terça-feira, 28 de abril de 2015

Parlamentares condenam cerco militar a professores

O governador do Estado do Paraná, Beto Richa (PSDB), vem se isolando no poder com a intenção de reprimir a manifestação dos professores, que resolveram retornar à greve contra o confisco da poupança previdenciária. Desde domingo (26), Richa determinou a ocupação militar do Centro Cívico para impedir o acesso à Assembleia Legislativa, onde foi votado um projeto que pretende mudar a previdência dos servidores estaduais. O Projeto de lei que promove mudanças no custeio da previdência social dos servidores, foi aprovado em primeiro turno por 31 votos a favor, 20 contra e uma abstenção. Haverá um segundo turno e redação final, antes de seguir para a sanção do governador.

Imagem/reprodução/Gazeta do Povo
Mesmo com o efetivo enorme da PM, sob a justificativa de inibir a violência de vândalos e garantir a segurança, houve confronto entre professores e policiais. A atitude autoritária de Beto Richa, provocou uma onda de protestos nas redes sociais, lideradas por parlamentares da oposição, e registradas pelo Blog do Esmael:

“Governo autoritário e arrogante que convoca policiais para cercar a Assembleia, intimidar professores, e garantir votações”, tuitou o deputado João Arruda (PMDB), coordenador da bancada federal paranaense em Brasília. Segundo ele, Richa comete “improbidade administrativa” ao transformar servidores do governo [policiais militares] em seguranças particulares de deputados para preservar os seus interesses na Assembleia.

Mais cedo, os senadores Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) também emitiram duras críticas ao iminente confronto a que o governador do PSDB está empurrado a cavalaria da PM contra educadores.
Em manifesto, a senadora petista condenou a premeditação no uso da violência pelo governador tucano e fez um alerta aos deputados estaduais: o Ministério da Previdência irá vetar o confisco mensal de R$ 150 milhões da Paranáprevidência.

“Com mais de 80% de reprovação governador do Paraná tem surto psicótico e convoca toda a PM para agredir professores”, disparou pelo Twitter o senador Requião. Para ele, tem algo estranho na Justiça: “Habeas Corpus para Luiz Abi e interdito proibitório para manifestação de professores. Você concorda?”, questionou.

O deputado Ney Leprevost, do governista PSD, também acusou ontem o governador Beto Richa de retirar as forças policiais do combate aos bandidos, nas ruas, para agredir professores. Ele chegou a bater boca com o deputado federal Valdir Rossoni (PSDB), ex-presidente da Assembleia, que veio em socorro ao correligionário de ninho. Rossoni sonha com uma boca no secretariado de Richa.

“Richa quer tratar um problema político como se fosse caso de polícia”, reagiu o deputado Professor Lemos (PT).

Amanhã, diversas câmaras municipais deverão aprovar moções de apoio aos servidores públicos, contra a violência e confisco da previdência. Partidos e entidades da sociedade civil organizam notas oficiais contra a iminente truculência.

Richa quer meter a mão em R$ 150 milhões mensais do fundo previdenciário. O tucano poderá tungar (descapitalizar) em até R$ 2 bilhões ao ano a poupança dos servidores, o que comprometeria aposentadorias e salários futuros. A Paranáprevidência ficaria inviabilizada em pouco mais de dois anos, de acordo com especialistas ouvidos pelo Blog do Esmael”.

Segundo informações do Jornal de Londrina, a justiça liberou o acesso de manisfestantes às galerias da Alep. Na matéria consta que, “o deputado londrinense Tercílio Turini (PPS) confirmou à reportagem que há um movimento por parte da bancada de oposição para anular a sessão de segunda-feira (27), que aprovou em primeira discussão as alterações no fundo de previdência dos servidores do estado. Para tanto, seriam invocadas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF)".

- “O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), tentou realizar algumas ‘sessões secretas’ lá em Brasília, com as galerias fechadas. Mas ministros do STF já decidiram que as galerias têm que estar sempre abertas à população. Vamos apresentar essas decisões para anular a sessão e tentar parar com esse verdadeiro ato de desespero do governo do Paraná”, afirmou Turini.

(com informações da: GazetadoPovo/JornaldeLondrina/BemParaná
Imagem: reprodução: gazeta do povo


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