quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Barroso e Gilmar Mendes batem boca no Supremo sobre investigações da PGR envolvendo o PMDB

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso voltaram a travar um embate no plenário da Corte em torno das investigações da Procuradoria Geral da República (PGR), envolvendo políticos do PMDB na delação da JBS. Mendes classificou a investigação conduzida pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de caótica, contraditória e mal feita.
Um "vexame institucional completo de gente que não sabe investigar. O que nós estamos vendo aqui na verdade é um grande caos. Uma grande bagunça. Serviço mal feito, apressado, de corta e cola", disse o ministro.

Para defender o trabalho da PGR e sem citar o nome do colega, Barroso recorreu aos elementos de prova anexados à denúncia para defender o trabalho da PGR. "Eu gostaria de dizer que ou ouvi o áudio 'tem que manter isso aí, viu'. Eu quero dizer que vi a fita, eu vi a mala de dinheiro, eu vi a corridinha na televisão. Eu li o depoimento de Youssef. Eu li o depoimento de Funaro", disse. episódios recentes. 

"Eu não acho que há uma investigação irresponsável. Há um país que se perdeu pelo caminho, naturalizou as coisas erradas, e nós temos o dever de enfrentar isso e de fazer um novo país, de ensinar as novas gerações de que vale a pena ser honesto, sem punitivismo, sem vingadores mascarados, mas também sem achar que ricos criminosos têm imunidade", acrescentou o ministro.

Um dos principais pontos de discordância entre os ministros diz respeito a uma gravação feita pelo empresário Joesley Batista, da JBS, de uma conversa com Temer, na qual o presidente diz a frase "tem que manter isso aí", que, para Janot confira anuência pata a compra de silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

Como se sabe, o ex-presidente da Câmara dos deputados foi o mentor do impeachment de Dilma Rousseff encontra-se preso, condenado a vários anos de prisão pela pratica de corrupção e vários crimes.



O áudio foi anexado por Janot a uma denúncia de obstrução das investigações contra Temer, mas depois teve sua autenticidade questionada por não ter sido submetido a uma perícia prévia de parte da Polícia Federal (PF).

A discussão entre Mandes e Barroso se deu durante o julgamento, na manhã desta reça-feira, sobre a continuidade das investigações contra os denunciados sem foro privilegiado no STF, após a Câmara ter decidido, em Outubro, barrar o prosseguimento da denúncia por organização criminosa contra Michel Temer.   

Fonte: Jornal do Brasil/com Agência Brasil
Imagem: reprodução/montagem:falandoverdades.com.br

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