terça-feira, 15 de julho de 2014

Futebol brasileiro: bom senso e democracia para mudar

Daqui há alguns dias estarão exauridos os assuntos sobre a Copa. Mas duas coisas importantes marcaram a Copa do Mundo no Brasil e ficarão para sempre na memória do povo brasileiro. A primeira, é que foi um grande sucesso como evento esportivo de confraternização mundial, contrariando as previsões pessimistas de alguns órgãos da imprensa brasileira. A segunda, a performance da seleção brasileira principalmente nas duas últimas partidas, que decepcionou muita gente.
Uma catástrofe em dois atos, jamais vista em jogo da seleção. A humilhante goleada imposta pela Alemanha, talvez jamais se repita. Mas o que doeu mais, foi a derrota para a Holanda por 3 x 0. Pois havia a possibilidade de reverter, pelo menos em parte, a decepção e o desapontamento da torcida com o massacre alemão.

Um terceiro lugar para uma seleção penta-campeã não seria de menos importância, posto que outras grandes campeãs mundiais tombaram na primeira fase da competição. Enfim, o resultado contra a Holanda, foi pior e mais sofrido porque causou desesperança para os futuros jogos. Inesperadamente deu tudo errado para a seleção brasileira nos dois confrontos, dentro de campo.

No entanto, o conforto vem de que fora das quatro linhas, o Brasil na verdade realizou a Copa da Copas. Como a própria imprensa passou a chamar a Copa de 2014, quando viu que os presságios negativos com o evento se dissipavam, independente dos resultados da seleção brasileira.

Página virada, há que se pensar em mudanças daqui pra frente. Em vista do desempenho abaixo da crítica da seleção brasileira na Copa do Mundo, em sua própria casa tão bem arrumada para receber os visitantes. Muitos erros aconteceram. Partindo das convocações, escalação e tática feitas pela comissão técnica, e fizeram com que a seleção brasileira passasse por duplo vexame. Não obstante as apresentações apenas regulares do início.

É um tanto temerário apontar culpados. Ninguém pensa em derrota participando de uma competição mundial tão importante, ainda mais quando se é o anfitrião. Mas, desta vez parece que o "paizão" deixou de ouvir as objeções dos filhos. Se era perceptível a vontade firme pela vitória, de outro lado notava-se a falta de sinergia entre os jogadores da seleção agravada pela ausência inesperada do craque Neymar. E destes para com a comissão técnica.

Pouca gente deve ter percebido. Em uma parada no meio do jogo contra a Alemanha, o jogador Bernard se dirigindo ao Felipão disse: "tá errado!". Como se não tivesse entendido a mensagem do técnico. Parecia confuso assim como a maioria dentro de campo, depois do placar apontar a vantagem irreversível. Contra a Holanda, em dado momento, Neymar que preferiu estar no banco de reservas para incentivar os companheiros, falou ao ouvido do capitão Tiago Silva. Queria dar alguma orientação à ele, ou a um outro jogador para uma nova estratégia que tentasse melhorar a postura ofensiva do time.

Mas a reação esperada não veio. E a luz que faltou contra a Alemanha causou também o mesmo apagão contra a Holanda. O que ficou foi a sensação de, primeiramente não querer achar um culpado para o desastre que ocorreu com a seleção brasileira, nesses dois jogos. Mais do que isso, para todos aqueles que admiram o futebol, uma sensação de que uma grande mudança é necessária, e urgente. Principalmente no comando.

Mudança com foco no bom senso. Termo, não coincidentemente usado por seu significado, para batizar um movimento que existe há algum tempo no Brasil. E criado com o objetivo da melhoria do futebol brasileiro como um todo. A ideia do Bom Senso F.C. nasceu de gente que viveu uma vida inteira dentro desse universo chamado futebol. Ex-atletas profissionais de diversos clubes se reuniram e identificaram distorções estruturais e organizacionais desde a cúpula da Confederação Brasileira, passando pelas Federações estaduais até a diretoria dos clubes, que precisam ser corrigidas.

Com base no conceito de Democracia, o Bom Senso F.C. vem aglutinando cada vez mais gente interessa em promover uma mudança revolucionária, para construir um futebol melhor para todos. Que vai desde um calendário decente, para garantir o aprimoramento técnico, tático e físico das equipes para as competições simultâneas (campeonato brasileiro, Copa do Brasil, Copa Libertadores), até a transparência nas questões financeiras. Além de ações que possam contar com a presença constante do torcedor nos estádios.

Diante do que aconteceu com a seleção brasileira na Copa 2014, o movimento se manifestou divulgando um texto intitulado "Por que a tragédia da Copa não afetará a CBF", exigindo mudanças no estatuto da entidade.


Imagem: reprodução/site do Bom Senso F.C.


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