Ex-presidente da República Michel Temer é preso pela Operação Lava Jato do Rio
O ex-presidente Michel Temer foi preso nesta quinta-feira (21) pela força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro. A ordem de prisão preventiva foi determinação pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, que inclui o ex-ministro das Minas e Energia Moreira Franco, um dos principais auxiliares o ex-presidente, e de mais seis pessoas.
"Temer é investigado na Lava Jato do Rio por denúncias do delator José Antunes Sobrinho, dono da empreiteira Engevix, envolvendo a usina nuclear de Angra 3. O empresário afirmou que pagou R$ 1 milhão em propina por um contrato na usina. Esse pagamento teria sido solicitado por Moreira Franco e pelo coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer), com conhecimento do ex-presidente".
"Ao todo, Bretas decretou prisão preventiva de oito investigados (Michel Temer, Moreira Franco, Coronel Lima, Maria Rita Fratezi, Carlos Alberto Costa, Carlos Alberto Costa Filho, Vanderlei Natale e Carlos Alberto Montenegro Gallo). Ele não aceitou o pedido de prisão preventiva de Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, e de sua filha Ana Cristina da Silva Toniolo."
"Ao ficar sem mandato neste ano, Temer perdeu a prerrogativa de foro perante o Supremo, e denúncias contra ele foram mandadas para a primeira instância da Justiça Federal. Recentemente, o ministro Luís Roberto Barroso deferiu pedido da PGR para que se abram cinco novas investigações sobre o emedebista, que tramitarão na primeira instância."
Temer foi denunciado em dezembro pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia decorreu de investigação aberta em 2017, na esteira da delação da JBS, sobre supostas irregularidades na edição do Decreto dos Portos, assinado por Temer em maio daquele ano.
O ministério Público Federal defendeu o pedido de prisão preventiva do ex-presidente e outros investigados afirmando que todos os fatos somados apontam para a existência de uma organização criminosa em plena operação, envolvida em atos concretos de clara gravidade. Os envolvidos são suspeitos de terem praticado c rimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.
O juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio, justificou a prisão com quatro figuras que constam do Código de Processo Penal: para evitar a destruição de provas, garantir a ordem pública, por conveniência da instrução do processo penal e garantir a aplicação da lei.
Segundo o MPF, o grupo criminoso liderado por Temer praticou diversos crimes envolvendo órgãos públicos e empresas estatais. De acordo com o órgão, foi prometido, pago ou desviado para a organização mais de R$ 1 bilhão e 800 milhões.
Leia a íntegra da decisão do juiz Marcelo Bretas.
Fonte: Gazeta do Povo
Imagem: reprodução/Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

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