Quem era Qassem Suleimani, o herói iraniano morto pelos EUA
De Adam Taylor no Washington Post - Apesar de sua baixa estatura e comportamento silencioso, Qassem Suleimani foi considerado um dos militares mais infames no Oriente Médio pelos Estados Unidos e sues aliados. Como comandante da Guarda Revolucionária do Irã, o homem grisalho de 62 anos assumiu a responsabilidade pelas operações clandestinas do país no exterior, estendendo silenciosamente o alcance militar do Irã em conflitos estrangeiros como os da Síria e do Iraque.
No processo, ele ganhou um status quase mítico entre seus inimigos e uma enorme idolatria por seus partidários iranianos. Analistas se queixaram de que Suleimani tinha mais influência diplomática do que o ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, e ponderaram se ele iria, eventualmente, buscar um cargo político importante.
Alguns o comparam a Karla, o fanático e fictício mestre de espionagem soviético dos romances de John LeCarré durante a Guerra Fria. Sua história terminou nesta quinta-feira, 03, após um ataque dos Estados Unidos perto do aeroporto de Bagdá.
A morte de Suleimani encerra uma carreira que começou nos primeiros dias após a revolução de 1979 e que ajudou a moldar a república islâmica que a seguiu. "Mais do que qualquer outra pessoa, Suleimani foi responsável pela criação de um arco de influência - chamado pelo Irã de 'Eixo da Resistência' -, que se estende do Golfo de Omã até Iraque, Síria e Líbano, e chega nas costas orientais do Mar Mediterrâneo", escreveu Ali Soufan, ex-agente do FBI e analista de segurança nacional, em um perfil publicado em 2018.
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Via: O Essencial
Imagem: reprodução/Foto: AP
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