Mostrando postagens com marcador soberania. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador soberania. Mostrar todas as postagens

sábado, 24 de maio de 2025

OAB repudia ameaça de sanção dos EUA a Moraes: "afronta à soberania"

Redação/Migalhas: A OAB, por meio da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais, manifestou repúdio à possibilidade de o governo dos Estados Unidos impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes. A reação ocorreu após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmar em audiência no Congresso Norte-Americano, nesta quarta-feira, 21, que a aplicação de sanções está em análise com base na Lei Global Magnitsky - legislação que permite punir autoridades estrangeiras por corrupção ou violações de direitos humanos.

www.seuguara.com.br/OAB/sanções/EUA/Alexandre de Moraes/

Para a OAB, trata-se de violação grave à soberania nacional, à independência dos Poderes e aos princípios que regem o Direito Internacional. A entidade classifica como "inadmissível" a submissão do Brasil a práticas punitivas extraterritoriais:

"É absolutamente inaceitável que qualquer país estrangeiro pretenda submeter o Brasil a práticas de extraterritorialidade punitiva, afrontando nossa soberania e tentando nos reduzir à condição de nação subordinada", afirmou Marcus Vinícius Furtado Coêlho, presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da OAB.


A entidade ressaltou que somente o Estado brasileiro, por seus próprios meios e segundo sua Constituição, possui legitimidade para avaliar a conduta de seus magistrados.

A nota também reafirma o compromisso da Ordem com a autonomia das instituições nacionais e com o respeito entre Estados soberanos.


Veja a íntegra:

A Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da OAB Nacional manifesta preocupação e absoluto repúdio diante de qualquer iniciativa externa que pretenda impor sanções a magistrados brasileiros em razão de atos praticados no exercício regular da função jurisdicional.

Trata-se de uma clara violação aos princípios da soberania nacional, da independência dos Poderes e da não intervenção, pilares fundamentais do Direito Internacional e da ordem constitucional brasileira. A jurisdição é expressão da soberania, e somente o Estado brasileiro, por meio de seus próprios órgãos e segundo seu ordenamento jurídico, possui legitimidade para apurar e, se for o caso, responsabilizar seus agentes públicos.

"É absolutamente inaceitável que qualquer país estrangeiro pretenda submeter o Brasil a práticas de extraterritorialidade punitiva, afrontando nossa soberania e tentando nos reduzir à condição de nação subordinada. Todos os brasileiros devem se insurgir contra essa tentativa de impor ao país o status de uma república de segunda categoria. O Brasil é soberano, cuida de seus próprios assuntos e não admite interferências externas em sua jurisdição," afirma Marcus Vinícius Furtado Coêlho, presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da OAB.

A OAB Nacional, por meio de sua Comissão de Direito Constitucional, reafirma seu compromisso com a defesa intransigente da soberania brasileira, da autonomia das instituições e da plena observância dos princípios que regem a convivência internacional entre Estados soberanos.

Marcus Vinícius Furtado Coêlho

Presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais


Entenda 

A declaração do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, foi feita em audiência no Congresso americano, em resposta ao deputado republicano Cory Mills.

Rubio afirmou que há "grande possibilidade" de sanções serem aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Global Magnitsky - legislação que autoriza a aplicação de punições a autoridades estrangeiras envolvidas em corrupção ou violações graves de direitos humanos.

Aprovada inicialmente para responsabilizar agentes russos pelo assassinato do advogado Sergei Magnitsky, a norma foi expandida em 2016 para aplicação global.

Desde então, passou a ser utilizada contra figuras públicas de diversos países, incluindo membros do Judiciário, acusados de repressão institucional ou perseguição a opositores.


Segundo a BBC News Brasil, o deputado Federal licenciado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e atualmente residente nos EUA, tem articulado com parlamentares republicanos apoio à adoção de sanções contra Moraes. O ministro é relator de investigações no STF que envolvem o ex-presidente e seus aliados, inclusive os processos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023.

Nos Estados Unidos, aliados de Bolsonaro acusam Moraes de conduzir uma perseguição judicial. Apontam como supostas violações as decisões de bloqueio de perfis em redes sociais, a suspensão de plataformas como o X (antigo Twitter) e medidas que atingem jornalistas, comunicadores e influenciadores digitais.

As sanções previstas pela Lei Magnitsky incluem congelamento de bens e contas em território americano, além da proibição de entrada nos EUA. A aplicação dessas penalidades é administrativa, ou seja, não exige processo judicial, e pode ganhar alcance internacional se houver adesão de governos ou instituições financeiras estrangeiras.


Ações judiciais nos Estados Unidos

A ofensiva contra o ministro também chegou ao Judiciário norte-americano.

Em fevereiro de 2025, as empresas Trump Media & Technology Group e Rumble Inc. ingressaram com ação contra Moraes no Tribunal Distrital da Flórida, alegando que suas decisões violam a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão.

As empresas sustentam que as ordens emitidas pelo ministro - especialmente o bloqueio da conta do blogueiro Allan dos Santos, investigado no Brasil por desinformação e ataques a ministros do STF - afetariam diretamente seus serviços nos Estados Unidos. Allan dos Santos teve sua prisão preventiva decretada por Moraes em 2021, mas teve o pedido de extradição negado pelos EUA em março de 2022.

A Rumble, que hospeda conteúdos de Allan, recusou-se a cumprir a ordem brasileira, alegando ausência de representação no país e incompatibilidade com a legislação americana. Em 2025, Moraes reiterou a decisão, determinando o encerramento definitivo da conta do blogueiro em todo o mundo. A nova medida motivou a ação conjunta da plataforma com a Trump Media, empresa vinculada ao ex-presidente Donald Trump.


As companhias pedem que as ordens brasileiras sejam consideradas inexecutáveis em solo americano e que Moraes seja impedido de solicitar a remoção do aplicativo Rumble das lojas de Apple e Google, para evitar restrições comerciais e de acesso.

No entanto, em decisão proferida no mesmo mês, a juíza Mary Scriven, do Distrito Central da Flórida, negou o pedido de liminar. A magistrada entendeu que o caso ainda não está maduro para revisão judicial e que os documentos apresentados não foram formalizados conforme as exigências da Convenção da Haia ou do Tratado de Assistência Jurídica Mútua entre Brasil e EUA.

Scriven pontuou que, até o momento, nenhuma autoridade - nem brasileira, nem americana - adotou medidas para executar as ordens de Moraes nos Estados Unidos, e que, segundo o entendimento jurisprudencial americano, o Judiciário não deve interferir em atos estrangeiros que ainda não tenham gerado efeitos concretos no país.

Ainda assim, deixou aberta a possibilidade de novo pedido caso haja efetiva tentativa de execução das ordens.


Avanço legislativo no Congresso dos EUA

Em paralelo à tramitação judicial, a Câmara dos Representantes dos EUA avançou com proposta legislativa que mira diretamente Moraes.

Em 26 de maio, o Comitê Judiciário da Câmara aprovou o projeto "No Censors on Our Shores Act", que prevê a proibição de entrada ou até a deportação de autoridades estrangeiras envolvidas em práticas consideradas ofensivas à liberdade de expressão de cidadãos americanos.

O projeto, de autoria dos deputados republicanos Darrell Issa (Califórnia) e María Elvira Salazar (Flórida), foi motivado pelas decisões do STF, especialmente a que suspendeu o X (ex-Twitter) no Brasil. Durante a tramitação, Issa criticou diretamente Moraes:

"Agora mesmo, no Brasil, os direitos de cidadãos americanos ao acesso a redes públicas como X e Meta têm sido sistematicamente censurados. [...] Meu projeto tem um objetivo simples: dizer a esses países: vá em frente, ignore a Primeira Emenda em seu próprio país. Mas não esperem vir aos Estados Unidos com um visto americano."

A proposta foi aprovada com apoio da maioria republicana e do democrata Jamie Raskin, e agora segue para o plenário da Câmara, onde poderá ser votada. 

***


Leia Mais ►

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Moraes é alvo de ação nos EUA por ordem contra Allan dos Santos

Redação/Migalhas: O ministro Alexandre de Moraes, do STF, é alvo de uma ação na Justiça dos Estados Unidos, movida pela empresa Trump Media e pela plataforma de vídeos Rumble, sob a alegação de violação da soberania americana. O processo tramita em um dos distritos do Tribunal Federal na Flórida e contesta a ordem do ministro para a suspensão da conta do blogueiro Allan dos Santos na plataforma. As informações são da Folha de S.Paulo e do jornal americano The New York Times.

www.seuguara.com.br/Alexandre de Moraes/Ação/EUA/Trump/


Ordens de derrubada


O imbróglio teve início em outubro de 2021, quando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão preventiva do blogueiro Allan dos Santos, além da suspensão de suas contas em redes sociais, incluindo a plataforma de vídeos Rumble.

Allan dos Santos é investigado pelo STF por disseminação de desinformação e ataques a ministros da Corte. Apesar da ordem de prisão, os Estados Unidos, país em que reside o youtuber, negou seu pedido de extradição em março de 2022.

Além disso, a Rumble, plataforma de compartilhamento de vídeos semelhante ao YouTube, recusou-se a cumprir a ordem de suspensão da conta de Allan dos Santos, alegando não possuir representação no Brasil e que as determinações violavam a legislação americana.


Em fevereiro de 2025, o ministro voltou a expedir determinações contra a empresa, exigindo que a conta de Allan dos Santos fosse encerrada de forma permanente em todo o mundo.

A nova decisão fez com que a Trump Media, empresa de mídia ligada ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se alinhasse à Rumble para mover uma ação conjunta na Justiça dos Estados Unidos em fevereiro de 2025.

Os advogados das empresas alegam que as decisões de Moraes violam a soberania dos EUA e a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão. A Trump Media também afirma que restrições à Rumble no Brasil afetam a Truth Social, que depende de seus serviços.


Fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/424930/moraes-e-alvo-de-acao-nos-eua-por-ordem-contra-allan-dos-santos

***


Leia Mais ►

sábado, 31 de agosto de 2024

O caso Musk x Moraes inaugura uma nova era, por Luís Nassif

Por Luís Nassif, no GGN: Há muito tempo os estados nacionais - incluindo OCDE e outros organismos - manifestam desconforto com o poder excessivo das redes sociais. E, principalmente, sua transnacionalidade, que as fazem imunes a qualquer controle dos estados nacionais. Na França, Emmanuel Macron decretou a prisão do dono do Telegram. Ele já havia afrontado autoridades brasileiras em eleições passadas. Agora, tem-se uma crise que atinge o X, antigo Twitter, que é a primeira afronta escancarada às leis de um país.


www.seuguara.combr/X/antigo Twitter/Elon Musk/Alexandre de Moraes/STF/

Elon Mask utiliza, sem subterfúgios, o X para pregação política da ultradireita, atropelando princípios básicos de controle. Ao enfrentar as determinações do STF, ele está afrontando o país. Parece que não fica claro ao viralatismo da mídia nacional. Mesmo depois do 8 de janeiro mostrar a importância extrema de se respeitar a última palavra, do STF. 


Pegam um jurista aqui, ouro ali, e montam manchetes no coletivo: os juristas. Aí vão atrás de Marco Aurélio de Mello, aquele que, quando ainda Ministro do STF, aceitou uma página de O Globo para pressionar o Ministro Celso de Mello no julgamento do mensalão, em um simples caso de embargos infringentes.

Tem-se, então, uma questão que não se pode tergiversar: a determinação para que o X mantenha uma representação no país, para responder legalmente às determinações da justiça brasileira.


A partir daí, há as consequências a serem trabalhadas, a redução de danos. O X representa o investimento de milhões de seguidores, que montaram sua rede de disseminação das suas notícias, e armazenaram seus conteúdos ao longo de mais de uma década. 

Como tratar esse material? Simplesmente o X fecha a operação brasileira e mantém em seus bancos de dados todos os perfis e mensagens dos brasileiros? 

A questão essencial é essa. Pode um empresário tresloucado, de repente, afrontar as leis de um país, e trazer prejuízo a milhões de usuários de seus serviços?


Tecnologicamente, há maneiras de impedir esse roubo. Nosso colaborador, que assina JKGH Secure, e é do ramo de tecnologia, demostrou a maneira fácil de trabalhar a questão do conteúdo. É possível autorizar os DNS's BR a apontar os domínios do X para portal/serviço controlado por empresa BR (como a Globo) clonando o conteúdo do X com os filtros da lei BR p/ o BR não sofrer com interrupção.


DNS (Domain Name System) é um sistema de nomenclatura hierárquico que traduz nomes de domínio em endereços IP numéricos, que são a linguagem que os computadores utilizam para se comunicar na internet. É como um catálogo telefônico da internet, ode você procura um nome e ele te dá o número (endereço IP) para ligar. 

O ponto central é outro: como definir a propriedade do conteúdo e os ativos acumulados pelos nacionais (investindo na construção de seus seguidores) em casos dessa natureza?  


É um tema que vai ser discutido em todos os fóruns internacionais. E, aí, merecendo um cobertura jornalístico digna do nome.

Aliás, seria bom, de vez em quando, consultar a imprensa séria para entender a lógica de Musk. Segundo The Guardian, na Índia, com um governo de direita, o X bloqueou contas de opositores ao regime.

O que os gênios da viralatice teriam a dizer?


Leia também:


www.seuguara.com.br/X/Twitter/Brasil/soberania/
Clique aqui para ler a matéria

www.seuguara.com.br/Twitter/Elon Musk/jogo/
Clique aqui para ler a matéria


Leia Mais ►

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Biden defende para Ucrânia os mesmos princípios que os EUA negam a Cuba há 61 anos. Por Jeferson Miola

Por Jeferson Miola, em seu blog: Em pronunciamento nesta 3ª feira [15/2], o presidente dos EUA Joe Biden disse que "não vamos sacrificar os princípios básicos de que as nações têm direito à soberania e à integridade territorial. Os países têm a liberdade de estabelecer seu próprio caminho e é correto que saibam com quem se associar". Assino embaixo.
Leia Mais ►

Arquivos

Site Meter

  ©Blog do Guara | Licença Creative Commons 3.0 | Template exclusivo Dicas Blogger