Médica cubana caiu nas mãos daqueles que lutam contra o "Mais Médicos". Quem são eles?

Então, uma médica cubana queria vir trabalhar no Brasil. Tomou conhecimento de uma programa lançado pelo governo brasileiro e vislumbrou uma grande oportunidade de trabalho, ganhar algum dinheiro e ainda contribuir para o bem estar geral da humanidade. Assinou um contrato para participar de um programa assistencial chamado "Mais Médicos", explicitando sua vontade em cumprir as regras e as determinações.

Mas a despeito de sua formação acadêmica não percebeu a sutileza das letrinhas miúdas constantes do rodapé. Talvez não tenha refletido bem sobre os prós e contras da "missão" e partiu para os confins do maior país da América Sul, como se fosse uma aventura. Em poucos dias estaria decepcionada e sentindo-se enganada.

A doutora Ramona Matos observou o holerite dos outros médicos, colegas seus participantes do programa. Cresceu o olho gordo, e se revoltou quando viu que ganhavam mais que ela. Nessa revolta, sua decisão foi abandonar o programa. Pediu asilo na embaixada dos EUA, antes de buscar abrigo e virar troféu na mão de político oportunista. De repente vislumbrou a possibilidade de satisfazer seus desejos pessoais e realizar seu verdadeiro intento. A Dra. Ramona Matos tinha em mente usar o Brasil como trampolim para chegar até Miami, onde realmente queria estar, ao lado do seu marido cubano.

A atitude inescrupulosa da médica cubana abre caminho para novos casos desse tipo, com o mesmo procedimento. Além de abrir precedente grave na cumplicidade com os inimigos do programa "Mais Médicos". Que mesmo com todas as críticas e polêmicas, vem cumprindo grande parte do objetivo para o qual foi proposto. O "Mais Médicos", foi elogiado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e aprovado pela grande maioria do público-alvo. Ou seja, o contingente esquecido que necessita de assistência social básica. Um dever do Estado.

Os brasileiros que nunca viram um médico na vida, e estão sendo atendidos pelos médicos cubanos, estão contentes com o atendimento recebido. É evidente que o programa precisa ser aprimorado em seu processo de execução, e de ajustes na forma como foi concebido. Contudo, não é um programa definitivo na solução dos graves problemas de saúde pública no Brasil, mas tem se revelado um grande atenuante em relação às necessidades básicas das comunidades mais carentes.

No entanto, o comportamento inevitável da médica cubana, explorado politicamente, deturpa e prejudica o objetivo do programa. Fornece energia ao pessoal que luta contra o "Mais Médicos". Quem é esse pessoal que não quer ver o programa dando certo? Quem são eles? O jornalista Renato Rovai, da revista Forum os revelou em cinco capítulos.

Veja a matéria de sua autoria, transcrita na íntegra.

Quem são os que lutam hoje contra o Mais Médicos em cinco capítulos

A turma que quer acabar com o Mais Médicos conseguiu uma heroína. Seu nome Ramona Rodríguez, médica cubana. Ela foi apresentada pelo deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) como um troféu de um grupo bastante conhecido da sociedade brasileira. Um grupo que decidiu fazer de tudo para impedir que pessoas que vivem nas periferias das grandes cidades ou nas pequenas cidades brasileiras tenham direito à atendimento médico. Diga-se, em lugares onde nossos doutores se negam a trabalhar.

Mas vamos lá, quem são os que lutam hoje contra o Mais Médicos em cinco capítulos:

1) São os mesmos que lutaram com unhas e dentes contra Bolsa Família e que agora fazem média falando que sempre foram a favor. Veja aqui um vídeo onde o senador Álvaro Dias diz, sem meias palavras, que o Bolsa Família mantém as pessoas na miséria e estimula a preguiça. 

2) São os mesmos que sempre se posicionaram contra o aumento do salário mínimo porque, segundo eles, isso levaria várias empresas, municípios e estados brasileiros a quebrarem e geraria desemprego. E que quando eram governo defendiam aumentos de salário mínimo abaixo da inflação. Se quiser checar, olhe aqui.

3) São os mesmos que foram contra a criação do 13º salário mínimo. Dá uma olhada nisso aqui pra você ver o nome do jornal que fez editorial contra.

4) São os mesmos que lutaram contra a aprovação da PEC contra o trabalho escravo. Aliás, se você quiser  pode ver aqui o voto do deputado Caiado e o sonoro não que eles deu ao projeto.

5) São os mesmos que fizeram terrorismo midiático contra a PEC das domésticas a partir de uma tese de que haveria aumento de desemprego entre essas trabalhadoras. Aliás, veja essa “notícia” aqui de um jornal lá das Minas Gerais, terra de um certo senador que quer ser presidente.

Se você quiser ampliar essa história, tenho certeza que podemos levá-la a uns 45 capítulos.

(com informações da revista Forum)

Imagem: reprodução/Brasil247