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terça-feira, 11 de julho de 2023

Comissão de Defesa da Democracia debate equilíbrio entre os Poderes

Da Agência Senado:  A recém-criada Comissão de Defesa da Democracia (CDD) debate nesta quarta-feira (12), a partir das 10h, o equilíbrio entre os Poderes da República e a democracia no Brasil. O requerimento (REQ 1/2023 — CDD) da primeira reunião deliberativa pretende também auxiliar os membros sobre as tarefas parlamentares reservadas ao novo colegiado.
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Polícia Federal busca mais 11 golpistas para prisão e faz 27 buscas e apreensões

Reportagem de Patrícia Faermann, no GGN: A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (27), a terceira fase da Operação Lesa Pátria, para prender e investigar golpistas dos atos do dia 8 de janeiro. Ao todo, forma determinados11 mandados de prisão preventiva e mais 27 de busca e apreensão em 6 estados e Distrito Federal. Ainda nas primeiras horas do dia de hoje, 5 dos 11 alvos já tinham sido presos. Eles deverão prestar depoimento ainda nesta sexta.

www.seuguara.com.br/golpistas/prisão/bkusca e apreensão/

Em Minas Gerais, os dois presos, Carlos Antunes Barcelos e Marcelo Eberle Motta, participaram dos atos e Motta é o coordenador do movimento "Direita vive!", em Juiz de Fora, onde o acusado é conhecido por atacar jornalistas.

Em Santa Catarina, foi presa Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, que parece em vídeos depredando os prédios públicos.


Para identificar os novos alvos, a PF usou imagens das câmeras dos circuitos internos dos Três Poderes e imagens de drones da PF, gravadas no dia 8. Os investigadores também rastrearam os acusados por trocas de mensagens em plataformas digitais, chegando-se a toda a cadeia do ato golpista, incluindo financiadores e mentores.


Logo pela manhã, o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou da Operação: "Hoje estão sendo cumpridos, pela Polícia Federal, mais 11 mandados de prisões preventivas e 27 de busca e apreensão contra golpistas e terroristas. A autoridade da lei é maior do que os extremistas".

A mensagem foi compartilhada também pelo interventor da Segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappelli: " A lei será cumprida", escreveu no Twitter.

Em nota, a Polícia Federal informou que os alvos na manhã desta sexta são investigados de: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.


Confira quantos mandados de prisão e de busca e apreensão foram feitos em cada um dos estados e no Distrito Federal:

Distrito Federal: 2 prisão e 4 de busca e apreensão

Espírito Santo: 4 de prisão, 8 de busca e apreensão

Minas Gerais: 2 de prisão, 4 de busca e apreensão

Paraná: 1 de prisão, 1 de busca e apreensão

Rio de Janeiro: 1 de prisão, 9 de busca e apreensão

Santa Catarina: 1 mandado de prisão, 1 de busca e apreensão

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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

O tio do Pix não pode assumir tudo sozinho. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: O vapor e o avião, quando presos, denunciados e julgados por crimes como traficantes de drogas, nunca serão equiparados aos chefes e gerentes da quadrilha. Serão sempre ajudantes que fazem alertas (o vapor), à vezes como figurantes que fecham negócios (o avião), talvez como coadjuvantes, mas não como criminosos protagonistas.

www.seuguara.com.br/golpistas/terrorismo/Brasília/

O tio do PIX, exposto como financiador de ônibus, comida e hotel para os terroristas de 8 de janeiro, pode ser o avião com alguma graduação na hierarquia do fascismo. Mas não deixará de ser o tio do PIX.


Os donos da churrascaria, da fazendola, da transportadora com meia dúzia de caminhões, da farmácia ou da ferragem são os tios do PIX.

Junto com advogados, dentistas, engenheiros e até professores, eles encaminhavam dinheiro aos manés. Polícia Federal e Ministério Público estão chegando aos nomes deles.

Os tios do PIX serão presos. Seus negócios e seus espaços profissionais nas cidades onde vivem serão assumidos por concorrentes. Porque eles não saberão tão cedo quando sairão da cadeia. 


Dois dos sete novos inquéritos abertos pelo ministro Alexandre de Moraes, sobre as ações de 8 de janeiro, vão fazer com que alguns personagens desses grupos se entrecruzem.

Tratam das investigações sobre os financiadores do golpe e os autores intelectuais.

Os personagens vão se encontrar e definir para qual inquérito irão quando o cerco aos financiadores sair dos limites do tio do PIX e se estender aos que pensavam e sustentavam o golpe com dinheiro grosso. 


O ministro Alexandre de Moraes tem experiência com esse tipo de gente. Participou no TSE do julgamento das ações contra a chapa Bolsonaro-Mourão e vem coordenando no STF os inquéritos sobre fake news e milícias digitais desde março de 2019.

Nas ações eleitorais, a chapa foi acusada de se beneficiar dos disparos de mensagens em massa contra os adversários, em 2018, caracterizadas como ações ilegais e sob o patrocínio de empresários. 


É o que está configurado como o primeiro ilícito eleitoral na área das fake news, com difamações e ataques de toda ordem com o uso da internet.

Bolsonaro e Mourão foram poupados, em outubro 2021, quando as ações pedindo investigações judiciais foram julgadas improcedentes.

O TSE entendeu que os delitos não chegaram a influir no resultado da eleição. Mas o relator da ação dos disparos, ministro Luís Felipe Salomão, deixou claro: os ilícitos aconteceram.


O ministro Alexandre de Moraes disse, quando do arquivamento das ações: 

"A Justiça é cega, mas não é tola. Não podemos aqui criar o precedente avestruz. Todo mundo sabe que ocorreu. Todo mundo sabe o mecanismo utilizado nas eleições e depois das eleições".

E repetiu, como se desenhasse:

"Uma coisa é se há a prova específica da imputação. Outra é dizer que não ocorreu nada. É fato mais do que notório que ocorreu".


Os crimes ocorreram. A eleição teve disparos ilegais produzidos por uma estrutura mafiosa financiada por empresários, que sustentavam o Gabinete do Ódio, assim definido pela delegada Denise Ribeiro em relatório enviado ao STF.

O relatório da delegada com as investigações preliminares completa um ano agora, em fevereiro. O inquérito da fake news, com relatoria de Moraes, completa quatro anos em março.


Os financiadores dos disparos em massa de 2018, que viabilizaram o que foi enquadrado como ilegalidade, nunca tiveram os nomes divulgados oficialmente.

Alexandre de Moraes sabe que alguns deles vieram de lá até aqui, como financiadores e idealizadores de todo tipo de ação fascista.


Sempre impunes, acintosos, debochados, agredindo o Supremo, o próprio Moraes, a Constituição e a eleição.

E livres e soltos porque o TSE decidiu que não havia como conter Bolsonaro por crime eleitoral naquele momento. Pouparam Bolsonaro e acabaram poupando os financiadores.


Moraes sabe bem, assim como os procuradores eleitorais e os demais juízes do TSE e do Supremo também sabem, que essas figuras são os tios do PIX, que atuaram no varejo. 

Eles são do atacado e são bem mais importantes do que donos de biroscas de Corumbá ou de Sorocaba que empurraram os manezinhos para as ações em Brasília.


A pergunta incômoda que se repete é esta: podem estar fora do alcance de Moraes, de novo, os manezões do esquema bolsonarista, do entorno de Bolsonaro, que andavam ao lado do sujeito e que passaram quatro anos impunes? 


Sem os chefes do tráfico, não há vapor nem avião. Sem os manezões, não há manezinhos.

Os manezões não usam PIX. Mas os tios do PIX podem finalmente levar aos manezões e às suas inconsistências contábeis.

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Anderson Torres afirma que foi surpreendido por atos golpistas

Redação/Bem Paraná: O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, disse em sua audiência de custódia que foi surpreendido pelos atos golpistas na Praça dos Três Poderes. Ele saiu de férias às vésperas dos protestos e teve a prisão preventiva decretada quando ainda estava nos Estados Unidos sob suspeita de se omitir ou facilitar a ação dos radicais.
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sábado, 21 de janeiro de 2023

Bolsonarismo poderá organizar grupo mais poderoso que as milícias, por Luis Nassif

Por Luis Nassif, no GGN: Militares dos porões foram para a reserva e organizaram as milícias. Presos comuns conviveram com presos políticos, e nasceu o PCC. Havia matéria prima - os marginais esparsos - e, em determinado momento, houve a influência de grupos com experiência em organização, em discurso mobilizador. O Exército tina agentes informais, que colaboravam com o Exército - policiais, informantes, trazidos pela repressão para o serviço sujo. Quando veio a democratização, foram rifados, convidados a sair do Exército, mas com bônus - as linhas de ônibus urbano, regiões para oferecer serviços. Bolsonaro é filho direto dessa distorção.

www.seuguara.com.br/bolsonarismo/
Imagem/reprodução: Twitter

O próprio PCC nasceu como o discurso de defesa das famílias de presos e dos próprios presos, expostos à violência dos presídios.

Agora se tem, em formação, a mais perigosa organização criminosa da história, a que nasceu dos escombros do bolsonarismo.


Eles têm militares ajudando na organização e planejamento e infiltrados nas Forças Armadas. Tem chefes regionais, lideranças de caminhoneiros, ruralistas, pequenos e médios empresários urbanos, e a pequena e grande marginalidade espalhada por todo o país. Tem financiadores, têm seguidores fanatizados. E têm um projeto muito maior do que as milícias e o PCC: a conquista do poder.


O governo Lula inicia com muitos desafios. Um deles, certamente não o menor, é cortar o mais rapidamente possível a cabeça dessa nova hidra. Lembremos, a propósito, um dos Doze Trabalhos de Hércules, da mitologia grega, no qual Hércules enfrentou a Hidra de Lerna, um mostro de sete cabeças. Cada cabeça cortada dava lugar a sete novas cabeças. Este é um dos maiores desafios do nosso Hércules, que felizmente não está sozinho nessa empreitada.


E sugerir ao ex-Ministro Nelson Jobim - principal responsável pela não-punição dos crimes da ditadura - que pare de pedir anistia e se dedique um pouco mais a estudar os processo de construção das organizações criminosas.

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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Patriotismo hipócrita alimenta o terrorismo

Por Gustavo Ramos, no Pragmatismo Político: A extrema direita, onde o núcleo do bolsonarismo habita, nunca propôs construir algo de bom para o País e sua gente humilde e trabalhadora, mas se arvora de "patriota". Seguramente não é um patriotismo altivo, na concepção positiva que se possa cogitar, que eleve as características e a cultura de um povo e o proteja, compreendendo, mesmo assim, que toda humanidade está irmanada em interesses comuns, sem que haja nacionais melhores que outros.
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Aras recebe notícia-crime de Lira sobre invasões terroristas em Brasília [vídeo]

Por Kaíque Moraes, em O Essencial: Na manhã desta segunda-feira (16), o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Arthur Lira (PP), entregou uma notícia-crime sobre as invasões terroristas às sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), no último domingo (8), ao procurador-geral da República, Augusto Aras.

www.seuguara.com.br/Augusto Aras/Arthur Lira/notícia-crime/terroristas/Brasília/

"Muito mais do que a depredação do patrimônio público, um atentado às instituições, o risco que o Brasil correu. E o mínimo que a gente pode exigir é que essas pessoas que foram e serão caracterizadas aqui por parte da política legislativa ou da polícia militar [sejam punidas]", disse Lira.


Por sua vez, Aras declarou que "tomará todas as medidas cabíveis junto às autoridades judiciais para apurar e punir os responsáveis pelos atos e sobretudo para impedir que fatos como os registrados no dia 8 de janeiro voltem a ocorrer no país".


No dia das invasões, o chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou que a Procuradoria da República no Distrito Federal iniciasse uma investigação criminal para apurar a responsabilidade dos envolvidos na invasão das sedes dos Três Poderes.

"Esperamos que o Ministério Público cumpra o seu papel e promova a responsabilização não só por causa da depredação, que é grave, mas sobretudo por causa do atentado sofrido pelas instituições", afirmou Lira, ao falar sobre o papel do órgão em reação aos resultados dos atos terroristas.


Além disso, dois dias depois, a PGR criou uma comissão de defesa da democracia, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM). o objetivo do grupo, segundo a resolução, é auxiliar nas investigações dos atos extremistas no país. A comissão terá 1 ano de duração e pode ser prorrogada.

O ato de Lira também foi feito pelo presidente do Senado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD). A representação criminal do senador foi entregue na última sexta-feira (13) a PGR pedindo a abertura de ações penais e bloqueio de bens contra os extremistas de direita presos.


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Entenda como Olavo de Carvalho ajudou a levar radicais bolsonaristas ao terrorismo

Publicado por Caroline Stefani, em O Essencial: Dias antes da invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília, falas do falecido escritor Olavo de Carvalho sobre a quebra institucional e radicalização circularam nas redes sociais e em grupos de conversas bolsonaristas.

www.seuguara.com.br/Olavo de Carvalho/bolsonaristas/terrorismo/

Considerado como um representante do conservadorismo no país, com expressiva influência na extrema direita, as ideias ideológicas e agressivas de Olavo passaram por radicalizações e se beneficiaram do poder de disseminação das plataformas digitais. O escritor surgiu na arena pública a partir dos anos 1990 como articulista conservador de grandes jornais e, em seguida, se consolidou como fomentador do extremismo na internet.


Contudo, entre os elementos que trouxeram mais popularidade e fidelidade ao embusteiro, está a figura do "guru" que apontava caminhos para seus simpatizantes. O estilo de Olavo se encaixava bem com a natureza da internet, segundo Castro Rocha, da Uerj. "É preciso ter uma atitude que chame a atenção dos outros. O Olavo mesmo já era um meme. As expressões que ele fazia, a linguagem corporal... para cada frase, muitos xingamentos e para cada xingamento a repetição de uma obsessão", analisa Rocha em entrevista à BBC.


Negacionista, Olavo se transformou cada vez mais em um crítico da esquerda no Brasil, que para ele teria dominado as universidades, a imprensa, a cultura e a política. "Ele assumiu uma persona raivosa, intolerante, que utilizava palavras mais chulas, que xingava os adversários e que, sobretudo, revelava o desenvolvimento de uma intolerância radical com tudo aquilo que não era espelho", continua Castro.

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sábado, 14 de janeiro de 2023

'Ataques em Brasília configuram terrorismo, e não vandalismo'

Por João Batista Damasceno*, no Conjur - artigo originalmente publicado na edição deste sábado (14/1) do jornal O Dia - Poucas palavras têm suas origens efetivamente conhecidas. A etimologia é o estudo da origem e história das palavras, de onde surgiram e como evoluíram ao longo do tempo. E não faltam polêmicas sobre algumas. Mas de uma temos referência da primeira vez em que foi empregada. Trata-se da palavra "vandalismo".


www.seuguara.com.br/vandalismo/terrorismo/Brasília/

Da palavra "vandalismo" sabemos onde e quem usou pela primeira vez. Foi o Padre Grégoire, deputado influente na Constituinte francesa e membro da Convenção, período da Revolução Francesa que antecedeu o Diretório e a ascensão de Napoleão Bonaparte. Ele a escreveu em 1794. Em seus relatórios o Padre Grégoire estigmatizou "o vandalismo e a violência revolucionária do populacho que destrói patrimônio".


O termo foi usado correntemente depois da decapitação de Robespierre, a quem a alta burguesia dizia ser "vandalista que se infiltrou entre nós". Padre Grégoire compunha a "Comissão dos Monumentos" ou "Comissão de Instrução Pública", que tinha o objetivo de apurar e denunciar a 'barbárie' e os 'vândalos' como forças hostis. Além de apontar a violência dos revolucionários como nociva, inventariou "os prejuízos resultantes da venda de bens nacionais" pela aristocracia.


A referência aos vândalos já era estigmatizada, pois se tratava do povo que o Império Romano havia expulsado quando de sua expansão e que, ante o declínio deste, retornavam aos seus territórios. Aliás, esta é a história de todos os pejorativamente nominados como bárbaros. Bárbaro era, na ótica grega, qualquer povo que não falasse sua língua e não compartilhasse sua cultura e forma de organização social. O termo foi apropriado pelos romanos e se tornou modo de expressão pejorativa na referência aos povos estrangeiros.


Gentio era apenas quem não tinha a cidadania romana, mas bárbaro era quem - além de não ter a cidadania romana - não compartilhava os mesmos valores. Numa sociedade excludente e dividida, como é a brasileira, não é difícil compreender o que pensa a classe dominante em relação aos excluídos, tratados como bárbaros a quem não se pode garantir direitos.


A história registra como feito heroico a expansão romana. Na verdade, o que tivemos foi pilhagem, dominação e violência contra outros povos. A história que exalta a expansão romana registra como invasões bárbaras o retorno do povo espoliado aos lugares de origem dos seus ancestrais.


Os vândalos compunham uma tribo germânica oriental que contornou o atual território da Espanha, possivelmente passando por Sevilha na Andaluzia visando à travessia do Estreito de Gibraltar. Conquistado o norte da África, criaram um Estado com capital em Cartago, onde hoje existe a Tunísia. Em 455 os vândalos vingam-se da tomada e dominação daquele território pelos romanos, desde as Guerras Púnicas. Assim, atravessaram o Mediterrâneo e saquearam Roma. Bárbaros e vândalos eram povos estigmatizados. "Vandalismo" foi palavra criada pelo Padre Grégoire. 


O que aconteceu em Brasília no último dia 8 não pode ser classificado como vandalismo. Não se tratou de uma turba aloprada e desorganizada destruidora de patrimônio público. Não se tratou de um evento tal como se fosse um grupo de jovens bêbados em briga de rua na saída de um baile na madrugada. Foi muito pior e é preciso juntar as peças do quebra-cabeça para nos certificarmos do fenômeno com o qual estamos efetivamente tratando. Foi terrorismo.


Terrorismo é um método que consiste no uso de violência, física ou psicológica, por indivíduos ou grupos políticos, contra a ordem estabelecida por meio de um ataque a um grupo político, ao governo ou à população que o apoia, visando ao transtorno psicológico que transcenda ao círculo das vítimas e se estenda a todos os indivíduos do grupo ou habitantes do território.


Terrorismo é uma estratégia política e não militar levada a cabo por grupos que não são fortes o suficiente para efetuar ataques abertos, sendo utilizada em época de paz, conflito e guerra. A intenção mais comum do terrorismo é causar um estado de medo na população ou em setores específicos da população, com o objetivo de provocar num inimigo político (ou seu governo) uma mudança de comportamento.


Vandalismo é mero crime de dano. O que aconteceu foi terrorismo, pois se tentou, por meio de violência e grave ameaça, depor um governo legitimamente constituído, bem como abolir o Estado Democrático de Direito. Tratam-se de crimes contra as instituições democráticas definidos no Código Penal.


A questão que se torna necessária não é, apenas, a responsabilização dos peões do tabuleiro do xadrez já identificados. Claro que devem responder pelos atos que incidiram diretamente e pelos quais contribuíram de qualquer forma. Mas em tempo de guerra híbrida é preciso analisar a quem serviam, quem comandou e quem facilitou a atuação.


O ovo da serpente começou a ser chocado nos acampamentos tolerados, apoiados e incentivados pelos comandantes militares. As Forças Armadas estão completamente implicadas no processo. Prevaricaremos perante a história se, em nome da pacificação, não impormos responsabilizações. É hora de passarmos a história republicana a limpo, a começar pelo restabelecimento da redação original do artigo 42 da Constituição de 1988, que tratava dos servidores públicos militares, insuscetíveis de se arvorarem como poder moderador.


*João Batista Damasceno é desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e doutor em Ciência Política.

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Veja lista de pessoas e empresas financiadoras dos atos terroristas de Brasília já identificadas pelo governo

Por Raphael Sanz, no Forum: Apenas quatro dias depois dos lamentáveis ataques bolsonaristas à sede dos Três Poderes em Brasília, o governo divulgou nesta quinta-feira (12) uma lista contendo 52 pessoas e 7 empresas identificadas pela Advocacia-Geral da União )AGU) como responsáveis por terem patrocinados viagens de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à capital.
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Política: Veja os deputados federais que defenderam ou minimizaram o terrorismo em Brasília

Reportagem de Nayara Felizardo, no The Intercept/Brasil: Um levantamento feito pelo Intercept identificou 46 deputados federais eleitos em 2022 que defenderam, incentivaram ou ao menos tentaram justificar de alguma forma os ataques terroristas do último domingo. Dez deles apoiaram abertamente os golpistas, como se ele se manifestassem por causa legítimas; 24 procuraram disfarçar o apoio, minimizando os protestos, desviando o foco das acusações ou culpando "infiltrados de esquerda"; e outros 12 foram contrários às prisões dos terroristas, chegando a alegar a ocorrência de violações - não comprovadas - de direitos humanos.

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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

8/1/2023: o dia da infâmia para não ser esquecido! "nunca más!" Por Lenio Luiz Streck

Publicado originalmente no Conjur, por Lenio Luiz Streck: Acompanhei pari passu os atos de terrorismo desde os primeiros momentos. Inacreditável o que se viu. Uma choldra, um valhacouto toma conta da capital federal. Umas uma súcia que tem gente por trás. Alguém financia.
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Exército cerca acampamento e impede ação da PM no QG em Brasília

Publicado por Caroline Stefani, no DCM: Integrantes do Exército montaram uma barreira e estão impedindo que policiais militares do Distrito Federal desmobilizem com uso de força o acampamento golpista em frente ao quartel-general em Brasília no início da madrugada desta segunda-feira (9). O ato ocorre após a invasão de terroristas apoiadores extremistas de Jair Bolsonaro (PL) às sedes dos Três Poderes na capital federal.

www.seuguara.com.br/Exército/PM/acampamentos/golpistas/Brasília/

O relato foi feito a coluna de Paulo Cappeli, do Metrópoles, por um representante do governo federal que atua na contenção dos atos antidemocráticos. "O Exército montou uma barreira e está impedindo a atuação do Choque. Parece que há parentes deles acampados no local", disse a fonte do Metrópoles.


Os militares também impedem que novos manifestantes entrem na área do acampamento no final da noite, mas muitos já tinham voltado ao local. "Agora só dá pra sair, não dá mais para entrar mais", disse um dos militares que fazia a barreira no local. 


No entanto, até por volta das 20h de domingo (8), muitos terroristas que participaram do ataque aos Três Poderes já tinham voltado para se esconder ali sem ser incomodados pelos militares.

De acordo com a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, além de dois ônibus do Exército havia cerca de 30 militares da Força impedindo a entrada dos golpistas no acampamento.


Os militares montaram uma barricada usando blindados num ponto de acesso ao QG e ônibus em outro para impedir o acesso ao QG do Exército. A frente do QG também está isolada com blindados e soldados.

Segundo o repórter André Borges, do Estadão, que cobre os acontecimentos em Brasília, muitos golpistas estão deixando o local com bagagem. "Agora, ninguém mais entra. Só sai", disse um militar ao jornalista.


"Vamos se virar, não tem jeito, temos de acampar em outro lugar", disse uma mulher que deixava o acampamento com outros golpistas. Um grande estacionamento clandestino de carros se formou ao lado, sobre o mato. Diversas pessoas se mobilizavam para sair do local.


De acordo com fontes do governo federal, os militares pediram 12 horas para desmobilizar completamente os golpistas.

Depois de tocarem o terror em Brasília, os extremistas foram se refugiar no QG do Exército, como mostra @DanielWeterman pic.twitter.com/eCOkmhSnet

- Francisco Leali (@fleali) January 8, 2023



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Lula convoca governadores para reunião de emergência em Brasília nesta segunda

Reportagem de Raphael Veleda, no Metrópoles: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou os 27 governadores de estados e do DF para uma reunião de emergência nesta segunda-feira (09/01). Prefeitos de capitais também estão sendo convidados para o evento, que deve acontecer na parte da tarde e tem como pauta a reação institucional aos atos de vandalismo cometidos por terroristas bolsonaristas em Brasília neste domingo (8/1).
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Terrorista do DF não agiu sozinho; polícia investiga conexão com outros golpistas

Por Caroline Stefani, no DCM: A Polícia Civil do Distrito Federal investiga a participação de outros envolvidos na tentativa de explosão de um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. O empresário George Washington de Oliveira Souza confessou ter armado o artefato, e confirmou que o plano ainda envolvia explodir uma bomba no estacionamento do aeroporto durante a madrugada.
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E os mandantes do terrorismo, serão presos? Por Fernando Brito

Por Fernando Brito, em seu blog: A prisão do bolsonarista George Washington Oliveira Sousa, artífice confesso da bomba colocada no Aeroporto de Brasília, não é apenas mais um dos muitos episódios do show de horrores promovido pelo bolsonaristas inconformados com a derrota eleitoral.

www.seuguara.com.br/bolsonaristas/terrorismo/

É terrorismo, organizado e com cúmplices, como o que se encarregou de levar os explosivos para junto de um caminhão de querosene de avião, o que não é preciso dizer que leva tudo para os limites de uma tragédia de grandes proporções.


Embora a Polícia Civil do Distrito Federal tenha agido com profissionalismo e eficiência, nada explica que, até agora, não tenha havido uma ação da Polícia Federal e que o Ministério da Justiça responda a isso com um silêncio criminosamente cúmplice. 


Ou que a Procuradoria Geral da República não esteja nos seus calos, exigindo a abertura de um inquérito sobre um crime que é, manifestamente, da jurisdição federal, por se tratar de um atentado contra o Estado de Direito.

Menos ainda é aceitável que as Forças Armadas permitam e incentivem aquilo que o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, chamou de "incubadora de terroristas".


Não pode ter outro nome o que está confessado pelo tal George, de que "fosse instalada uma bomba na subestação de energia em Taguatinga para provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos que levaria à decretação do estado de sítio".

Como também não pode deixar de vir à mente os mesmos métodos do atentado do Riocentro, planejado pela então "comunidade de informações", há mais de 40 anos.


Não pode acontecer que só os "bagrinhos do terror" paguem por isso. Os mandantes e os omissos diante dele têm de ser responsabilizados.

E não apenas irem embora.


Imagem: reprodução


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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Web detona Jovem Pan após comentaristas falarem sobre "infiltrados" em atos terroristas

Por Yurick Luz, no DCM: A narrativa das lideranças da extrema-direita se baseia em dizer que os atos terroristas protagonizados por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, nesta segunda-feira (12), não passaram de uma ação organizada por infiltrados da esquerda. Comentaristas da Jovem Pan reproduziram a declaração e foram detonados nas redes sociais.
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sábado, 14 de novembro de 2015

Estado Islâmico reivindica atentados em Paris, diz portal que monitora jihadistas

Do Jornal do Brasil - Via Agência ANSA - “O Portal Site, que monitora as atividades dos jihadistas na internet, afirmou que o grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques da noite desta sexta-feira (13) em Paris. 

Segundo a diretora do portal, Rita Katz, a revista do EI, a "Dabiq", escreveu que a França "manda seus ataques aéreos para a Síria diariamente" e que essas ações "matam crianças e idosos". "Hoje vocês estão bebendo do mesmo cálice", escreveu a publicação segundo o "Site".


Ela ainda afirmou através de sua conta no Twitter que há simpatizantes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) "celebrando" a série de ataques.

 
"Fãs do EI celebram os ataques na França com um aviso: 'Isso é só o começo... Aguarde até os istishhadis (suicidas) chegarem com seus carros'", postou a diretora do maior portal de monitoramento das atividades jihadistas.

Segundo ela, os simpatizantes afirmam que "Lembrem, lembrem do dia 14 de novembro, #Paris. Eles nunca vão esquecer este dia como os americanos não esquecem do 11 de setembro". Em janeiro, um ataque liderado pelo EI matou 12 pessoas na redação do jornal "Charlie Hebdo". O periódico era acusado de cometer "blasfêmias" contra o islamismo."
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"Sete ataques terroristas deixaram ao menos 153 mortos; presidente François Hollande decretou estado de emergência"  

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domingo, 11 de janeiro de 2015

Manifestação histórica reúne 3,7 milhões de pessoas na França contra o terrorismo

Domingo foi marcado por manifestações contra o terrorismo em toda a França. Em Paris, 1,5 milhão de pessoas saíram às ruas e se juntaram a 50 líderes de Estado, na Praça da República. Em todo o país, 3,7 milhões participaram dos atos em repúdio aos atentados ocorridos na capital francesa. Gente de todas as idades, de diferentes credos e ideologias manifestaram solidariedade aos que morreram nos ataques terroristas que chocaram o país e o mundo. Também relembraram os valores da República: liberdade, igualdade e fraternidade.
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Uma mensagem de tolerância

O jovem, Ivar Benjamin Oesteboe, de 16 anos, sobrevivente ao atentado terrorista na ilha de Utoya, próximo a capital da Noruega, deixou uma mensagem na rede social Facebook. No mesmo dia, 01/08/2011, o jornal Dagblabet.no entrevistou Oesteboe, e publicou a íntegra da carta. Ela é endereçada ao autor confesso dos disparos que deixaram 69 mortos na ilha e mais 8 em uma explosão em Oslo, a mensagem teve enorme repercussão na Noruega. Deve ser compartilhada no mundo todo, como um grande exemplo de tolerância.

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