A lição de um sábio para concurseiros

Por José Wilson Granjeiro

- Ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1952, o médico alemão Albert Schweitzer é considerado, com toda justiça, um dos grandes benfeitores da humanidade. Seu saber enciclopédico foi colocado sempre a serviço das causas humanitárias, principalmente na África, onde viveu vários anos e realizou uma obra assistencial extraordinária na cidade de Lambaréné, no Gabão. Ali morreu, aos 90 anos, em 1965.

Falei de seu “saber enciclopédico” por ter sido também teólogo, filósofo e músico, especialista na obra de Bach e construtor de órgãos para tocá-la.  Quando iniciou o curso de Medicina, em 1905, com pouco mais de 30 anos, já era professor, músico e pastor de prestígio na Universidade de Estrasburgo (na época, Alemanha, e hoje França), mas decidiu tornar-se médico justamente para dedicar sua vida a aliviar o sofrimento dos mais necessitados. Foi isso que o levou à África. Lá, seu trabalho se tornou verdadeira lenda e o colocou entre os grandes homens da história no século passado.

Essa pequena biografia de Albert Schweitzer serve para mostrar quão importantes são os seus conceitos de vida e educação, como o que destaquei como epígrafe deste artigo. Pois ele não apenas falou ou escreveu, mas colocou em prática tais conceitos, educando pelo exemplo com a coragem de enfrentar dificuldades extremas num ambiente difícil e até hostil como a África.

O exemplo de Schweitzer é inspirador para todos nós, em especial para os concurseiros que, eventualmente, se sentem fracos diante do que parece ser dificuldades instransponíveis na busca do seu grande objetivo, a aprovação num concurso público. Um dos temas preferidos de Schweitzer sempre foi a autoconfiança, um dos elementos fundamentais para quem deseja alcançar o sucesso em qualquer empreitada, como um concurso público. 

Eis algumas de suas principais lições a respeito de autoconfiança:

A autoconfiança repousa nos fundamentos e princípios da dignidade, da probidade, da pureza, da sinceridade, do caráter e da verdade, e tudo o que pode ser perdido é de pouca importância.
A autoconfiança não tem nada a esconder e está disposta a aprender. Não pode haver humildade onde o orgulho impera. E não há exemplo melhor do que a majestade da humildade.
Todos os grandes homens são autoconfiantes e devemos usá-los como mestres e exemplos, e não como adereços ou muleta. Um grande homem é aquele que não se curva a ninguém.
As quatro grandes qualidades da autoconfiança são as seguintes: decisão, firmeza, dignidade e independência.
A decisão torna o homem forte. O indeciso é fraco.
Não importa do que duvide, não deve duvidar nunca de seu poder de agir. Deve conhecer seu papel na vida e colocar toda sua energia nele. Deve ter alguma base sólida de conhecimentos com a qual possa trabalhar e permanecer firmemente nisso.
O homem que vacila está perdido. Ninguém acredita naquele que não acredita em si mesmo, naquele que duvida, para e vacila, e não pode se livrar dos fios emaranhados de dois cursos.
O homem deve ser decidido sempre, tanto no que conhece quanto no que não conhece. Deve estar pronto para dizer tanto “não” quanto “sim”, tanto rápido em reconhecer sua ignorância quanto em transmitir seu conhecimento.
A firmeza surge na mente que é rápida em decidir.

Considero os pensamentos de Albert Schweitzer simplesmente uma verdadeira receita de agir e se comportar para qualquer pessoa que deseje alcançar o sucesso na vida, como você, caro concurseiro, que enfrenta seu grande desafio neste momento ou vai encará-lo mais adiante, no momento da prova do seu concurso. O que recomendo é que tenha consigo, apenas na mente ou mesmo em textos sempre à mão para reler de vez em quando, estes conceitos, que certamente servirão como um grande estímulo para vencer o que vier e seguir adiante com mais energia ainda.

Assim o fazendo, você estará no caminho certo para alcançar o seu objetivo de ser mais um servidor público e desfrutar plenamente do seu

FELIZ CARGO NOVO!


Fonte: Congresso em foco
Imagem: reprodução/mediosãofrancisco.com