quinta-feira, 14 de agosto de 2025
sábado, 9 de agosto de 2025
Vídeo bem-humorado postado nas redes sociais desmente Nikolas sobre agressão de deputada
Um vídeo publicado nas redes sociais reinterpretou em tom bem-humorado o episódio envolvendo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e a deputada Camila Jara (PT-MS), que ganhou repercussão após a confusão durante sessão tensa na Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (06).
Em sessão tumultuada, marcada por ocupação da Mesa Diretora por parlamentares bolsonaristas, Nikolas disse ter sido agredido por Camila Jara, alegando que ela teria o atingido intencionalmente em área íntima. Camila nega a agressão. O episódio está em análise institucional, com o desfecho ainda indefinido. Imagens publicadas nas redes sociais demonstram que Nikolas mentiu.
Uma sátira, com análise irônica do episódio, foi divulgada nas redes com a legenda: "Nikolas é pego pelo VAR em lance polêmico do jogo da última quarta-feira pelo congresso Brasileirão." O conteúdo demonstra que a história contada por Nikolas é mentirosa.
A legenda complementa: "VAR é a sigla para Vídeo Assistant Referee (Árbitro Assistente de Vídeo). O VAR usa imagens de vídeo para revisar aquelas jogadas que deixam a galera na dúvida. O objetivo principal é reduzir os erros e garantir que o jogo seja o mais justo possível."
terça-feira, 22 de julho de 2025
Damares culpa Moraes por tarifas, mas o culpado seria...Temer?
Na noite desta segunda-feira, 21, reunida com membros da oposição, a senadora Damares Alves anunciou qual será a prioridade absoluta para o retorno dos trabalhos legislativos neste segundo semestre: a votação do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A parlamentar disparou críticas ao ministro e o acusou de supostas violações de direitos humanos, além de responsabilizá-lo por prejuízos à economia brasileira. "Foi por culpa dele que estamos sendo tarifados", esbravejou.
Migalhas, sempre atento à origem das culpas nacionais, "apurou" que, para falarmos em responsabilidade, é preciso fazer uma breve viagem no tempo.
Voltemos a 2017, ano em que Alexandre de Moraes foi indicado ao Supremo. E por quem? Por ninguém menos que Michel Temer - sim, o vice da então impeachmada Dilma Rousseff.
Ao que tudo indica, o estigma do impeachmeant não larga Midas Temer.
Durante o Seminário de Verão, realizado no mês passado em Portugal, Moraes tratou de tirar o corpo fora com elegância tropical:
"Tive a grande honra de poder participar do governo do presidente Michel Temer como ministro da Justiça. Se a culpa é de alguém, é dele. Que me nomeou ministro do STF."
Honra reconhecida, culpa endereçada.
Mas, justiça seja feita. Michel Temer, em entrevista ao programa Roda Viva em 2021, garantiu que nunca se arrepende do que faz. Inclusive, fez questão de reafirmar seu voto em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2018.
Culpados devidamente apontados, resta agora aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Enquanto isso, veja os trechos:
terça-feira, 10 de junho de 2025
Bolsonaro chama Moraes para ser vice em 2026: "Eu declino"
Congresso em Foco: Durante seu depoimento à 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro, em tom de piada, convidou o ministro Alexandre de Moraes para ser seu vice em uma chapa para as eleições de 2026. Moraes aderiu à brincadeira. "Eu declino", respondeu. Bolsonaro seguiu com o depoimento, chamando em seguida de "meu ministro".
O antigo chefe de governo havia solicitado o espaço para a brincadeira. Moraes respondeu que quem deveria ser consultado a respeito não deveria ser ele, mas sim seus advogados. Veja o momento:
sexta-feira, 9 de maio de 2025
INSS vai restituir quase R$ 293 milhões por descontos indevidos; Saiba quem vai receber
segunda-feira, 24 de março de 2025
Cúpula evangélica racha após briga entre Malafaia e líder do Republicanos sobre anistia
Por Anna Virginia Ballousisier, no ICL: (Folhapress) - Ataques do pastor Silas Malafaia ao presidente do Republicanos, Marcos Pereira, abriram um racha no segmento evangélico. Em vídeo divulgado na quarta (19), Malafaia chamou Pereira de "cretino" e "uma vergonha" para evangélicos por sugerir que não seria a hora de congressistas analisarem o projeto de anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro. O pastor é notório defensor da pauta e organizou a manifestação de domingo (16) com Jair Bolsonaro (PL), no Rio de Janeiro, para apoiá-la.
A fala provocou reações de deputados e líderes evangélicos. O próprio Pereira revidou nas redes sociais. Disse que, "lamentavelmente, Silas Malafaia exala e transpira ódio", o que faz "com que ele deixe de refletir e se manifestar com inteligência".
O par de fé, segundo o parlamentar, seria "uma espécie de Rasputin Tupiniquim" que "chega a espumar pela boca nas suas manifestações cheias de cólera". Também escreveu em rede social: "Malafaia, que se julga um bom pastor, deveria cuidar das ovelhas ou então tornar-se um político de fato, disputar uma eleição e falar, de dentro do parlamento, como parlamentar".
Afirmou ainda que o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo deveria parar de "induzir a guerra" e se espelhar em pessoas como ele, que trabalham pela "pacificação".
Pereira lidera o partido do governador Tarcísio de Freitas, bom cotado como candidato da direita em 2026 ante a inelegibilidade de Bolsonaro. É também bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, assim como Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), sobrinho de Edir Macedo, fundador da denominação.
Crivella respaldou o colega de igreja e partido. Disse que Malafaia se "equivocou" ao interpretar a entrevista dada por Pereira. Argumentou que a bancada do Republicanos é favorável à anistia e inclusive capitaneou um projeto de lei a favor dela, que acabou não avançando na Câmara.
O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) afirmou à Folha ser legítimo "o direito de Malafaia fazer qualquer tipo de crítica, apesar de eu entender que seria muito melhor se ele viesse para o campo político, e aí começasse a dar as suas opiniões políticas".
"O que eu critico é a forma deselegante e desrespeitosa como ele tratou o presidente Marcos Pereira, que é um político respeitado por todos em Brasília, independente do viés ideológico", disse. "Tratá-lo de cretino é no mínimo uma falta de elegância, e uma postura que não se espera de um líder religioso."
Em discurso na Câmara, Otoni pontuou que Pereira "em nenhum momento" disse ser contra a anistia, só que não era um bom momento para votar o projeto. "A posição é técnica, ele é um advogado."
Otoni, fiel escudeiro do bolsonarismo num passado recente, é hoje tido como ponte entre igrejas evangélicas e o governo Lula (PT). Ele disputou a presidência da bancada evangélica com Gilberto Nascimento (PSD-SP), aliado de Malafaia contido em seu posicionamento sobre temas que polarizam Brasília.
Malafaia fez ataques em vídeo
Malafaia espalhou nesta quinta (20) novo vídeo, endereçado aos dois parlamentares do Republicanos, Pereira e Crivella. "Vamos falar a verdade, vocês são baixos", afirmou. Falou ainda em "conversa dissimulada" e pediu que a dupla deixasse de "mentira e de cinismo", pois não seriam a favor da anistia coisa nenhuma, segundo o pastor.
"De tanto andar com o PT e com Lula, ele está com a mesma narrativa da esquerda: "Malafaia com discurso de ódio", disse sobre Pereira.
Nos bastidores evangélicos, prevalece a impressão de que Malafaia passou do ponto ao alvejar Pereira com tamanha virulência. Mas há também certa desconfiança sobre o que é visto como aproximação do líder do Republicanos com o governo petista.
A reportagem ouviu pastores e deputados evangélicos sobre o assunto. Quatro deles descartaram falar abertamente, mas ratificaram essa linha de raciocínio.
I apóstolo Cesar Augusto, que na eleição não escondem seu entusiasmo por Bolsonaro, apresenta uma boa síntese da situação. Diz-se a favor de Malafaia quanto à necessidade de anistiar presos pelo 8 de janeiro que ele considera inocentes, menos "quem realmente participou de algum ato contra o governo, contra o patrimônio público, que tinha essa intenção de golpe".
Só pondera em relação ao tom usado pelo pastor. "Talvez eu falaria de maneira diferente, mas é questão de temperamento. Acho que uma discussão num nível muito acalorado, que sai do nível do equilíbrio, é prejudicial para o meio evangélico."
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quarta-feira, 19 de março de 2025
Bolsonaro chora e diz que Eduardo se afasta do mandato para "combater o nazifascismo" - vídeo
Redação/GGN: O ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu na tarde desta terça (18) à notícia de que Eduardo Bolsonaro decidiu pedir licença não remunerada da Câmara dos Deputados para morar indefinidamente nos Estados Unidos. Chorando, cercado por figuras como Damares Alves e Sergio Moro, Bolsonaro afirmou que o afastamento do filho foi necessário para combater "algo parecido com o nazifascismo".
"Marcante para mim, o afastamento de um filho. Mas um filho que se afasta mais do que por um momento de patriotismo, se afasta para combater algo parecido com o nazifascismo que cada vez mais avança em nosso país. A liberdade não tem preço. Ouso dizer que a liberdade é mais importante que a própria vida", disse Bolsonaro.
As imagens foram capturadas e divulgadas na conta do ex-ministro Eduardo Pazuello, nas redes sociais.
PR Jair Bolsonaro @jairbolsonaro em suas primeiras palavras, após o afastamento do filho Eduardo Bolsonaro @bolsonarosp. A liberdade não tem preço.
— General Pazuello (@PazuelloGeneral) March 18, 2025
O exemplo de Israel está vivo em nossos corações, de um povo que explica a sua sobrevivência como um milagre de D’s. 🇧🇷🇮🇱… pic.twitter.com/UsgjClh7g3
No X, antigo Twitter, Bolsonaro afirmou que Eduardo foi "forçado" a escolher entre o exílio ou a prisão, e que, por isso, o "país já não pode mais ser chamado de democracia".
- Se o deputado federal mais votado da história do Brasil é forçado a escolher entre o exílio ou a prisão, este país já não pode mais ser chamado de democracia.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 18, 2025
- Quando a lei dá lugar à perseguição, o que temos é uma tirania escancarada - e agora o mundo todo está prestando…
Jair Bolsonaro tem julgamento marcado no Supremo Tri8bunal Federal para o próximo dia 25 de março, quando a corte decidirá se aceita a denúncia apresentada contra o ex-presidente e mais de 30 indiciados por tentativa de golpe de Estado.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (18) que vai se licenciar do mandato parlamentar para residir temporariamente nos Estados Unidos. A decisão foi divulgada apenas uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar se seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, se tornará réu pela tentativa de golpe de Estado de 2022.
Segundo o discurso de Eduardo Bolsonaro, ele tratará nos EUA para buscar punição para as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na mensagem, o filho de Jair Bolsonaro não informa quando retornará ao País. "Irei me licenciar, sem remuneração, para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos", disse Eduardo Bolsonaro.
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terça-feira, 18 de março de 2025
Definidos os grupos da Copa Libertadores 2025 e da Copa Sul-Americana
sábado, 22 de fevereiro de 2025
Vídeo - Bolsonaro diz que é "cereja do bolo" e implora: "quero continuar fazendo churrasquinho"
Por Augusto Sousa, no DCM: O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, em entrevista à Revista Oeste na sexta-feira (21), que não pretende deixar o Brasil para evitar uma eventual prisão que poderia ser decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele classificou a denúncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como "fantasiosa" e criticou o processo, afirmando que seu julgamento deveria ocorrer no plenário do STF, e não na Primeira Turma da Corte.
"É um arbítrio sem tamanho o que está sendo feito com os presos, comigo. Eu sou a cereja do bolo. Eles podem até me prender um dia, mas por qual motivo? Ontem, eu falei demais. Até falei um palavrão, mas falei, desabafei. Qual o crime que eu cometi?", questionou Bolsonaro durante a entrevista.
Dizendo que quer continuar solto para fazer um "churrasquinho com amigos", ele também argumentou que seu caso deveria ser julgado na primeira instância, e não no STF, e defendeu que o processo seja conduzido com "debate ali", em referência ao devido processo legal.
A denúncia, assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Moraes estabeleceu um prazo de 15 dias para a defesa de Bolsonaro apresentar suas alegações. Após isso, a PGR terá cinco dias para se manifestar, e o ministro avaliará os argumentos antes de encaminhar o caso para a Primeira Turma do STF, que decidirá se os 34 denunciados se tornarão réus.
Com medo da prisão, Bolsonaro quase chora, diz que não quer ficar sem fazer um churrasquinho, afirma que ele é a cereja do bolo e reclama que nós ficamos repetindo por todos os cantos o termo BOLSONARO NA CADEIA. Não digam isso pra não chateá-lo pic.twitter.com/uzDC1eElbD
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) February 22, 2025
Bolsonaro afirmou que pretende permanecer no Brasil, apesar da possibilidade de prisão. "Eu entendo que é melhor ficar aqui. Agora, será, no meu entender, uma medida muito ruim para o próprio Supremo Tribunal Federal. Nós não queremos desgastes das instituições, queremos a verdade", disse.
Ele também negou qualquer envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, como alegado na denúncia da PGR, que o acusa de crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito.
O ex-presidente reforçou sua inocência e destacou que não estava no Brasil durante os atos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores invadiram e depredaram sedes dos Três Poderes. "Não tem a mínima prova contra a minha pessoa. E não estava aqui no 8 de janeiro [de 2023]. Se bem que no dia 8 de janeiro não houve tentativa de gole de Estado, como disse o próprio ministro da Defesa, José Múcio. Por qu eu teria de sair [do país]?", questionou.
Bolsonaro também fez referência a uma declaração recente em que afirmou não se importar com a possibilidade de prisão. Durante um evento do Partido Liberal (PL) na quinta-feira (20), ele disse: "O tempo todo isso de vamos prender Bolsonaro. Eu caguei para prisão". Na entrevista à Revista Oeste, no entanto, admitiu que exagerou na fala. "Ontem, eu falei demais. Até falei um palavrão, mas falei, desabafei", reconheceu.
O ex-presidente ainda criticou o que chamou de "Estado profundo", afirmando que o sistema o quer "morto, não preso". Ele também reiterou sua defesa de que o julgamento dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro deveria ser feito pelo plenário do STF, e não por meio de gravações de vídeo.
"O pessoa do 8 de janeiro está sendo julgado pelo plenário. Que meu julgamento não seja por intermédio de gravação de vídeo. Tem que ter o debate ali. Isso se chama devido processo legal", argumentou.
A denúncia da PGR, apresentada na terça-feira (18), acusa Bolsonaro e outros 33 indivíduos de planejarem manter o poder após a derrota nas eleições de 2022. O ex-presidente e seus aliados têm usado o processo para reforçar a narrativa de perseguição política, buscando mobilizar sua base eleitoral e transformar as acusações em capital político.
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
Milei culpa investidores por fraude das criptomoedas que ele promoveu: 'Roleta russa'
O presidente Javier Milei falou pela primeira vez em uma entrevista, após o escândalo de criptomoedas que o presidente causou após promover o token $LIBRA, que teve uma ascensão meteórica e posterior queda, deixando milhões em perdas para os investidores. Ele se referiu aos investidores que compraram a criptomoeda disseminada pelo presidente: "É como de alguém jogasse roleta russa e a bala disparasse", disse ele.
Em conversa veiculada no canal TN, o presidente foi bem duro com quem adquiriu o token $LIBRA e perdeu muito dinheiro na queda frenética da cripto: "Se você vai ao cassino, que respostas você quer se você foi ao cassino. Quem entrou nesse mercado é um tipo hipersofisticado." El acrescentou: "Ou você acha que qualquer um pode negociar aqui?".
Uma versão não editada da entrevista vazou e circula nas redes sociais, dando a entender que as perguntas foram completamente dirigidas e escolhidas pelos assessores de imprensa de Milei. O canal TN é do Grupo Clarín. que apoia o presidente.
Depois de tentar amenizar o caso e afirmar que não foram 44.000 contas que perderam com criptomoedas, mas sim "cerca de 5.000 pessoas, porque a maioria delas eram bots", ele comparou o mundo das criptomoedas ao acaso e disse sobre os investidores: "Eles são traders de volatilidade, eles sabiam o risco que estavam correndo."
Em um dos 100 processos sobre casos protocolados no judiciário argentino, porém, o presidente é o principal alvo de reclamação.
"Denunciamos que Milei faz parte de uma associação ilícita que organizou uma fraude com a criptomoeda $LIBRA, que afetou simultaneamente mais de 40 mil pessoas com perdas de mais de US$ 4 bilhões", afirmou em um comunicado o Observatório de Direito da Cidade, cujos advogados lideram uma das ações.
A denúncia inclui, entre outros, Julián Peh, CEO e cofundador da Kip Network e KIP Protocol - empresas que participaram da criação do $LIBRA -, e o presidente da Câmara dos Deputados, Martín Menem, que repostou a mensagem de Milei na sexta-feira no X.
Segundo o documento judicial, o fato de que "o presidente Milei e outros líderes de seu partido La Libertad Avanza promoveram o Token, conferiu legitimidade ao projeto para que milharers de investidores confiassem".
Solicitada busca e apreensão na residência de Milei
A ação solicitou à Justiça a busca e apreensão na residência presidencial de Olivos e a apreensão de computadores, tablets e telefones celulares.
Na entrevista, Milei alegou que a maioria dos compradores de $LIBRA veio principalmente dos Estados Unidos e da China, e no máximo "cinco" contas da Argentina adquiriram a criptomoeda que o presidente promoveu e que levou ao maior escândalo de sua administração.
Em entrevista à A24, o ministro da Economia, Luiz Caputo, foi uma das primeiras vozes oficiais a se referir ao criptogate e absolveu o chefe de Estado de toda responsabilidade. "Não foi um ato de governo, é algo que o presidente fez de sua conta pessoal. Não há fundos públicos." Ele acrescentou: "Não houve fraude, nem crime, nem corrupção".
Na mesma linha, o responsável sublinhou que "não houve crime, houve erro do Presidente e ele agiu em conformidade. O assunto está encerrado. "Ele continuou sua defesa. "Ele espalhou um projeto que ele achava que era pró-Argentina, como ele frequentemente faz. Benefício pessoal está além de discussão. A honestidade do presidente não está em dúvida.
Entrevista direcionada pelo assessor do presidente
Vazou nas redes um vídeo não editado doo programa no qual o principal assessor de Milei, Santiago Caputo, interrompe o diálogo para evitar que o presidente continue falando diante do risco de se comprometer judicialmente.
Depois de ironizar as acusações de que o governo manipula entrevistas e combina previamente as perguntas, o jornalista Jonatan Viale questiona Milei:
"Volto ao caso LIBRA para encerrar. A juíza que vai investigar é María Servini. O Estado vai fazer uma apresentação espontânea? Você vai se apresentar? O advogado do estado vais se apresentar?"
Diante da resposta de Milei, o jornalista insiste:
"É um tema no qual você participou como cidadão, além de como presidente, por isso estou perguntando", esclarece Viale, questinando mais uma vez sobre a participação de Milei no caso.
"É bom que você destaque que eu tuitei isso como cidadão, porque fiz isso a partir da minha conta pessoal", responde Milei.
Viale rebate.
"Tudo bem, mas você é o presidente".
A conversa continua com outra explicação de Milei.
"Minha conta é pessoal. Veja o que está escrito nela, pede Milei a Viale. Nesse momento, o jornalista deixa claro que sabe que a conta o descreve como "economista" e não como "presidente", mas insiste:
"Você é o presidente".
Diante da completa falta de argumento de Milei, o poderoso Santiago Caputo intervém e manda o jornalista refazer o questionamento. "Comece com a pergunta de novo", pode-se ouvir o assessor pedindo nos bastidores.
"Entendo. Percebo. Isso pode trazer problemas judiciais. Ok, onde estávamos?", diz Vale.
Milei então responde:
"Não sei. Pergunte de novo sobre o caso LIBRA".
Vídeo com trechos não editados vaza nas redes
Depois da entrevista com Jonatan Viale, o presidente argentino conversou com o entrevistador do grupo "Clarín" sobre os acertos firmados entre a assessoria de imprensa da Presidência e a empresa jornalística. Uma versão bruta dessa conversa que caiu na rede X, mostra o jogo combinado entre Milei e o jornalista.
📺🇦🇷🪙
— Rogério Tomaz Jr. (@rogeriotomazjr) February 18, 2025
SÓ PIORA...
Para tentar recuperar sua imagem após o golpe com a $LIBRA, Javier Milei foi dar entrevista ao jornalista @JonatanViale - @todonoticias (grupo @clarincom, a Globo da Argentina). Tudo daria certo, se não fosse um detalhe: alguém publicou a versão bruta da… pic.twitter.com/X6ZcAEMmqM
Fonte: ICL/Notícias
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Por que proibir torcidas e fechar estádios não resolve a violência no futebol
Por Getulio Xavier, editor do site de Carta Capital: Episódios de selvageria entre torcidas organizadas, como o recente confronto entre torcedores de Sport e Santa Cruz, no Recife, poderiam ser evitados se o poder público, o Judiciário e os clubes de futebol atacassem as raízes do problema, em vez de adotarem punições coletivas ineficazes. A análise é do pesquisador João Vitor Sudário, membro do Observatório Social do Futebol e mestrando na Universidade Federal Fluminense.
Para Sudário, a violência nesse contexto é “multifacetada” e não se restringe ao futebol ou às torcidas organizadas. Disputas territoriais e a necessidade de reafirmação da masculinidade, por exemplo, existiriam independentemente do esporte.
“Não vejo a torcida, necessariamente, como um motor da violência. O problema está na sociedade. O futebol, nesse caso, é só um pretexto”, afirma, destacando que a cultura das torcidas vai além da violência e inclui diferentes formas de organização e pertencimento.
Ainda assim, ele reconhece que há grupos de torcedores mais propensos a brigas, mas isso, segundo ele, se deve mais à condição humana do que à organização sob uma bandeira. “A gente tem vários outros modos de torcer que vão além das torcidas de ‘pista’”, como são conhecidas as torcidas organizadas.
A "pista" e a violência
Os torcedores de ‘pista’, explica a literatura sobre o tema, são aquelas que estão mais distantes da esfera da festa popular do futebol. Conforme explica o cientista social Hugo Macedo de Araújo em seu artigo Entre a ‘pista’ e a ‘arquibancada’, a “pista” valoriza códigos de lealdade e coragem para defender a honra do grupo, muitas vezes por meio de confrontos físicos. A territorialidade e os deslocamentos urbanos desses grupos também contribuem para os riscos e embates.
A visão simplista de que todos os torcedores são um risco para a sociedade, contudo, tem alimentado erros na condução do problema pelo poder público, destaca o pesquisador, que divide a resposta equivocada das autoridades em três eixos.
Jogos com portões fechados, sem a presença de torcedores; jogos com torcida única, tendo a presença apenas de apoiadores do time mandante da partida; e punições coletivas para torcidas organizadas, como a proibição de frequentar os estádios com camisas e bandeiras de um grupo ou mesmo a extinção de CNPJs.
- Criação de grupamentos policiais especializados em eventos esportivos.
- Melhoria da coordenação entre forças de segurança pública e privada.
- Treinamento de agentes para lidar com multidões e uso correto de armamentos não letais.
terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Tik Tok tira do ar vídeo de Haddad manipulado por IA após notificação da AGU
Por Caíque Lima, no DCM: O Tik Tok removeu um vídeo manipulado por inteligência artificial (IA) do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após notificação extrajudicial da AGU (Advocacia-Geral da União). O conteúdo atribuía ao petista declarações inexistentes sobre "taxação de pobres" e não estava mais no ar na manhã desta terça (21).
O órgão notificou a plataforma na noite desta segunda (20) afirmando que a postagem divulga desinformação por veicular vídeo manipulado com auxílio de IA e mostrar "fato não condizente com a realidade".
A AGU argumentou que o vídeo tinha caráter enganoso e fraudulento com objetivo de confundir o público sobre a posição do ministro da Fazenda sobre assuntos de interesse público.
"A análise do material evidencia a falsidade das informações por meio de alterações perceptíveis na movimentação labial e discrepâncias no timbre de voz, típicas de conteúdos forjados com uso de inteligência artificial generativa", diz a notificação.
O post já havia sido retirado do ar e foi republicado pelo mesmo usuário, segundo a AGU. O órgão ainda apontou que o conteúdo contraria os próprios termos de uso da plataforma, que proíbe "Desinformação" e "Mídia editada e conteúdo gerado por IA".
Haddad tem sido alvo de uma série de fake news da extrema-direita, como o deepfake publicado pelo bolsonarista Osmar Terra sobre o "imposto do cachorrinho", e acionou a Polícia Federal na última semana para investigar a divulgação de seu CPF indevidamente.
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domingo, 19 de janeiro de 2025
Erika Hilton sofre ameaças após divulgar vídeo combatendo notícias falsas sobre Pix
Congresso em Foco: A deputada federal Erika Hilton (PSOL-RJ) sofreu ameaças de morte nas redes sociais após publicação de vídeo desmentindo notícias falsas sobre taxação do Pix, neste sábado (18). Segundo informações da assessoria, a equipe de segurança da deputada registrou e reuniu todas as mensagens e informações dos perfis.
Os advogados de Erika protocolaram, neste domingo (19), um pedido de abertura de inquérito na Polícia Federal para identificar os autores dos crimes. Em menos de 12 horas no ar, o vídeo já somava mais de 80 milhões de visualizações. Desde então, a deputada passou a receber ameaças e ataques transfóbicos de perfis ligados à extrema direita.
"Eles que luxam enquanto o povo trabalha de verdade, agora se apresentam diante das pessoas como um mentira, se colocando com defensores do povo. É preciso se informar e é preciso não cair nessa onda de ataque e de mentira. Enquanto eles compram mansões com dinheiro vivo. Enquanto eles defendem que seus amigos empresário, bilionários não pague nem um tipo de impostos", diz trecho do vídeo.
Alguns usuários chegaram a incitar que ela fosse fuzilada ou que pistoleiros deveriam ser "contratados para ficar em sua cola". Outro post sugeriu que o "Projeto Ronnie Lessa 2.0 teria que entrar em ação", fazendo menção ao assassinato da vereadora Marielle Franco. As ameaças também foram estendidas ao presidente Lula.
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[Abaixo, o vídeo postado por Erika Hilton]:
Estão mentindo pra você.
— ERIKA HILTON (@ErikakHilton) January 18, 2025
O Pix é só uma cortina de fumaça. pic.twitter.com/CCwKCKizED
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"Se eu continuar inelegível, não acredito mais na democracia", diz Bolsonaro
Por Sofia Carnavalli, no DCM: O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na última sexta-feira (16), em uma live para a Veja, que não acreditará mais na democracia caso permaneça inelegível. "Se eu continuar inelegível, não acredito mais na democracia. Acabou a democracia", afirmou. A inelegibilidade do ex-presidente foi confirmada em junho de 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão considerou que Bolsonaro cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação ao realizar uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, na qual fez ataques infundados aos sistema eleitoral brasileiro.
Posteriormente, o TSE novamente declarou o ex-mandatário inelegível, desta vez por abuso de poder político e econômico nas comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, que ocorreram durante a campanha eleitoral.
"Eu sou candidato. Não consigo enxergar outro candidato, em função da minha inelegibilidade. Por isso, é uma renúncia à democracia. [...] Agora, eu não consigo me entender como inelegível por esses dois episódios", durante a live, Bolsonaro descartou a possibilidade de apoiar outro nome para a eleição presidencial de 2026.
Na quinta-feira (15), entrevista ao The New York Times, Bolsonaro também rejeitou a ideia de lançar um de seus filhos como candidato à Presidência no próximo pleito.
"Para você ser presidente aqui e fazer a coisa certa, você precisa ter uma certa experiência."
Recentemente, Michelle Bolsonaro declarou que seu marido está sendo "perseguido pelo Judiciário" brasileiro, por não utilizar seu passaporte para ir até a posse do presidente norte-americano Donald Trump. Ainda disse que, "eles" têm "medinho" de Bolsonaro.
"Foi maior líder da direita que elegeu, 'inelegível', mas que elegeu maior número de vereadores e prefeitos. E não seria diferente certo medinho que eles têm do meu marido", declarou em entrevista para a Folha de S. Paulo no aeroporto, indo aos Estados Unidos.
Veja abaixo o trecho da entrevista no qual o inelegível faz tal comentário:
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Vídeo: Regina Duarte choca com opinião sobre Ainda Estou Aqui
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
Vídeo: Bolsonarista deseja morte de Lula na porta do hospital: "já morreu?"
Por Caíque Lima, no DCM: Nesta terça (10), um bolsonarista foi até o hospital onde o presidente Lula está internado e desejou sua morte. O homem chegou ao Sírio-Libanês, em São Paulo, questionando se o petista "morreu" e reclamando após receber uma resposta negativa.
"Um bicho pra demorar a morrer é ladrão, né? Puta que pariu", afirmou o homem, que ainda não foi identificado. Outros bolsonaristas têm passado na rua buzinando r protestando contra o petista.
Um Bolsonarista ENLOUQUECIDO foi na porta do hospital onde Lula está internado para DESEJAR A MORTE do nosso presidente.
— Pedro Rousseff (@pedrorousseff) December 10, 2024
A extrema-direita é COMPLETAMENTE DOENTIA!!! pic.twitter.com/KpvecCW2ey
O presidente foi submetido a uma cirurgia de emergência na madrugada desta terça-feira para drenar um hematoma de hemorragia intracraniana. Segundo o hospital, o quadro de saúde do petista "evoluiu bem" na manhã de hoje.
Ele deve permanecer em observação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por 48 horas e está acompanhado pela primeira-dama Janja da Silva. A hemorragia foi causada por um acidente sofrido em outubro deste ano no Palácio da Alvorada, quando Lula caiu no banheiro.
Lula foi examinado na unidade de Brasília do hospital na noite desta segunda-feira (09) e transferido para São Paulo no mesmo dia. O médico Roberto Kalil afirmou que sua volta para Brasília depende da evolução do quadro de saúde, mas que a expectativa é que o retorno ocorra na semana que vem.
A cirurgia, chamada de trepanação, consiste em uma pequena perfuração no crânio para introdução de drenos. O procedimento durou cerca de duas horas.
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sábado, 16 de novembro de 2024
Vídeo: Bia Kicis revela trama bolsonarista contra Moraes após vitória de Trump
Por Yurick Luz, no DCM: A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) comemorou o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e revelou a existência de um plano de sua base contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante uma live transmitida pelo canal bolsonarista Bradock Show no YouTube, Bia Kicis mencionou a possibilidade de Moraes ter o passaporte cassado. Na ocasião, ela compartilhou detalhes de conversas com a deputada norte-americana Maria Elvira Salazar, conhecida por suas posições extremistas e integrante da base aliada de Trump.
"Ela está muito determinada a levar adiante, inclusive, aquele projeto de cassação dos vistos de todos os tiranos que violaram os direitos fundamentais e a liberdade de expressão. Isso é algo que vai caminhar sim, ainda mais agora a gente vendo a equipe que o Trump está formando [...] o homem não veio pra brincar, assim como nós não estamos de brincadeira", declarou Kicis.
Desde a vitória de Trump sobre Kamala Harris nas eleições presidenciais, setores da extrema direita brasileira, especialmente aqueles ligados ao bolsonarismo, intensificaram suas movimentações. Além disso, congressistas norte-americanos alinhados a Trump iniciaram uma nova ofensiva contra Moraes.
Na última quinta-feira (14, quatro deputados republicanos - Christopher H. Smith, Maria Elvira Salazar, Darrel issa e Carlos A. Gimenez - enviaram um ofício à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), pressionando o órgão a tomar medidas contra Moraes. No documento, os parlamentares alertaram que, caso nenhuma ação seja tomada, o financiamento norte-americano à instituição poderá ser suspenso.
A carta menciona uma "contínua situação no Brasil" relacionada às decisões de Alexandre de Moraes sobre a rede social X (antigo Twitter). Segundo os congressistas, essas medidas impactam "milhares de brasileiros, assim como cidadãos estadunidenses que vivem ou possuem negócios no país, assim como uma companhia americana".
Assista abaixo:
🚨URGENTE - Deputada Bia Kicis diz que a deputada americana, Maria Elvira Salazar, vai levar a diante o projeto para cassar o visto de Moraes!
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) November 16, 2024
“Ela está muito determinada em levar o projeto de cassação de visto de todos os tiranos” pic.twitter.com/uGtBGHFH9U
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terça-feira, 13 de agosto de 2024
TVGGN: Pequenos veículos de mídia e jornalistas independentes enfrentam onda de assédio jurídico
Por Camilo Bezerra, no GGN: Na última quarta-feira (4), o site de notícias Diário do Centro do Mundo (DCM), do jornalista Kiko Nogueira, foi censurado graças a uma decisão do Tribunal de Justiça do Tocantins, que tirou o site do ar a pedido da deputada estadual Janad Valcari (PL-TO). A deputada do PL acionou a Justiça após o jornal divulgar, em notícia no ano passado, que a parlamentar faturou R$ 23 milhões em esquema envolvendo Prefeituras por negócios envolvendo a banda Barões da Pisadinha, da qual ela era empresária.
Para o jornalista Kiko Nogueira, trata-se de um ato de perseguição, uma vez que a mesma notícia foi publicada no UOL e O Globo. Ambos os veículos não sofreram represália ou censura.
Para comentar este episódio e a crescente onda de perseguição judicial imposta a pequenos veículos jornalísticos, o programa TVGGN 20H contou com a participação de André Matheus, mestre em Direito pela UERJ, com atuação em liberdade de expressão, litígio estratégico e direito penal.
Segundo o entrevistado, a perseguição e o assédio jurídico se dão quando juízes e desembargadores se colocam na posição de dizer o que é ou não jornalismo. "Temos muitas sentenças e acórdãos falando que aquilo não é jornalismo. Não cabe. A gente tem decisões da Cármen Lúcia cassando decisões nesse sentido. Não cabe ao magistrado falar, ele fala que foge um pouco ao que é o padrão jornalístico e no Rio de Janeiro, infelizmente, temos muitas decisões assim", comenta Matheus.
O especialista contou ainda que a grande maioria dos processos contra jornalistas são movidos por políticos da extrema-direita, justamente aqueles que se vendem como arautos da liberdade de expressão, como o MBL.
Censura
Como o Brasil não tem uma lei específica para delimitar o que é liberdade de expressão, as decisões são tomadas a partir da régua moral do juiz.
É comum, quer os tribunais regionais, as sentenças contra jornalistas independentes e pequenos veículos de comunicação sejam favoráveis ao autor da ação, obrigando que os jornalistas tirem o conteúdo do ar e, em alguns casos, sejam até presos apenas por exercer a profissão.
"A jornalista Daniela Assunção, de Roraima, foi presa por calúnia, injúria e difamação. Teve um erro [no processo] que até o Ministério Público recorreu da sentença do juiz, pois ela não foi intimada. Assim, ela teria direito ao regime semiaberto. O juiz falou que ela não compareceu e mandou prendê-la. Ela ficou 30 dias presa, não pode publicar nada e a gente está recorrendo", continua André Matheus.
Em outro caso, um jornalista foi condenado pela foto escolhida pela revista para ilustrar a matéria. O jornalista apenas escreveu a matéria. Não foi ele quem fotografou o objeto reclamado ou escolheu a imagem. Ainda assim, foi penalizado judicialmente.
Em casos como esses, resta à defesa dos profissionais de imprensa recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
Estrupo culposo
O juiz Rudson Marcos, que moveu mais de 180 ações contra pessoas que compartilharam nas redes sociais a expressão 'estrupo culposo', perdeu a ação e desistiu dos demais processos em que pedia reparo por danos morais.
O magistrado responsável pelo caso Mari Ferrer processou um jornalista erroneamente. O que teria usado a expressão era um homônimo. Apesar da notificação, Marcos insistiu no processo e perdeu o processo por litigância de má fé.
"As pessoas que compartilharam a hashtag no Twitter eram processadas e ele pedia que os processos fossem colocados em sigilo, para as pessoas não saberem que estavam sendo processadas", observa André Matheus.
Confira a entrevista na íntegra:
terça-feira, 2 de julho de 2024
O protesto que deixou Bolsonaro "preso" em rodovia
Por Augusto de Sousa, no DCM: Integrantes da Federação Estadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) do Pará bloqueram a rodovia PA-275 em protesto contra a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Parauapebas, município localizado a 700 Km de Belém, nesta terça-feira (2). O grupo sindical incendiou pneus na estrada para demonstrar sua insatisfação com a gestão de Bolsonaro em relação à agricultura familiar no estado.
"O manifesto é uma resposta ao descaso do governo Bolsonaro em relação à agricultura familiar no Pará. As lideranças destacaram o fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário [MDA] e a interrupção da reforma agrária no estado como principais motivos do protesto", explicou Noemi Gonçalves, coordenadora estadual da Fetraf-PA.
"Estou redito na rodovia PA-275, próximo a Parauapebas. Bloqueio do MST para impedir miha entrada na cidade", disse o ex-presidente ao portal Metrópoles. Bolsonaro relatou que os manifestantes atearam fogo em objetos na pista, o que levou à intervenção da polícia e dos bombeiros para liberar a rodovia.
O deputado estadual do Pará Delegado Caveira (PL), também presente no local, mostrou sua indignação em um vídeo publicado nas redes sociais: "Isso aqui é terrorismo", disse ele, apontando para um pneu incendiado do lado de fora da estrada. "A nossa bandeira jamais será vermelha", concluiu Caveira.
Em outro vídeo, o bolsonarista ameaça bater nos manifestantes: "Vai lá, demônio. Se fechar a estrada vai levar porrada, vai levar vicuda", disse em direção aos trabalhadores vinculados à Fetraf.
Na sequência, o deputado federal delegado Eder Mauro (PL-PA) questiona os protestantes quanto eles "receberam do MST". "Foi R$ 50? Te ofereço R$ 100 para você sair daqui", falou com notas de dinheiro na mão.
Veja:
VeJAM😱👀😳 trabalhadores vinculados à FETRAF realizavam protesto em Parauapebas contra a visita do ex-presidente Bolsonaro. A comitiva de Bolsonaro composta pelos Deputados @EderMauroPA @tonicunhasa @DelegadoCaveira e @rogeriobarrapa foi tomar satisfação com os manifestantes. pic.twitter.com/bQfrFm6Snn
— Portal Notícias do Pará (@NoticiasdoPARA) July 2, 2024
O bloqueio foi rapidamente desfeito, permitindo que Bolsonaro participasse do evento agendado na cidade. Vídeos nas redes sociais mostraram discussões acaloradas entre apoiadores do ex-presidente e membros do movimento de agricultura familiar. "Comigo não teve nenhuma maldade com produtor rural. Não demarquei nenhuma terra indígena, nenhuma área ambiental", disse o ex-presidente em sua defesa.
O inelegível, que está cumprindo uma série de compromissos no interior do Pará desde domingo (30), comentou sobre o incidente dizendo que ficou "retido" na rodovia PS-275 devido ao protesto. Ele atribuiu o bloqueio ao Movimento dos Trabalhadores Sem terra (ST), embora o MST tenha negado qualquer envolvimento.
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