sexta-feira, 9 de abril de 2021

Política: Empresários poupam Bolsonaro de críticas durante jantar e atacam o PT: "Brasil não volta para vagabundos"

Durante jantar realizado em São Paulo entre Jair Bolsonaro, membros do governo e nomes do meio empresarial, na noite desta quarta-feira (07), o presidente foi poupado de críticas, mesmo diante do fato de que o país vive uma tragédia sanitária e econômica que é fruto direto da maneira como o atual governo lida com a pandemia.
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Relatos de presentes dão conta que  presidente se comprometeu a acelerar a vacinação contra a Covid, mas ele seguiu pregando contra as medidas restritivas, o que teria sido endossado por nomes como o de David Safra, presidente do Banco Safra, Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do conselho de administração do Bradesco, André Esteves, fundador do BTG Pactual, Rubens Ometto Silveira Mello (Cosan), Flávio Rocha (Rauchuelo) e Paulo Skaf, presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), além do anfitrião do jantar, Washington Cinel, dono da empresa de segurança Gocil, entre outros.

Segundo o jornal Valor, que teve acesso a um áudio das falas feitas durante um encontro, Bolsonaro pintou um Brasil atrativo para os negócios, ignorando o fato de que o país tem apresentado sucessivos revezes nos indicadores econômicos.

"Tem de olhar o lado bom do país. Os investidores estão acreditando no Brasil. Basta olhar, hoje, o leilão dos aeroportos. Não existe terra melhor do que essa!", afirmou.


Em outro momento do jantar, Bolsonaro ainda resolveu atacar o PT e, mais uma vez, teria recebido apoio dos presentes. Segundo o presidente, se Fernando Haddad tivesse ganhado a eleição de 2018 "o Brasil teria afundado e virado um caos", como se não fosse exatamente essa a situação do país.

"Estamos com o senhor. O Brasil não volta para ladrão e vagabundo", teria respondido um dos empresários.


As críticas que os empresários não fizeram a Bolsonaro, segundo relatos, teriam se voltado, além do PT, para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por conta das medidas de restrição decretadas para frear a transmissão do coronavírus.


Além dos nomes do setor empresarial, estiveram presentes no encontro o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onix Lorenzoni, o presidente do Banco Central, Roberto Campos, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, entre outros membros do governo. 


Por Ivan Longo, na Forum

Imagem: reprodução/arquivo


[A lista dos empresários que bateram palmas para Bolsonaro: "(...) O presidente fez agrado aos empresários, com críticas à política de fechamento do comércio e de indústrias como medida preventiva contra a covid-19, prometeu intensificar a vacinação e aprovar reformas. Na tentativa de se reaproximar de ao menos uma parte do empresariado brasileiro, criticou governadores que adotam iniciativas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde no combate à pandemia. Os empresários e executivos, em sua grande maioria, preferiam sair em silêncio, deixando o relato das conversas à imprensa para integrantes do governo.

Os aplausos ao presidente ocorreram em meio aos mais de 340 mil mortos pela covid, aos mais de 14 milhões de brasileiros desempregados, à alta da inflação, à demora do governo na liberação de recursos para os brasileiros mais afetados pela crise e à interrupção de programas de fomento para micro e pequenas empresas, abandonadas desde o fim da calamidade pública, em dezembro."]


[Doria pede 'calma' a Bolsonaro e diz que vai vaciná-lo com antirrábica do Butantan: "O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), respondeu aos xingamentos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante jantar com empresários na quarta (7) e revelados pelo jornal Folha de S.Paulo. Seundo relatos de pessoas que foram ao evento, o presidente afirmou em discurso para convidados que "o governador de vocês é um vagabundo, caralho".

"Calma, @jairbolsonaro. Além da Coronavac, o Butantan é especialista na anti-rábica [sic]. Fique tranquilo, vou te vacinar", escreveu o governador paulista nas redes sociais nesta quinta (8).

O jantar na casa de Cinel foi promovido a pedido do próprio Palácio do Planalto. De 65 bilionários brasileiros listados pela revista Forbes, nove estavam presentes."]

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