Política: Empresários poupam Bolsonaro de críticas durante jantar e atacam o PT: "Brasil não volta para vagabundos"
Segundo o jornal Valor, que teve acesso a um áudio das falas feitas durante um encontro, Bolsonaro pintou um Brasil atrativo para os negócios, ignorando o fato de que o país tem apresentado sucessivos revezes nos indicadores econômicos.
"Tem de olhar o lado bom do país. Os investidores estão acreditando no Brasil. Basta olhar, hoje, o leilão dos aeroportos. Não existe terra melhor do que essa!", afirmou.
Em outro momento do jantar, Bolsonaro ainda resolveu atacar o PT e, mais uma vez, teria recebido apoio dos presentes. Segundo o presidente, se Fernando Haddad tivesse ganhado a eleição de 2018 "o Brasil teria afundado e virado um caos", como se não fosse exatamente essa a situação do país.
"Estamos com o senhor. O Brasil não volta para ladrão e vagabundo", teria respondido um dos empresários.
As críticas que os empresários não fizeram a Bolsonaro, segundo relatos, teriam se voltado, além do PT, para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por conta das medidas de restrição decretadas para frear a transmissão do coronavírus.
Além dos nomes do setor empresarial, estiveram presentes no encontro o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onix Lorenzoni, o presidente do Banco Central, Roberto Campos, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, entre outros membros do governo.
Imagem: reprodução/arquivo
[A lista dos empresários que bateram palmas para Bolsonaro: "(...) O presidente fez agrado aos empresários, com críticas à política de fechamento do comércio e de indústrias como medida preventiva contra a covid-19, prometeu intensificar a vacinação e aprovar reformas. Na tentativa de se reaproximar de ao menos uma parte do empresariado brasileiro, criticou governadores que adotam iniciativas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde no combate à pandemia. Os empresários e executivos, em sua grande maioria, preferiam sair em silêncio, deixando o relato das conversas à imprensa para integrantes do governo.
Os aplausos ao presidente ocorreram em meio aos mais de 340 mil mortos pela covid, aos mais de 14 milhões de brasileiros desempregados, à alta da inflação, à demora do governo na liberação de recursos para os brasileiros mais afetados pela crise e à interrupção de programas de fomento para micro e pequenas empresas, abandonadas desde o fim da calamidade pública, em dezembro."]
[Doria pede 'calma' a Bolsonaro e diz que vai vaciná-lo com antirrábica do Butantan: "O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), respondeu aos xingamentos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante jantar com empresários na quarta (7) e revelados pelo jornal Folha de S.Paulo. Seundo relatos de pessoas que foram ao evento, o presidente afirmou em discurso para convidados que "o governador de vocês é um vagabundo, caralho".
"Calma, @jairbolsonaro. Além da Coronavac, o Butantan é especialista na anti-rábica [sic]. Fique tranquilo, vou te vacinar", escreveu o governador paulista nas redes sociais nesta quinta (8).
O jantar na casa de Cinel foi promovido a pedido do próprio Palácio do Planalto. De 65 bilionários brasileiros listados pela revista Forbes, nove estavam presentes."]
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