terça-feira, 15 de setembro de 2020

Jovens nerds, gamers e haters formam maior base de apoio a Bolsonaro, diz pesquisadora

www.seuguara.com.br/pesquisa/base/apoio/Bolsonaro/

De Helena Celestino no Valor econômico: "O homem de bem" tem mais de 35 anos, é de classe média, adota um forte discurso contra a corrupção, mostra-se "terrivelmente" conservador em questões morais e parte deles defende a volta da ditadura militar. Este foi o mais abrangente dos 16 perfis de brasileiros da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), recenseados na pesquisa de Isabela Kalil, diretora do Núcleo de Etnografia Urbana da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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Neste ano, esse perfil perdeu a proeminência para "os 'nerds', 'gamers', hackers e 'haters'", jovens que incorporam o discurso de ódio, têm intensa conexão com a "alt-right" (direita alternativa americana) e grande presença na internet. A mudança aconteceu depois da queda, em abril, do ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), usado como símbolo do combate à impunidade, que, ao sair, levou com ele parte dos "lava-jatistas". 

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Na sua pesquisa de campo, Isabela constatou que a articulação bolsonarista entre conservadorismo moral - especialmente o religioso - neoliberalismo e "alt-right" fragmenta-se em múltiplos perfis. Etiquetou-os com base nos marcadores de classe, renda, raça e gênero, além das aspirações e irritações que os fizeram aderir ao bolsonarismo. "O núcleo duro é formado por militares, religiosos e 'gamers'. Só depois chegaram os liberais e 'lava-jatistas', diz a professora.


Segundo ela, os "gamers" foram os primeiros a aderir. Funcionam como exército para manter a comunicação de Bolsonaro, não são tão visíveis no espaço público e não têm nenhum apreço pela deomocracia. Os outros três grandes grupos - conservadores, liberais e religiosos - fragmentam-se em muitas outras tribos. Por exemplo, "o macho man" simbolizando os defensores da liberação das armas e da justiça feita com as próprias mãos. Ou "a mãe conservadora", aquela contra o ensino de "ideologia de gênero" nas escolas. E ainda "o gay de direita, que tenta conciliar os ideais da família tradicional com a orientação sexual". 

"Esses não são em grande número, mas a presença deles tenta contestar a visão de que Bolsonaro é homofóbico", escreve Isabela na apresentação da pesquisa.

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Via: DCM

Imagem: reprodução


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