Política - Governadora se recusa a criticar Dilma e dá exemplo a oposicionsitas

E se todos os políticos fossem mais sinceros? Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver, principalmente em campanhas, os políticos dedicarem boa parte do seu tempo a criticar seus adversários com a finalidade de conquistar votos. Grande parte da classe ainda não se deu conta que o cidadão está cansado dessa ladainha.

O consenso popular está firmado. Candidato que tem esse procedimento está perdendo pontos perante o eleitorado. O que as pessoas realmente querem, são propostas concretas que venham melhorar sua condição social e visem garantir seus direitos de cidadania. E não somente críticas direcionadas aos adversários. Muitas vezes sem fundamento, somente para atingir a pessoa do seu oponente. Que no final das contas não resulta em nada. Apenas cria um clima negativo, confundindo o cidadão comum que acaba votando no candidato errado.

Acabo de ler os trechos da entrevista que a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, concedeu à Folha online, publicados no caderno Poder. Na entrevista, a governadora do único estado governado pelo DEM, partido de oposição ao atual governo, revela sua recusa em participar do programa nacional do seu partido, por ser contra as críticas que serão feitas à presidente Dilma Rousseff. O programa irá ao ar no início do mês de Junho. "Foi uma decisão minha de não participar, porque eu tenho tido um bom relacionamento com o governo federal. A presidente tem tido um tratamento realmente republicano", disse a governadora. 

Perguntada sobre sua relação com a presidente Dilma, a governadora Rosalda afirmou: "É republicana e de muita atenção. A presidente tem me tratado realmente sem nenhuma discriminação. Todos os projetos, os programas, eu tenho tido acesso sem dificuldades. Nós estamos agora com a Copa do Mundo aqui no Estado, projetos aprovados, inclusive as modificações que foram necessárias ser feitas. Eu recebi o projeto do governo passado, discordei de algumas obras, modificamos para melhorar, o custo era até maior, e o governo entendeu essa necessidade."

Se formos olhar para a atitude de outros governadores oposicionistas, vamos verificar que não existe o mesmo posicionamento nobre, no tocante ao relacionamento entre as esferas de poder. Não tem porque se colocar em uma posição antagônica contra o governo federal, uma vez que os projetos políticos independentemente se nascidos em partidos diferentes, visam igualmente o progresso da nação como um todo. Infelizmente, temos exemplos não tão justos dentro da política. É o caso do governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos, e de Aécio Neves de Minas, que mesmo recebendo igual tratamento para seus Estados, sem diferenciação politico-partidária, ainda acham motivos para críticas. Evidenciando a antecipação da campanha política para o pleito de 2014. E porque não um jogo limpo, desta vez? 

Fica muito fácil criticar em vista dos enormes problemas que o país enfrenta, cuja solução só pode acontecer a longo prazo, passo a passo. E não assim, de uma hora pra outra como num passo de mágica, como pensam, por conveniência, outros da oposição. Por uma questão de estratégia política, com o intuito de desestabilizar o ambiente e enfraquecer o adversário, esse é o expediente espúrio dos oponentes na disputa pelo poder. Como se diz por aí, parece que "torcem contra o Brasil". Torcem para que as boas iniciativas não derem certo. Não fica mais justo reconhecer as boas intenções e as realizações do governo atual e passar para uma crítica construtiva? Ou é proibido na política usar de sinceridade e sensatez, como fez a governadora Rosalba Ciarlini, da oposição?

Imagem: reprodução/riograndedonorte.net