quarta-feira, 17 de março de 2021

Pandemia: 'Brasil vive "maior colapso sanitário e hospitalar da história", diz Fiocruz'

www.seuguara.com.br/Pandemia/coronavírus/colapso na saúde/
Cícero Cotrim - Estadão Conteúdo: A disparada dos números da pandemia do novo coronavírus aponta para o "colapso" do sistema de saúde no Brasil e para a iminência de uma "catástrofe", avalia a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em edição do Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 publicada na noite desta terça-feira, 16.
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Segundo a publicação, 24 Estados e o Distrito Federal têm taxas de ocupação dos leitos de UTI para a covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) iguais ou superiores a 80%. "Trata-se do maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil", segundo os pesquisadores da instituição. "É praticamente o país inteiro com um quadro absolutamente crítico." 


Segundo a Fiocruz, 15 Estados já registraram taxas de ocupação dos leitos de UTI para covid-19 iguais ou superiores a 90%. Apenas dois têm taxas de ocupação inferior a 80%: Roraima, com 73%, e o Rio de Janeiro, com 79% e em tendência de crescimento. 


Entre as 27 capitais, 25 têm taxas de ocupação de leitos de UTI para covid-19 iguais ou superiores a 80% - em 19 delas, o índice já passa de 90%. "Apesar de ocupação inferior à lotação máxima de 100%, vários locais apresentam filas de espera por leitos, o que configura situação de colapso no atendimento", dizem os pesquisadores da Fiocruz.


"Quando a capacidade de resposta, como as ações desenvolvidas pelos serviços e sistemas de saúde, se apresenta em uma situação extremamente crítica ou mesmo em colapso, como se vê em quase todo país, sendo incapaz de atender às necessidades de todos os pacientes graves e levando os trabalhadores da saúde a situações de exaustão, estamos próximos ou diante de uma catástrofe", diz o boletim.


A Fiocruz defende, na publicação, a interrupção de atividades não essenciais, incluindo a suspensão de aulas presenciais e um toque de recolher nacional de 20 horas às 6 horas, além da ampliação do uso de máscaras. 


Via: Bem Paraná

Imagem: reprodução/Foto: Diego Vara/Reuters


[Na pandemia, economia se sobrepôs à saúde e resultado é o colapso no sistema, dizem pesquisadores: "Passado um ano desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Região Metropolitana de Curtiba (RMC) enfrenta o momento mais grave da crise sanitária. Com a explosão no número de casos de Covid-19 nas últimas semanas e o consequente aumento na demanda por atendimento e internação, o sistema de saúde (público e privado) chegou ao limite."

(...)

A pergunta que não quer calar, então, é como chegamos aonde estamos. E uma pesquisa divulgada nesta semana pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) traz um elemento fundamental de ser analisado, que muitas vezes acaba até meio de lado devido às discussões sobre festas clandestinas, negacionismo científico e as novas cepas do coronavírus que estão circulando. Trata-se da tomada de decisão, ou seja, das políticas implementadas em nível municipal, estadual e nacional. 

(...)

Desde o início da pandemia, muitos insistiram na tese de que tudo era invenção da imprensa ou, no máximo uma "gripezinha". Além disso, houve uma multidão abraçando curas milagrosas que até hoje não se mostraram eficazes para o enfrentamento da pandemia.

(...)

O problema aqui, se verifica em todas as esferas (municipal, estadual e federal). Na prática, houve uma priorização da economia em detrimento à saúde. Além disso, mensagens contraditórias às recomendações científicas também foram recorrentemente transmitidas à população, não raro a partir da esfera federal.  

(...)

Para que a população pudesse ficar em casa, era necessário o apoio do governo, em todas as esferas. Os Estados Unidos, por exemplo, investiu mais dinheiro para conter a crise do coronavírus e ajudar empresários e trabalhadores do que para superar a crise financeira de 2008.

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