Justiça: Tacla Duran pagou Marlus Arns através de banco acusado de lavagem de dinheiro pela Lava Jato
Por Luis Nassif, no GGN - O jornalista Jamil Chade mostra, em seu blog na UOL, que o advogado Tacla Duran pagou US$ 612 mil ao advogado Marlus Arns, de Curitiba, através do Banco Paulista acusado pela Lava Jato por lavagem de dinheiro. É a segunda comprovação de atuação de advogados estreitamente ligados ao casal Moro.
Um deles, Carlos Zucolotto, foi autor da proposta de redução de multa de Tacla, mediante honorários de US$ 5 milhões, pagos por fora. Zucolotto é considerado o melhor amigo de Sérgio Moro.
Marlus Arns é também ligado à família. Era o advogado a quem Rosângela Moro encaminhava todas as ações da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) do Paraná, no período em que comandou a diretoria jurídica da entidade.
Aqui, o trecho da matéria em que Jamil narra o pagamento a Marlus Arns. Agora, documentos bancários também submetidos ao MP da Suíça, apontam que, no dia 14 de julho de 2016, um pagamento acorreu e teria sido feito a partir de um banco em Genebra para a conta de um escritório de advogados de Curitiba. Naquele dia, Tacla depositou US$ 612 mil ao advogado Marlus Arns em uma conta no Banco Paulista. As informações fazem parte de documentos que constam de processos na Suíça. A reportagem tentou contato com Arns. Mas o advogado não respondeu nem por telefone e nem por e-mail. No início do mês, a força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná denunciou três ex-executivos da Banco Paulista: Tarcísio Rodrigues Joaquim, Gerson Luiz Mendes de Brito e Paulo Cesar Haenel Pereira.
(continua)
O sobrinho de Dom Paulo
Uma das características de Marlus é invocar o parentesco com Dom Paulo Evaristo Arns. Assim como seu tio, senador Flávio Arns, principal responsável pela indústria que se criou em torno das APAEs.
Até agora, Marlus não explicou a razão de ter conta em banco utilizado por doleiros. Precisa seguir os conselhos de tio Paulo.
[Flávio Arns, tio de Marlus Arns, foi eleito três vezes para o mandato de deputado federal pelo PSDB. Em 2001 deixou o Partido filou-se ao PT. No ano seguinte foi eleito senador. Em 2009 se desligou do Partido dos Tralhadores e voltou para o PSDB. Em 2010 Flávio Arns foi candidato a vice-governador na chapa de Beto Richa, vitoriosa no pleito. Em 2017 anunciou novamente sua saída do PSDB e ingressou no Partido Rede Sustentabilidade. Em 2018 foi eleito novamente senador pelo Paraná].
Imagem: reprodução/Twitter
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