fatos".

A assessoria do deputado federal Eduardo da Fonte também se manifestou por meio de nota. “Estou à disposição da Justiça para colaborar no que for possível para esclarecer logo todos os fatos”.

Em nota, a defesa de Mário Negromonte disse que a ação ocorreu "sem qualquer intercorrência" e que o ex-ministro colaborou com os trabalhos. De acordo com a defesa, Negromonte "reitera seu irrestrito intuito de colaborar com a investigação, inclusive com a entrega espontânea de todos os elementos considerados indispensáveis pelas autoridades, na medida em que tem a plena convicção de que é essa investigação que apontará para a sua inocência relativamente aos fatos investigados". 

*Por Michélle Canes
Edição:Carolina Pimentel
Fonte:Agência Brasil
Imagem: reprodução/Foto/divulgação

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domingo, 19 de abril de 2015

Lista dos defensores do impeachment na Operação ‘Puxando a capivara’

Aqui está uma pequena lista de homens bons da Pátria brasileira. Probos senhores públicos defensores da moral, dos bons costumes e da ética na politica.  Doutos impolutos na prática constante das virtudes, da justiça e do bem comum. Atualmente se dedicam ao mister do impeachment da Sra. Dilma Roussef, a presidente da República reeleita democraticamente sob o sufrágio e a vontade da maioria dos cidadãos. Esta pleiade de amigos dessa maioria, “líderes de oposição receberam agitadores de protestos anti-governo para condenar a corrupção. Mas a ficha dos que esbravejam contra a ilegalidade e a falta de ética na política é intrigante”.
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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Política: sempre o sujo falando do mal lavado

Hoje em dia, é extremamente difícil escolher de que lado nos posicionarmos em relação aos representantes do Poder Público. A maioria dos partidos políticos possui em seus quadros pessoas que tem, ou tiveram seus nomes envolvidos em denúncias de corrupção. Lamentável é que alguns deles ainda posam de defensores da ética, da moral e dos bons costumes. Temos vários casos que comprovam essa postura deletéria, também no âmbito do poder privado.
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sábado, 7 de março de 2015

A corrupção não é dos políticos; é da política como ela é, hoje


- "O guarda de trânsito que aceita ou pede uma propina é a essência da corrupção policial?
A corrupção no Brasil, como num batalhão da PM, não depende do coronel que o comanda.
Ponha Jesus Cristo no comando do 15° Batalhão da PM, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e haverá corrupção.



Não houve nenhuma campanha eleitoral de grande porte neste país (exclua daí os candidatos que “marcam posição” e nem todos) que não tenha recebido dinheiro de empresas.

Todos.

As doações são legais, embora seja imoral que empresas financiem – e com abatimento no Imposto de Renda! – candidatos.

Embora isso não seja verdade em todos os casos, o que impede uma empresa de “lavar” o dinheiro de um sobrepreço em licitações doando legalmente ao candidato?

Ou o dinheiro que as empreiteiras deram ao PT é “sujo e da corrupção” e o que deram ao PSDB, ao PMDB, ao DEM e a todos os outros é “limpinho e cheiroso”?

É claro que a proibição de doações empresariais não vai tornar a política brasileira um monastério. Mas, somada à criminalização do “caixa 2″ – que hoje só existe para a esquerda, vai tornar muito menor, mais difícil e arriscada a corrupção verdadeira.

E, às campanhas, mais baratas.

Depois que os Estados Unidos, há alguns anos,  liberalizaram os critérios de doações empresariais, o gasto das campanhas presidenciais mais que triplicaram!

Mas quem se interessa, mesmo, em acabar com a corrupção que o dinheiro faz sobre a política, muito mais que sobre os políticos?

Quem é que deseja que o poder econômico deixe de ser a diferença entre os candidatos que buscam votos, que fazem “dobradinhas” com prefeitos, vereadores, deputados estaduais, sem as quais não se elegeriam (daí como se animam com o voto distrital)?

Perguntem ao Ministro Gilmar Mendes, a quem o país deve o engavetamento, já por 11 meses, da decisão tomada por 6 votos a um proibindo o financiamento privado das campanhas.

O problema da hipocrisia é o de que ela não resiste a um raciocínio honesto."

Fonte: Tijolaço
VIA

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sábado, 20 de dezembro de 2014

Os santinhos da Petrobras

O texto que transcrevo abaixo na íntegra, é de autoria de Dante Mendonça. Foi publicado na versão online do jornal Gazeta do Povo, em 19/12/14. Trata-se de uma das várias versões contadas, de como a Polícia Federal teria chegado ao esquema de roubalheira na Petrobras. Mendonça, ilustra a narrativa com uma história sobre o comportamento dos corruptos impostores, que igual aos criminosos de carteirinha usam códigos em vez de palavras comuns para não levantar suspeita.
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Petrobras: delator citou 28 políticos beneficiados com esquema de corrupção. Confira a lista

O ex- diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, beneficiado pela “delação premiada” citou uma lista com 28 políticos em 80 depoimentos prestados durante as investigações da Operação Lava-Jato. Entre eles estão um ministro, ex-ministros, deputados, senadores, governador e ex-governadores. A reportagem é do O Estado de S. Paulo, que obteve a lista completa.
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sábado, 31 de maio de 2014

Nasce um novo político

Izabelle Torres na IstoéBrasil

Como todo bom político, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, fez o possível para criar uma cena de impacto. Na quinta-feira 29, quebrou um suspense – longamente preparado – ao anunciar sua saída da mais alta corte de Justiça do país, onze anos antes do prazo legal de permanência na instituição. Joaquim foi mais ou menos bem sucedido. Ao confirmar a decisão à presidenta Dilma Rousseff, logo pela manhã, Barbosa encontrou uma interlocutora que já fora informada da novidade na segunda-feira 26.

Neste mesmo dia, ela transmitiu a informação para os ministros mais próximos, exigindo sigilo absoluto. Depois de uma conversa rápida e amena com a presidenta, na qual anunciou sua maior prioridade nas próximas semanas – “assistir aos jogos da Copa do Mundo” – Joaquim tomou o rumo para o Congresso, onde encontrou interlocutores desprevenidos.

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Tentação das Urnas - Sem os limites impostos pela toga, Joaquim Barbosa pode desempenhar papel relevante na vida política nacional
O ainda presidente do STF entrou no gabinete de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, com ar descontraído. Renan temia uma discussão árida sobre temas espinhosos, como a recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral de modificar a distribuição de cadeiras de deputado federal, medida que o Congresso define como um acinte às suas prerrogativas constitucionais. Mas Joaquim logo avisou que a pauta era outra.

Diante de um Renan que custava a vencer a própria incredulidade, disse que estava cansado, que trataria melhor da saúde sem se preocupar com compromissos do tribunal e agradeceu a boa convivência entre os Poderes. Perguntado sobre seu futuro, Joaquim reagiu como fazem os políticos. Negou, é claro, que tivesse projetos com atividade partidária. Foi ainda mais explícito na conversa seguinte, quando se encontrou com Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara de Deputados.

Sem possibilidade legais de entrar  no pleito de 2014, negou ter planos de disputar qualquer eleição em pleitos futuros – o calendário marca 2016, uma eleição municipal, e 2018, quando até a presidência da República estará em jogo nas urnas. Explicou também que pretende aproveitar as horas de folga para cuidar da saúde, voltando a mencionar as célebres dores lombares que tantas polêmicas provocaram nos meses anteriores ao julgamento da AP 470. Também disse que pretende reforçar o orçamento doméstico fazendo conferências e consultorias jurídicas pelo País. Quando falou nas palestras, Joaquim chegou a mencionar que hoje elas fazem parte da agenda do ex-presidente Lula.

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O meio político, no entanto, aguarda os próximos passos de Barbosa com ansiedade. Afinal, ninguém duvida do capital político acumulado pelo presidente do STF nos últimos anos, sobretudo a partir do desempenho demonstrado durante o julgamento do mensalão. Sua popularidade é atestada pelas recentes pesquisas de opinião, nas quais atinge facilmente os dois dígitos em intenções de voto.

Nas conversas ao longo da semana, Barbosa nada anunciou que um político sem partido, e sem condições de entrar na corrida por cargos eletivos em 2014, não pudesse fazer.  Nada que possa impedir sua aparição repentina durante a campanha presidencial. Na atual conjuntura política, é certo que Barbosa seria um eleitor e tanto para qualquer candidato.

Apesar de o presidente do STF, nos últimos tempos, ter tratado a presidenta com a deferência exigida pelo cargo, Planalto age como gato escaldado. Não por acaso, entre aliados do governo Dilma, Barbosa é chamado como “Ronaldo Fenômeno 2”. Eles se referem ao craque-empresário que, em apenas uma semana, abandonou a postura neutra de membro do Comitê Organizador Local, declarou que sentia vergonha dos preparativos da Copa e depois anunciou que iria votar no candidato tucano Aécio Neves. Fora do Supremo, nada impedirá Joaquim Barbosa, então um cidadão comum com os mesmos direitos que os 200 milhões de brasileiros, de subir no palanque e dizer em quem vai votar.

A grande questão é que, independentemente do que diga o presidente do STF, sua entrada na política é considerada o caminho natural, mesmo que ele não seja efetivamente um candidato. O afastamento do STF previsto para o fim de junho, quando se inicia o recesso do Judiciário, deixará Barbosa livre para declarar suas posições políticas sem o peso da responsabilidade imposto pela toga de ministro.

Poderá ser, sem dúvidas, um contraponto importante no xadrez eleitoral e alvo de cobiça dos partidos, especialmente os de oposição. O PSB de Eduardo Campos e o PSDB de Aécio Neves já sonham com sua adesão.
O comportamento pregresso de Joaquim Barbosa reforça as impressões em Brasília de que ele poderá exercer um papel muito mais relevante na vida política nacional e fazer muito mais do que apenas “proferir palestras, prestar consultorias, descansar, assistir à Copa e cuidar da saúde”. Não é de agora que o magistrado demonstra especial cuidado e apreço pela sua imagem pública.

Na presidência do Supremo, montou uma equipe para acompanhar a repercussão de suas posições em plenário, confirmando aquilo que era possível perceber por intuição: a disposição para criticar colegas e outras categorias do Judiciário fizeram do ministro referência no ataque a privilégios, como o de advogados que atuam em tribunais superiores como juízes, e os filhos de ministros de Cortes que atuam como advogados.

Celebrizado pelo mensalão e pelo empenho em levar para a cadeia figuras influentes do PT e de legendas aliadas, Joaquim Barbosa também levou ao plenário  outros casos que discutiam a prisão de políticos. Relator do caso do falecido ex-governador Ronaldo Cunha Lima, acusado de assassinar um rival político, que conseguiu levar o caso para tribunais inferiores ao renunciar a um mandato eleitoral de deputado, Barbosa tornou-se adversário duro da tentativa de parlamentares de usar toda sorte de recursos para escapar do julgamento em foro privilegiado, como aconteceu com Cunha Lima.

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Enquanto no meio político a aposentadoria de Joaquim Barbosa alimenta especulações e provoca um misto de expectativa e apreensão sobre o papel que o magistrado desempenhará depois de junho, quando deixar oficialmente o STF, no âmbito jurídico a sensação é outra. Em pouco mais de uma década no Supremo, Joaquim colecionou desafetos entre magistrados, advogados e os próprios colegas. Daí, sua aposentadoria ter sido recebida com certo alívio por muitas carreiras. “A magistratura não sentirá saudades”, disse o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Nino Toldo.  “Ele vai deixar como marca, a arrogância e o destempero”, comentou o advogado Carlos Alberto de Almeida, o Kakay.

No STF, ministros mais críticos dizem que ao longo dos anos ele trocou a preocupação com o cumprimento das leis pela corte à opinião das ruas. Durante o julgamento do mensalão, Barbosa acusou o revisor da ação penal 470, Ricardo Lewandowski, de atuar em defesa dos réus e trabalhar pela impunidade. Anos antes, Barbosa acusara o ministro Gilmar Mendes de ter capangas, e o então presidente da Corte Cezar Peluso de manipular processos, de ser preconceituoso e caipira.

Entre um bate-boca e outro, Barbosa atacou políticos e fez um esforço considerável para que eles sentissem os rigores da lei. Suas declarações ganharam a mídia e as redes sociais. Na maioria dos casos, as respostas da população foram altamente positivas para sua imagem pública. Ou seja, tudo o que um político mais anseia.

Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/365929_NASCE+UM+NOVO+POLITICO


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sábado, 12 de abril de 2014

FHC: “Ninguém acredita que sou de esquerda!”

Na noite de terça-feira (08), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso brincou com a plateia, repleta de intelectuais, ao dizer que tem, sim, uma visão de esquerda na política, mas que ninguém acredita.
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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Governo: desvio de recursos públicos pelas prefeituras e a corrupção em todas as esferas de poder

Há uma certa paranoia que atinge grande parte da sociedade, que consiste em atribuir atos de corrupção exclusivamente à esfera federal do poder político. Posso estar errado, mas penso que isso vem desde que um partido de esquerda assumiu o poder central da República. Ao que parece as pessoas esquecem que existe a esfera estadual e a municipal.
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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Política - Governadora se recusa a criticar Dilma e dá exemplo a oposicionsitas


E se todos os políticos fossem mais sinceros? Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver, principalmente em campanhas, os políticos dedicarem boa parte do seu tempo a criticar seus adversários com a finalidade de conquistar votos. Grande parte da classe ainda não se deu conta que o cidadão está cansado dessa ladainha.
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sexta-feira, 15 de março de 2013

Bob Fernandes: este é o Bolsonaro [vídeo]


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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Entenda o xadrez político no momento atual

Por:  Luis Nassif

Vamos entender o xadrez político atual.
Há um jogo em que o objetivo maior é capturar o rei – a Presidência da República. O ponto central da estratégia consiste em destruir a principal peça do xadrez adversário: o mito Lula.
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