terça-feira, 12 de julho de 2022

Salvem o assassino. Por Moisés Mendes

Por Moisés Mendes, em seu blog: Vamos torcer para que o assassino de Foz de Iguaçu não morra. É preciso que ele sobreviva e em condições de falar. Para que possamos saber o que irá dizer da invasão da festa. Para que se avalie de novo a solidariedade dos Bolsonaros com os seus seguidores bandidos.
www.seuguara.com.br/Moisés Mendes/assassinato/Globo/

Para que o Brasil saiba por quantos anos esse processo irá se arrastar, até o dia da sentença da Justiça.

E para que a extrema direita sofra finalmente uma condenação, depois de tanta impunidade, se é que irá sofrer.

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O que aconteceu com a Globo?

A Globo está estranha. Não digam que é porque sempre foi de direita e golpista, porque aí a abordagem fica rasa e repetitiva demais.

Não vamos tratar do óbvio que ulula. A Globo é inimiga de Bolsonaro e a inimizade existe porque o sujeito declarou guerra antes. E a Globo vinha se comportando como brava inimiga.


Mas ultimamente a Globo tem pegado leve com Bolsonaro. Por causa das verbas do governo, que forma aumentadas desde o ano passado?

Seria muito estranho, porque esses R$ 50 milhões são muito pouco para aclamar e provocar uma trégua depois de uma briga de mais de quatro anos.

É possível que os militares tenham mandado a organização baixar a bola.


Alguns comentaristas considerados progressistas estão estranhos, e as dispensas de gente do jornalismo nos últimos meses (até a demissão de Casagrande) precisam ser melhor entendidas.

Até a abordagem do assassinato de Foz no Fantástico tinha sido estranha. Mas o JN finalmente carimbou o criminoso como bolsonarista, coisa que o Fantástico evitou.


Mas censurou a parte mais esdrúxula da fala de Hamilton Mourão, que atribuiu o assassinato a bebedeiras e disse: "Vamos fechar esse caixão".

A metáfora do caixão, e numa hora dessas, não apareceu no JN. A Globo está surpreendendo ao ficar mais mansa com Bolsonaro e o entorno do Bolsonarismo.

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O fascista conservador e cristão

A Folha publicou nessa segunda um longo texto em que mostra que o assassino de Foz é militante homofóbico, disseminador do ódio, pregador do armamentismo e autor de postagens ofensivas dirigidas a mulheres nas redes sociais.


Mas o título da reportagem é este: 

Bolsonarista que matou petista se define como conservador e cristão nas redes.

(Só faltou dizer que é um fofo. O título desmente a reportagem. O cara não é conservador, é um fascista. Conservadorismo é outro departamento em falta no Brasil. 

E alguém se declarar cristão hoje não significa nada do que deveria de fato significar.

Bolsonaro se diz cristão)

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Imagem: reprodução


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