quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Como sátiras e paródias confundem o debate político na internet

"Perfis falsos poluem ambiente informativo e minam credibilidade da imprensa e dos jornalistas, enquanto conquistam simpatia do presidente da República". Leia a importante reportagem de João Paulo Charleaux para o Nexo Jornal - "A proliferação de perfis falsos e satíricos no Twitter tem aumentado a confusão sobre o que é verdade e o que é desinformação deliberada no jornalismo e na politica.
Paródias com postagens maliciosas, ou apenas humorísticas, tem sido produzidas por pessoas influentes - sendo a principal delas o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro -, levando milhares de usuários desavisados a consumir informação falsa como se fosse verdadeira.

Jornais influentes como a Folha de São Paulo e O Estado de S. Paulo, além de noticiários televisivos de grande audiência, como o Jornal Nacional, da TV Globo, tê suas contas imitadas por outros usuários. Logotipos, foro e outros elementos gráficos copiados dessas empresas dão ao usuário menos atento a impressão de estar consumindo conteúdo jornalístico, quando se trata na verdade de desinformação. 

(...) Ao longo desta quarta-feira (9), perfis de paródia que são mencionados ao longo deste texto foram sendo retirados do ar pelo Twitter, que sabia que o Nexo estava escrevendo a respeito. A empresa havia recebido perguntas por escrito antes de os perfis começarem a desaparecer .

A confusão no Twitter pode chegar a tal ponto que o próprio presidente do Brasil dialogou inadvertidamente com um prefil falso do presidente dos EUA, Donald Trump, quando quis agradecer pelos cumprimentos recebidos da Casa Branca por ocasião de sua posse, em Brasília, no dia 1º de janeiro. A troca de mensagens abaixo mostra Bolsonaro se dirigindo a um perfil falso de Trump, cuja única diferença para o nome da conta oficial do presidente americano é a ausência da letra "d" em "Donald". 

O mesmo Bolsonaro que é parodiado e que é vítima de paródias também segue perfis dessa natureza e replica conteúdos dessas fontes. A "Falha de S.a Paulo e a "Trolha" de de S. Paulo, por exemplo, fazem paródia da Folha, e são replicados pelo presidente que  não adverte se tratar de piada. (...) "



[Corroborando com a importante reportagem de Charleaux, constatamos que a eminente jornalista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo, também foi "vítima" de uma suposta conta de Paródia que lhe rendeu muitos dissabores. Inclusive, foi bastante replicada por simpatizantes de Bolsonaro, que não se deram conta, e equivocadamente ou não, dela se utilizaram para rebater posts daqueles usuários que não comungam com as ideias e pensamentos do presidente eleito, bem como de sua militância e seus eleitores. Aumentando assim a roda viva de desinformação dentro da rede, que só faz acirrar o ódio e a indignação de desavisados de ambos os lados. Segue os prints]. 



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Imagem: reprodução

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