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sábado, 21 de outubro de 2023

Governo demite servidores da Abin presos por espionagem ilegal

Por Pedro Rafael Vilela, repórter da Agência Brasil: A Casa Civil da Presidência da República anunciou, na noite desta sexta-feira (20), a demissão dos servidores Eduardo Izycki da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Os desligamentos foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), assinadas pelo ministro Rui Costa. 

www.seuguara.com.br/Agência Brasileira de Inteligência/Abin/demissão/servidores/presos/Polícia Federal/

Pela manhã, a Polícia Federal deflagrou a Operação Última Milha, com o objetivo de investigar o uso indevido, justamente pelos dois servidores da Abin, de um sistema de geolocalização de dispositivos móveis, sem a devida autorização judicial. Ambos foram presos na Operação, que incluiu o cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão em diversos estados. As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a PF, o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um "software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos".


Além do uso indevido do sistema, que teria sido acessado para espionar ilegalmente autoridades, jornalistas, servidores, apura-se a atuação de dois servidores da Agência que, em razão da possibilidade de demissão em processo administrativo disciplinar, teriam utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do programa como meio de coerção indireta para evitar a demissão.


Na justificativa de demissão, a Casa Civil informou que, apesar de estarem ocupando o cargo público de oficial de inteligência da Abin, Izycki e Colli participaram, na condição de sócios representantes da empresa ICCIBER/CERBERO, de pregão aberto pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro (pregão nº 18/2018-UASG 160076). O pregão tinha por objeto a aquisição de solução de exploração cibernética e web intelligence capaz de realizar coleta de dados e diversas fontes da internet.

Ao assim procederem, de acordo com a nota, os servidores incorreram infrações administrativas que incluem participação em administração e gerência de empresa privada, conflito de interesses e descumprimento do regime de dedicação exclusiva à Abin.


Confira a íntegra da nota da Casa Civil da Presidência da República

Demissão de servidores da Abin 

A Casa Civil da Presidência da República informa que foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, na noite desta sexta-feira (20), a demissão dos servidores Eduardo Izycki e Rodrigo Colli da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A decisão foi tomada após constatada a participação, na condição de sócios representantes da empresa ICCIBER/CERBERO, de pregão aberto pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro (pregão nº 18/2018-UASG 160076). O pregão tinha por objeto a aquisição de solução de exploração cibernética e web intelligence capaz de realizar coleta de dados e diversas fontes da internet.

Ao assim procederem, os servidores incorreram nas seguintes infrações administrativas:

1. Violação de proibição contida expressamente em lei - atuação em gerência e administração de sociedade empresária - Art. 117, inciso X, da Lei 8112/90;

2. Improbidade Administrativa por violação de dever mediante conduta tipificada em lei como conflito de interesse - Conforme artigo 132, inc. IV da Lei nº 8.112/1990, c/c Arts. 4º e 5º, incisos III, IV e V, e 12, todos da Lei nº 12.813/2013, e artigo 11 da Lei 8.429/92.

3. Violação do regime de dedicação exclusiva a que se submetem todos os ocupantes do cargo de Oficial de Inteligência da ABIN - Lei nº 11.776, de 17 de setembro de 2008 (art. 2º, I, "a", c/c art. 6º, § 1º).


Edição: Carolina Pimentel

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domingo, 23 de abril de 2023

Veja quais os servidores do GSI estavam no planalto em 8 de janeiro

Por Iara Lemos e Sylvio Costa, no Congresso em Foco: Todos os dez servidores do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que aparecem nas imagens divulgadas pela CNN são militares. O Congresso em Foco teve acesso aos nomes. Além do general Gonçalves Dias, que deixou a chefia do GSI na última quarta-feira (19), estavam no Palácio do Planalto, durante os atos de 8 de janeiro, outros sete oficiais do Exército, um sargento da Aeronáutica e um tenente-coronel da reserva do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

www.seuguara.com.br/servidores/GSI/8 de janeiro/imagens/

Os nomes foram repassados na quinta-feira (20) pelo GSI ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz os inquéritos relacionados com atos golpistas. O ato aconteceu logo após assumir a chefia do GSI interinamente o jornalista e gestor público Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça e ex-interventor federal na segurança em Brasília.


Ao encaminhar os nomes, o GSI pediu ao ministro Alexandre autorização para dar divulgação a pública a todas as 160 horas de gravação registradas pelas câmeras do Palácio do Planalto em 8 de janeiro. O pedido foi aceito, e o GSI deve liberar as imagens ainda neste sábado (22).

Veja os nomes dos militares que estavam no Planalto no dia em que foram invadidas as sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário:


General de divisão R1* Marco Edson Gonçalves Dias, que exerceu a função de ministro-chefe do GSI até 19 de abril de 2023

As imagens mostram o ex-ministro, que apesar do episódio não perdeu a confiança do presidente Lula, circulando entre os invasores, cumprimentando-os e até salas do Palácio para os golpistas saírem. O general alega que indicou o caminho para os manifestantes descerem até o segundo andar, onde estavam sendo presos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).


General de divisão Carlos Feitosa Rodrigues, que foi o secretário de Segurança e Coordenação Presidencial até 23 de janeiro de 2023

O general tinha sido nomeado para o cargo em maio de 2021 por Jair Bolsonaro. Foi, entre 2019 e 2020, o comandante 16ª Brigada de Infantaria de Selva, com sede em Tefé, no Amazonas. 


Coronel do Exército Wanderli Baptista da Silva Júnior, diretor-adjunto do Departamento de Segurança Presidencial até 31 de março de 2023

Recebeu em 2020 o título de "Cidadão do Recife", conferido pela câmara municipal da capital de Pernambuco. Em 2055, comandou a Operação Pacajá, organizada para tentar controlar os focos de tensão no Pará após o assassinato da freira Dorothy Stang.

Coronel do Exército Alexandre Santos de Amorim, coordenador de Avaliação de Riscos, que permanece no cargo

Foi de sua autoria um relatório classificando o evento como "risco laranja".


Coronel do Exército R1 André Luiz Garcia Furtado, coordenador-geral de Segurança de Instalações, que continua no cargo

Nomeado em abril de 2020 pelo então chefe do GSI, Augusto Heleno. Entre 2009 e 2011, nas gestões de Lula e Dilma Rousseff, integrou as comitivas presidenciais.

Tenente-coronel do Exército Alex Marcos Barbosa Santos, adjunto da Coordenação-Geral de Segurança de Instalações, ainda no cargo

Está no GSI desde agosto de 2019. Antes, foi do Batalhão da Polícia do Exército em Brasília.


Tenente-coronel R1 Marcus Vinicius Brás de Camargo, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), chefe da Assessoria Parlamentar do GSI, ainda no cargo

Foi nomeado em 1º de janeiro deste ano, primeiro dia de mandato do presidente Lula. Antes, foi chefe da assessoria parlamentar do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

Major do Exército José Eduardo Natale de Paula Pereira, coordenador de Segurança de Instalações Presidenciais de Serviço no último dia 8 de janeiro, exonerado do cargo em 3 de fevereiro de 2023

Aparece nas imagens distribuindo água a invasores no Palácio do Planalto. Natale integrava a equipe de viagens do ex-presidente Jair Bolsonaro e do vice-presidente Hamilton Mourão. Foi nomeado durante a gestão do general Augusto Heleno no GSI.


Capitão do Exército R1 Adilson Rodrigues da Silva, auxiliar da Coordenação-Geral de Segurança de Instalações, ainda no cargo

No GSI desde dezembro de 2021, com função técnica de apoio à seção de processos administrativos, foi lotado antes no comando de operações terrestres do Exército.

Sargento da Aeronáutica Laércio da Costa Júnior, encarregado de segurança de instalações do Palácio do Planalto, ainda no cargo

Está no GSI desde outubro de 2020. 


*R1 designa o grupo de oficiais e de militares graduados que são transferidos para a reserva - ou seja, para a inatividade - mas permanecendo sujeitos à convocação em caso de guerra.

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quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Servidores do BC repudiam fala de Bolsonaro sobre Pix e ameaçam greve

Por Ana Flávia Castro, no Metrópoles, em 23/08/22: Os servidores do Banco Central (BC) divulgaram nota de repúdio, nesta terça-feira (23/8), sobre o uso eleitoral do Pix por certos grupos políticos". Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) reforçou que o sistema foi criado e implementado por servidores de Estado, e "não pelo atual governante ou por qualquer outro governo".
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