quinta-feira, 5 de julho de 2012

Cachoeira, Arapongas e Aloprados

Durante a campanha eleitoral de 2006 para presidente estourou o escândalo que ficou conhecido como o "Dossiê dos Aloprados". Há alguns dias atrás o juiz federal Paulo Cézar Alves Sodré da 7ª Vara Criminal de Mato Grosso, abriu uma ação penal contra os petistas envolvidos. Na época, eles foram presos em um hotel em São Paulo com R$ 1,7 milhão em espécie. O dinheiro serviria para a compra de um suposto dossiê que incriminaria o tucano José Serra, que naquele ano disputava do governo do Estado com Aluízio Mercadante.
Entre os envolvidos estava um amigo do ex-presidente Lula, Jorge Lorenzetti, conhecido como o “churrasqueiro” do Palácio do Planalto. Lorenzetti era um dos "aloprados", termo usado pelo próprio Lula que os adversários políticos do PT e a imprensa de um modo geral, adotaram para se referir a todos os filiados ao Partido do ex-presidente da República. O escândalo serviu para levar a eleição presidencial para o segundo turno entre Lula e Geraldo Alckmin.

O caso pode ganhar novos contornos. A operação Monte Carlo da Polícia Federal, que levou Carlinhos Cachoeira à prisão, revela que o contraventor pode estar por trás da armação. Um vídeo apreendido na casa de Adriano Aprígio, ex-cunhado de Cachoeira, mostra uma conversa entre o jornalista Mino Pedrosa que foi assessor de Cachoeira, e Idalberto Matias de Araújo, o Dadá. O ex-sargento da Aeronáutica que se tornou um mestre em arapongagem, é figura carimbada sobre o caso. No diálogo, Pedrosa relata que o PSDB armou a história do dossiê e o "PT caiu nela". Dadá, o araponga, então comemora: "Tem que f..... o Lula! Tem que f..... o barbudo! referindo-se a Lula. 

Eis aqui um fato importante, só revelado agora com os detalhes que vem à tona a medida em que se aprofundam as investigações sobre o escândalo Cachoeira, e que certamente não veremos na mídia. Mas foi assunto em muitos Blogs por aí. Por exemplo, o Mello falou sobre o assunto naquela época. A política rasteira anda par e passo com o crime organizado. Pelo visto os tentáculos de Carlinhos Cachoeira são longos e poderosos. Suas ações aparecem em inúmeros nichos públicos e privados, formando uma teia infinita de corrupção. Se este homem resolver falar tudo que sabe, haverá uma limpa em tudo quanto é partido político independente se de situação ou oposição. O que será um desastre político para ambos os lados. Péssimo para eles. Ótimo para o país que poderia dar início a uma redenção em busca da credibilidade perdida na classe política.

Por enquanto, o digno ex-ministro da justiça, Márcio Thomaz Bastos, que recebe R$ 15 milhões para ser o advogado defensor de Carlinhos Cachoeira, não ganhou uma. A última tentativa de habeas corpus que alegava risco de "auto-extermínio" (temor de suicídio do preso), também não deu certo.     


Fonte: Jornal do Brasil
Informações e imagem: Brasil247
Imagem 2: ajusticeiradeesquerda

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