terça-feira, 14 de abril de 2020

ONU denuncia "perigosa epidemia de desinformação" por Covid-19

Agência France-Presse - 14/04/2020 (AFP) - A pandemia do COVID-19 causou uma "epidemia perigosa de desinformação", denunciou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em comunicado nesta terça-feira, sem citar casos específicos, países ou veículos de mídia.

Enquanto deveria ser tempo "da ciência e da solidariedade", supostos conselhos de saúde são "prejudiciais", "falsidades enchem o ar", "teorias da conspiração selvagens infectam a Internet" e o "ódio se torna viral, estigmatiza as pessoas e grupos", lamentou o chefe das Nações Unidas.

"O mundo deves e unir contra esta doença, afirmou, assegurando que a "vacina é a confiança" e "em primeiro lugar, confiança na ciência". Ele também cumprimentou "jornalistas e outros que estão fazendo checagens de notícias e postagens falsas nas redes sociais". 

As grandes empresas de mídia social "devem fazer mais para acabar com o ódio e as declarações prejudiciais sobre o COVID-19", cobrou. "Juntos, vamos rejeitar mentiras e bobagens" para "construir um mundo mais saudável, mais equitativo, justo e resiliente", exigiu o chefe da ONU em comunicado. 

Fonte: Correio Braziliense 
Imagem: reprodução/Foto: Angela Weiss/AFP

[É falso que FDA aprovou uso da hidroxicloroquina para todos os pacientes com Covid-19: "A FDA (Food and Drug Administration, agência reguladora de medicamentos e alimentos do governo americano) não aprovou o uso da hidroxicloroquina no tratamento de qualquer infecção por Covid-19 nos EUA, como diz um texto que circula nas redes sociais (veja aqui). Na verdade, o órgão permitiu a utilização do medicamento em alguns casos de pacientes hospitalizados. O site de checagem de informações, aosfatos.org publicou também a matéria: Sete respostas para as desinformações mais compartilhadas sobre o novo coronavírus, que "contradizem recomendações oficiais e dão espaço a teorias conspiratórias e sem fundamento"] 

[Covid-19: estudo sobre uso de cloroquina é cancelado no Brasil após morte de pacientes: "cientistas brasileiros interromperam precocemente parte de um estudo sobre o medicamento antimalárico cloroquina. apregoado como possível candidato a tratamento contra infecções pelo novo coronavírus Sars-Cov-2 tanto pelo presidente dos EUA Donald Trump, quanto por seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro. A pesquisa foi cancelada após 11 pacientes com Covid-19, que receberam dose elevada de cloroquina, morrerem até o sexto dia de tratamento. Parte dos 81 pacientes com doença respiratória causada pelo novo coronavírus, que estavam sendo testados apresentaram batimentos cardíacos irregulares, aumentando o risco de desenvolverem arritmia cardíaca fatal] 

[Bolsonaro ordenou Exército produzir 1 milhão de cloroquina por semana: 1 milhão de comprimidos de cloroquina por semana a serem produzidos pelo laboratório do Exército, para o tratamento do coronavírus no Brasil. Determinação de Bolsonaro contraria recomendação do Ministério da Saúde de seu próprio governo. Segundo o Painel, da Folha, já foram produzidos 2,2 milhões do medicamento. Na segunda-feira (13), a equipe técnica do ministro da Saúde, Luiz Mandetta, voltou a afirmar que não existe comprovação científica para a eficácia da cloroquina em casos de Covid-19. (...) Porém, será o Ministério da Defesa e não o da Saúde que irá definir o destino destes comprimidos produzidos pelo Exército. (...) "O Ministério da Saúde divulgou um análise de 33 estudos sobre o uso do medicamento no combate ao coronavírus, mas informou que nenhuma das teses ainda é validada do ponto de vista científico", o que impede Mandetta, como ministro da Saúde, recomendar o uso do medicamento]

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