Greve dos petroleiros cresce e chega ao 12º dia com adesão de novas plataformas
Publicado no site da Federação Única do Petroleiros (FUP) - A greve nacional dos petroleiros conquista cada vez mais trabalhadores em todo o Sistema Petrobras e já mobiliza 50 plataformas, em cinco estados do país - Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Ceará e Rio Grande do Norte.
Nesta quarta-feira, 12, já somamos 108 unidades na greve, em 13 estados, com mais de 20 mil petroleiros mobilizados.
No Rio Grande do Norte, os trabalhadores da plataformas PUB-2 e PUB-3, que operam o Campo de Ubarana, no litoral do estado, cortaram a rendição nos embarques e os que estão à bordo pedem para desembarcar.
No Espírito Santo e na Bacia de Campos, os petroleiros das plataformas também estão aderindo em massa à greve, emocionando a categoria a cada desembarque.
Já são 39 plataformas da Petrobras que aderiram à greve na região sudeste, onde é concentrada a produção de óleo e gás do país.
No Rio Grande do Norte, os trabalhadores do Ativo Industrial de Guamaré (AIG), responsável pela produção de GPL, querosene de avião e diesel, aumentam a participação na greve, dia a dia. O mesmo ocorre nos campos de produção terrestre.
Na Bahia, os petroleiros dos terminais de Candeias e de Catu também se somaram à greve, assim como os trabalhadores do Terminal de Pilões, em Cubatão.
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A greve iniciada no dia primeiro de fevereiro já é a mais importante da categoria desde 1995, quando os petroleiros realizaram a mais longa greve de sua história, que durou 32 dias.
Clique aqui para acessar a íntegra da matéria com o quadro nacional da greve, até hoje.
Imagem: reprodução
[Petrobras faz terrorismo sobre abastecimento, mas a mídia diz que está tudo normal - "Na tentativa de criminalizar a greve dos petroleiros, a direção da Petrobras adotou a velha estratégia de fazer terrorismo nos autos dos processos judiciais que move contra a FUP e seus sindicatos no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Para os ministros do Tribunal, a empresa afirma que a greve irá "afetar o abastecimento de combustíveis em âmbito nacional e comprometer a segurança da operação industrial". Os gestores falam até eu a greve vai causar "graves e incalculáveis prejuízos ao abastecimento nacional e à recuperação econômica da Petrobras".
Já nos comunicados à imprensa e nas entrevistas à mídia, o discurso vai na direção contrária. A direção da Petrobras informa que as unidades estão operando dentro da normalidade e que a greve dos petroleiros não afeta a produção de petróleo e derivados.
Na segunda-feira, 10, décimo dia de greve da categoria, a agência Bloomberg, especializada em notícias do mercado financeiro, noticiou a seguinte chamada: "Petrobras: Produção segue inalterada apesar da greve". A matéria começa com a seguinte frase: "Não houve impacto na produção de petróleo, mesmo com trabalhadores de plataforma tendo aderido à greve iniciada em janeiro, Petrobras diz em e-mail".
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A Comissão Permanente de Negociação da FUP segue há 12 dias em plantão de 24 horas dentro do edifício sede da empresa, cobrando interlocução com os gestores, que se negam a negociar.
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A greve é legítima e legal. Os petroleiros são os mais interessados em garantir abastecimento de petróleo e derivados a preços justos para toda a população. Por isso, a categoria luta para preservar empregos e para que a Petrobras cumpra o papel para a qual foi criada: promover a soberania energética]
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