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domingo, 20 de março de 2022

O poder do "nós". Por Rui Leitão

Texto de autoria de Rui Leitão*: O poder não está na expressão do "ego", mas na força do "nós". O poder individual é tirania, o pode do "nós" é democracia. Quando decidimos que "ninguém solta a mão de ninguém" nos tornamos fortes para enfrentar os delírios e loucuras dos que se acham poderosos.
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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Dá um confere na geladeira. Por Anderson França

www.seuguara.com.br/Anderson França/texto/geladeira/coronavírus/

Por Anderson França*, no Metrópoles - A casa tá caindo real na Europa. Nos últimos dias, foram mais infectados no continente europeu que no Brasil. É que os telejornais não informam o conjunto dos infectados no continente, mas nos países, separadamente. E aí temos a falsa ilusão de que está tudo sobre controle, mas não está.
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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Jair fora do mundo, por Wendell Guiducci

Por Wendell Guiducci (*) - Jair ia andando pela calçada quando avistou um garoto negro. Mudou de calçada, porque poderia ser assaltante. Da outra calçada Jair também acabou mudando, porque vinha lá uma mulher de mão dada com outra. E ele não aguentava esse negócio de sapatona. Seguindo em seu footing, Jair trombou um hare Krisha. Mudou novamente de passeio, porque abomina esses ateus carecas.
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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Propina e 'jeitinho brasileiro' - segredos das negociações e negociatas no Brasil

Acabar com o pagamento de propina, prática existente de forma generalizada em todos os setores da sociedade brasileira, seria como debelar de vez o espírito da corrupção. Antigamente, no mundo corporativo das negociações, negociatas e acertos particulares, a propina era paga em moeda de diversas espécies. Era comum, o dito facilitador das transações comerciais ou políticas receber uma oferta "por fora".
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sexta-feira, 28 de abril de 2017

“Sobre os vagabundos grevistas” - o texto que viralizou nas redes sociais


Publicado no Pragmatismo político - SOBRE OS VAGABUNDOS - Amanhã, dia 28 de abril, vagabundos de todo o Brasil participarão da greve geral em protesto contra as reformas trabalhista e previdenciária. Ainda bem que existem vagabundos para defender os seus direitos. E, claro, os meus também. Afinal, os vagabundos tiveram papel importante na construção dos direitos em todo o mundo.


Foram vagabundos que, com as greves do início dos anos 80, forçaram os grandes empresários a apoiar a luta pela volta da democracia, pondo fim a uma ditadura de 20 anos.

Eram também vagabundos aqueles hippies que iniciaram uma revolução cultural nos anos 60 e culminaram na emancipação feminina e no respeito ao direito das minorias.

Naquela época, lá nos Estados Unidos, um pastor vagabundo liderou milhares de outros vagabundos pelo reconhecimento dos direitos dos negros e pelo fim do apartheid naquele país.

Por falar em apartheid, quem não se lembra do vagabundo que ficou preso na África do Sul por quase toda sua vida e que acabou derrubando um regime racista com suas greves e boicotes a produtos produzidos pelos brancos?

Foram também vagabundos que, no início do século XX, iniciaram uma onda de manifestações na Europa e na América pelo reconhecimento dos direitos trabalhistas e pela redução da jornada de trabalho.

Assim como as vagabundas que foram queimadas em uma fábrica norte-americana chamaram a atenção do mundo para a equiparação dos direitos femininos àqueles dos homens. Foi em um 8 de março, mais tarde reconhecido como dia internacional da mulher.

Se eu fosse lembrar de todos os vagabundos que lutaram e perderam a vida para que eu e você tivéssemos uma vida melhor, não bastaria um textão na internet. Eu precisaria escrever uma enciclopédia.

Portanto, termino com uma pequena frase: Ainda bem que existem os vagabundos!

(autor desconhecido)

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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Olhando para o próprio umbigo, mas ‘nem tanto’

Quero crer que a maioria dos brasileiros amam a sua  Pátria e seus semelhantes. E almejam para o Brasil uma agenda progressista, que tenha como objetivo o bem estar geral da população. Mas enquanto o egoísmo, a ganância e o preconceito subjugarem os sentimentos de solidariedade, igualdade e fraternidade não chegaremos a lugar nenhum. Regra universal, que deveria estar presente no cotidiano de todos nós.

Brasil: o País do “nem tanto”


Por Julio Gavinho, no Bem Paraná

No Brasil ninguém se assume de direita, mas somos quase todos de centro esquerda. Aqueles educados que se assumem de esquerda, acrescentam o "mas nem tanto." Queremos construir um país de estrutura moral sólida, curtindo as leis à risca, "mas nem tanto”.
 
Desejamos e protestamos pela prisão dos que tungam o erário porém assistimos, ansiosos pela novela, o massacre diário nas favelas do Rio. Vamos as passeatas, gritamos e dançamos juntos por um país melhor; desejamos uma revolução, "mas nem tanto." Queremos justiça na maioria das vezes, mas furamos a fila do supermercado, estacionamos em local reservado para idoso ou deficiente físico sem pudor e vivemos no país do Gerson, aquele que leva vantagem em tudo.

Não observamos que a corrupção se dá em níveis menores, todos os dias e não só nos grandes escalões, na operação lava-jato ou no mensalão da vida. Quando deixamos de emitir ou pedir uma nota fiscal estamos agindo a favor da corrupção. Quando falsificamos a carteirinha de estudante ou quando compramos produtos falsificados também. Furando fila, não denunciando o gato do vizinho para roubar energia elétrica ou TV a cabo, quando tentamos subornar o guarda para evitar uma multa de trânsito ou circulamos nossos pontos na carta de motorista da prima que sequer dirige, estamos voluntariamente contribuindo para um País pior, com menos qualidade de vida e respeito em todos os níveis.
 
Veja, estamos chocados com a tragédia da barragem em Minas, mas nem tanto. É incrível a posição de refugiados da população da grande Mariana. Embora vítimas do maior desastre ambiental da história do Brasil, os habitantes da região advogam pela volta da Samarco a plena operação, pois estão desempregados e necessitados. Os prefeitos e vereadores regurgitam os royalties reduzidos dramaticamente. Como resultado, queremos a punição exemplar a Samarco e da Vale, mas nem tanto. 

Quebrar a empresa ou impedir seu funcionamento, joga a população local na lama, se me desculpe o trocadilho enlameado. Vibramos com os novos indiciados das incontáveis operações da PF e do MPF, mas não temos a menor ideia do que vem a seguir. Nossa novela judiciária terá novos capítulos em breve, e com raras exceções, continuamos apaixonados pelos mesmos personagens tal qual um “Show de Truman” às avessas, com uns poucos controlando o destino de todos nós, sem que ao menos percebamos. Se não viu o filme, eu recomendo. Quem é o suplente do Dudu Cunha? Porque o Paulo Roberto devolveu sua lustrosa tornozeleira? Quem vai administrar o espaço comprimido entre o Oiapoque e o Arrio do Chuí?

Queremos mudar o Brasil, mas nem tanto. Não queremos sujar as mãos da tinta eleitoral, como se abstenção lhe garantisse um alvará de soltura prévio pelo crime de omissão à pátria que você acaba de cometer. Queremos mudar o Brasil, mas nem tanto. Por favor ponha o despertador para amanhã cedo e acorde, brasileirinho.
 
Vivemos em uma democracia monetarista: se você tem bastante do vil metal, tem escola boa, tem plano de saúde, tem segurança privada e carro blindado, escolhe não votar por que nenhum candidato lhe representa, certo? Entendi. Mas se por outro lado, se você não tem suficiente din-din para estudar, cuidar da saúde família, sofre com o genocídio diário das periferias e seu Mercedes é aquele de 78 lugares, você vota porque é sua obrigação. E vota naquele que comunica com você, amém irmão? Entendeu ou quer que eu desenhe?
 
Precisamos atentar mais e mais para a agenda política de cada um de nós como indivíduos, alternando nossos post diários nas redes sociais com e-mails para nossos representantes. Sim, representantes. Aquele em quem você votou da última vez, lembra? Você tem esta obrigação com seu voto. Aquele que vota ou se manifesta sem agenda política, está a serviço da agenda política de alguém.

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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A Intolerância


Por Antonio Lassance (*), na Carta Maior – “A intolerância é a imbecilidade à procura de uma multidão. É o espetáculo da estupidez com entrada franca, mas todos pagam caro ao final, quando as portas são fechadas, uma após outra.

A intolerância é o ofício de trucidar inocentes.  Por isso o ódio é um requisito - veneno trazido em embalagem de remédio. O ódio justifica culpar, perseguir, condenar e executar pessoas que não merecem ser tratadas como pessoas, nem mesmo como adversários, e sim como inimigos.
 
A intolerância é uma seita cultuada e inculta. Com ideias em falta, os xingamentos sobram. A narrativa dos intolerantes não é a de contar histórias, mas a de encontrar culpados. O discurso dos intolerantes não é a conversa e a argumentação, é a ofensa. 

Os intolerantes não são burros. Quem dera fossem. Burros são criaturas simpáticas, pacíficas, úteis, laboriosas, respeitadoras. Sequer fazem asneiras, ao contrário do que se lhes atribui. Burros relincham, mas não gritam nem ofendem. Burros cometem erros, mas, nunca, injustiças.
 
A intolerância é um Mar Morto salgado até trincar. É um monumento granítico impermeável ao bom senso. É a corrupção da alma - por isso, a corrupção é seu assunto predileto. 

A intolerância é obscena, pois desconfia que tudo é uma vergonha. A perseguição seletiva apresenta-se como seu principal espetáculo, protagonizado por heróis da repressão. 

Os intolerantes fazem sucesso e são notícia, quando não são eles próprios âncoras de programas ou donos dos meios de comunicação - assim se faz da intolerância um modelo de comportamento e um mercado lucrativo. 

A intolerância precisa de Estado - do Estado de exceção, do estado de indigência do espírito humano, do estado de mal-estar social. 

A intolerância é a inversão de valores básicos, como o respeito ao outro, ao diferente, a ponto de o poeta Goethe nos alertar do risco de quando tolerar é que se torna injurioso. Ser diferente é tido como ameaça coletiva. 

Quando se completa a banalização do mal, é sinal de que a intolerância alcançou seu ápice enquanto instrumento de manipulação na luta pelo poder. 

A intolerância é um prato de pus oferecido como iguaria. Alguns apreciam. Outros engolem a contragosto. Os que a recusam com coragem e altivez fazem a humanidade ser mais digna desse nome.”
 
(*) Antonio Lassance é cientista político.

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domingo, 15 de novembro de 2015

O último texto de Rezende antes de ser demitido pela Globo

Integrante do grupo de jornalistas da Globo News há 18 anos, na véspera de sua demissão, Sidney Rezende escreveu seu último texto intitulado: "Chega de notícias ruins". No texto, publicado em seu perfil no Facebook e em seu blog pessoal, Rezende faz duras críticas ao jornalismo praticado no Brasil, como escreveu Maurício Stycer em seu blog no Uol, ao comentar sobre o que disse o jornalista.

"Poderia ser endereçada a praticamente todo o time de articulistas da Globo", comentou o jornalista Kiko Nogueira ao replicar o texto no DCM.

Abaixo, transcrevo o texto de Rezende, na íntegra.

Chega de notícias ruins

Por Sidney Rezende

"Em todos os lugares que compareço para realizar minhas palestras, eu sou questionado: “Por que vocês da imprensa só dão ‘notícia ruim’?”

O questionamento por si só, tantas vezes repetido, e em lugares tão diferentes no território nacional, já deveria ser motivo de profunda reflexão por nossa categoria. Não serve a resposta padrão de que “é o que temos para hoje”. Não é verdade. Há cinismo no jornalismo, também. Embora achemos que isto só exista na profissão dos outros.
Os médicos se acham deuses. Nós temos certeza!

Há uma má vontade dos colegas que se especializaram em política e economia. A obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a sociedade e engessando o setor produtivo.

O “ministro” Delfim Netto, um dos mais bem humorados frasistas do Brasil, disse há poucas semanas que todos estamos tão focados em sermos “líquidos” que acabaremos “morrendo afogados”. Ele está certo.

Outro dia, Delfim estava com o braço na tipoia e eu perguntei: “o que houve?”. Ele respondeu: “está cada vez mais difícil defender o governo”.

Uma trupe de jornalistas parece tão certa de que o impedimento da presidente Dilma Rousseff é o único caminho possível para a redenção nacional que se esquece do nosso dever principal, que é noticiar o fato, perseguir a verdade, ser fiel ao ocorrido e refletir sobre o real e não sobre o que pode vir a ser o nosso desejo interior. Essa turma tem suas neuroses loucas e querem nos enlouquecer também.

O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós, jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do dever.

Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e “soluções” que quando adotadas deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.

Reconheço a importância dos comentaristas. Tudo bem que escrevam e digam o que pensam. Mas nem por isso devem cultivar a “má vontade” e o “ódio” como princípio do seu trabalho. Tem um grupo grande que, para ser aceito, simplesmente se inscreve na “igrejinha”, ganha carteirinha da banda de música e passa a rezar na mesma cartilha. Todos iguaizinhos.

Certa vez, um homem público disse sobre a imprensa: “será que não tem uma noticiazinha de nada que seja boa? Será que ninguém neste país fez nada de bom hoje?”. Se depender da imprensa brasileira, está muito difícil achar algo positivo. A má vontade reina na pátria.

É hora de mudar. O povo já percebeu que esta “nossa vibe” é só nossa e das forças que ganham dinheiro e querem mais poder no Brasil. Não temos compromisso com o governo anterior, com este e nem com o próximo. Temos responsabilidade diante da nação.

Nós devemos defender princípios permanentes e não transitórios.

Para não perder viagem: por que a gente não dá também notícias boas?"

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PS do blog: Diria que, vários outros jornalistas de outras emissoras, também poderiam perfeitamente serem destinatários do referido texto.
   
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domingo, 17 de maio de 2015

Padilha: ‘Inaceitáveis instantes de intolerância’

O secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi insultado por um rapaz enquanto almoçava em um restaurante no Jardim Paulista, na zona oeste da capital paulista. Padilha, usou as redes sociais para reagir ao ataque no texto “Inaceitáveis instantes de intolerância”. Assista ao vídeo com o momento do insulto. Saiba quem é este rapaz.
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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Texto de Ary Fontoura propaga onda de ódio no Facebook


O ator da Rede Globo Ary Fontoura, postou em sua página no Facebook um texto em que pede à presidente Dilma Rousseff que renuncie ao PT. Conseguiu apenas aflorar o ódio e a apologia ao crime de alguns internautas na rede social. Por outro lado, em resposta, algumas pessoas sugerirão ao ator que ele renunciasse a Globo, que andou de braços dados com a ditadura se beneficiando do regime, tornando-se o maior monopólio dos meios de comunicação no Brasil.
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sábado, 13 de setembro de 2014

Sectarismo e preconceito: associação de empresários de Ponta Grossa é alvo de investigação do MP

É inacreditável e surreal o que propôs, em Cartilha, a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG).O documento encaminhado aos candidatos locais a cargos públicos em todos os níveis nas eleições deste ano, sugere a suspensão do direito de voto dos cidadãos beneficiados com programas de transferência de renda. Seja ele oriundo da esfera municipal, estadual ou federal. Como é, por exemplo, o Bolsa Família.
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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Futebol: arbitragem sempre dá o que falar


O desempenho da arbitragem em uma partida de futebol sempre originou polêmicas e discussões. Basta um erro só, mesmo que não muito grave para que o veredito sobre o resultado do jogo seja dado: teve influência direta do árbitro. Só ele tem o poder de manipular para a vitória ou para a derrota de determinada equipe. Certo ou errado? Certos lances na Copa do Mundo no Brasil tem demonstrado que esta "regra" prevalece.
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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Quem escolhe como seremos vistos pelo mundo e o que está sendo mostrado do Brasil lá fora

No DCM, por Adriano Silva*

Um jornalista estrangeiro, correspondente de uma agência de notícias aqui no Brasil, assinou um artigo como Lawrence Charles no RioOnWatch.org. (É possível que se trate de um pseudônimo.) Sua reflexão sobre como as notícias são vendidas e compradas, encomendadas e publicadas, em seu trabalho de cobrir o Brasil e a Copa, joga muita luz sobre o funcionamento da mídia, inclusive a internacional. Seu artigo, The World Cup of Lazy Journalism , ou “A Copa do Mundo do Jornalismo Preguiçoso”, expõe as diferenças entre o que ele está enxergando aqui no front e o que está sendo demandado para publicação por seus editores – e que resulta no material efetivamente veiculado lá fora, em escala global.



Escreve ele: “Quando eu respondi a meus editores que nada de relevante estava sendo incendiado [o pedido de pauta era uma busca por ‘ônibus incendiados’, por conta de uma greve dos motoristas], mas que eu poderia produzir perfis detalhados dos motoristas em greve, parei de receber e-mails. Se não tem carnificina, não tem matéria.

“Como eu só sou pago se alguém compra a pauta que proponho, pensei em escrever de volta para a agência vendendo termos como ‘violência na favela’ ou ‘polícia disparou/matou’”. A verdade é que há coisas terríveis acontecendo em algumas das centenas de favelas no Rio e houve protestos necessários e há a ameaça de muitos mais. Mas, ao lado disso, há também muitas, várias histórias que podem e devem ser contadas. Por exemplo, a favela Asa Branca é o lugar mais feliz que eu encontrei no Rio – e três décadas de notável avanço arquitetônico estão agora sendo ameaçadas pela expansão imobiliárias. (…) E na favela da Maré, onde houve uma ocupação recente, há comunidades inspiradas organizando debates importantes sobre segurança pública.”

São matérias que pouco saem por aqui. E que pouco saem lá fora também, infelizmente.
(Em tempo: o RioOnWach.org é um veículo criado em 2010 pela Catalytic Communities, CatComm, uma organização americana sem fins lucrativos e presente no Rio na forma de uma ONG. A sigla Rio On Watch se traduz em Rio Olympics Neighborhood Watch e o programa busca fazer ecoar mundialmente as vozes das favelas cariocas no percurso de construção das Olimpíadas de 2016.)

O BRASIL CARECE DE UM BOM TRABALHO DE PR

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Equipe da ITV inglesa comenta o jogo Suiça x Equador da praia
Parte do que dizem de nós não está sob nosso controle. Mas é possível trabalhar a imagem do país no nível da influência e da reputação. Como fazem pessoas e marcas. O Brasil é uma marca. Que nós, os donos dela, temos tratado muito mal. Imagine o dono de um produto que vibra mais quando falam mal do seu produto do que quando falam bem dele. Esses somos nós.

Essa Copa já está representando uma inversão brutal das expectativas do mundo em relação ao país. E isso é muito alvissareiro. O influxo de dinheiro do turismo é o único objetivo de um país ao sediar um megaevento. Não só pensando nos turistas que vem para o evento, mas nos turistas que passam a considerar o país como um destino desejado depois do evento.

Essa matéria do The Herald Sun, jornal australiano, é um bom exemplo do que a Copa pode fazer pelo Brasil em termos de visibilidade positiva: Beer, barbies and sport — Porto Alegre ensures Aussies feel right at home as Socceroos play…., ou “Cerveja, churrasco e esporte – Porto Alegre garante que os australianos se sintam em casa enquanto nosso jogadores entram em campo…” Aproximadamente 15 000 australianos invadiram Porto Alegre para o jogo contra a Holanda, nesta quarta feira. Nem eu mesmo saberia vender tão bem Porto Alegre. (Em especial, quando se referem ao Grêmio como o segundo maior time da cidade…)

É A ECONOMIA, ESTÚPIDO

Beira-rio de Porto Alegre
Beira-rio de Porto Alegre
O Los Angeles Times chama a atenção para o momentum da arquitetura brasileira: Beyond the World Cup stadiums, architecture in Brazil returns to glory, ou “Além dos estádios da Copa do Mundo, a arquitetura no Brasil retorna a sua glória”. Quanto vale isso sendo lido e gerando curiosidade na California, o estado mais rico do país que tem a maior economia do mundo? Às vezes faz falta pensarmos um pouco mais como empreendedores. Olhando um pouquinho mais para a economia e um pouquinho menos para a política.

A GENTE SE VENDE MAL

Revista Nature
Revista Nature
Além do maravilhoso projeto do exoesqueleto “Walk Again”, do Miguel Nicolelis, palmeirense roxo, que ainda vai ganhar um Nobel por isso (anote), e que acabou de ganhar uma capa da revista Nature, a bíblia dos cientistas,  há outras duas enormes invenções brasileiras, que estamos vendendo muito mal, como nos soi, mas que podiam, por si só, nos guindar do viralatismo: (1) o o spray que marca o lugar das faltas e das barreiras no gramado.

Uma solução simples e inteligente para o batedor não aproximar a bola do gol e também para a barreira não andar em direção a bola, tirando o ângulo do batedor. A gente usa isso desde 2000. Para o mundo, está nascendo agora.  E (2) a placa eletrônica que os árbitros reservas levantam para orientar a substituição dos atletas.

Spray
Spray

CINCO MOMENTOS CINEMATOGRÁFICOS DA COPA

E nem estou me referindo a presença secreta e relâmpago de Hugh Jackman em Cuiabá para assistir ao jogo Chile vs Austrália, no último dia 12.

Falo de quatro momentos Tarantino e um Werner Herzog da Copa:

1. Turistas mexicanos reagem a assalto e dão um couro no meliante em Natal.
 
2. Otaviano Costa arremessa um coco em punguista na orla do Rio e evita assalto.
 
3. Pai tira filho Black Bloc pela orelha de uma manifestação em São Paulo e lhe dá uma bronca na frente dos amigos e das câmeras.
 
4. Dias antes da Copa, Gaviões da Fiel impedem manifestantes de chegar perto do Itaquerão para protestar. E ninguém encarou os manos.

E:
5. Ingleses vestidos de Cruzados socializam com manauares vestidos de índios sob um calor de 36 graus.

O JOGO DO BRASIL E A VOLTA DO TORCEDOR CANALHA

Brazil's Neymar controls the ball

O viralatismo tem uma versão futebolística – o torcedor canalha, síntese cunhada por André Fontenelle numartigo clássico publicado na revista Placar, da Abril, em 2000.  Esse tipo de torcedor apoia o time somente quando tudo vai bem. E parte rapidamente para as vaias assim que a primeira dificuldade se apresenta. Não é, ainda bem, o que se viu presencialmente no Castelão – a torcida cearense é tida com uma das melhores do país quando quem está em campo é a Seleção. Já nas redes sociais, basta um empate para ver gente pedindo a cabeça de Fred, de Oscar, de Paulinho. Talvez por ignorância sobre futebol e sobre competições. Talvez por canalhice pura e simples. Enfim, é como se estivéssemos sempre com a faca na mão, escondida às costas, só esperando a primeira oportunidade para usá-la.

É preciso separar bem o que é jogar mal do que enfrentar um adversário duro numa partida difícil. Tirante os primeiros 15 minutos do segundo tempo, em que não tocamos na bola, porque perdemos o meio campo com a saída de Ramires e não ganhamos a ofensividade esperada com a entrada de Bernard, o Brasil jogou bem. A zaga esteve perfeita. Julio Cesar se mostrou mais seguro, o que é importante. Dani Alves e Marcelo apoiaram melhor e marcaram muito melhor do que nas últimas partidas.

E Neymar continua confiante, indo para cima, chamando o jogo. Além disso, Luis Gustavo continua com sua enorme regularidade. Ramires entrou bem e só saiu por uma opção tática. Paulinho está jogando abaixo, é fato. Oscar não brilhou mas desempenhou uma função tática importantíssima. Fred ficou isolado contra três zagueiros e quase não recebeu a bola.

E Bernard não mostrou estatura. (Sem trocadilho.) Jogamos melhor do que contra a Croácia. Só que do outro lado teve um time muito aplicado e um goleiro que operou quatro milagres. Vamos com calma. Não esperemos goleada em todas as rodadas. Repito: o Brasil criou quatro chances claras de gol contra uma retranca muito bem azeitada, que provavelmente passará em segundo lugar e representará problemas para quem a enfrentar nas Oitavas.

Guillermo Ochoa saves

Talvez não sejamos a melhor seleção da Copa. Mas não deixamos de sê-lo por conta desse empate contra o duro time mexicano. E nem passaremos a ser os maiorais se golearmos Camarões na semana que vem em Brasília.

*O jornalista Adriano Silva é consultor digital, escritor e mantêm o blog Manual de Ingenuidades (www.manualdeingenuidades.com.br). Ele ocupou cargos como o de diretor de redação da revista Superinteressante e Redator Chefe do Fantástico.


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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Sem teto da ocupação Copa do Povo comemoram decisão de Dilma

Por Lúcia Rodrigues, especial para o ViomundoA decisão da presidenta Dilma Rousseff de construir duas mil unidades habitacionais na ocupação Copa do Povo, em Itaquera, zona leste da capital paulista, deixou os sem teto que vivem no acampamento, radiantes. “Quero dar um beijo na boca dela. Eu tô sendo sincero. Não tô brincando. A Dilma tá de parabéns”, vibra Jailton Jaime Albuquerque Diógenes, 22.

Desempregado e sem condição de pagar um aluguel, o soldador Jailton viu na Copa do Povo sua tábua de salvação. Resolveu entrar no terreno, depois de ter sido alertado pela mãe e avó de que várias pessoas participariam da ocupação. A própria avó e a irmã dele, também ocupam outros barracos. “Eu vim com pensamento positivo. Enfrentamos chuva e frio, mas valeu a pena. Agora vou ter onde morar”, comemora.

“Fui eu que construí esse barracão”, aponta satisfeito para o local onde ocorrem as reuniões do MTST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que coordena a ocupação. Jailton também montou uma pequena horta de plantas medicinais, que os sem teto chamam de farmácia popular.



Na Copa do Povo praticamente tudo é coletivo: banheiro, cozinha. Apenas os barracos com chão de terra batido, cobertos e forrados com plásticos pretos, onde os sem teto dormem, são privativos. Na maioria deles, só cabe uma cama. Alguns moradores cobrem os colchões com plásticos para evitar que a chuva molhe a espuma durante o período em que estão fora de casa.

Solidariedade

Quem está desempregado, ajuda nas oito cozinhas comunitárias distribuídas pelo acampamento. Rafael Leite, 25, pai de Kimberlly,de um ano e sete meses, levantou cedo para levar a filha na creche e correr para preparar o café da manhã de outras crianças e sem teto que vivem no acampamento. “Eu faço café da manhã, almoço. Cada um ajuda um pouquinho”.
Ele conta que algumas padarias doam pãezinhos. As outras refeições também dependem de doações: “arroz, feijão, tudo é doado”.

Sobre a decisão do governo federal de construir moradias populares no acampamento, ele brinca: “O terreno tava abandonado há 30 anos. A gente lutou muito, batalhou e agora sai essa notícia de que a gente ganhou o nosso pedacinho de chão. Agora é só felicidade. Vamos esperar sair os nossos apês”, afirma rindo.

Outra que não continha a alegria, era a aposentada Márcia Belarmina da Paixão, 51. Há 20 anos em São Paulo, a pernambucana sempre morou em favelas. Veio para a Copa do Povo porque o barraco onde vivia no Jardim Colonial corre risco de desmoronar. “Já perdi seis vezes a casa. O barro cai em cima e desmorona, é de madeira. Muita gente doou coisas, mas eu fui perdendo, perdendo. Já perdi tudo”, conta entristecida.

Quando estava na ativa, Márcia trabalhava como doméstica. O baixo salário não permitiu que o sonho da casa própria se concretizasse. “O dinheiro nunca deu pra comprar. Dilma eu te amo!”, exclama ao se referir à autorização, para a construção das moradias, dada pela presidenta.

Respiração ofegante e pernas inchadas não tiram dela a gana de conquistar o primeiro endereço, para ela, marido e três filhas. “Todos nós merecemos uma moradia digna. Lá onde eu vivo, não tem correspondência (correio não passa). Também tô muito feliz porque têm moradores de rua que estão vivendo aqui, vão conquistar uma casinha”, frisa. “Se eu pudesse chegar na Dilma, eu ia até lá (Brasília), pra dizer que eu amo ela.”

Ajoelhou para agradecer

A desempregada Dalva Souza, 37, conta que ficou tão emocionada quando recebeu a notícia, que chegou a ajoelhar no chão e chorar. “Abracei minha Vitória (a filha de um ano e meio) e agradeci a deus de joelhos. Chorei, bati os joelhos no chão. E tem de agradecer a Dilma também”, enfatiza.
Ela já teve casa, mas perdeu o imóvel quando se separou do marido. “Ajudei a construir e fui expulsa”, conta com os olhos marejados. Para ajudar no orçamento da nova família, Dalva toma conta de Gustavo, um menino da mesma idade de Vitória, filho de um casal de moradores do acampamento que trabalham.

No início da manhã desta terça, 10, ela levou o garoto para comer pão com manteiga em uma das cozinhas da ocupação. Quem serviu o bebê foi o cozinheiro desempregado, Daniel Lima Custódio, 25. O rapaz tem sobrevivido com o seguro-desemprego que recebe do último serviço.

Antes de mudar para a Copa do Povo, ele morava no Carrão, também na zona leste, mas o preço do aluguel, o trouxe para Itaquera. Daniel ficou sabendo da ocupação pela sogra. “Gosto mais dela, do que da minha mulher”, brinca.

A precariedade do acampamento não tira o ânimo dele. “Tomo banho frio, mesmo, não tem luz…” Na maior parte do acampamento não existe energia elétrica. Ele explica que para iluminar os barracos e as cozinhas à noite, os sem teto usam lanternas, lampiões e velas, de vez em quando, por causa do risco de incêndio.

Preocupado com a limpeza do ambiente, ele varre o chão de terra batido durante a conversa com a reportagem de Viomundo. A cozinha que administra, além de dois fogões e mesas, também tem um quadro emoldurado de uma paisagem pendurado em uma das madeiras que sustentam a estrutura. A água para lavar as louças é trazida em garrafas pet, que ele começa a organizar assim que termina de varrer o chão.

Um cartaz no interior do cômodo informa o horário em que as refeições são servidas. Café da manhã, das 8h às 10h, almoço, das 13h às 15h, café da tarde, das 16h às 17h, e janta, das 20h às 21h.

Baiano de Vitória da Conquista, o jovem conta que sempre pagou aluguel em São Paulo, onde vive há 18 anos. Mais reticente do que os colegas sem teto, Daniel afirma que “tava mais do que na hora de resolver o problema. Porque pra gastar bilhões em estádios, tem. Lá na Bahia o governo constrói casas, rapidinho, não é que nem o governo de São Paulo”, alfineta.

Vizinhos do Itaquerão

“Se algum gringo vier assistir o jogo no Itaquerão e quiser dormir no meu barraco, pode vir”, afirma Daniel ao oferecer solidariamente a habitação.

A maioria dos entrevistados pela reportagem do Viomundo é corinthiana e está duplamente alegre com a decisão do governo federal. Ao mesmo tempo em que vão conquistar um teto, se tornam praticamente vizinhos do estádio do time do coração.

“Sou corinthiana fanática. É um privilégio morar aqui. À noite nos dias de jogos, o Itaquerão fica todo iluminado”, revela a desempregada Gisleine Cristina dos Santos, 24, mãe de um menino de um ano e quatro meses.

Solteira, ela deixa a criança com mãe do pai criança, enquanto espera pelo teto. “Quando eu trabalhava, ganhava o salário mínimo e pagava R$ 350 de aluguel. Não dava pra me manter. Agora, não pagando aluguel vai dar. Vou conseguir arrumar um emprego. Deus abençoe a Dilma.”

“Nossa luta não é contra a Copa, contra o futebol, mas contra o dinheiro que foi gasto”, ressalta o corinthiano Daniel Rodrigues de Carvalho, 32. Desempregado, faz bicos como motorista de van esporadicamente. O orçamento minguado também o empurrou para a Copa do Povo. Assim como os demais sem teto, ele ocupa um dos milhares de barracos erguidos ao longo do terreno íngreme, que quando chove torna-se um perigo para quedas.

Ele recorda que frequentava o terreno, que deve se transformar em sua moradia, desde criança. “A gente vinha jogar bola no campo de futebol. Caçava passarinhos. Peguei uns tico-ticos aqui. Estou muito feliz com a notícia. É uma sensação de satisfação, de felicidade”, fala com os olhos marejados. “Conseguimos uma vitória, mas a guerra não acabou. A luta contínua”, pondera.

Imagem: reprodução/Viomundo/Foto: Caio Castor


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terça-feira, 10 de junho de 2014

Não imagine na Copa, porque ela é uma realidade

Por Fernando Brito, no Tijolaço

Tomei um avião, hoje de manhã, do Rio para Brasilia.
Duas cidades-sede da Copa.
Tranquilidade completa.
O avião era da Azul, destes que tem TV a bordo.
Assisti, portanto, o esforço da Globo em tentar mostrar algum problema na estrutura de recepção aos estrangeiros.

Torcedora holandesa diante de sua barraca no "acampotel" em São Paulo
Nada, a não ser a greve do metrô de São Paulo, que espantou uma turista canadense.

Mas que rapidamente ficou satisfeitíssima com uma senhora, brasileira, que lhe ofereceu carona.

Durante anos você ouviu o “imagina na Copa” para figurar o desastre que seria o desempenho do Brasil como anfitrião.

Conversa fiada.

Charge do Duke - Publicada originalmente no jornal O Tempo 
Claro que pode ocorrer um problema aqui, outro ali, um assalto, coisas que se passam em qualquer parte do mundo.

Nosso país sofreu, por parte de uma mídia e uma elitezinha subdesenvolvida mentalmente, uma campanha indescritível de desmoralização.

A história dos gastos públicos é igual.

Recomendo a leitura do post de Rodrigo Vianna, onde um colunista esportivo dizia que não se justificava combater a ideia de uma Copa no Brasil com “o velho argumento de que é melhor construir escolas e hospitais é falso”.

Dizia isso, claro, nos anos 80.

A melhor história  do dia, para mim, é a da “desorganização padrão Fifa” da Seleção Inglesa, que esqueceu um jogador no hotel.

E a melhor imagem é a da torcedora holandesa, feliz da vida diante de sua barraca do “acampotel” montado para torcedores de seu país num clube de funcionários da Eletropaulo, perto da Represa de Guarapiranga, uma tradição da torcida laranja.

Barracas de plástico e camas de pinho!

Imagina na Copa!

Depois reclamam do Lula ter falado em babaquice…


Imagem: reprodução/Tijolaço
VIA

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sábado, 7 de junho de 2014

Colunista do Globo admite ter “medo” de Joaquim Barbosa

Miguel do Rosário, OCafezinho

Agora que Barbosa se tornou uma espécie de vergonha nacional junto a pessoas minimamente esclarecidas, alguns jornalistas da Globo tentam, quase desesperadamente, encontrar um posicionamento que justifique o apoio do jornal a uma figura tão nefasta, sem cair no ridículo de não enxergar seus vícios.
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terça-feira, 27 de maio de 2014

O alerta vermelho sobre a bandeira de Cuba no vídeo oficial da Copa

Por Kiko Nogueira no DCM*

Quem levantou a bola foi o senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná. Mas o fato é que a história entrou desde já para a antologia do besteirol anticomunista/oportunismo mequetrefe/samba lelê tá doente.
A equipe de Dias pegou uma cena do vídeo oficial da Copa, “We Are One”, estrelado pelo rapper Pitbull, mais Jennifer Lopez e Claudia Leitte, e escreveu em sua página no Facebook:
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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cinco dicas para ajudar a descobrir o que você ama fazer na vida

"Determinar qual carreira profissional seguir sempre foi e será uma das tarefas mais difíceis da vida. Principalmente quando ela tem de ser feita tão cedo, geralmente, antes dos 20 anos. A relação homem x trabalho cresce como um dilema entre fazer o que se ama contra o que gera sucesso, e é natural que essa cobrança dure para sempre. Se você está em um momento "não sei o que quero fazer da minha vida", relaxe, e confira abaixo as cinco dicas do site 99jobs.com para colocar seu sonho no caminho certo:
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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Dilma & Gianca

Paulo Nogueira, no DCM*

Me pedem a opinião sobre a visita de Giancarlo Civita, o Gianca, a Dilma.
Minha resposta cabe numa frase curta: perda de tempo.
Dilma, para a Veja, será sempre o “neurônio solitário”, como a chama Augusto Nunes, o gênio cosmopolita de Taquaritinga ganhador de Nobeis e Pulitzers.
Tive a fugaz esperança de que a Veja se modernizasse mentalmente depois da morte de Roberto Civita, com Gianca e seu irmão Titi, até pela idade.
Mas aconteceu o contrário. A revista conseguiu piorar.

Gianca
Um exército de seguidores de Olavo de Carvalho tomou a revista: Rodrigo Constantino – quando darão o Nobel de Economia a ele? –, Felipe Moura Brasil e Lobão. Fora eles, a revista tem há tempo um filho espiritual de Olavo, Reinaldo Azevedo.

Olavo de Carvalho comanda hoje a Veja.

Seria mais útil, caso Dilma quisesse discutir questões de conteúdo – defender que tem mais de um neurônio, por exemplo –, chamar diretamente Olavo de Carvalho para uma conversa.

Com Gianca, se eu fosse Dilma, levaria a conversa para outra direção. Trataria de uma coisa chamada gratidão. Gratidão não com Dilma, não com o PT, mas com o Brasil.

O avô de Gianca, Victor Civita, era um ítalo-americano absolutamente inexpressivo quando, com mais de 40 anos, na década de 1950, veio tentar a sorte no Brasil.

Victor Civita veio para fazer gibis da Disney. Encontrou um país acolhedor para imigrantes como ele e fascinante para um candidato a empreendedor.

Fez gibis e depois revistas.

Jamais ele teria chance nos Estados Unidos, que abandonou para vir para o Brasil. Revistas nos Estados Unidos eram coisa para homens brilhantes como Henry Luce, que inventou a Time.

Mas o Brasil estava em construção, e Victor Civita pôde erguer – sem ser um editor como Luce, sem ter escrito um único artigo na vida – um império de mídia.

O Estado ajudou. A Abril obteve, como todas as empresas de mídia, múltiplos financiamentos do BNDES a taxas de juros maternais.

O dinheiro do contribuinte foi também transferido para a Abril, ao longo de muitos anos, por publicidade oficial que pagava tabela cheia quando todos os demais anunciantes já conseguiam expressivos descontos.

Para você entender: uma página dupla da Veja custava, para qualquer anunciante privado, x reais, ou cruzados, ou cruzeiros novos, ou o que fosse. Para o governo, custava duas ou três vezes mais.

Testemunhei isso em meus anos de executivo na mídia.

Com uma mistura de senso de oportunidade e mamatas, Victor Civita fez uma empresa tão grande que ele pode dividir em duas e dar uma fatia a cada filho – Roberto e Richard — no começo dos anos 1980.

O Brasil continuaria a mimar os Civitas. Quando a globalização se instalou no mundo e no Brasil, um dos raríssimos setores que continuaram a gozar de reserva de mercado foi a mídia.

Já escrevi algumas vezes que, numa defesa da Globo à reserva, foi dito que uma televisão chinesa poderia nos transformar em maoístas subversivos, caso o mercado fosse aberto e os chineses investissem em tevê.

Gianca e Titi nunca chegaram a trabalhar duro, e em certos momentos simplesmente não trabalharam. Mesmo assim,  estão – como mostra a revista Forbes – entre os brasileiros mais ricos, com a morte de seu pai.

São cerca de 60 anos de Civitas no Brasil. Não sei exatamente o que deram em troca para o país, assim como não sei o que a Globo ou a Folha deram. (Tenho para mim que teriam lutado contra a desigualdade se tivessem uma missão que fosse além dos interesses privados.)

Mas todos sabemos o que o Brasil fez por eles.

E como o Brasil é tratado?

Se fizer uma arqueologia, leia o que escrevia sobre o país Diogo Mainardi. Se quiser ser atual, consulte Reinaldo Azevedo. O Brasil é a “Banânia”.

Sabemos todos quanto é deletério convencer uma pessoa de que ela é um horror. O mesmo vale para um país. Você não precisa inventar elogios para uma pessoa ou para um país. Mas também não precisa inventar insultos.

Penso que a única maneira de dar alguma utilidade a uma conversa com Gianca seria essa. Dilma poderia resumir seu encontro com Gianca numa única questão: “Caramba, Gianca, você conhece uma palavra chamada gratidão?”


*O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.


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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Dia da Assistência Social e Dia do Assistente Social

"A história da assistência social brasileira só começou a ganhar algumas diretrizes no governo do presidente Getúlio Vargas. Em agosto de 1942, foi fundada a Legião Brasileira de Assistência (LBA), no Rio de Janeiro, por Darci Vargas, esposa do Presidente. Sua finalidade era atender as famílias dos combatentes da Segunda Guerra Mundial.

Ao final da guerra, a LBA passou a atender crianças e mães desamparadas. Em 1969, a entidade foi transformada em Fundação e ampliou sua atuação para atender a infância e a família.


Desde então, a presidência da LBA passou a ser ocupada pelas primeiras-damas do país. A política inicial, porém, foi marcada pelo assistencialismo, sem preocupação com a pobreza nem com as formas específicas de educação e preparo das pessoas para o trabalho e para a retomada de uma vida digna e autônoma.

Com a publicação da lei no 8.742, de 07/12/1993, que estabeleceu a Lei Orgânica da Assistência Social, foram providos "os mínimos sociais [...] para garantir o atendimento às necessidades básicas" do cidadão, objetivando a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice, bem como a integração do cidadão ao mercado de trabalho, a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.

Essa lei garante também "um salário mínimo de benefício à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família."


Publicado originalmente em: apaginadavida.
Imagem: reprodução


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