Ex-presidente da Petrobras diz que seu celular tinha mensagens que incriminam Bolsonaro
"Se eu quisesse atacar o Bolsonaro não foi e não é por falta de oportunidade (sic). Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles [dos convites] e quando falo procuro evitar ataques", retruca o ex-presidente da estatal.
A conversa ocorreu em troca de mensagens ao longo deste sábado (26/6).
"No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras", conclui Castello Branco, sem entrar em detalhes sobre quais crimes o presidente teria cometido e estariam registrados no aparelho.
Em outro trecho da discussão, Roberto Castello Branco classifica Bolsonaro como "psicopata" ao relatar uma teoria conspiratória que teria sido dita a ele pelo chefe do Executivo federal.
"Já ouvi de seu presidente psicopata que nos vagões dos trens da Vale, dentro da carga de minério de ferro vendido para os chineses, ia um monte de ouro", afirmou o ex-dirigente da petrolífera. Castello Branco tinha assumido o comando da empresa justamente depois de trabalhar por 15 anos na Vale, onde foi economista-chefe e diretor de relações com investidores.
O Metrópoles entrou em contato com Roberto Castello Branco. O economista afirmou que não iria falar sobre o assunto, mas não negou a veracidade da conversa. "Se nunca comentei, não vou comentar agora. Até porque me desfiz das provas", respondeu ao questionamento da reportagem.
Rubem Novaes também disse que não comentaria a troca de mensagens, porque ela aconteceu em um grupo fechado, e também não negou a autenticidade da discussão.
Imagem: reprodução/247
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