domingo, 31 de maio de 2020

Bolsonaristas compiam Ku Klux Klan em ato contra o STF. Veja o vídeo

Integrantes do autointitulado "300 do Brasil", que apoia o presidente Jair Bolsonaro e defende o fechamento de instituições democráticas, marcharam nesta madrugada, com máscaras e tochas de fogo, até o Supremo Tribunal Federal (STF), onde protestaram aos gritos contra a Corte e o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news.
O ato (veja o vídeo abaixo) se assemelha a manifestações feitas por racistas americanos da Ku Klux Klan.

As imagens também remetem às manifestações feitas por supremacias brancos na Universidade da Virginia, em 2017, em Charlottesville. O episódio foi marcado pela violência deflagrada pelo movimento neonazista "Unite the right" (unir a direita, em português) contra a comunidade negra.

Em frente ao Supremo, os participantes do grupo, que está acampado na Esplanada dos Ministérios, fizeram uma performance, com fundo musical, e gritavam "ahu", expressão que tem sido utilizada por movimentos de extrema-direita em vários países.

"Viemos cobrar, o STF não vai nos calar" e "Careca togado, Alexandre descarado", repetiam os manifestantes sob o comando da líder, Sara Winter, um dos alvos do inquérito das fake news e da operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na última quarta (27). Sara fez novos ataques ao ministro depois da ação dos policiais e o desafio a prendê-la. Moraes remeteu o caso dela para a primeira instância nesse sábado.

Veja o vídeo publicado no canal The Jornal, no Youtube: 



Abaixo, o vídeo do ato do grupo neonazista de Charlotesville em 2017:



Conforme noticiado anteriormente pelo Congresso em Foco, o grupo 300 do Brasil está fazendo treinamentos paramilitares, onde ensinam técnicas de desobediência civil e serviços de inteligência antirrevolucionária. 

"Em nosso grupo, existem membros que são CACs (Colecionador, Atirador e Caçador), outros que possuem armas devidamente registradas nos órgãos competentes. Essas armas servem para a proteção dos próprios membros do acampamento e nada têm a ver com nossa militância", disse Sara à BBC News Brasil.

Além de terem entre seus membros gente que defende o fechamento do Congresso e do STF, líderes do movimento dizem que um de sues principais objetivos é "exterminar a esquerda". O grupo, que se organizou por redes sociais e aplicativos de conversa, conta com apoio de parlamentares alinhados ao governo.

O grupo já é alvo de investigação pela Procuradoria-Geral da República, que respondeu a um pedido de abertura de inquérito por suposta "formação de milicia" apresentado pelos partidos de oposição. 

Imagem: reprodução/Instagram/300 do Brasil

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